Um Amarone de um produtor de grande prestígio, seus Amarones estão entre os melhores italianos, e esse era o top da casa, o Mazzano 2001 (75% corvina, 20% rondinella e 5% molinara). Um vinho austero, protótipo de Amarone, que envelhece em barris de pequeno porte, e as uvas vêm de um vinhedo histórico cujas qualidades são conhecidas desde o século XII.
Quem me conhece sabe que Amarone não é meu vinho de eleição. A palavra amarone significa “grande amargor”, o vinho não é amargo como sugere o nome, mas tem um doce amargor. Suas uvas são atacadas pelo botrytis, resultando na podridão nobre e geram vinhos com grande nível de teor alcoólico, 16% vol., que no caso deste Mazzano está muito bem integrado. Talvez o que mais me incomode seja a austeridade, é um vinho que em minha opinião necessita ser acompanhado de comida, e sua combinação de doce e amargo não me cativa muito. Não dá para negar que é um vinho muito bem feito, que acompanhado de um queijo pecorino pode ser muito bom. Quem for fã de Amarone vai amar.