O Decantando a Vida traz essa semana uma entrevista com a competente sommeliére Eliane Burin, oriunda do Rio Grande do Sul e recém chegada da Itália. Confira:
De onde você veio, e o que te fez vir para Brasília?
Sou gaúcha, vim de Porto Alegre. Fui convidada para trabalhar numa Importadora de Vinhos e mudei para Brasília.
Há quanto tempo você trabalha com vinho, e o que ele representa para você?
Há três anos descobri o fascinante universo dos vinhos. Através dele conheço pessoas, adquiro novos conhecimentos, viajo e faço um trabalho maravilhoso, que é mostrar como o mundo do vinho pode ser simples e prazeroso ao mesmo tempo.
Você já trabalhou em lojas, importadoras e restaurantes? Qual dessas propostas você acha mais interessante?
Já trabalhei em duas lojas com Wine Bar e uma Importadora. A loja me proporcionou maior interatividade com o consumidor, o que foi muito gratificante.
Soube que iria fazer o curso da A.I.S (Associazione Italiana di Sommeliers) na Itália, conceituada escola em que se formaram Guilherme Corrêa e Alessandra Rodrigues (já entrevistada aqui no Decantando a Vida), por ainda não aconteceu?
O curso na A.I.S é um projeto antigo e que ainda vou realizar. Em 2010 viajarei para a Itália para conhecer regiões produtoras e degustar vinhos.
Você veio do sul, está em Brasília há quanto tempo? Quais as principais diferenças desses lugares em relação ao vinho?
Eu estou em Brasília há apenas um ano. A diferença é cultural mesmo, crescemos observando nossos pais colhendo uva e fazendo vinho. Consumimos vinho diariamente, está no nosso DNA. Aqui, sinto que o consumo é mais social.
O consumidor do sul, por ser uma região produtora, é mais bairrista/nacionalista ou o vinho estrangeiro vem em primeiro lugar?
O consumo de vinho estrangeiro é maior. Porém, a qualidade dos vinhos brasileiros tem melhorado. Em compensação, os nossos espumantes são um excelente referencial.
Hoje, aqui na cidade, toda semana há um ou mais eventos de vinho. Lá no sul também havia esse movimento intenso das importadoras?
Sim. Os eventos são constantes, o que estimula o consumo e o conhecimento de novos rótulos. O consumidor está mais informado e aberto a novas experiências enogastrônomicas.
Você tem uma região predileta em relação ao vinho? Se sim, qual e por quê?
Sou apaixonada pela Toscana. Além de produzir grandes Brunellos é uma região muito bela e charmosa.