Matt Skinner não prova tudo que indica.

mattskinnerMatt Skinner, crítico de vinhos e sommelier do restaurante Fifteen de Melbourne, que pertence a Jamie Oliver, admitiu que em seu último livro-guia “In The Juice 2010” não provou todos os vinhos recomendados. O guia lista principalmente vinhos Australianos da safra 2009, que ainda não tinham sido engarrafados na época de lançamento do livro. Ele justificou dizendo que safras anteriores tinham servido de subsídio para avaliação, e que esses vinhos não tinham variação significativa de uma safra para outra. Matt Skinner tem um livro editado no Brasil sob o título: “Sem Segredos”. Fonte: Revista Decanter, Foto:Cris Terry.

Quinta Ribeira de Mattos N.1 2005

quinta1Esta semana indicamos o raro vinho Quinta Ribeira de Mattos N.1. Apesar de raro, resolvemos indicá-lo em homenagem ao seu criador Werner Schumacher, que produziu apenas uma única safra desse vinho, que teve duas versões, o N.1 e o N.2 que será comentado oportunamente.

Vinho elaborado exclusivamente de uvas Cabernet Sauvignon cultivadas na encosta n. 1, pertencentes
aos vinhedos da Quinta Ribeira de Mattos em Santa Lúcia, Linha Leopoldina, 8.Distrito de Bento Gonçalves, Serra Gaúcha. O vinho passou por barricas de carvalho francês (50%), carvalho americano (25%) e os 25% restantes sem passgem por carvalho. R$70,00.

Cru de Beaujolais

morgoncoquardDica fantástica do excelente sommelier Sidney Lucas. O vinho Morgon, da Maison Coquard Beaujolais safra 2006 é um primor. Muito frutado, de corpo leve, altamente perfumado (morango, framboesa e cereja), é sem dúvida uma grande alternativa para tintos franceses de pinot noir. O vinho em questão é um Cru de Beuajolais (há 10 Crus em Beaujolais), 100% gamay, com 13% de teor alcoólico. Colheita exclusivamente manual, 30% do vinho envelhece em barris de carvalho e ao contrário dos Beuajolais nouveau, tem uma estimativa de guarda de 6 anos. Deve ser servido um pouco mais resfriado que tintos de mais corpo, a uma termperatura de 14 graus (os aromas não se esconderão). Um vinho imperdível para quem aprecia esse estilo. Compre correndo e depois me conte.

O desaparecimento de um Cru Bourgeois Exceptionnel

zdA categoria Cru Bourgeois teve início em 1932, com os Château que ficaram de fora da famosa classificação dos vinhos do Médoc de 1855. A última revisão data de 2003 quando houve muita controvérsia, inclusive com o Château Sociando-Malet não participando dessa revisão, por seu proprietário, Jean Gautret, não achar necessário esse título para poder vender seu vinho. A revisão de 2003 foi anulada nos tribunais, mas é a mais usada mesmo que informalmente. Ela classificou os 09 melhores vinhos como Cru Bourgeois Exceptionnel, 87 como Cru Bourgeois Supérieur e 151 apenas como Cru Bourgeois.

Um dos Exceptionnel deixou de existir. O Château Labégorce Zédé de Margaux se tornou parte da propriedade irmã Château Labégorce, que agora tem 55 hectares, e produzirá um segundo vinho chamado Zézé de Labérgoce. Algumas parcelas selecionadas serão utilizadas para fazer o vinho da também propriedade irmã, Château Marquis d´Alesme, esse sim terceiro cru na classificação de 1855, que se chamava Château Marquis d´Alesme Becker. Fonte: Revista Decanter, Foto: Berry Bros. e Rudd. Essa postagem também foi publicada no site Café Caviar. www.cafecaviar.com.br/blog/o-desaparecimento-de-um-cru-bourgeois-exceptionnel/

Porcupine Ridge Syrah 2008

pocurpineFantástico “Best Buy”, o imbatível Porcupine Rigde Syrah é elaborado por Boekenhoutskloof, o maior especialista sul-africano nesta variedade. É um dos vinhos favoritos de Jancis Robinson, para quem “é a resposta sul-africana para os Syrah do norte do Rhône”. Rico e intenso, estiloso, um vinho na medida certa. R$52,00

Vinhos a 50 reais p/ o Jubileu de Brasília!

Em homenagem aos 50 anos da Capital estamos publicando
esta coletânea de ótimos vinhos com preços até 50 reais!


Um amigo cozinheiro (Jorge, da creperia C’est si Bon) certa vez me pediu que fizêssemos uma coluna para apresentar vinhos de qualidade, que pudessem ser comprados a qualquer hora e com facilidade, a preços acessíveis ao público. Pois bem, preferimos seguir em outra direção e preparamos uma lista especial para esta ocasião – o JUBILEU de Brasília. Separamos vinte rótulos, todos indicados pelo DCV como muito bons e ótimos, para deleite dos leitores. Ressaltamos que há pouco tempo o binômio bom e barato não combinava com o mundo do vinho. Para alegria do consumidor esta realidade mudou e mais vinhos de qualidade passam a fazer parte do leque de opções para os apreciadores da sagrada bebida. É hora de experimentar. Então, aproveitem estas “barbadas” e comemorem o aniversário de nossa amada Cidade, com vinhos especialmente indicados! Que venham mais 50 anos de muita prosperidade e qualidade de vida para nós e as futuras gerações. PARABÉNS Brasília!

bafrsulÁFRICA DO SUL
* Fleur du Cape Pinotage 2005, R$50,00
* Porcurpine Ridge Syrah 2006, R$50,00

bargentARGENTINA
* Santa Júlia Res.Tempranillo – Zuccardi 2006, R$ 45,00
* Anubis Malbec 2008, R$19,90
* Septimo Dia Malbec – Bodega Septima 2005, R$ 50,00

baustraAUSTRÁLIA
* Jacob Creek chardonnay 2004 – Branco, R$ 50,00

bbrasilBRASIL
* Vallontano Tannat 2005, R$37,90

bchileCHILE
* Toro de Piedra Gran Res. – Cabernet 2003, R$ 50,00
* Viu Manent Res. – Carménère 2006, R$ 48,00

bespanESPANHA
* Artazuri 2005, R$ 50,00
* Pata Negra Gran Reserva 2007, R$45,90
* Abadia Vegas 2007, R$19,90

bfranaFRANÇA
* CASCAI Rosé – Chateau Ferry Lacombe 2008, R$ 50,00
* Cyrcus L’Ostal Cazes – Syrah 2003, R$ 49,00
* Chateau Bel Air 2006, R$42,06

bitaliaITÁLIA
* Monte Antico – Toscana 2005, R$ 50,00
* Fontella DOCG Chianti 2007, R$ 49,00

bportuPORTUGAL
* Vinhas Velhas Branco – Luis Pato 2006, R$ 47,00
* Monte Velho – Adega Alentejana, R$26,00
* Alandra 2006, R$15,00
* Vidigal Dão DOC 2007, R$25,83

Esses vinhos podem ser encontrados nos seguintes distribuidores, variando o preço:
Expand, Mistral, Vinci, Grand Cru, Adega Brasília, Super Adega, Portofino e Pão-de-Açúcar

O maior colecionador de vinhos do Mundo!

chasseuil1O nome dele é Michel Chasseuil, francês, 67 anos, nasceu e mora em La Chapelle-Bâton em Poitou-Charentes, oeste da França. Filho de carteiro, após uma temporada no exército, mudou-se para Paris para trabalhar para Dessault Aviação, como engenheiro aeronáutico. Ele começou a se interessar por vinhos fazendo discursos para venda de caças militares. Levando os possíveis clientes para as casas noturnas parisienses, e consumindo algumas garrafas caras.

Gastava seu salário em leilões de vinhos, primeiro na França, depois pelo resto da Europa. Iniciada aos 20 anos, a coleção tinha 1.000 garrafas em 1970, 5.000 em 1980, 15.000 em 1990 e hoje tem 25.000, sendo considerada a maior coleção particular do mundo. Em 1992 ele gastou os 100.000 dólares, de seu bônus de aposentadoria, na compra de vinhos raros.

Sempre que possível, compra duas caixas do mesmo vinho, uma para coleção e outra para beber (ele nunca abriu uma garrafa da coleção). Contudo, a disparada de preços o faz vender a segunda caixa, como ocorreu com uma de Petrus 82, que ele comprou por $460 e a vendeu por $50.000. Com o dinheiro ganho ele compra mais vinhos. Chasseuil bebe 4 copos de vinho tinto por dia e prefere os do Madiran, ou do Château Feytit-Clinet (Pomerol) que é de sua propriedade e de seu filho Jérémy.

Para proteger sua coleção de roubo, projetou uma adega de alta segurança ao lado de sua casa. Três portas blindadas com códigos de segurança e proteção por radar. Um verdadeiro Bunker que fica a 6 metros de profundidade. Não satisfeito, a adega possui passagens de transporte tão estreitas, que só permitem passar uma caixa por vez, minimizando uma tentativa de roubo.

O que tem na adega de Chasseuil:

40% é Bordeaux e 30% Borgonha.

A garrafa que ele mais tem: Château d´Yquem.

Verticais: Château Lafleur – 40 safras, 1947 a 2007, Château Le Pin – 1982 a 2005, Petrus 1941 achasseuil2 2005 (tirando as 3 safras que não existiram), yquem 1811 a 2005.

Como mantém a organização de tudo: Na memória.

Fonte: Wine Spectator, Fotos: Michel Chassuil (ParisMatch.com) e Adega (academiedesvinsanciens.org)

Vinho de Jabuticaba. O que é isto?

jabutic-1Dias desses recebi um “presente de grego”. Sabendo que eu me interesso por vinhos, um conhecido me ofereceu um vinho de jabuticaba! Nem me lembro onde ele adquiriu, mas curioso fui atrás do que seria este vinho. Encontrei tantas denominações e variedades que vocês não acreditam. Vejam algumas: vinho de melancia, vinho de maracujá e até vinho de amoras. Na verdade, estas bebidas são como licores à base de suas frutas específicas, e não se sabe ao certo porque os produtores as chamam de “vinho”; certamente por motivos mercadológicos. Uma empresa de vermutes da Polônia comercializa diversos “vinhos” de maçã e morango. Outra na Alemanha produz um “vinho” de cereja. Erkh! Um projeto promovido pela Fapesp (SP) e apoio da Embrapa criou “vinhos” de abacaxi e pêssego. Lembremos da famosa Sidra, que é produzida com maçãs e é popular nas festas de reveillon. jabuticabaE o tal vinho de jabo[u]ticaba – a grafia permite as duas formas – que ganhei, afinal, não era tão ruim e caiu “bem” com a sobremesa que comi: uma tartelette de morango da Torteria di Lorenza (foto)… “Bem” coisa nenhuma [risos], era um licor vagabundo que me deu uma azia danada.

Para não dizer que não avisei, saibam que vinho é definido pela O.I.V. (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida alcoólica resultante da fermentação do mosto (suco) de uvas frescas. Qualquer outra bebida fermentada não obtida dessa forma não pode ser denominada vinho (como é o caso do “vinho” de jabuticaba, do “vinho” de maracujá, etc.).

Laderas de El Sequé 2006

laderasEste tinto da Espanha, região de Alicante, tem aromas de cereja e framboesa. Na boca boa harmonia e taninos elegantes da uva Mourvèdre. Grande surpresa da Bodegas El Sequé. Excelente custo x benefício. Na verdade um achado fenomenal do DCV, que qualificou esta pérola com nada menos que 91 pts. Algo inédito para esta faixa de preço. R$ 60,00.