Os segundos vinhos eram um pensamento distante até pouco tempo. Poucos châteaux os tinham, e sua relação com o primeiro vinho era um tanto obscura. Hoje em dia, todo château, de Cru Bourgeois para cima tem um segundo vinho que ostenta uma ligação com o primeiro vinho da casa. A história diz que os segundos são parte de uma incessante busca pela qualidade, tirando as uvas que não são boas o suficiente para fazer o primeiro vinho. Os lotes de uvas excluídos permitem fazer um vinho que mostra o château, a um preço muito mais baixo.
A realidade é um pouco diferente. Apenas metade dos segundos tem referência no primeiro vinho. É que as uvas descartadas para se fazer os primeiros vinhos, muitas vezes são misturadas as uvas de vinhas que foram replantadas. Essas vinhas jovens não produzem uvas de qualidade superior durante alguns anos, e essas entram na composição do segundo vinho.
Outros segundos vinhos são feitos de uvas colhidas de parcelas de terra que nunca entraram na composição dos primeiros (apenas 10% dos segundos são feitos de uvas colhidas de parcelas do primeiro, mas descartadas para esses).
Segundos vinhos também diferem dos primeiros. Tipicamente tem mais merlot e menos carvalho, tornando-os mais frescos e acessíveis em sua juventude. A grande questão é saber se os segundos oferecem um grande valor, pois os châteaux colocam sua experiência a um preço inferior, ou eles tem um preço baixo por o primeiro vinho ter um preço inflado. Fonte: Revista Decanter.