Pato no feriadão com vinho Codice

pato2010a1Alguns amigos andam sentindo falta dos meus artigos sobre as experiências culinárias que deixavam todos com água na boca. A justificativa, galera, é que a Faculdade está consumindo todo tempo existente em minha vida…tá um sufoco só. E olha que está ainda no começo!

Pois bem, voltei neste feriadão da República a atacar de cozinheiro, colocando as caçarolas para trabalhar [risos]. O cardápio partiu da aquisição de três patos, ganhos de cortesia de um amigo que tem fazenda nos arredores de Anápolis-GO. O pato quando abri estava perfeito e bem acondicionado, e o melhor, de criação caseira; caipira mesmo. Assim, criei o Menu com base nesta ave, qual era: pato com laranja assado ao forno, guarnecido de arroz pilaf com figo seco reidratado – invenção deste Chef, mas que ficou muito bom. A turma de casa aprovou e pediu bis!! Para dar um aspecto rural ao preparo inclui uns milhos ao final do assado, que deu um toque de fazenda especial. Os milhos foram pré-cozidos e finalizados junto com o pato.
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Após marinado uma noite inteira, com laranja, vinho branco, verduras e especiarias, o pato cortado em oitavos assou imerso neste caldo por duas horas, protegido em papel alumínio, que o deixou com a carne suculenta, saborosa e tão macia que derretia na boca. Querem a receita? Então basta enviar um comentário ou Email.

Diferentemente da minha última postagem de comida e vinho – a do CocoBambu, aqui foi o vinho que não fez frente ao finado “duck”, ficando num patamar claramente inferior. Bebemos um Codice 2006 Tempranillo, da Espanha. Um vinho com certa história mas que não me satisfez. Não que ele seja ruim, mas esperava mais dele, por isso a nota baixa (83 pts). Produzido pela renomada bodega Eguren, de vinhas com quase 200 anos, ele é 100% tempranillo e seis meses de barricas. Bom à mesa. Nada muito elaborado senão desanda a refeição – o que acho foi o que aconteceu neste caso. Acidez não harmonizada, com notas de especiarias, num corpo de médio p/ forte.

Enfim, infelizmente venceu o pato e partiremos para novas empreitas enogastronômicas, pois ainda me restam dois deles. Já pensei até no cardápio: Cassoulet de pato. Aguardem.  😉