O vinho Astralis se tornou um ícone no mundo dos vinhos. Seu preço atingiu patamares superiores a alguns premier grand cru classe de Bourdeaux. Sua procura é tão grande que se tornou difícil achá-lo no mercado, para o Brasil vêm pouquíssimas garrafas. Pois bem, consegui duas garrafas dessas e resolvi abrir uma no penúltimo dia do ano.
Vinho feito por Roman Bratasiuk na Austrália, (ele produz 07 Syrah, 05 Grenache, 03 Cab. Sauvignon e 01 Merlot) todos varietais, de vinhedos únicos e envelhecidos em carvalho francês. Cultivo biodinâmico, vinhas velhas (80 anos) de pé-franco (pré-filoxera). O vinho tinha todos os predicados para ser um grande vinho, marcante, digno de encerramento de ano. Não foi o que ocorreu. O Astralis 2005 se apresentou com pouca complexidade aromática, apenas aromas de hortelã e frutos doces, parecia em estado de latência. Na boca bem agradável, encorpado, mas sedoso, porém nada que o distinguisse de vários outros vinhos que já tivesse tomado. Resumindo: Muito pouco para o que se esperava desse exemplar. Vou guardar a outra garrafa (2003) para tomar em outra oportunidade, e ver se a primeira impressão se desfaz.