Inconfundível, incomparável, DEFINITIVO. Esses são alguns dos adjetivos que podem ser atribuídos a esse vinho monstruoso. Meu amigo Edinho diz que não gosto de vinho branco e sim de amarelo. Nunca tinha pensado nisso, mas acho que ele tem razão. Por outro lado, qual vinho é branco? Branco é leite, não há vinho realmente branco (já escrevi um post sobre isso, clique aqui). Mas voltando ao vinho em questão, ele é originário de uma propriedade de 15 hectares em Mâconnais, sul da Borgonha, natural, sem sulfitos, e é envelhecido em barris de carvalho por 05 anos antes de ser engarrafado. Isso leva a uma complexidade aromática no estilo de um Vin Jaune ou Château Chalon, com aqueles cheiros de biotônico, epocler, misturados a mel e amêndoas. Cor super-alaranjada, que pode confundir os menos experientes, com vinho defeituoso. Na boca é um mamute. Encorpado, denso, volumoso e interminável. Seu final marca por bem mais de 60 segundos. Quem comprá-lo imaginando tomar um Puilly-Fuissé tradicional, ficará chocado com o que vai encontrar. Completamente dissidente do convencional. Emoção engarrafada. Tenho que agradecer publicamente a Jaques Trefois, por ter descoberto esse vinho e tê-lo indicado à World Wine para importá-lo. Parabéns. Em Brasília na Arte e Vinho (tel: 3248-3258).