Outra degustação às cegas, organizada pelo Grand Jury Européen, no restaurante Laurent de Paris. Realizada em 11/01/11, com vinhos da safra 2005 e com a presença de diversos experts, como os sommeliers Olivier Poussier, Serge Dubs e o crítico Michel Bettane, o tema dessa vez foram os Premiers Grand Crus (todos os 5) e os Deuxièmes Grand Crus (13 dos 14, ficou faltando apenas o Léoville las Cases) da classificação do Medoc de 1855. Clique nos links para ver como foi essa prova. São dois links, cada um com mais ou menos onze minutos. Confira os preferidos:
www.youtube.com/watch?v=XeChklcKNY8 (parte 1)
www.youtube.com/watch?v=Arki90RJNM8&feature=related (parte 2)
950 rótulos e contando…
Mais do que um serviço de utilidade pública, um orgulho para nós, amantes do vinho! O DCV acaba de passar por uma longa atualização na sua página “Avaliações-DCV“, sendo acrescidos mais 100 avaliações de vinhos dos mais variados tipos. Um presente ao internauta, que fornecemos com enorme satisfação e prazer [risos, +risos]. Desta forma, totalizam 950 rótulos distintos degustados e analisados individualmente por este Editor, de forma imparcial e própria, de ampolas de todas partes do mundo, a sua maioria disponíveis no mercado brasileiro.
Vejam relação dos últimos vinhos provados e suas avaliações:
N.# | V I N H O | Tipo | Safra | País | R$ | Nt | Conceito |
936 | Dona Paula Estate Malbec | tinto | 2009 | Argentina | 30 | 83 | Bom |
937 | Heartland Stickleback – Verdelho/Semillon/Viognier/pinotGris | Branco | 2008 | Austrália | 65 | 84 | Muito Bom |
938 | Four Vines Zinfandel | tinto | 2007 | EUA | 50 | 84 | Muito Bom |
939 | Quinta Dona Leonor Res. – Douro | tinto | 2001 | Portugal | 100 | 91 | Ótimo |
940 | Speri, La Roverina | tinto | 2004 | Itália | 30 | 85 | Muito Bom |
941 | Clos Del Rey, Jacques Montagné – Languedoc | tinto | 2004 | França | 320 | 96 | Excepcional |
942 | Château Moulin-Rouge – Haut-Médoc, Bordeaux | tinto | 2005 | França | 70 | 83 | Bom |
943 | Torresella, Pinot Grigio | Branco | 2008 | Itália | 40 | 83 | Bom |
944 | Barolo DOCG Batasiolo | tinto | 2006 | Itália | 120 | 82 | Bom |
945 | Callia Alta Shiraz | tinto | 2009 | Argentina | 70 | 85 | Muito Bom |
946 | Colonia Las Liebres – bonarda (*Gf.borgonha!) | tinto | 2008 | Argentina | 30 | 88 | Muito Bom |
947 | Maximo Boschi, Merlot 100% | tinto | 2000 | Brasil | 50 | 85 | Muito Bom |
948 | Maximo Boschi, Espumante Speciale Brut | Branco | 2006 | Brasil | 50 | 86 | Muito Bom |
949 | Château Laroche Joubert, Côte de Bourg | tinto | 2007 | França | 80 | 83 | Bom |
950 | Enate Cabernet Sauvignon Merlot, Somontano | tinto | 2006 | Espanha | 90 | 86 | Muito Bom |
Acompanhe conosco esta empolgante maratona regressiva. Vai ser muito bacana!
Não vamos fazer igual ao Pelé e Romário, que ficaram 5 jogos sem marcar, por nervosismo de chegar aos MIL gols, né. 🙂
Estamos buscando o recorde da MILÉSIMA ampola. Qual será ela, hein?!
950… 951… 952… 953… e contando!
Vinhos nacionais no Festival Brasil Sabor 2011
O Festival Brasil Sabor começa oficialmente dia 28/04/2011 em todo Brasil. A festa de abertura se dará aqui em Brasília, dia 26/4, na Faculdade IESB, para 1.000 convidados que adquirirem os ingressos, ao preço de 100 reais.
Consumidor escocês não diferencia vinho caro do barato?!
Deu na BBC-Brasil (ed. 14/04/11): “Estudo sugere que vinho caro é desperdício, pois consumidor não nota diferença”. Em uma pesquisa de degustação feita às cegas realizada no mês passado, tomando 578 pessoas leigas, na Feira de Ciência de Edimburgo, na Escócia, pesquisadores da Universidade Hertfordshire, concluíram que mais da metade das pessoas não conseguem distinguir se um vinho é caro ou barato apenas provando-os. O estudo indicou que entre garrafas de 5 a 30 Libras (13 a 78 reais) as pessoas deveriam indicar quais achavam caros ou baratos. Exatamente 50% dos entrevistados erraram ao identificá-los, sugerindo que para elas não importava tanto o quanto estavam pagando. Clique aqui e veja a reportagem na íntegra.
Uai, sô. Mas pelas “minhas” conclusões, certamente se verifica que o escocês não entende nada de vinho, apenas de Scotch; o bom e velho Whisky, héhéhé… Brincadeiras à parte, há certa incongruência neste levantamento. Enfim, a questão, ao nosso ver, é se o vinho é bom ou ruim, e não, se ele é caro ou barato. Fato é que, depois de provar um bom vinho, temos certeza de que jamais você irá querer beber um vinho ruim. E, em vias de regra – não sendo de forma alguma taxativo – os melhores vinhos costumam custar um pouquinho além dos de pior qualidade. Experiência própria, gente, diga-se de passagem [risos]. Não que isto seja uma verdade absoluta.
Mais um motivo para sempre estarmos atentos às experiências gustativas; provando os mais variados rótulos, etc. Muitas surpresas encontramos quando experimentamos ampolas pouco conhecidas (pelo comércio) e nem sempre fáceis de achar. Este, por exemplo, é um dos objetivos do Blog DCV: mostrar a variedade enorme de rótulos existentes e que o internauta pode, antecipadamente, provar ou adquirir. 😉
E você, o que achou do assunto?
Mande seu comentário dizendo se prefere um vinho caro ou barato, bom ou ruim!
Terrantai Ice Wine 2009
Uma noite de relaxamento, com Vinho e Cosmos
Sabe aqueles dias em que você PRECISA sentar e relaxar? Pois bem, a noite passada foi uma destas; puro relaxamento. Depois de uma prova na faculdade, da disciplina de Técnicas Avançadas de Cozinha, que durou uns 30 minutos – foi mais fácil do que parecia, logo às 20:15 h. já estava de novo em casa. Não pensei duas vezes: -Vou rápido preparar uma pizza e abrir um bom vinho; nada pretensioso.
Leitores, a coisa ficou tão gostosa, tão tênue (a luz do abajur do escritório), tão… relaxante, que resolvi contar a vocês a sensação. Vocês tem que experimentar isto de vez, em sempre… [risos]. Combinando ainda melhor com este momento, digamos, íntimo de eu com eu, entrou o vinho. Áh, que vinho! Não era nenhum bam-bam-bam, safrado, e coisa e tal. Era um singelo vinho chileno, sem tanta madeira mas com uma sensação de frescor e elegância que não fosse o [meu] senso crítico daria CEM pontos naquela hora. Relaxei mais ainda com aquela bela ampola. Parece que ela surgiu no instante certo, pois o aroma de chuva; aquele de terra molhada após uma garoa, impregnou o nariz. Coincidentemente combinando com o momento. Dizem que vinho é momento – a frase caiu como luva nesta noite! Pesquisando mais sobre o vinho… E, esqueci de dizer o nome do Santo… Canepa Carmenere Reserva 2007, do Valle de Rapel. Um varietal produzido pelos descendentes de Jose Canepa Vacarezza, que deixou sua terra natal, Genova, na Itália, há mais de cem anos para se enveredar pelas terras andinas do Chile. O vinho mostra cor escura, corpo médio e longo final de boca. Café surge claramente no aroma. Ótima estrutura e muito bem equilibrado na acidez. Taninos super macios. Um vinho que desce como veludo, com bastante harmonia, pela curta passagem de 8 meses no carvalho. Recomendo a compra em caixas, pois o preço é bom (R$55). Cotei 88 pts (muito bom). Uma ampola que agradará a todos.
Enfim, resta terminar a garrafa e curtir um belo descanso. Que dia e que noite de relaxamento e boa música (ouvindo o maravilhoso Álbum COSMOS, do Queen). Boa noite a todos, e que possam desfrutar também de uma igual a essa. Bem, a esposa está chamando…, e o fim de noite parece que não será tão curto e nem tão calmo, certo… 😉
Participe da Abertura do Sabor Brasil 2011 – 26/abril
D.O.M é o Sétimo melhor restaurante do mundo!
Que notícia maravilhosa, galera!
Acaba de ser divulgada – nota fresquinha – a lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, pela revista inglesa Restaurant Magazine. O D.O.M, do chef Alex Atala, ficou classificado entre os Top-10 da revista, numa votação entre mais de 800 jornalistas ligados ao mundo da gastronomia. Um feito para orgulho dos brasileiros! Daí, nos perguntamos: onde este homem irá parar. Sou fã de carteirinha deste paulistano que ganhou o mundo com suas caçarolas. Em 2006 visitei [por dentro] a cozinha do D.O.M e ganhei de quebra uma dedicatória do Chef em seu livro Por Uma Gastronomia Brasileira – LER. Vejam a foto da contracapa, onde diz: “Antonio, muitíssimo obrigado! Saúde+Sucesso+Felicidades, sempre com gostinho brasileiro!! Forte Abraço, Alex Atala – março.2006”. Por via das dúvidas, já tenho meu autógrafo garantido, héhé!
Junto com esta maravilhosa notícia, temos outra ENORME novidade. A lista completa, que será anunciada esta noite em Londres, traz outros dois brasileiros entre os 100 melhores do mundo: Fasano, do restauranteur Rogério Fasano, aparece na 59ª posição, e Maní, dos chefs Helena Rizzo e Daniel Redondo, na 74ª. Confira a lista completa dos Top-10 deste ano:
1 – Noma (Dinamarca)
2 – El Celler de Can Roca (Espanha)
3 – Mugaritz (Espanha)
4 – Osteria Francescana (Itália)
5 – The Fat Duck (Reino Unido)
6 – Alinea (EUA)
7 – D.O.M. (Brasil)
8 – Arzak – Espanha
9 – Le Chateaubriand (França)
10 – Per Se (EUA)
O D.O.M está bombando, gente. Verdadeiramente, o maior cozinheiro da história recente do Brasil. E o mais bacana de tudo isso é como ele mostra e divulga os sabores nacionais ao mundo, sempre de forma inteligente e original.
Vinhos e pratos do editor-Cozinheiro (2)
Continuando com o suplício aos internautas, apresento o segundo prato que preparei com um bom vinho de acompanhamento. Na verdade, a harmonização foi bem superior ao da postagem anterior, do risoto de lula. Vamos ao Menu: uma moqueca de peixe baiana com vinho rosé Paradox Mas Neuf 2009.
Preparar uma moqueca é tão fácil que ao terminarem de ler este Post, garanto que irão direto para cozinha fazer uma igual. Use peixe robalo (opc. pintado ou vermelho) em postas marinadas com limão, sal e pimenta-do-reino, por 30′. Agora vem o pulo do coelho [risos]: o leite de coco, que deve ser caseiro, natural e artesanal. Isto mesmo, faça você o próprio leite de coco. Ultra fácil. Compre cocos in natura já secos (aqueles somente com a casca dura). Para quebrar a casca dura, leve à chama do queimador do fogão e verá que em minutos a casca se partirá. Retire a carne branca do coco e liquidifique com um bocado de H2O, só para dar consistência. Peneire. Está pronto seu leite caseiro e delicioso. Isto faz a maior diferença numa moqueca, podem ter certeza! Numa panela de pedra (a original deve usar panela de barro, produzida em Goiabeiras – Vitória, ES) esquente o azeite de dendê (na capixaba não vai dendê) e faça uma cama de rodelas de cebola e pimentão. Cubra com as postas de peixe. Faça nova cama de cebolas e pimentões, usando metade do leite de coco, e deixe ferver com tampa. Após fervura acrescente fio de azeite dendê, leite de coco restante, rodelas de tomate, coentro e cebolinha, e cozinhe mais 2′. Guarnecer com pirão feito do caldo do peixe. Está pronta a moqueca (ver foto).
Curiosidade acadêmica: a moqueca original surgiu no Espírito Santo, chamada de “capixaba” e está em vias de Registro civil, por meio de uma denominação de origem – processo que deve demandar vários anos no Brasil [risos]. Veja as Panelas de Barro da Associação das Goiabeiras (Clique Aqui).
O vinho: Paradox Rosé 2009 – Château Mas Neuf. Um vinho do vale do Rhône, França, produzido principalmente com casta Cinsaut (55%) e outras três. A crítica inglesa Jancis Robinson o classifica como adorável. Fruta madura no aroma e muito frescor na boca, com certa picância, o que sugere também comidas asiáticas para acompanhar. Decididamente um rosé diferente dos célebres irmãos da Provence, mas que caiu bem com a moqueca, especialmente se acrescida de boa pimenta dedo-de-moça no cozimento.
Chateau Kefraya
Cinco variedades de uvas entram em sua elaboração, sendo que a Cabernet Sauvignon é a principal, com 40%. Amadurece entre 14 e 16 meses em barricas de carvalho. Tem profunda e envolvente cor rubi, aromas complexos que misturam fruta vermelha, especiarias e notas minerais. Na boca, mostra taninos nobres, untuosidade e sabor muito agradável.Corte: Cabernet Sauvignon, Mourvèdre, Carignan e Grenache. Líbano, R$ 129,00 na Zahil.