Mais umas “amostras”, trazidas direto da França pelo amigo Jo, surpreenderam nossos paladares. Servidos às cegas, cada vinho em um decanter, se destacaram pela mineralidade, sutileza e originalidade.
O primeiro foi um branco de cor bem clara, translúcido, com muita mineralidade e acidez, que se prolongava na boca. Era um sauvignon Blanc safra 2008, do agora Domaine Dagueneau, vinificado por Louis-Benjamin Dagueneau, filho de Didier Dagueneau (falecido em acidente de ultraleve em 2008), e que segundo o Jo, é melhor que o pai. Era o vinho de entrada Blanc Fumé de Pouilly que lembrava bastante o top Silex, pela cor, acidez e mineralidade.
O seguinte tinha uma delicadeza na boca e explodia morangos no nariz. Cor bem clara e leve amargor final. Não me enganei, aquele era um vinho repetido, o excelente Pinot Noir Reserve do Barmes-Buecher (Alsácia) já descrito aqui. Esse já está à venda na Adega do Vinho (61-3343 2626).
O último era mais claro ainda, corpo bem leve, cor alaranjada, nariz medicinal de iodo. Apostei ser um Borgonha envelhecido, mas para minha surpresa era um tinto do Jura. Feito da uva Poulsard, era um Arbois 2007 do Jacques Puffeney, não vendido no Brasil.