Quem já ouviu falar ou viu vinho embalado nas famosas caixas Tetra pak; aquelas caixinhas de leite pasteurizado, mesmo? Algumas perguntas podem surgir aos enófilos mais puritanos, como exemplo: altera o sabor do vinho? Ou, deixa o vinho pasteurizado? Eu provei os dois elaborados pela Miolo, o Seleção e Terranova Shiraz 2009, e a impressão foi de não haver diferença substancial em relação ao produto original vendido em garrafa. Não posso garantir isto p/ vinhos de guarda ou mais refinados, etc. 😉
Antes de falarmos do comércio no Brasil, lembramos que este tipo de envasamento é bastante comum na Europa, no Chile e Argentina, Austrália, entre outros. No Chile e Argentina vinhos vendidos em Bib (bag-in-box) representam 50% do volume total. Um mercado que encontra-se em forte crescimento.
As desvantagens das caixas tetra-pak, anteriormente comentado, situam-se no campo poético da cultura do vinho, pelo simples desuso da clássica garrafa de vidro com tampa de rolha. Mas as vantagens são muitas. A embalagem bag-in-box pode armazenar 1, 3 ou 5 litros, conforme a fábrica. Seu preço é muito competitivo. O tempo de validade é outra forte vantagem do envase Bib, pois pode durar quase um mês após aberto sem perda das características do vinho, sendo muito bom para quem bebe sua tacinha diariamente. Isto ocorre porque o vinho não tem contato com o ar após aberto, pela ação de sua torneira, evitando a oxidação.
As vinícolas que mais apostam hoje no vinho Bib, são: Casa Valduga (pioneira na embalagem no Brasil), Perini, Aurora, Miolo, Aliança, Don Guerino, Dal Pizzol, SulBrasil e mais recente, as Wine Park. As outras 45 não faço menor ideia quais sejam ou onde estejam [risos]. Faça uma prova dos vinhos em tetra pak e deixe suas impressões.