Vinhos Chilenos Antigos

Noite de vinhos chilenos de safras antigas. Confesso que já não sou mais tão fã de vinhos potentes e de muita extração como costumam ser os exemplares do novo mundo. Taninos nervosos, cor negra, aromas doces e mentolados não são características que me entusiasmam e são essas as mais encontradas nos exemplares chilenos e argentinos. Pois bem, tenho que admitir que os vinhos degustados fugiram bastante das características expostas acima.

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O Domus Aurea 1998 apresentou incríveis aromas de cominho e curry que jamais havia percebido em um vinho chileno. Couro e estrebaria também presentes, com taninos suaves e fáceis. Um super-vinho.

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Em seguida foi aberto o Morandé Edición Limitada Carignan 2001. Vinho de Pablo Morandé, feito de vinhas muito velhas. Outra pluma para um vinho chileno. Muito caramelo e biscoito no nariz, novamente taninos amigáveis. O mais “chileno” dos três.

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Por último abri o Cabo de Hornos 1999. O mais elegante da noite. Maciez, suavidade, taninos encantadores, acidez e mineralidade na medida. Vinho dificilmente encontrado hoje em dia. O preferido da rodada.

Os três vinhos apresentaram turbidez, devido ao remanescente de sedimentos, mas isso em nada interferiu na qualidade dos mesmos. Embora tenham se tornado mais domados e elegantes pelo envelhecimento, não espere tomar um vinho chileno ou argentino envelhecido com características de um francês por exemplo. Sempre apresentarão o esqueleto da região. Exceções existem, como o argentino Monchenot, mas como disse, são exceções.