Aquavit recebe Convidados na Vinum Brasilis

O Aquavit é o restaurante mais exclusivo de Brasília. Fica a 30 km do centro da cidade, em uma mansão que só funciona para o jantar de quarta a sábado. O chef é o dinamarquês Simon Lau que já foi eleito o melhor da cidade algumas vezes. O cliente consome o menu que estiver em cartaz, podendo optar por três, quatro ou cinco etapas, harmonizado com vinho ou não.


A mansão é bela, com uma vista inigualável da cidade. Durante o dia o visual é mais bonito ainda, mas pelo fato de só funcionar à noite os comensais ficam privados da paisagem que inclui um por do sol que chega a ser dramático ao entrar pela sala de vidro. A única forma de desfrutar esse por do sol é participando do menu “Festa de Babette” em que o restaurante passa o filme ao entardecer, antes do jantar. Por falar nisso, esse menu está de volta (apenas uma vez ao ano) dos dias 12 a 15 de Setembro em sua VIII edição. É necessário reservar com antecedência.

Foi nesse clima de exclusividade que o restaurante recebeu a imprensa que esteve em Brasília cobrindo a Feira de vinhos Vinum Brasilis. Aproveitamos a ocasião para fazer uma degustação dos primeiros 08 vinhos da vinícola Tormentas, em que estavam presentes vinhos de baixíssima tiragem, como o Tormentas 2004, que só houve 141 garrafas. Esses vinhos foram cortesia de Luiz Cola/ES que generosamente os dividiu conosco. Veja a cobertura da degustação em: http://www.vinhosemaisvinhos.com/2012/08/impressoes-da-inedita-e-historica.html

Fomos recepcionados com toda atenção e cordialidade pela equipe do Aquavit que nessa noite nos brindou com o menu de 4 etapas. Foram elas:


Mexilhões em sua gelatina com Salsinha, Folhas Verdes, Croutons e Vinagrete.


Pirarucu Defumado com Maionese de Tucupi, salada de batata e croquete de pirarucu.


Costela de Cordeiro e Tian de Verduras, nhoque de mandioca à salvia e redução de cordeiro.


Pudim de leite Clássico, ameixas assadas com baunilha e espuma de amêndoas.

Aquavit (www.restauranteaquavit.com) tel. 61- 3369 2301 – Funciona de quarta a sábado à partir das 21:00. Fotos: Luiz Cola, Oscar Daudt, Eugênio Oliveira.

Peverella: o início, o meio e… O Futuro!

Tudo começa com Álvaro Escher e Luis Zanini fazendo o curso de enologia. Identificam-se nas idéias, atitudes e ideais. Conversando com o sogro do Zanini, seu Laurindo, ficam sabendo que o vinho que mais o agrada é o Peverella. Mas como assim? Que uva é essa? Dessa curiosidade resolvem resgatar a cepa e fazem o seu primeiro Peverella, ainda na estrebaria transformada em adega no ano de 2002.

 

A partir daí, Álvaro desenvolve um projeto com seu irmão Vítor Escher, chamado Cave Ouvidor, em que compram uvas Peverella em Bento Gonçalves e as vinificam em um sítio em Garopaba/SC. Lá são feitas as safras 2004 e 2005 do mítico e inesquecível Cave Ouvidor.


O projeto é desfeito e em 2008 Álvaro e Zanini retomam o plano Peverella lançando em 2010 a primeira safra da Era dos Ventos 2008. No ano de 2012 é lançada a segunda safra da Era dos Ventos Peverella 2010. É importante ressaltar que em 2006 o Zanini entrega alguns exemplares de pequenos viticultores de Bento Gonçalves a Jonathan Nossiter. Vinhos esses que expressavam a identidade do produtor e não cópias do vinho globalizado que dominam o mercado até hoje. Nossiter se encantou com o Cave Ouvidor Peverella do Álvaro e o adotou. Como na época seu filme Mondovino estava em alta, Nossiter tinha grande penetração na mídia e o Cave Ouvidor ganhou outro padrinho, o músico Ed Motta, que divulgou o vinho aos quatro ventos. O resto é história, como a que Pedro Hermeto serviu o Cave Ouvidor a Albert de Villaine, proprietário do Domaine de la Romanee-Conti, quando o mesmo esteve em seu restaurante, Aprazível, no Rio de Janeiro.


Contei tudo isso para chegar à degustação que idealizei há um ano e que se concretizou na semana passada. Com o lançamento da safra 2010 da Era dos Ventos, entrei em contato com o Zanini para ver se conseguia uma garrafa do 2011, que ainda está em barrica, para fazer uma vertical de 03 safras de Era dos Ventos Peverella. Depois de vários e-mails, telefonemas e contatos, chegamos à conclusão de que faríamos essa vertical aqui em Brasília durante a Vinum Brasilis desse ano. Conseguimos reunir as garrafas do Cave Ouvidor Peverella 2004 (só foram feitas 350 garrafas desse vinho), 2005 (1000 garrfas), Era dos Ventos 08, 10, 11 e 12 (500 a 800 garrafas de cada safra). Essas duas últimas safras o Zanini retirou da barrica só para a vertical. Como surpresa da degustação, Zanini conseguiu de volta a garrafa do Peverella 2002 que ele havia presenteado seu sogro, seu Laurindo, que generosamente a cedeu.


Foi durante um almoço inesquecível, escoltado pela cozinha do chef Marcelo Piucco (restaurante L´affaire), que degustamos essas 07 safras desse líquido dourado, feito com paixão e emoção. O Peverella 2002, assim como o 2004 e o 2012 foi feito sem nenhum SO2, estava surpreendentemente perfeito, mostrando que vinhos sem sulfito podem ser longevos. O 2012 é o mais turvo e demonstra um longo caminho pela frente. O 2005 o mais oxidado e os 2008, 2010 e 2011 são os mais exuberantes e complexos no nariz. O 2004 é uma jóia, com acidez, corpo oleoso e bela cor de ouro polido. O grande prazer desses vinhos é quando sua temperatura vai subindo, exalando uma paleta de aromas que foram identificadas como cravo, pipoca, pólvora, floral, jerez, resina, cevada… Vinhos únicos, complexos e emocionantes.


O que mais me impressionou foi a coerência do projeto. Facilmente se percebia que eram vinhos do mesmo enólogo, fossem eles feitos apenas pelo Álvaro ou por ambos. Os sete vinhos tinham exatamente o mesmo perfil, independente da qualidade da safra e assim disse Álvaro Escher: “Traga-me uma uva do inferno que te farei um grande vinho”.


Quero deixar meu eterno agradecimento ao Zanini, Álvaro, Pedro Hermeto e seu Laurindo, que reuniram as garrafas e compraram a minha ideia de fazer essa vertical, que começou humilde e se transformou em um evento inédito e histórico. Agradeço também a presença dos amigos que além dos citados Zanini e Álvaro, foram: Ana Paula Valduga(RS), Alessandra Rodrigues (RJ), Didú Russo (SP), Oscar Daudt (RJ), Sonia Denicol (SP), Luiz Cola(ES), Guilherme Rodrigues(PR), Luiz Miguel(DF), Petrus Elesbão(DF), Duda Zagari(RJ). Ausências sentidas: Pedro Hermeto (RJ), Ricardo Salmeron (DF) e Bruno Agostini (RJ) pessoas que têm o espírito ligado a esses vinhos.


No futuro a Peverella se tornará cada vez mais conhecida, cultuada e desejada. Resta-nos aguardar os próximos lançamentos dessa uva, que pelas mãos de alquimistas da enologia, continuarão nos surpreendendo. Fotos: Luiz Cola, Alessandra Rodrigues e Eugênio Oliveira.

Outras de coberturas em: http://www.vinhosemaisvinhos.com/2012/08/cave-ouvidor-e-era-dos-ventos-uma.html

http://www.didu.com.br/2012/08/vertical-de-peverella-pode-imaginar-isso/ (video)

 

 

Degustações paralelas no Vinum Brasilis 2012

Ainda sob o efeito inebriante desta inesquecível festa do vinho brasileiro, conto a vocês alguns outros eventos paralelos que ocorreram na Capital. Um dos grandes marcos – no meu caso particular – foi a incrível degustação propiciada pelo amigo Marcelo Copello, do Rio. Ao chegar em Brasília Copello trouxe de sua adega particular três preciosidades (duas totalmente raras nas bandas do Brasil). Numa noite regada a jantar com nossas esposas (Renata, do Copello, e Márcia, mulher deste Editor que escreve), além da companhia do parceiro Eugênio, provamos “coisas de outro mundo”… Obrigado, Copello [risos]. As ampolas da noite foram:

De Bartoli Vecchio Samperi Riserva 
20 anos – uma raridade produzida na Sicília, sul da Itália, cuja cor lembrava literalmente suco de tamarindo (foto da taça acima). Uma cor intrigante, que para os desavisados resultaria em um vinho estragado (oxidado). Mas o vinho estava inteiro, íntegro. Da cor verdadeiramente marrom, caramelo em ponto de bala, como dizemos na gastronomia. Não se enganem, pois é um vinho branco. Curiosamente, a impressão de adocicado fica só no nariz, pois na boca tudo muda de figura. Este fantástico branco é quase austero; seco, mesmo! De acordo com o Copello, que o garimpou em suas viagens pela Itália, sua produção é artesanalmente feita com paciência de Jó: são 20 anos de maturação em barricas, antes do engarrafamento! Lembra até um Marsala, mas bem diferente no paladar. Amei o vinho, em todos seus quesitos.
     
RoymeniΣΣa Organic 2003 – vinho do norte da Grécia, mais precisamente da Macedônia, produzido com a uva autóctone Negoska, uma parente da Xynomavro. Um vinho tinto totalmente diferente dos demais gregos que já provei. Aromas de iodo e leve especiado. Não sabemos de onde surgiu ampola tão rara e inusitada. Delicioso no paladar de frutas vermelhas, com estrutura e tipicidade, chegando a lembrar os vinhos feitos de baga portugueses. Elegantíssimo!

Pintas DOC 2001 – por fim provamos este clássico de Portugal. Um vinho carnudo, forte, de pesado corpo. Maravilhoso no aroma e sabor. De final longo. Foi encerramento com chave de ouro deste encontro regado a muito pate-papo e troca de experiências que jamais esquecerei.

Vinum Brasilis 2012-Veja como foi.

Recorde de vinícolas participantes na Vinum Brasilis 2012. Foram 33, mais o estande do DCV que apresentou 09 vinícolas. A relação oficial é a seguinte:

Irmãos Basso, Domno Brasil, Don Laurindo, Cave Geisse, Gran Legado, Hermann, Casa Valduga, Dal Pizzol, Don Guerrino, Don Giovanni, Vallontano, Cordilheira de Santana, Maximo Boschi, Santa Augusta, Pizzato, Irmãos Molon, Luiz Argenta, Miolo, Salton, Quinta Don Bonifácio, Lídio Carraro, Quinta da Neve, Pericó, Dezem, Antônio Dias, Rio Sol, Sanjo, Camponogara, Kranz, Aurora, Valmarino, Fabian, Perini.

No estande do DCV foram apresentados os seguintes produtores: Era dos Ventos (RS), Coopernatural Hex Von Wein (RS), Quinta da Figueira (Florianópolis), Estrelas do Brasil (RS), Quinta Ribeira de Mattos (RS), Tormentas (RS), Éléphant Rouge (RS), Arte da Vinha (RS), Pirineus Vinhos e Vinhedos (Cocalzinho-Goiás).

Com um número de 2.200 participantes o público pôde apreciar o que há de melhor na produção nacional. Vinhos tintos, brancos, espumantes e rosés. Teve até espumante com flocos de ouro. O Nero Gold da Domno com flocos 23k.

Como novidade de outros estandes enumero o Carmenére da Fabian, o brut rosé da Kranz e o Malvasia da Dezem. Não tive tempo de visitar muitos estandes, pois estava divulgando os vinhos dos garagistas no DCV que mais uma vez foram bastante procurados pelo público.

 Era dos Ventos: foram servidos o Peverella 2010 com todo seu teor de gasolina e o primeiro vinho tinto do projeto: o Merlot 2007. Esses vinhos podem ser adquiridos por meio da Confraria Carioca no Rio de Janeiro tel. 21- 2244-2286.

Coopernatural Hex Von Wein: conhecido como vinho das bruxas pode ser adquirido pelo site www.vinhoorganico.com.br. Foi servido o Cab. Sauvignon.

Quinta da Figueira (Florianópolis): Foram servidos 05 vinhos. Reserva Perpétua Lote I, Reserva Perpétua Lote II, Istepô (zero SO2-100% merlot), Ponte Velha (Cab.Sauv./Merlot), Miramar (Sangiovese, C.S, Merlot). Vinhos podem ser comprados pelo site www.quintadafigueira.com.br

Estrelas do Brasil: Brut Champenoise 2006, Brut Rosé Champenoise 2009, Dall Agnol DMD 2005 (C.sauvig.) e Dall Agnol Superiore 2005 (Esgotado). Podem ser comprados pelo site: www.estrelasdobrasil.com.br

Quinta Ribeira de Mattos 2005. Foi servido o n.2, vinho de minha adega particular que não existe mais à venda.

Tormentas Garagem Branco 2011: Vinho que ainda pode ser adquirido comprando-se um lote de outros vinhos em www.tormentas.com.br

Élephant Rouge 2008: Vinho também esgotado, mas que ainda pode ser encontrado em alguns restaurantes de SP ou pelo e-mail [email protected]

Arte da Vinha: foi apresentado o Espumante Inusitado branco, feito de 05 uvas tintas e o Carmenére Benedito 2011 que só gerou 254 garrafas. Contato: [email protected]

Pirineus Vinhos: Os vinhos do Goiás. Intrépido 2010 Syrah e Bandeiras 2010 Barbera. Contato: [email protected]


Parabéns ao Petrus Elesbão que mais uma vez não mediu esforços para que tudo ocorresse da melhor forma possível nessa feira que já faz parte do calendário do vinho brasileiro.

Acompanhe outras coberturas do evento em:

http://www.enoeventos.com.br/201203/vinum/vinum.htm 

http://www.didu.com.br/2012/08/a-melhor-mesa-da-vinum-brsilis-2012/

http://www.didu.com.br/2012/08/mais-videos-da-vinum-brasilis-2012/

 

 

Ch.Reignac. Prova de duas safras.

O Chateau Reignac ficou bastante famoso depois que em algumas degustações às cegas, promovidas pelo Grand Jury Europeen em Paris, se saiu melhor que vários vinhos renomados como Petrus, Cheval Blanc, Mouton-Rothschild, Lafite e outros infinitamente mais caros que ele. Caso queira saber do que falo, acesse os vídeos abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=ptXx_1lPwG8 video de 29/06/2009- safra 2001

http://www.youtube.com/watch?v=3FBqTlPuiik vídeo de 06/11/2010- safra 2004

O Ch. Reignac vem de uma apelação de Bordeaux conhecida como AOC Entre-Deux-Mers Controlée que se localiza entre os dois rios, Dordogne e Garonne, e é utilizada para os vinhos brancos. Como o Reignac é tinto, ele é engarrafado como Bordeaux Supérieur. Composto de 75% Merlot e 25% C. Sauvignon. As vinhas têm em média 42 anos, 20 % das uvas são vinificadas em barricas novas de carvalho e os 80% restantes em inox, depois passam 18 meses em carvalho até chegar ao mercado.

reignacduo

Tive a oportunidade de degustar duas safras desse vinho, convite do amigo Marcio Neves, na presença do também amigo Gustavo Machado. As garrafas eram das safras 2000 e 2005, duas grandes colheitas em Bordeaux. O enólogo é Michel Rolland, o que me deixou um pouco apreensivo quanto a ter muita extração e potência. O Reignac 2000 está prontíssimo, sem nenhuma aresta. Aromas de grafite, cedro e couro predominavam nesta garrafa que mostrava evolução na cor; na boca era pura sutileza, com um ataque muito macio. O 2005 está novo, vai durar muito ainda. Com cor bem mais púrpura, taninos mais chamativos, aromas de pimentão e textura larga no paladar é um vinho que requer mais tempo de adega para atingir o nível de prazer do 2000.

Uma excelente opção para quem quer tomar um ótimo Bordeaux (outras dicas são Moulin D´ Issan e Haut-Condissas) sem pagar o preço que pedem pelas etiquetas famosas.

 

 

Ingressos Finais para Vinum Brasilis!

O último lote também esgotou e com o sucesso de vendas por meio do DCV, a organização da Vinum Brasilis resolveu disponibilizar os convites derradeiros através do nosso site.

Veja como adquirir os ingressos remanescentes:

33 vinícolas, mais de 300 rótulos, buffet e van para levar em casa incluídos.

Vinícolas Confirmadas até o momento:

1- Dezem

2- Domno

3- Antônio Dias

4- Pericó

5- Perini

6- Don Bonifácio

7- Kranz

8- Aurora

9- Pizzato

10- Don Laurindo

11- Dal Pizzol

12- Hermann

13- Quinta da Neve

14- Don Giovanni

15- Miolo

16- Don Guerino

17- Maximo Boschi

18- Salton

19- Luiz Argenta

20- Fabian

21- Vallontano

22- Club des Sommeliers

23- Valmarino

24- Villa Francioni

25- Lídio Carraro

26- Sanjo

27- Casa Valduga

28- Santa Augusta

29- Monte Pascoal

30- Garagistas (DCV)

31- Camponogara

32- Gran Legado
33- Cave Geisse

Valor: R$ 60,00-por dia; Local: Centro de Convenções de Brasília, dias 15 16 de Agosto (quarta e quinta-feira)

Vendas: Através do e-mail [email protected] ou pelo tel. 8412 9781

 
 

Sottano e Judas em Brasília

Mais uma vez o restaurante Francisco, do Clube ASBAC (Brasília), foi palco de excepcional degustação. Desta vez o mestre sommelier Paulo Kunzler trouxe os vinhos da bodega argentina Sottano. Foram apresentados cinco rótulos da marca pelo representante Sebastian Olalla. Para vocês terem uma ideia a bodega faz parte do distrito de Perdriel, na Argentina, reconhecido como uma das melhores regiões de Mendoza.

Contando com vários participantes conhecedores “de peso” como, Rodrigo Leitão (Blog do Rodrigo), Liana Sabo (Jornal Correio) e o próprio Chef Francisco, os vinhos agradaram pela consistência e elegância, algo já notado por este Editor que vos escreve. Aliás, a escolha desta vinícola foi mais um achado do amigo kunzler, que na minha humilde opinião é um dos maiores “faros” para grandes vinhos de Brasília.
As provas das ampolas estão abaixo comentadas. Vamos a elas:

1. Sottano Clássico Cabernet 2011: aberto, frutal, leve cassis. Cor violáceo e médio corpo, com poucos taninos. Passa 8 meses em barricas, que lhe dá boa estrutura e sabor. Preço: R$ 27,00.
2. Sottano Reserva Cabernet 2009: um nível acima do clássico. Aromas ainda fechados de ameixa e estrebaria, com especiarias. Cor atijolado com halos violeta. Corpo de médio p/ pesado. Bons taninos lhe dão uma evolução para mais cinco anos, fácil. Um excepcional vinho para faixa de preço: 41 reais. Incrível. Dá para comprar em caixas. Após meia hora na taça o Chef Francisco observou a espantosa evolução na complexidade dos 12 meses de barricas.
3. Reserva de Família Malbec 2008: ainda alcóolico merecendo mais de uma hora de aeração. Mas mostrou a força da elegância dos Sottanos, que com ótima estrutura e harmonia agradam logo de cara. Aroma predominante terra molhada com taninos deliciosos pela maciez. Impressionou o longo final de boca. Preço imbatível de 71,00!

4. JUDAS Malbec 2007: o nome foi dado devido a uma curiosa história que um dos irmãos da bodega produzia o vinho experimentalmente sem contar aos demais membros da família. Daí quando descobriram o batizaram de Judas. O melhor produto da Sottano, só feito com videiras de mais de 75 anos, com reduzida tiragem: apenas 5.000 gfs/safra. Um vinho fabuloso, muito estruturado e elegantíssimo, nada lembrando os clássicos malbecs argentinos de outrora. No estilo bordalês, esbanja harmonia entre taninos e carvalho. Avaliei com 93 pts. de altíssimo nível. Uma agradável DESCOBERTA! Preço pra lá de bão: 174 reais na revenda MaxBrands.

Aquavit, o restaurante mais exclusivo de Brasília


O Aquavit é o restaurante mais exclusivo e agradável da cidade (confira o site do restaurante aqui). Localizado no Setor de Mansões do Lago Norte a 30 km da rodoviária, funciona em uma casa à beira do lago Paranoá projetada pelo chef/proprietário Simon Lau. Com pé direito alto e parede de vidro de frente para o lago, o cliente tem uma das mais belas visões da cidade enquanto aprecia o menu.


O cardápio é mensal, desenvolvido pelo chef e sua equipe. Funciona assim: a cada mês é sevido um menu que o cliente pode escolher entre 03, 04 ou 05 pratos, harmonizados ou não com vinho. Antes de entrar na carta é feito um teste com alguns convidados para ver o que vai funcionar. Nesse soft-open são testados de 03 a 04 vinhos por prato, para ser escolhido o que mais harmoniza com o mesmo. Não tenho notícia de outro restaurante na cidade que faça esse tipo de trabalho, logo, aquele vinho que está sugerido ao prato não está lá à toa, ele venceu, às cegas, outros três concorrentes. O DCV esteve lá e conferiu a prova.


O chef Simon Lau é um dinamarquês que está há 25 anos no Brasil e alterna menus contemporâneos com brasileiros. Seu restaurante já foi chamado de Noma brasileiro pelo jornalista de O Globo, Bruno Agostini, que esteve aqui ano passado participando da Vinum Brasilis e ficou encantado com sua cozinha, confira a reportagem aqui.

Desierto 25/5 Syrah

Vinho da denominação La Pampa, Patagônia Argentina, feito pelo reconhecido enólogo norte-americano Paul Hobbs. 100% Syrah, com 70% dez meses de estágio na madeira. Provado com codorna recheada de queijo brie e acelga, no restaurante Restó, em Buenos Aires. R$60,00VinhosWeb.Com.