Nos dias 4 e 5 de dezembro, Brasília foi palco da feira de “Arte e Vinho”, realizada no Espaço Patrícia Buffet, no Clube Assefe, com o patrocínio das enotecas Art du Vin e Decanter, e sob a supervisão dos amigos Adroaldo Quintela e Petrus Elesbão. Um evento que, muito mais que mostrar vinhos, trouxe ao público obras de arte em pinturas de seis renomados artistas da Capital: DONIZETE GARCIA, MALU PERLINGEIRO, MAURO LAFORGA, NANCY SAFATLE, SHEILA TAPAJÓS e SONNIA GUERRA. As obras variavam dos tons pastéis aos super coloridos, com temas humanos, paisagísticos e natureza morta. Possuíam tamanhos variados, desde pequenos quadros a grandes painéis, e preços para todos os bolsos. Quem aproveitou o tempo da feira pôde apreciar a boa qualidade dos artistas e suas interpretações.
Os promotores da Feira – Marcos Rachelle, Adroaldo e José Filho
Para comentar os vinhos, apresento a vocês o esplêndido relato do amigo RENZO VIGGIANO, que expõe com precisão os destaques entre os 230 ofertados:
” Na Art du Vin tomamos, aos montes, um espumante português de inspiração francesa, muito bom mesmo, chamado, se não me engano, Colina. Na mesma mesa encontramos um corte branco de nome Mariana, exótico e delicioso. Contém Antão Vaz, Arinto e Alvarinho. Ainda ali, dois Alvarinhos de prima, um deles engarrafado na mais bela “bottiglia” dos últimos tempos, produzida com design italiano. Entre os tintos, destaco: Santa Ema Catalina, Marques de Murrietta, ambos espanhóis. Entre os italianos, Centine, da Toscana, e um Montepulciano d’Abruzzo,…cujo produtor é Farnese. A se destacar, também, um certo Cinque Autoctone, que eu não conseguir provar, mas que foi cantado em verso e prosa pelo Maia [outro confrade]. Entre os brasileiros, surpreendeu-me a melhora na qualidade dos vinhos da Rio Sol, do Vale do São Francisco. O tal Paralelo 8 está muito bom, assim como o outro, Maria qualquer-coisa, ou qualquer-coisa Maria, não lembro. E a conversa do enólogo português é ótima.” Este vinho que o Renzo comenta chama-se Vinha Maria, um varietal Viognier delicioso, que foi inclusive servido em jantar que cozinhei para 14 Embaixadores num evento da Faculdade IESB, em 18/11/2011.
“Muito legal ver o crescimento, nesses oito ou dez anos, das vinícolas do Nordeste. Já havia ficado surpreso com outro nordestino, cujo nome esqueci outra vez, mas que é da Miolo. Segundo o representante da vinícola, o Jorge, esse vinho já acabou na vinícola, assim como o Alvarinho da Campanha Gaúcha…” Parece-me que se trata do Winemakers Selection Cabernet, e também foi servido no mesmo evento descrito acima.
” No lado da Decanter, o ótimo Albarinho da Bouza estava lá. Da Bouza, provei também um corte inusitado: Tempranillo com Tannat. Bom demais! E, com muita alegria, pois acompanho essa vinícola desde seu nascimento, provei um Quinta da Neve cortado em Cabernet Sauvignon, Sangiovese e Merlot. Também muito bom.”
(Renzo Viggiano – especial para o DCV).