Ei-los na sequência de serviço (da esquerda p/ direita): – FÈLSINA Rancia Chianti Clássico DOCG 2007 (ITA);
– MOUCHÃO Alentejano 2002 (PRT);
– MOUCHÃO Alentejano 2002 (PRT);
O saumur blanc do Domaine du Collier é um vinho relativamente novo, mas já cheio de histórias. A vinícola pertence a Antoine Foucault que vem a ser filho de Charly Foucalut (proprietário do mítico Clos Rougeard em sociedade com o irmão Nady Foucalut).
Antoine trabalhou no Clos Rougeard por quatro anos e em 1999, aos 26, adquiriu, através de sua família, 04 hectares na região de Brèzè no Loire. Hoje a vinícola tem 06 hectares sendo a maioria de chenin blanc (incluindo algumas vinhas de mais de 100 anos) e menos de 01 hectare de cabernet franc. A propriedade se dedica a viticultura natural, sem utilização de tratamentos químicos, herbicidas e fertilizantes. A colheita é manual, as leveduras são indígenas e só é utilizado um pouco de enxofre na hora do engarrafamento.
O exemplar bebido foi o saumur blanc 2010 de vinhas de 20 a 75 anos. É um vinho que demonstra complexidade já na juventude. Apresenta uma cor clara e límpida com aromas de pêra e flor sugerindo uma leve doçura. Na boca tem muita mineralidade, acidez, e quando a leve doçura sugestiva do nariz começa a se confirmar, uma avalanche de cítrico, limão e frescor desce atropelando. Foi um excelente acompanhamento a lagosta ao thermidor.
Organizadores:
Art Du Vin (M.Rachelle) | Decanter Enoteca (José Filho)
Já contei aqui que convite para ir à casa dos Jabour não se recusa. Nessa semana eles receberam Júlia Almeida que trabalhou no Attimo e acaba de deixar Maní (SP) rumo ao Peru, para troca de experiências culinárias. Ela chegou terça, trabalhou a semana com a Luiza Jabour e na sexta fizeram um jantar apresentando o que foi praticado durante a semana.
Não dá para detalhar tudo que foi servido, mas o meu destaque vai para o risoto de beterraba, ceviche e a massa ao camarão de parrilla.
Como aqui o assunto principal é o vinho, aí vão as belas garrafas abertas nessa noite:
1- Vouvray Le Naturel Sebastien Brunet.12% ABV. 100% Chenin Blanc. Passagem por aço e madeira usada. Textura e cremosidade permeadas por aromas de carambola e cerveja, fazem desse vinho mais uma bela surpresa do portfólio do Savio Soares
2- Les Maison Brullés abv 11,5%, sauvignon Blanc. Um pet´nat com um açúcar residual mais notável que o do vinho anterior. Leve agulha que combatia e refrescava o doce do ataque inicial. Ficou perfeito com o ceviche condimentado.
3- Domaine de Saint Pierre- Petit Coroulet-Arbois-2012– Jura, 12%. Um blend de Pinot Noir com Poulsard, muito refrescante e com bastante cereja. Pra beber um litro.
4- J´en Voux 2012-J.F.Ganevat– 10,5% – Uma mistura de 18 uvas, entre tintas e brancas do Jura. Já provado e postado algumas vezes. Não só o rótulo é inusitado e provocante, como o vinho acompanha toda irreverência da arte. Muito frescor, leve gás dando a sua agulhada seguindo o estilo do vinho aterior. Mais glou-glou que complexo.
5- Morgon Cuvée 3,14 do Jean Foillard safra 2010. Abv 13,5%. Apesar de Gamay, um vinho mais “sério” que os dois anteriores. Um levíssimo confitado, lá no fundo, não passou nem perto de estragar esse que, para mim, foi o vinho da noite. Fumo, flor e acidez. Lindão.
6- Munjebel- Frank Cornelissen Bianco 9. Abv 14%. Vinho laranja de longa maceração feito de Grecanico d’Orato (80%), Coda di Volpe, Carricante e Cattaratto. Pequena tanicidade, mas o que mais surpreende é o corpo com uma bela acidez. Daqueles poucos vinhos laranja que você bebe sem se empapuçar.