Chefs degustam vinhos espanhóis da VINCI

degvinc3aDia 6/8 (6a.feira), entre vários apreciadores de vinhos, fomos convidados pela loja VINCI Vinhos a degustar rótulos espanhóis no restaurante DUDU Camargo, com presença de tops Chefs da Cidade, como: Francisco Ansiliero, William Babel, e Rodrigo Almeida do DUDU da 303 Sul. Foram seis vinhos especiais de 4 bodegas representadas pelo gerente Jorge Sosa, vindo direto da Espanha. Vejam a qualidade dos vinhos mostrados. Na foto: Marly Dias (Bordeaux-VINCI) e Jorge Sosa (Bodegas Naia-Nora-Del Cénit-ManoaMano).

Las Brisas 2007 (branco) – Elaborado 85% uvas Verdejo. Aroma frutas e leve defumado, na cor palha quase branco. Boca com boa acidez e pouco cítrico. Nada de madeira e bom p/ peixes. 85 pts.
Nora 2007 (branco) – 100% Albariño, este exemplar prima pela altíssima persistência, ficando largos minutos na boca. Entre os melhores da degustação. Cor amarelo caramelado. Frescor e citricidade em alta. Ótima acidez e enormemente indicado com bacalhau. 90 pts.
Naia 2007 (branco) – Outro branco de surpreender, só que desta vez 100% Verdejo, com curta passagem em carvalho. Interessante são as vinhas pré-filoxera com idade de 85 anos. Amarelo e fios verdes, tem boa persistência que enche a boca! 90+ pts.
Naiades Rueda 2006 (branco) – Um vinho de maior elegância que os demais. Profundo e de médio p/ muito corpo. De mesma produção do Naia, com Verdejo, mas estagia 8 meses em barricas. Ótimo cítrico e grande complexidade. O melhor da degustação. 91 pts

Tivemos ainda dois tintos:degvinc2a
Mano a Mano Tempranillo 2007 – Maturado 6 meses em carvalho e cor violácea viva. Aromas compota e toque adocicado. Frutas aos montes em leve corpo. Apesar dos 14% álcool mostra-se plenamente equilibrado e harmonioso, com taninos finos. 89 pts.
Venta Mazzaron Tempranillo 2005 – Uma ampola “de responsa”. Excepcional estrutura. Cor rubi brilhante e aromas de frutas maduras e, de novo, surge um leve defumado. Outro ótimo exemplar tempranillo das Viñas Cénit. 91 pts.

Estes vinhos podem ser encontrados a preços promocionais:
Loja VINCI – Bordeaux, Lago Sul, QI 13, Bl. E – fone: 3248-7311.

Columbine Cab.Sauv. 2003

columbineWilliam Cole Columbine Reserva Cab.Sauvignon 2003 é produzido no Chile pela W.Cole, no Vale Casablanca. Vinho de estilo elegante com evidência de frutas maduras e elementos da madeira como a baunilha. Estagia em barricas de carvalho francês e americano durante 8 a 12 meses. R$ 70,00 – Ana Import.

3 VINUM BRASILIS 2010 – Chegou a hora!

3o. VINUM BRASILIS
CHEGOU A OPORTUNIDADE DO ANO !!

MAIS DE 100 RÓTULOS, 18 VINÍCOLAS,  VINHOS PREMIADOS!!
O EVENTO DE VINHO DE MAIOR SUCESSO FORA DO RS.
TUDO EM UM MESMO LOCAL: VINHOS, COQUETEL E PRÊMIOS.

26 DE AGOSTO, ÀS 19:30 h.
CLUBE DA ASSEFE – SCES Tr.1, Lt 7 – BRASÍLIA
Informações: 3443-8996 – Valor R$ 50,00 (clique abaixo)3vbrasilispq

Rótulos pitorescos e originais!

De vez em quando encontramos vinhos com rótulos divertidos e alegres. Quase sempre estão impressos no contra-rótulo palavras de sabedoria, poemas, declarações de amor, piadas, dentre outras frases bem criativas dos produtores. Resolvi então achar garrafas com alguns destes textos para mostrar aqui. Vejam que bacana alguns modelos.

rotul1 rotul2
“Da altitude de 1.000m resulta um vinho diferenciado, que guarda segredos para serem desvendados… Abra esta garrafa e liberte o buquê da brisa dos campos e o sabor…”
(vinho Sozo 2005 Cab.Sauvignon/RS-Brasil)

“Celebra. Tudo é passagem. Cerca-te de amigos. Divida tua mesa. Cante, faça rima dos sonhos que abandonaste. Considere: o que pulsa no coração alheio…é teu desejo secreto. Ao que é impossível de dizer, para não torná-lo menor, brinda com vinho…”
(vinho Monte Azzurro 2005, Tríplice Rosso/RS-Brasil)

rotul4 rotul3
“…Deverá ser consumido em BOA companhia.” (vinho Monsaraz 2006-Portugal)


“Este vinho reflete o amor e a dedicação da família…, oferece nesta garrafa a essência do que é a alma destas pessoas.”
(vinho Bettú 2004/RS-Brasil)

Se você tem ou bebeu alguma garrafa de vinho com textos pitorescos e originais mande para nós, inclusive em outros idiomas. Estaremos publicando em nosso Fórum de comentários uma coletânea dos rótulos enviados pelos leitores. Envie o seu comentário com o texto e o nome do vinho. PARTICIPE !

Art du Vin promove mega-degustação da Vinissimo

politec2aNuma noite memorável a distribuidora Art Du Vin promoveu uma mega-degustação dos vinhos da Vinissimo – mais uma importadora a aportar no DF. O local do evento foi a Politec, de Brasília, na belíssima cobertura do edifício-sede da empresa. O convidado para proferir a Palestra-apresentação ao seleto grupo de participantes foi o mestre Arthur Azevedo, ex-presidente da ABS-SP. Os vinhos trazidos pelas duas lojas foram esplendidamente mostrados pelo Dr.Arthur, que conduziu maestralmente a degustação. Vejam o show de ampolas servidas na noite de 5a.feira (15). Este evento veio em boa hora, pois de acordo com os últimos dados (Ibravin), Brasília já figura como a segunda maior consumidora de vinhos do País, superando o Rio no total de vendas.

Dog Point 2008 (branco)  Um belo exemplar de Sauvignon Blanc da Nova Zelândia. Aroma de frutas maduras e leve insinuação de café e carvalho. Cor amarelo palha e tons esverdeados. Na boca uma surpresa, pois apesar do estágio 18 meses em madeira, não transpassa ao vinho, que prima pela ótima harmonia e estrutura. Final longo e um frisante quase imperceptível. 90 pts-DCV.
Gewurztraminer Cuvée Réserve
08, Martin Schaetzel (branco) Da Alsácia (França), este branco tem uma produção esmerada, com ótima acidez. Cor amarelo palha. Uma leve doçura remonta aos exemplares deste tipo. Por fim, um amargor soava na lembrança. Bom com aperitivo ou queijos, não mais que isso. Não é dos melhores representantes desta casta, mas uma ampola digna de registro pela tipicidade. 86 pts-DCV.
Beaune Toussaints 1erCru 2006,
D.A.Morot Um borgonha 100% pinot noir de cor rubi e reflexos púrpura. Aroma de compotas! Ainda muito tânico denotando mais tempo de amadurecimento. Forte adstringência. Sofisticado e muito elegante, com promessa de ótimo futuro. Já hoje combina bem com costeleta de cordeiro. 87 pts-DCV.
Lafken Garage 2007, Maipo-Chile
Um blend de fabricação diferente no Alto Maipo, do Chile, com 50% carménère, 35% cab.sauv., 11% syrah e 4% p.verdot. O aroma floral e mentolado característico do terroir chileno surge sempre com força. Gosto adocicado e achocolatado. Um corpo médio e equilibrado, com coloração rubi e fios de violeta. Dezoito meses em barricas carvalho francês. Considerado um dos poucos vinhos de garagem do Chile. Ótimo com carnes grelhadas. 85 pts-DCV.
Sanleone
IGT 2005 Produzido pela nova geração do Castello Sonnino, este excepcional vinho veio resgatar um vinhedo abandonado há décadas, por esta família centenária da Toscana (Itália). Levemente frutado, este supertoscano contém 70% merlot, 20% sangiovese e 10% p.verdot. É um vinho para no mínimo 10 anos, mas pode ser bebido já, apesar da presente adstringência, que pode ser amaciada com horas de decantação antes de servir. Na boca um veludo incrível, com harmoniosa acidez, maciez e tostados. Equilíbrio puro e longa persistência. Hoje melhor provar com um delicioso ossobuco. Ultra recomendado! 93 pts-DCV.
Château Belleuve Tayac 2005, Margaux-Bordeaux Uma acidez característica de um bom bordeaux, com álcool equilibrado. Aromas tostados e café. Na boca ameixas e carvalho na medida. Boa concentração e complexidade. Interessante salientar a fermentação em inox da Cabernet e Merlot, e em barricas de carvalho para a petit verdot. Melhorou enormemente após uma hora. Surpreendente evolução na taça! 89 pts-DCV.
Dúvida 2005, Alentejo  Obra-prima de António Saramago! Uma ampola sem “dúvidas” das melhores que provei. Eleito ano passado melhor vinho de Portugal; e não estavam errados. Uma explosão de elegantes sabores. Aromas de geléia e redução de melado. O estágio 12 meses em barricas francesas mais 12 meses em carvalho americano não deixaram dúvidas a Saramago! A história da criação deste vinho daria várias páginas, que faremos em outra ocasião. 95 pts-DCV.
Clos Del Rey 2004, Languedoc Uaww… que exuberância. Jacques Montagné é um pequeno produtor entre os grandes do Languedoc. Tudo é feito manualmente, desde a colheita. Um vinho para ficar na memória pela concentração e profundidade. Equilibrado, austero e elegante. Aromas complexos de frutas negras, minerais e especiarias. Uma persistência de tirar o fôlego. Taninos finos e maduros. Um show de vinho! 96 pts-DCV.
Clarendon Hills, Moritz 2007 (Austrália) A expressão dos clássicos do sul da Austrália, que se torna um dos melhores produtores do mundo. Colheita manual e leveduras naturais, um vinho diferenciado. De extrema personalidade e mostra um terroir próprio. Sente-se esta incrível tipicidade da terra. Rubi com tons violáceos, cheira forte menta e leve pomada Vick [risos]. Excelentes taninos denotam longa guarda. Junto com o Dúvida e Clos del Rey, dominaram a noite! 94 pts-DCV.

politeca

Os editores do DCV agradecem a hospitalidade do Sr. Helio Santos da Politec, ao Marcos Rachelle e Gentil, da Art du Vin pela oportunidade, e à equipe da Vinissimo, Wlamir Rizzo e sua esposa Solange e Arthur Azevedo. Desejamos bons negócios na Capital. Os vinhos da Vinissimo são encontrados na Art du Vin: QI 3, Bl.D, Lj.8 térreo, Lago Sul – 3365-4078 | 8161-0781 | 9557-3120.

Merlot Terroir eleito 1o. do mundo…eu já sabia, Yéah!

merlotterroirEU JÁ SABIA… YÉAH!!
A Revista Época desta semana destaca na matéria intitulada A Glória do Merlot é Nossa, a degustação realizada em Londres, com quase uma centena de rótulos de vinhos da uva Merlot, de produtores de 11 regiões do mundo. O Brasil saiu laureado colocando nada menos que oito de seus Merlot na lista dos 10 melhores avaliados. O idealizador desse estudo foi um Master of Wine, o paranaense Dirceu Vianna, radicado há 20 anos na Inglaterra. O desafio – aceito por 40 dos maiores degustadores de vinhos do mundo, entre eles quinze outros M.Wines – era escolher entre rótulos da uva Merlot os dez melhores, na faixa de preço de até R$ 45,00 (custo na Inglaterra = $15 Libras). É lógico que isto não significa dizer que o Brasil esteja na frente dos demais países produtores, o que seria um absurdo, pois neste compêndio não entraram para comparação as grandes marcas como os Bordeaux de St.Emillion ou de Pomerol, por terem preços mais elevados.

Clareando a mente dos internautas, vamos às ponderações. Como vocês puderam perceber acima, “devagar com o andor que o santo é de barro” [risos]. Sempre gosto de lembrar do problema que temos com este tal de preços de vinhos no Brasil, e consequentemente, nas comparações com estrangeiros. Os vinhos nacionais que concorreram no estudo são caros [no Brasil], comparando com rótulos importados/exportados, por exemplo: um merlot Terroir custou na Inglaterra 45 reais e no Brasil é 80 – alguém entende? Em suma, neste concurso entraram somente aqueles estrangeiros ditos de 3a. categoria e abaixo do valor cultural aceito pela população daqueles países; vinhos abaixo da média aceitável dos produtores como França, Itália, Chile, etc.

O fato benéfico de tudo isto, que venho destacando não é de hoje (vejam meu post de 12/10/09), é que aqueles vitivinicultores nacionais que apostaram na casta Merlot, estão colhendo o resultado favorável deste recente estudo acadêmico promovido em Londres. Se isto é um indicativo válido para todos e em quaisquer regiões produtoras não sabemos, mas já é um preceito a ser fortemente considerado. E que deve servir de alerta para bem da produção nacional. A seguir temos a lista dos dez classificados na polêmica degustação de Londres. Confiram a matéria Época: http://www.ibravin.org.br/int_noticias.php?id=500&tipo=N

Os 10 Melhores Vinhos Merlot do Mundo – IMW(Londres):

1º Miolo Merlot Terroir 2005 – Brasil
2º Thelema Merlot 2005 – África do Sul
3º Pizzato Single Vineyard Merlot 2005- Brasil 
4º Vallontano Merlot Reserva 2005 – Brasil
5º Concha Y Toro Casillero del Diablo Merlot 2006 – Chile
6º Larentis Reserva Especial Merlot 2004 – Brasil
7º Don Laurindo Merlot Reserva 2005 – Brasil
8º Cavalleri Pecato Merlot Reserva 2005 – Brasil
9º Michelle Carraro Merlot 2005 – Brasil
10º Milantino Merlot Reserva 2004 – Brasil
———————————————-fonte: Ibravin.

Mais 80 vinhos e um novo Recorde!

Um novo recorde acaba de ser atingido: 850 vinhos avaliados. Que desafio tannat06lcgostoso, hein!! Ufááhh… No mês passado abri quatro garrafas que ficaram na memória e gostaria de dividir com vocês a experiência. Estes rótulos fazem parte da nova atualização que fizemos no ranking de Avaliações-DCV, com mais 80 vinhos. Com isto, atingi o total de 850 rótulos provados e analisados pessoalmente. Uma marca individual considerável.

1. Tannat Grande Vindima Lidio Carraro 2006 – Um tannat de surpreender. Bem diferente dos exemplares do vizinho Uruguai. Sabor de fruta bem característico, elegante e harmonioso, com boa acidez. Ele foi provado diretamente nesta vinícola boutique, que fez só 3000 grfs. Não fosse o preço irreal para o mercado, diria tratar-se de um dos melhores exemplares já produzidos no Brasil.
2. Nederburg Pinotge – Vinho Sul-africano bem aromático, com frutas secas pretas e sola de sapato. Na boca forte torrefação presente e carnudo, com leve baunilha. Bem estruturado e ótimo com comida. Apesar do teor 14 graus de álcool tem pouca acidez e fracos taninos. Bem típico da uva pinotage.

3. Arroba Malbec – Arroba é um vinho diferente. Carlos Balmaceda produz apenas 5000 garrafas, resultado de vinhedos que seleciona nas altas regiões de La Consulta e de Luján de Cuyo, no distrito de Mendoza-Argentina. 25% do vinho fica 12 meses em barricas francesas novas.
4. Sta. Margherita Pinot Grigio (Branco) – Ótimo cítrico. Um grande achado da costa oeste da Itália, no Mediterrâneo. A Pinot Grigio em sua melhor apresentação. Excelente relação qualidade/preço. Cor palha quase branca. Um vinho especial para acompanhar frutos do mar.
.
V i n h o Tipo safra País R$ Nt Conceito
Tannat 06 Lidio Carraro tinto 2006 Brasil 150 85 Muito Bom
Nederburg Pinotage tinto 2007 Sul África 40 86 Muito Bom
Arroba Malbec tinto 2006 Argentina 90 86 Muito Bom
Sta Margherita Pinot Grigio – Valdadige Branco 2008 Itália 50 87 Muito Bom

Somadas as ampolas analisadas pelos dois Editores do Blog, temos então, mais de 1.250 vinhos no banco de dados disponibilizado à comunidade enófila e aos internautas. Um volume de informações “de responsa” [risos] e acreditamos seja de grande utilidade aos interessados por vinho. Por isto, não esqueça:

VISITE A PÁGINA “Avaliações-DCV” E FAÇA BOAS PESQUISAS.

Um BAROLO p/ quebrar o preconceito!

prunottoUm vinho para surpreender. Não que seja um desconhecido, mas porque muitas pessoas no Brasil não o conhecem verdadeiramente. Bebi recentemente uma coisa de outro mundo, ou melhor de outro planeta! Esta ampola é certamente algo para elevar a alma. Espirituoso. Rezar, orar e pedir aos deuses que iluminem as mãos que o produziram…Não vou estender mais o segredo e abrir logo o jogo. Trata-se nada menos que o fantástico Prunotto, de Bussia. Um Barolo de 2001, do Piemonte – Itália. Ele foi bebido em minha comemoração de Bodas de Prata no restaurante Le Jardin du Golf, no Clube de Golfe. Uma sequência muito bem produzida de refeição, com um fetuccine con polpetas pra mim e um frango a sous-vide e batatinhas grelhadas para a madame. De entrada um palmito pupunha guarnecido com calda chocolate deliciosa. Ao final da noite, tsc,tsc… uma decepção foi constatar a taxa de rolha cobrada: inacreditáveis 60 reais ljardin-cc(para uma garrafa que por baixo custava +400,00!). Verdadeiramente um ponto negativo do restaurante, que deixou um certo amargor na boca. Verdade seja dita, a carta de vinhos é ótima, de muito bom gosto e variadíssima tanto em preço quanto em rótulos. Mas, enfim…UMA PENA a falta de sensibilidade do gerente!! Aliás, interessante notar que os restaurantes daquele Clube andam dando umas “tacadas” bem exageradas [risos]. Há dois meses paguei um valor parecido por um vinho levado ao restaurante Oliver – Clube de Golfe, nas mesmas condições.

Para adoçar novamente nosso paladar e o post, voltemos ao vinho. Descortinamos aromas de hortelã e aniz, além de outros como tabaco, num emaranhado de cheiros abertos raramente visto numa única garrafa de vinho. Perfumes de pétalas de rosas e muito mais ainda exalavam. E o inacreditável era que o mesmo continha quase uma década de idade. Isto mesmo, vejam a cor quase violácea na foto. Parecia que o vinho acabara de ser vinificado. E tem força para mais 15 anos, fácil. prunotto1Na boca nem preciso contar; era puro veludo, descia redondo como a jabulani da Copa de futebol. Este “puro sangue” lembrou um magnífico claret (Grand Cru) francês apesar do intenso corpo. Mas era um italianíssimo Barolo de alta estirpe, de uvas Nebbiolo. Um DOCG para nenhum brasileiro leigo botar defeito. Aos que me conhecem sabem que não repito vinho, mas por este Barolo Prunotto vou quebrar meu paradigma: voltarei a prová-lo, certamente. A garrafa veio da Itália mas é encontrado em qualquer loja da Expand. Nota surpreendente: 96 pts !!

Palavra de Chef

Ele é um dos craques brasileiros entre os argentinos. O Chef Filipe Augusto Rocha é Certificado pelo SENAC (2004), atua como Instrutor de gastronomia na faculdade IESB/Brasília. Ministra aulas teóricas e práticas de Cozinha Básica e Fria (garde manger), além de panificação e massas. Formado pelo IAG (Instituto Argentino de Gastronomia – 2008), conta com larga experiência profissional em cozinha, desenvolvendo projetos junto a empresas alimentícias, restaurantes e Eventos. Entre os Canapés, as harmonizações de vinhos e o trabalho docente na faculdade o Chef Filipe nos cedeu uma “palhinha” de seu tempo. Sigam abaixo o que ele nos contou de sua vida.

filipefilipe1

DCV: Um Chef professor brasileiro entre argentinos, na Faculdade IESB. Como você lida com este intercâmbio de culturas e com os colegas de Buenos Aires?
Filipe – Na verdade, muito bem, sempre tive uma ótima relação com os IAG’s trabalhamos como um time de maneira que, nossa atuação em sala, se inter-relacione proporcionando para nossos alunos uma didática de ensino mais completa e abrangente. Deixando o futebol e política de lado (hahahaha) a troca de informação e conhecimentos é riquíssima para os dois lados, e realmente sinto-me privilegiado por trabalhar ao lado de profissionais tão experientes na área de docência na gastronomia.

DCV: A escolha da profissão foi influência de família ou opção pessoal?
Filipe – A escolha foi totalmente minha, mas sempre tive apoio de todos meus familiares.

DCV: Qual dos trabalhos lhe proporciona maior prazer: ensinar ou atuar em restaurantes? Quais as principais características de cada atividade?

Filipe – Realmente acredito que quando se gosta do que faz, qualquer a atividade efetuada inevitavelmente torna-se prazerosa. O trabalho desenvolvido em uma cozinha exige muita dedicação, é uma rotina dura com trabalho realmente pesado, mas ao mesmo tempo é gratificante, pois proporcionar alguns momentos de prazer a outra pessoa através de uma boa refeição gera uma sensação de papel cumprido e que todo o trabalho valeu a pena.

Já a docência, também exige muito empenho e planejamento, é necessário também muito estudo e horas de dedicação fora de sala para que as atividades desenvolvidas com os alunos contribuam para elevar seus conhecimentos e desenvolvam habilidades que a prática produz. Para mim, esta é uma profissão com maior nível de responsabilidade, pois as marcas e registros deixados na vida de cada aluno são muito fortes e duradouros. Falo isso, pois é difícil esquecer os professores e educadores que passaram em nossas vidas, e este é um ponto que trato sempre de deixar em minha cabeça, pois quero marcar a vida de cada aluno, como uma boa experiência e realmente proveitosa na questão do aprendizado.

DCV: Como voce vê o estudo acadêmico (Superior) no cenário profissional de hoje. E como isto pode contribuir ao desenvolvimento da gastronomia brasileira, com esta influência das escolas francesa, italiana e argentina?
Filipe – Nesse sentido, Brasília oferece cursos de gastronomia com opção de diversos níveis, eles foram criados para atender a demanda de profissionais da área, assim como o interesse da população em aprender a arte de cozinhar. A chegada das escolas estrangeiras, em minha opinião faz com que ao longo do tempo, aumente a oferta de profissionais qualificados com conhecimentos diferenciados, para trabalhar nos restaurantes além de elevar o conhecimento da população brasiliense.

DCV: O Brasil figura entre os poucos países em que o consumo de vinhos cresce anualmente (fonte: Ibravin). Como você relacionaria a sua gastronomia [garde-manger] com o vinho; buscando incentivar as pessoas a provarem-na com a bebida?
Filipe – Atrás de uma maneira de enaltecer um prato, a harmonização com um vinho correto é uma tática quase que infalível.  Essa é uma questão que procuro trabalhar durante minhas aulas e mini cursos com muito estudo e normalmente em parceria com profissional da área de bebidas e harmonização.

filipe2aDCV: Em sua opinião, qual vinho mais combina com a cozinha fria (garde-manger): de eventos, coquetéis e festas?
Filipe – Primeiramente gostaria de deixar claro que,  minha opinião não deve ser levada como referência ou base, isso devido meu pequeno conhecimento na área, mas eu costumo levar os espumantes quase como um “coringa” acho que facilmente se encaixam com preparações do garde-manger.

DCV: Quente-Frio (“chaud-froid”): um vinho e uma refeição predileta?

Filipe – La Flor de Pulenta Estate, Malbec, 2005. Minha refeição predileta é aquela que é feita com carinho, que aproxima as pessoas, que cria situações inesquecíveis, que gera prazer e me leva a bons momentos da minha história.

Os Top-20 do DCV – 1o.Semestre 2010

Chegou a lista dos 20 melhores vinhos avaliados pelo DCV, no primeiro semestre de 2010. Foram escolhidos entre mais de 147 rótulos degustados ao longo dos seis meses do ano. Mais uma vez lembramos que os critérios usados para análise e classificação das ampolas provadas seguem o formato descrito na página TopDCV 20. PARABÉNS aos eleitos deste ano!!

top1-10p