Guia de Feijoadas de Brasília 2014

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Acabamos de lançar o mais completo Guia de Feijoadas de Brasília, pela Revista Vinum Brasilis. Produzido por quem verdadeiramente é fissurado e apaixonado por esta iguaria, reconhecida como a mais genuína representante da gastronomia nacional. O catálogo é o resultado pessoal de mais de 15 anos de provas e análises, in loco, de cem (100!) endereços em Brasília, no Brasil e até no exterior. Regada a um bom samba de raiz e deliciosa caipirinha, levamos você a um passeio pelas boas mesas do DF. Tem para todos os gostos e bolsos, à sua escolha. Delicie-se!

Antonio Coêlho
Editor Blog DCV

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4 Tops na Confraria Amicus Vinum

Neste sábado, 29 de novembro/2014, a Confraria AMICUS VINUM se reuniu em Brasília para sua confraternização de fim de ano. Os anfitriões da noite mais uma vez foram impecáveis na recepção e no carinho aos convivas. O casal José Maia e Emmily proveram um Menu para nenhum chef botar defeito, tudo magistralmente executado pela confrade Emmily. Os demais que participaram foram: Wesley e Noêmia, Bodani e Marina, Marcelle, Adroaldo e o irmão Gil, Mário, Antonio e Márcia, Renzo e Ingrid, além da Sra. Gertrude.

Na degustação tivemos 4 ampolas Tops levadas pelos confrades Bodani, Renzo, Antonio e Adroaldo, que abrilhantaram uma das melhores provas dos últimos anos. Para se ter uma ideia, somadas as idades das safras, resultou em 49 anos de vida, somente nas quatro garrafas. E os velhinhos prodígios fizeram bonito, sem pestanejarem [risos].
 
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Na minha avaliação TODOS estiveram acima dos 92 pontos [e isto é raro!].

Ei-los na sequência de serviço (da esquerda p/ direita):

FÈLSINA Rancia Chianti Clássico DOCG 2007  (ITA);

MOUCHÃO Alentejano 2002  (PRT);

BOUSCASSÉ Coeur de Vieilles A.Brumont 1998  (FRA);
 
Apartado RUTINI 2001  (ARG).
 

O.Fournier mostra vinhos no Toujours de Brasília

Nesta 3a.feira (2) o restaurante Toujours Bistrot em Brasília recebeu a visita do produtor da vinícola O.Fournier, em evento promovido e coordenado por Marly Maia, da importadora VINCI, na Capital. Evento como sempre muito bem montado pela promoter Marly, contou com uma palestra do Sr. José Manuel Fournier, fundador da vinícola.

Há três anos havia provado a alta qualidade destes vinhos primorosos, algo bem superior à indústria chilena e argentina usual. A Fournier produz vinhos em três países: Chile, Argentina e Espanha, onde surgiu na Ribeira Del Duero. Dentre as várias características boas, uma das que me chama a atenção é que todos seus vinhos tem nomes de estrelas brilhantes do nosso céu austral, como Alfa Crux, Alfa Centauri e Spiga… Astronomia também corre nas minhas veias, como todos sabem, héhé!!

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O Menu de seis etapas do almoço foi impecável neste restaurante clássico francês, cujo serviço foi acompanhado pelos próprios donos Fernando e Joyce. O Confit de Canard deles é o melhor da Cidade, per me [risos]! Outro ponto super positivo da Fournier é trabalhar somente com vinhas antigas, quase todas superiores a 72 anos e algumas chegando a 100 anos de idade! Isto é que é levar a sério a pesquisa por terroirs que se acreditam ter qualidade. E isso eles fazem com extrema seriedade e carinho.

ESP034-Bacentauri blendForam provados seis rótulos e todos receberam conceitos de ótimos a excelentes. Os que mais se destacaram na minha avaliação foram o Centauri Sauvignon Blanc 2010 (90 pts), o Centauri Blend tinto 2009 (91 pts) e o estupendo O.Fournier tinto 2005 (93+ pts). Vinhos elegantes e personalizados à toda prova. Uma bodega produzir toda linha de vinhos com extrema qualidade (e preços iniciando a 39 reais) é difícil de encontrar e certamente o Fournier é uma delas!

A seguir listo os preços e vejam como a relação qualidade/custo é outra vantagem desta vinícola (Fonte: Marly – VINCI, fone: 9304-0653): Urban Uco Chardonnay – R$ 39,20; Centauri Sauvignon Blanc – R$ 89,38; B.Crux Blend – R$ 111,78; Centauri Blend – R$ 120,74; Spiga – R$ 196,90; O.Fournier Ribera del Duero – R$ 447,77.

 

Seleção de Vinhos da VINUM BRASILIS 2014

Eleita a grande SELEÇÃO DE VINHOS da VINUM BRASILIS 2014

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Números deste mega concurso:

Data: 06/08/2014  |  Local: Restaurante Dom Francisco – ASBAC – Brasília, DF.
Tabela de Pontuação: de 1 a 5 pontos (mín. e máx.), com intervalos de 0,5 pts.  |  
Forma Degustação: às cegas.

Jurados (12): Ana Clara (Sommelière, ex-Forneria San Paolo, ex-Gero), Ana Victória (Revista VINUM), Antônio Matoso (ABS/DF), Eleonora Bonorino (Profa. UNIEuro), Etiene Carvalho (Blog Vinho Tinto), João Paulo (restaurante Gero), Leonildo Santana (restaurante Dom Francisco), Liana Sabo (Jornal Correio Braziliense), Luiz Augusto Jabour (site Gourmet Butler), Paulo Araújo (Enófilo), Rachel Alves (Profa. do UniCEUB e Juíza de Vinhos), Samuel Correia (restaurante Oliver).
Vinícolas participantes: 23 produtores.
Nro.Vinhos: 38 rótulos (17 espumantes + 21 tintos).
Método de apuração: média ponderada, com inclusão de taxa de erro (sem aplicação de equações pessoais), através do cálculo do desvio padrão mediano.
Média geral: 3,13 pts (somados os 38 vinhos). Conceito: BOM/MUITO BOM.
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Coordenador Geral: Petrus Elesbão.
Curadores da Prova: Antonio Coêlho e Eugênio Oliveira.

Degustação Inédita no Brasil – Vertical Merlot Terroir

Na última terça-feira, 10 de junho, o Restaurante El Negro, no Plano Piloto de Brasília, foi palco de uma degustação inédita no País. Uma prova da vertical com todas as safras do vinho Merlot Terroir (Miolo), incluindo a recém safra 2012, que ainda não está engarrafada. Desde a badalada prova realizada em 2010 pelo Master Wine brasileiro, Dirceu Vianna, não se realizava outro teste deste vinho ícone da produção nacional. Naquela ocasião, em degustação na Inglaterra foi divulgado que o Merlot Terroir havia sido coroado como o melhor merlot do mundo, entre vinhos no valor até 15 Libras (ver matéria Revista Época).

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Aproveitando a projeção deste vinho promovemos uma degustação às cegas com as SEIS safras produzidas – da coleção particular deste Editor que vos escreve. Os participantes desta especial prova foram oito degustadores com prática reconhecida no DF. São eles: Alexandre Bodani (sommelier Amicus Vinum), Antonio Matoso (Prof. ABS/DF), João Paulo (sommelier Rest. GERO), Jorge Paim (sommelier), Júlio Neves (sommelier Restaurante D.Mano), Marcos Rachelle (sommelier ART du VIN), Rachel Alves (Profa. Faculdade UniCEUB), Wesley Brito (sommelier Amicus Vinum), além deste Editor.

Após apuradas as notas, apresentamos as avaliações a seguir (*). Antes, porém, cabe alguns comentários advindos dos resultados obtidos.

1. Impressionou a constância na qualidade das seis safras. Os aromas, cores e sabores mostraram enorme regularidade, algo não visto de forma contundente na maioria dos vinhos nacionais.
2. Destaque especial para a média individual de notas altas (1/4 superaram os 90 pts!) – já descontados os desvios-padrão. Até na avaliação deste Editor, as mesmas atingiram patamares jamais alcançados por outro vinho nacional, à exceção de uma dúzia de rótulos artesanais e de garagem, e os fantásticos espumantes made in Brazil.
3. Mais uma vez se vê claro nossa vocação vinícola quando comparamos as seis safras: a guarda! Até a safra 2004 estava inteira, plena, aromática, e com bons anos de evolução pela frente.

Deixo a vocês as avaliações da vertical, na ordem crescente, mas lembrando que a diferença nas notas foi de uma margem extremamente estreita entre as seis safras:

MT 2004 – Uma das preferidas por quatro jurados e entre as melhores da noite. Produção: 18.000 gfs. Cor rubi com centro atijolado e brilhante. Olfato de frutas em compota, negras, cassis e leve couro, animal. Acidez super equilibrada com taninos bem presentes, num “corpo extremamente elegante”. Final de boca longo, algum dulçor e gosto de quero mais, muito mais. Um show de terroir brasileiro. 89 pts!
MT 2008 – Seguiu de perto o 2004 devido a média alta nas avaliações, contando com três notas superiores a 90 pts.! Escolhida a melhor da noite por 3 jurados. Prod.: 30 mil gfs. Cor rubi com halo violáceo e aromas frutas vermelhas, morango, madeira e leve defumação. Harmonia pura e equilíbrio em todos quesitos. 88 pts.
MT 2005 – Bem junto à safra 2008 segue-se esta maravilhosa ampola, escolhida a melhor da noite por quatro jurados. Prod.: 20 mil gfs. 12 meses em barricas de carvalho francês e 12 meses em garrafa, como todas as demais safras deste vinho. Cor rubi e halo púrpura. Aromas frutas vermelhas e leve herbáceo. Na boca taninos altos, longos, duradouros e macios (nas palavras do Julinho Neves). Elegante, fino e uma tipicidade à flor da pele! 87,5 pts.

MT 2009 – Correu por fora e fez bonito. Muito parecido com a 2005 na cor e aromas, exceto por ter menos herbáceos e frutas com mais compota. Um dos mais complexos, com grande harmonia entre corpo, taninos e acidez. Produ.: 40 mil gfs. 87 pts.
MT 2012 – Espantosamente eleito como a revelação por todos jurados da noite. Safra ainda não engarrafada, sendo esta ampola trazida especialmente para COMPLETAR esta degustação inédita no País. Mas, com base na amostra, trata-se de um vinho que poderá se tornar o melhor entre todos. Demonstrou qualidades incríveis em todos quesitos: cor, aromas e sabor. Ótimos equilíbrio e harmonia, com final de boca muito duradouro. Se dizem que a safra brasileira de 2012 foi ótima, este exemplar poderá se tornar seu maior expoente e comprovação. Prod.: 60 mil. Promete. Fiquem de olho neste vinho! 86 pts.
MT 2011 – Logo no início das provas verificou-se ser este o mais fraco exemplar da vertical. Ainda apresenta as qualidades dos demais mas em níveis menores. Cor violeta de vinho novo. Aromas frutas vermelhas e torrefação, da madeira, com algum vegetal. Baixa adstringência e pouco corpo. Prod.: 90 mil gfs. 83 pts.

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(*) Metodologia de apuração: modelo da média aritmética simples, com alinhamento do desvio padrão. Foram identificadas faixas de erro extremamente estreitas nas notas da maioria das seis safras.

Por fim, gostaria de agradecer a todos jurados pela colaboração e seriedade com que participaram, trazendo suas experiências na prova deste tipo de evento. Ao Chef Marcelo Piucco, do restaurante El Negro. E ao amigo Jorge pelo apoio na busca da safra 2012, sem a qual não seria possível a realização desta histórica prova vertical.

Jantar Harmonizado: El Negro & Vinci

GALERA, IMPERDÍVEL ESTE JANTAR HARMONIZADO COM VINHOS DA QUINTA DO MONDEGO. PRESENÇA DA PROPRIETÁRIA DA VINÍCOLA, JOANA CUNHA.

JANTAR COM UM DOS MELHORES COZINHEIROS DO DF,
O CHEF MARCELLO PIUCCO.
Local: Restaurante EL NEGRO – 413 Norte – Reservas: 3041-8775 e 9304-0653.

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Conheça os Bistrôs de Brasília

Para alegria de todos e principalmente para alívio do nosso bolso, cresce em Brasília o número de restaurantes bistrôs e/ou tratorias/cantinas de pequeno porte e a preços módicos. Como diz uma grande amiga e notória Gourmet da Cidade: “estamos cansados de pagar caro por um prato de comida, no dia-a-dia”. É bem verdade. E isso não ocorre apenas no DF, não; verificamos em todo o País. Quem disse que uma boa refeição caseira precisa de “floreios”, resultando em preços exorbitantes?

Pois bem, muitos amigos me pedem reiteradas vezes para publicar uma lista dos restaurantes que conheço e que praticam, digamos, a boa comida do dia-a-dia sem esvaziar nossa conta bancária prá sempre, héhé! Então, relaciono mais de dúzia deles, conforme os critérios: qualidade organoléptica, elaboração cuidadosa, e claro, preços módicos e honestos – algo em torno de 30 e 40 reais por prato e/ou menu degustação/fechado. Os bistrôs normalmente caracterizam-se por: estabelecimentos de pequeno porte (8-10 mesas, ou 40 pessoas), preços que você e eu podemos pagar no dia-a-dia, nunca servem buffet ou self-service, esmeram-se na produção de refeições individualizadas e feitas on time, atendimento pessoal, seguem tendências culinárias como confort-food ou slow-food – muitos lembram comida caseira de verdade, poucos funcionários, custos reduzidos (por isso podem cobrar preços reduzidos), normalmente o dono é o Chef, e o melhor: quase todos oferecem vinhos em taça ou possuem uma carta enxuta e eficaz.

Por todos estes [bons] atributos eu sou fã de carteirinha destes estabelecimentos, pois além de manter empregos seguros (os riscos são menores), reproduzem a refeição nossa de todo dia, com menus que muito se assemelham à comida caseira. Quem nunca parou num pequenino e singelo bistrô ou tratoria na Europa e comeu seu melhor bife bourguignon ou quiche ou ossobuco da vida?!  😉

Bistros

* Empório Albamonte: SCLN 203 bloco C loja 7 – Asa Norte – 3033-2033

* Nossa Cozinha Bistrô: CLN 402 bloco C loja 60 – Asa Norte – 3326-5207

* Inácia Poulet Rôti: SCLS 103 Bloco B loja 34 – Asa Sul – 3225-4006

* 4Doze Bistrô: CLS 412 Sul Bloco C loja 03 – Asa Sul – 3345-4351

* Santé 13: CLN 413 Bloco A, loja 40 – Asa Norte – 3037-2132

* Croissanterie Café e Bistrô: SCLN 215 Bloco B Loja 21 – Asa Norte – 3965-7711

* Croissanterie Café e Bistrô: QI 09 Bloco C, lojas 6 a 60 – Lago Sul – 3965-7711

* Sincera Café: CLN 112 – Bloco C – Loja 2 – Asa Norte – 3033-6474

* Senhoritas Café: CLN 408 Bl. E loja 42 – Asa Norte – 3340 2696

* Versão Tupiniquim: SHCS 302/303 Bloco C – Asa Sul – 3322-0555

* Monardo Gastronomia: SCLS 201 Bloco B loja 9 – Asa Sul – 3425-3566

* Pinella Bistrô: SCLN 408 Bloco B, Lojas 18 e 20 – Asa Norte – 3347-8334

* Arrozeria: CLN 310 Bl. D loja 5/7 – Asa Norte – 3202-2024

* Café & Bistrô Sebinho: CLN 406, Bloco C, Loja 44 – Asa Norte – 3447-4444

* Bom Demais Bistrô: Setor de Clubes Sul, Trecho 2, Conj. 22 – CCBB – 3108-7029

* Cantucci Bistrô: CLN 403, Bloco E – Asa Norte – 3328-5242

…e o número cresce sem parar!!

Aproveite as dicas e deixe-se levar pelas refeições artesanais e personalizadas dos bistrôs de Brasília, pagando um preço justo. Se você conhece algum restaurantezinho bacana e de comida caseira, com pratos bem apresentados, conte-nos aqui sua experiência.  Bon Apetit!!

Viejas Tinajas De Martino, um vinho controverso!

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Confesso que ao ouvir falar neste lançamento da De Martino, em 2012, tratei logo de conseguir uma prova desta ampola. A história deste vinho é surpreendente, a começar pela forma de busca do vinhedo para sua fabricação. Seu enólogo, o incrível Marcelo Retamal, pesquisou dezenas de sítios entre os Andes e o deserto chilenos para achar uma uva francesa praticamente esquecida do mundo, a Cinsault. O segundo ponto positivo é a produção do vinho ser feita inteiramente de forma ancestral [e artesanal, claro!], dentro de gigantes ânforas (tinajas) de barro (Foto abaixo), onde ele é fermentado e amadurecido com bagos inteiros por meses, até o engarrafamento, feito sem filtragem e com mínimo de conservante. Ressalto que este não é um método muito conhecido por nós do século XXI, e estes saberes antigos são de certa forma passíveis de erros de interpretação por nossa atual sociedade. Este tipo de vinificação – em ânforas de barro – não é novidade, eis que já existem alguns bem sucedidos produtores na Itália e Portugal a nos brindar com excelentes amostras.

Foram felizes os chilenos nesta aventura? Bem, agora vem a minha “história” [risos]. Anforas

Surpreendeu-me ver logo de início tantas excelentes avaliações para esta ampola da De Martino. Então fui logo à prova. Primeiro provei o Viejas Tinajas Cinsault 2011, em outubro de 2012…Hummmm, nada bom…?! O vinho tinha cor violácea com pouco/médio corpo. Aromas de amoras e cerejas frescas e florais, com reprodução no gosto, além de leve especiarias. Na boca não surgiu muito a lembrança do barro como vi em muitos relatos, mas um sabor herbáceo de incomodar. Algo me parecia não muito bem acabado, principalmente considerando que trata-se na minha opinião da melhor vinícola chilena da atualidade. Pensei logo nos métodos de produção, aos quais já citei no primeiro parágrafo. Faltava conhecimento com o manuseio das tais ânforas centenárias e o controle dos processos químicos que elas trazem. Enfim, nem nota consegui atribuir para o vinho; que deixei para oportunidade seguinte.

Em 19/08/2013 veio a segunda prova da mesma safra 2011, a qual ocorreu na feira de vinhos Decanter Wine Show 2013, em Brasília. Foi a comprovação [triste] de que minha garrafa anterior estava em perfeito estado. Alguns amigos enófilos com anos de experiência também experimentaram sensações parecidas. Os aromas vieram quase iguais, com amoras frescas, flores e um leve frugal. Menos especiarias desta vez e com mais corpo: médio. Cor violeta e rubi. Um vinho para ser bebido jovem. Na boca validou minha primeira impressão a respeito do domínio dos métodos de produção. Nota 87 pts. Que me perdoem o Guia Descorchados, que anotaram incríveis 92 pontos nesta primeira safra, repetindo: primeira safra?! TapiaGuia

Com extrema curiosidade, corri atrás da nova safra do Viejas Tinajas Cinsault 2012. A prova foi em 04/12/2013 na 1a. Feira Vinho & Arte, de Brasília. Lá estava a ampola que ansiava tomar, pois sabia de antemão que o Descorchados tinha anotado os mesmos 92 pontos e eleito o melhor vinho de castas distintas do Chile. Boa surpresa – que gostei de imediato, pois vinho trata-se de produto alimentício que requer conhecimento e manuseio dos processos industriais, agrícolas e naturais, e que isto não é fácil de obter, sempre. A cor violácea com rubi no centro mostrava corpo médio; quase turvo. Os aromas de frutas vermelhas frescas permaneciam, com leve florais e especiarias. A estrutura e taninos suportavam bem a imersão nas tinas de barro, que davam leve e delicioso sabor de terra ao líquido. Harmonia perfeita entre álcool e acidez. Muita elegância mostrava este exemplar. Um vinho que não cansa e diferente de tudo que já provei. Acho que acertaram a mão, suspirei com enorme felicidade! Estou a postos para provar nova garrafa. Nota: -91 pts, convencido, héhéhé.

Ircchhh…acabei de saber que a safra 2013 saiu e que a avaliação do Guia Descorchados 2014 foi de 94 pontos para o tinto Cinsault e 96 [Waw!] para o branco Viejas Tinajas Muscat 2012. Essa eu pago pra ver – e provar.  🙂

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