Franz Haas Manna 2006

Mais um achado da Itália – um vinho branco de primeira categoria. Este é o Franz Haas Manna 2006. Uma ampola classuda e única. Sugestão do amigo José Filho – de Brasília. Esta sensacional garrafa é de produção de uma tradicional vinícola italiana, a Franz Haas, que faz vinhos há sete gerações. Este vinho é uma homenagem à esposa de Franz Haas – o proprietário, por isso o nome Manna.

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O vinho surpreende pela enorme complexidade. Notas de todos tipos surgem nos aromas. Laranja lima, especiarias, baunilha, flores, melão e traços de manteiga. Tem de tudo! Na boca muita elegância e equilíbrio. Profundo no paladar, com harmonia na acidez, que não é tão presente, por isso um acompanhante ideal para pratos de lipídeos. Provei ele no restaurante Dom Francisco – 402 Sul, Brasília – com um Robalo na chapa com legumes na manteiga. O vinho é um assemblage não comum no norte da Itália: Riesling (50%), Chardonnay (20%), Gewürztraminer (20%) e Sauv.Blanc (10%). A chardonnay passa por carvalho e a gewürztraminer é de colheita tardia. Leva dez meses fermentando em tonéis de inox e sete meses na garrafa antes da entrega ao consumo. A vinícola fica em Alto Adige (terra-mater da uva gewürztraminer), nas comunas de Egna e Montagna. Por fim, um vinho cativante pela mineralidade e longuíssima persistência. Nota: 92 pts, com louvor!

Remelluri 2008 e um Pernil cachaceiro!

Semana passada voltei a atacar nas caçarolas no delicioso estilo confort-food. Preparei um pernil a moda da roça. Ele, um pernil de ossobuco com corte de apenas 1,5 Kg, foi marinado na cachaça e vermute, com outras oito especiarias (louro, alecrim, cebola, etc,etc.). A cachaça proporcionou a maciez e quebra das fibras, já o vermute deu um leve dulçor na carne suína. Este banho passou uma noite inteira na geladeira, sendo assado por 3,5 horas em forno a 180 graus. Como guarnições fiz um tradicional arroz à grega e mini-batatas assadas no alecrim. Nem preciso dizer como ficou, né. Uma loucura…  🙂

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Para acompanhar, separei uma ampola especial que estava ansioso para provar. Um Remelluri Reserva 2008, da secular Granja Nuestra Señora de Remelluri, da Espanha. Esta garrafa é um dos maiores achados da Rioja e que está revolucionando a produção de vinhos por lá. Seu criador é o jovem talentoso Jaime Rodriguez, pesquisador e adepto da produção biodinâmica. O vinho é reflexo deste cuidado. Autóctone, das uvas tempranillo – plantados no raro sistema de pé franco (ver foto), garnacha e graciano. Aromas intrigantes de frutas maduras e leve especiarias. Na boca, IMPRESSIONA. Notas de baunilha, amplo e maciez estonteantes. Estrutura refinada e harmonia da acidez que combina com muitas refeições. Sua maturação de 17 meses em madeira lhe imprimem respeito para guarda de ao menos dez anos, fácil. Minha Nota: 93 pts. Apesar de não ser adepto de repetições [risos], este você deverá repetir quantas vezes lhe convier, pois merece todo louvor do “bis”.
 

Grandes vinhos no Decanter Wine Show

Semana passada participamos da feira anual DECANTER Wine Show, em Brasília. Um excepcional evento com o melhor do portfólio que a importadora Decanter tem a oferecer ao público brasileiro. Com a presença inclusive do mestre sommelier Guilherme Correa, vindo especialmente de
Blumenau (SC) para apresentação dos vinhos na Capital.

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Além da marcante presença de profissinais do vinho na Capital, muitos foram os vinhos de excelente qualidade colocados à mostra dos participantes, que se encontraram no espaço Victoria, no setor de Clubes Sul. Entre as ampolas escolhidas por mim, destaco algumas: LAHUEN Azul (tinto), do Chile; Raka Pinotage, da África do Sul; Kilikanoon Riesling, da Austrália; e o delicioso branco Albariño Bouza, do Uruguai.

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O pessoal da Decanter está de parabéns, principalmente pela evolução de qualidade em relação à feira de 2012. Que o evento se perpetue e se torne referência para demais importadoras do País, como já acontece com a Art-du-Vin e a Mistral.
Tim-tim e Saúde!

Sai o Resultado da Seleção Brasileira de Vinhos de Brasília

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No dia 7 de agosto de 2013, 14 jurados realizaram a maior prova de vinhos do Distrito Federal, reunindo 73 rótulos de 29 vinícolas brasileiras.

Está escolhida a primeira seleção de vinhos brasileiros do Distrito Federal. No dia 7 de agosto passado, reunidos no restaurante Dom Francisco, no clube ASBAC, em Brasília, 14 jurados provaram às cegas (sem conhecer os rótulos degustados) 73 rótulos de 29 vinícolas brasileiras. O evento fez parte das atividades da VI VINUM BRASILIS, a ocorrer nos dias 14 e 15 de agosto, na Faculdade de Gastronomia do IESB. O objetivo desta iniciativa inédita era a escolha de um time de 11 rótulos, dentre todos os avaliados (na sequência de serviço: 26 espumantes –> 22 vinhos brancos –> 25 tintos). A seguir temos o primeiro time da Seleção Brasileira de vinhos de Brasília.

Lista Top11

Os especialistas convidados para degustação, pela organização da Vinum Brasilis, sob a diretoria de Petrus Elesbão, estão entre os melhores sommeliers e conhecedores de vinho da Capital Federal: Ana Clara (Sommeliére, ex-Forneria San Paolo, ex-Gero), Antônio Matoso (ABS/DF), Joaldo Lima (restaurante Dom Francisco), João Baptista (restaurante Universal Diner), João Paulo (restaurante Gero, do Grupo Fasano), Julio Neves (restaurante Don Mano), Junior Orio (restaurante Soho), Leonildo Santana (restaurante Dom Francisco), Liana Sabo (Jornal Correio Braziliense), Luiz Augusto Jabour (site Gourmet Butler), Paulo Araújo (Enófilo), Rachel Alves (professora de vinhos do Uniceub), Rafael Costacurta (grupo Marietta) e Sérgio Venancio (ABS/DF). A coordenação técnica da degustação às cegas foi dos editores do blog Decantando a Vida, Eugênio Oliveira e Antonio Coêlho.

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“Foi a maior prova de vinhos já realizada no Distrito Federal, reunindo o maior número de jurados e o recorde de rótulos e de vinícolas participantes”, afirma Petrus. Prova disso são os números deste evento, que durou mais de quatro horas de exaustivas análises por parte dos jurados e consumiu 146 garrafas para amostra geral, 110 litros de vinhos, além de 25 litros de água. “Queremos colocar Brasília no topo das capitais brasileiras enograstronômicas, aproveitando o fato de a capital federal ser a 3ª cidade brasileira que mais consome vinho no país”, conclui Petrus.

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Os coordenadores técnicos da histórica degustação adotaram a forma de pontuação de 1 a 5 pontos, resultando nos conceitos: ruim, razoável, bom, muito bom e excelente (respectivamente), com escalonamento a cada 0,5 ponto. “Buscamos fugir do senso comum; dos tradicionais sistemas de pontuação decimais, vigesimais e centesimais. Foi uma decisão acertiva, quando vimos os resultados na apuração final”, relata Eugênio Oliveira. A metodologia de apuração empregada foi a média global ponderada, com inclusão de taxa de erro (sem aplicação de equações pessoais), através do cálculo do desvio padrão mediano. Após apurados os onze vencedores e a lista de classificação geral, verificou-se que a média, incluindo todos os 73 vinhos provados, resultou em 3,54 pontos, ou seja, um conceito entre BOM e MUITO BOM para o produto brasileiro, através desta amostra de Brasília. “Apenas observando as notas do time dos 11 da Seleção de Brasília (lista acima), podemos achar uma média entre MUITO BOM a EXCELENTE”, ressalta A.Coêlho, criador do programa de apuração das notas. Provando mais uma vez a evolução de qualidade e a crescente melhoria da vitivinicultura nacional.

Aliança Palmela 1999 regando a noite entre amigos

Essa noite foi outra daquelas pra degustar devagarzinho, na companhia de grandes amigos, ao som de Jazz, comida de primeira, e claro, regado ao embalo dos vinhos. O reencontro dos casais Alexandre Bodani e Marina, junto comigo e Márcia, foi uma ode à amizade. O local escolhido foi o Restaurante POBRE JUAN (BsB,DF), que continua impecável na qualidade. O calor humano no recinto nem dava trela para o friozinho de fora, pelo contrário, ajudava a tornar o papo super agradável.

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Levamos dois vinhos de nossas adegas. O primeiro que foi aberto era o Alicança Particular Palmela 1999. Mais uma vez outro daqueles clássicos portugueses, que só eles sabem fazer! Adoro estes vinhos – lembram a terrinha, e sempre são lonjevos, empolgantes e inacreditáveis SURPRESAS. Assim é por exemplo o Porta dos Cavaleiros Dão, entre outros. Vinhos que deveriam valer mais apenas pela história e superação por décadas e décadas. Esta ampola havia comprado há quatro anos. Então, como já estava “velhinha”, resolvi arriscar [risos]… O Bodani, grande enófilo, e que considero sagaz provador e entendedor de vinhos – além de também garimpador como eu – não conhecia o rótulo.

O sommelier do Pobre Juan foi perfeito no serviço. Decantamos e esperamos arejar por 1/2 hora e resfriado, lógico. Na abertura, surpresa: ainda tinha aromas; primeiro bom sinal. No nariz não surgiu cheiro de mofo, mas notas leves, suaves, de caramelo e frutas pretas maduras, sem denotar que estava 14 anos trancado na garrafa. Na boca as coisas melhoraram mais. Gostinho de velho apenas no retrogosto, passando do seu ponto ápice – ainda bem que resolvi cessar sua agonia. E ele agradeceu! Tomamos deliciando cada gole, pois restava bom final de boca. Inacreditável para um vinho de tanta idade. Nota: 89 ptsSabores suaves de açucar mascavo e ameixas maduras, com tostados, surgiam a todo instante. Produzem apenas 5000 gfs/ano. Vinho inesquecível!

O segundo vinho da noite foi uma das boas novidades de Bourdeaux importadas ao Brasil, o Château Pérenne Bernard Magrez. Sobre ele estarei postando novo artigo em breve. Por enquanto, continuo agradecendo pela vida e amigos, especialmente o espirituoso casal Badoni e Marina. Uma noite de prima!

Beef Passion: este é o futuro da carne brasileira

BPassionHá algumas semanas fui apresentado pela minha cunhada Gilséia, para um produto que já havia ouvido falar na Faculdade mas nunca consumido. Ao adquirir alguns cortes desta carne pude avaliar seu incrível sabor e qualidades. Vocês já ouviram falar daquela carne com gordurinha entremeada ao músculo [à carne]. Pois bem, este processo desenvolvido há séculos pelos japoneses deu origem à raça chamada Wagyu. No Brasil, para nossa felicidade, temos a honra de produzir esta que é tida como a “rainha das carnes”; hors-concours se comparada às demais. Seu nome: Kobe Beef PASSION. De propriedade de Antonio Ricardo Sechis, hoje empresário do ramo da construção em Brasília, mas açogueiro desde adolescente, no interior de São Paulo, onde nasceu. Sua paixão pelo que faz é notório pelo brilho no olhar. Posso chamar-lhe com sinceridade de o artista da carne!

Acompanhem abaixo trechos do papo bacana que tivemos, apenas conversando sobre carne. Uma aula de um competente criador, que sabe o que está cortando, digo, falando.

Sobre a genética e raça do gado Passion: a genética superior do plantel é estrangeira, o Angus australiano e o Wagyu japonês (a verdadeira carne Kobe), usando como base a raça nelore brasileira. Os sêmens são adquiridos diretamente da Austrália e Japão e inseminados na fazenda Passion, situada em Cassilândia (Mato Grosso do Sul), a 500Km SW de Brasília, onde praticam pecuária de alto nível com sustentabilidade e manuseio coinsciente. Das 3 mil cabeças/ano, a produção que vai ao consumidor é assim distribuída: 5/6 do Angus e 1/6 do Kobe Wagyu.
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   Ricardo Sechis e Alex Atala (fotos FB-Passion)                          Amalia Sechis e Alex Atala

O conceito do produto e o surgimento da ideia: em primeiro lugar a busca pela gordura entremeada – marmoreio – é aperfeiçoada e customizada ao terroir e preferência do brasileiro, por uma gama de pesquisas em parceria com a Universidade UNESP, departamento de Engenharia de Alimentos. Este convênio trouxe enormes resultados no  surgimento de dietas alimentares e melhoramentos dos ácidos graxos, tornando as gorduras das carnes mais saudáveis. “Com isto na cabeça e a ideia fixa em criar um padrão de elevado nível, com diferencial de qualidade e visando atender exigentes paladares, é que concebemos há cinco anos a marca Beef Passion”, afirma Ricardo. “Como a carne Kobe é entremeada demais no País de origem, buscamos equilibrar esta relação entre o teor de marmoreio, maciez, suculência e sabor inigualáveis”, completa. A administração e gerência da marca é trabalhada em família, com as filhas (Amalia e Júlia), a esposa Vanda e filho Ricardo Sechis.

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Os cuidados com o gado e o “mito” do tratamento biodinâmico: o bem estar animal é o mais importante no conceito Passion. “Entre os [mimos] que realmente praticamos – e não é mito”, confessa Ricardo, “podemos enumerar: água potável e mineral reposta constantemente nos bebedouros mantendo máxima oxigenação; vaporização dos estábulos criando um ambiente umidificado de agradável sensação térmica aos hóspedes bovinos; dieta balanceada e fornecida durante todo dia, evitando exposição do alimento nos cochos; além de fundo musical tocando as baladas dos DJs pantaneiros proporcionado maior conforto aos animais”. Em resumo, se nós humanos somos amançados pelos confortos, isto serve de máxima também ao ambiente animal, que responderá sem estresse com carnes e fibras de melhor sabor e qualidade nutricional. Show de bola!

3-CPereladaE os vinhos, qual a melhor harmonização: apesar de ter testado reduzidamente este dueto vinho e Beef Passion, Antonio Ricardo cita algumas que ele já fez a aprovou. É o caso dos vinhos Castillo Perelada, da Espanha (enoteca Zahil), que numa degustação em Recife protagonizaram um casamento perfeito à mesa. Neste quesito, pretende-se formar com o Site DCV uma parceria para em brevíssimo tempo produzir eventos na Cidade visando proporcionar várias degustações desta fenomenal carne com Vinhos escolhidos nos portfólios das enotecas da Capital. Vão ser memoráveis estes encontros. Não perdem por esperar. Fiquem ligados. 😉

O custo e os melhores cortes: costuma-se dizer por aí que não existe carne de primeira ou de segunda. O que de fato existe são bois de primeira e de segunda linha. E isto é plenamente comprovado pela equipe do grupo Passion. Tanto é verdade que provei cinco tipos de cortes de um Kit vendido a R$ 99,00 e me deparei com algo inimaginável tal era a qualidade organoléptica da carne, diga-se: Acem, Patinho, Bistec Kobe – um acem de salivar a boca, Coxão duro, e Miolo da Paleta. Os kits são vendido no varejo em pontos de venda escolhidos a dedo visando combinar o binômio: perfil do consumidor com valor agregado do produto – que apesar de caro, torna-se barato pelo que oferece; e isto só é possível em casas especializadas e boutiques de carne. Além é claro de restaurantes renomados, como é o caso da paixão à primeira vista do Chef Alex Atala, dos restaurantes D.O.M. e Dalva e Dito (S.Paulo), defensor de carteirinha da Beef Passion. Os preços ao consumidor final variam de 60 reais (cortes menos tradicionais como citei anteriormente) a 150,00/Kg (cortes tradicionais, como: Bistec Kobe dianteiro, Costilla kobe dianteira, beef Ancho traseiro, e Prime Ribe australian Angus).

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                                               Comparação Patinho Passion (pleno de marmoreio) e
                                                       um patinho comum de açougue (foto DCV)

Onde encontrar as carnes Beef Passion: como citado acima, apenas nas casas especializadas. Além de serem saboreadas nos melhores restaurantes espalhados em cinco Capitais. Vamos ao serviço DCV.

* Brasília: Mercado Municipal, e Restaurantes Bottarga, Parrilla Madri, BSB Grill e Figueiras da Vila.
* São Paulo: Empórios Sta. Maria, Sta. Bárbara, e San Martin. Restaurantes DOM, Dalva e Dito, Epice, Vito, Osaka, Clos de Tapas, La Brasserie, Casa Nero, Chez Miss, Arturito e Hotel Unique.
* Rio de Janeiro: Sabor dos Campos, e Restaurantes Sudbrack, Olympe e Oro.
* Recife: Casa dos Frios, FriCarne, e Mister Carnes. Restaurantes NEZ e Leite.
* Cuiabá: Restaurante Mahalo.

E o novo espaço gourmet Passion – a loja Concept Store – que vende todos os 62 cortes aos consumidores, que podem ainda degustarem antes de comprar, num ambiente agradável, situado na Rua Barão Tatuí, 229, S.Paulo. Perguntado se eles iriam abrir outra Loja Conceito no DF, a resposta foi dada em primeira mão para o DCV. “Sim, está nos planos da Passion trazer até final do ano a segunda loja para Brasília, afinal é aqui onde moramos”, conclui Ricardo Sechis.

Terminamos este Post com uma frase que resume bem o sentido de produzir e gerar bem estar para  animais e humanos: “A Beef Passion é a melhor carne do Brasil. Uma pena que o segundo lugar está longe demais” – A.Atala (DOM).

Taurino Riserva 1998, o vinho do prazer!

…novamente na ITÁLIA (3)

Um verdadeiro ACHADO do DCV.  🙂

Um vinho de sabor celestial para um encontro de Astrônomos [risos].
 
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Taurino Riserva 1998 é um vinho perfeito para o prazer hedônico. Inacreditável como uma ampola de apenas 15 dólares pode ser tão boa a ponto de ganhar meus 91 pts, fácil. O vinho estava íntegro quando aberto. Aromas terrosos, tabaco e leve herbáceo. Na boca, surpreendeu. Super macio e bem estruturado apesar dos 14 anos de idade! Este INCRÍVEL vinho é composto de: 80% Negroamaro e 20% Malvasia Nero, e são da Puglia, litoral leste da Itália, costa da Mar Adriático. A vinícola é a Salice Salentino, cuja produção iniciou-se em 1976.

Além de tudo, ele se saiu muito bem com a refeição – no caso, um jantar com o amigo astrônomo Paulo Fernandes, provando uma deliciosa lasanha da fábrica de massas artesanais San Felice (na 412 Norte, BsB-DF). O encontro, regado a este delicioso vinho, foi com objetivo de iniciarmos um projeto de pesquisa astronômica na caça de meteoros, determinando suas altitudes. 

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Funciona assim (gráfico acima): cada um de nós observa os meteoros no céu noturno em dois postos de observação separados por 100 Km. Depois, juntamos os dados e encontramos a coincidência de avistamento para um mesmo meteoro. Daí, por um método matemático chamado paralaxe, ou triangulação esférica, conseguimos calcular a que altitude passou aquele meteoro avistado no céu. Simples, né?! Bem, é sempre bom deixar claro que a observação astronômica jamais vai combinar com o consumo de vinho (álcool!), certo, mas para aproximar os amigos da Astronomia e da Enogastronomia, ah, isso vai.  😉
 

Bramito, um grande Chardonnay da Umbria

…continuando na ITÁLIA 2  (sequência do Crognolo).  😉

Da Umbria, ali coladinha no sudeste da Toscana (Itália), vem surgindo brancos expressivos e apaixonantes. É o caso deste branco inconfundível. O Bramìto del Cervo Chardonnay 2007.

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Um chardonnay de autêntica alma toscana, e principalmente, de realeza. Criado por nada menos que o “mestre” Marchesi Antinori – quem já ouviu falar de Tignanello ou Solaia, os primos-irmãos do Sassicaia – sabem bem do que estou dizendo. Produzido no Castello della Sala, um castelo de linda arquitetura medieval do século XIV, adquirido pelo clã Antinori em 1940.

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A sequência deste chardonnay começou a ser elaborada em 1994, com a primeira safra do rótulo. A prova foi feita acompanhando um Bacalá (bacalhau) em Posta assado ao Forno com Ervas e anis, e batatinhas cozidas, no Papelote. Má, quê!, nem preciso dizer que ficou maravilhoso, pois este branco tinha uma acidez marcante para o peixe em questão. A cor do vinho era amarela com traços dourados muito bonitos. Olfato clássico desta casta, aromático com baunilha e tostado, não muito. Textura agradável e boa complexidade. Completo, ainda mais pela passagem estratégica de cinco meses em barricas francesas de carvalho. Avaliação: 90 pts. Elegância total. E meu Bacalá agradeceu.  🙂