Degustação dos Vinhos de Goiás! Veja como foi.

O DCV promoveu na última terça-feira, 18/09/2012, uma degustação com os comentados vinhos de Goiás da vinícola Pireneus, pertencente a Marcelo de Souza. A vinícola fica a 930 metros de altitude, na Serra dos Pireneus, e começou a plantar uvas em 2005. Em 2008 eles engarrafam uma safra experimental. Com o sucesso resolvem comercializar a de 2010 que foi a que degustamos.

 

 

Uma curiosidade é que a colheita ocorre entre agosto e setembro como acontece no hemisfério norte. O clima é bem particular com seis meses secos, pluviometria baixa, dias quentes e noites frias.


A região tem vocação para vinhos intensos, potentes, com estrutura, muita extração, teor alcoólico alto, bem novomundista e é com esse perfil que os vinhos Bandeiras e Intrépido se apresentam.


O Bandeiras Barbera 2010 é predominante Barbera (85%) com 10% de Tempranillo e 5% de Sangiovese. Atinge 15% de graduação alcoólica e 70% do vinho passa por madeira de segundo uso. A metade desses 70% vão em carvalho americano e a outra em francês. Apesar de toda intensidade é um vinho muito equilibrado, com taninos educados e bastante aromático.


Intrépido Syrah 2010 tem 14,5% de álcool e 87% de Syrah com 13% de Tempranillo. Esse vinho tem mais extração que o anterior, é mais encorpado e possui taninos mais agressivos. É um exemplar para se guardar ou para quem aprecia vinhos mais encorpados. Novamente 70% do vinho estagia em carvalho, porém novo.


Ambos os vinhos surpreenderam e encantaram os participantes que deixaram de lado a possível desconfiança e preconceito e quiseram adquiri-los ali mesmo. 

 

 

LANÇAMENTO! Fred-Vinhedos Hood 2011

Vinho fino, delicado, elegante. Seriam esses bons predicados para definir esse novo projeto da Cave Geisse chamado FRED- Vinhedos Hood 2011. Pinot noir com inspiração na Borgonha, de baixa extração, aromas terrosos; logicamente com menor acidez que o original, mas muito fácil de beber. Quando percebemos a garrafa acabou.

Mário Geisse, já consagrado no ramo dos espumantes, é o enólogo desse novo projeto que é feito com uvas dos vinhedos Hood a 850 metros de altitude, ao lado dos vinhedos dos Geisse.


Uma peculiaridade desse vinho é que apenas um único cacho de uva foi deixado em cada vinha durante a colheita para os espumantes Geisse. Esses cachos amadureceram por mais três semanas e apenas com eles foram feitas as limitadas 1.850 garrafas desse belo pinot brasileiro. Restam 10 garrafas na Enoteca Decanter Brasília (61-3349 1943) ao preço de R$ 69,00 cada. 

Vinum Brasilis na Revista GOSTO de Setembro!

A revista GOSTO que acaba de chegar às bancas, traz na coluna do experiente degustador Guilherme Rodrigues, seu relato sobre as duas degustações paralelas organizadas pelo DCV durante a Vinum Brasilis (pág. 126 da revista). Um jantar no restaurante Aquavit com os vinhos de Marco Danielle que não estão mais disponíveis (trazidos pelo amigo Luiz Cola – do blog Vinhos e Mais Vinhos de Vitória) e um almoço no restaurante L´Affaire -vertical de Peverellas das safras 2002 a 2012- trazidos pelos criadores Luís Zanini, Álvaro Escher e Pedro Hermeto. Confira a capa da revista e fotos do jantar no Aquavit. As fotos do almoço no L´Affaire podem ser acessadas aqui.

 

 

Degustação Quinta da Figueira (Florianópolis) – Veja como foi!

A degustação dos vinhos da vinícola de garagem Quinta da Figueira (Florianópolis) ocorreu ontem no restaurante L´affaire que é comandado pelo chef Marcelo Piucco.

Os vinhos degustados foram os seguintes, em ordem de serviço:

Garapuvu Chardonnay 2010: vinho de amarelo intenso, com notas evoluídas de oxidação e aromas de querosene e tinta guache. Surpreendeu a maioria dos participantes pelo estilo alaranjado.


Reserva Perpétua Lote I: corte de 2 vinhos. Um Cab.Sauvignon 09 com 14 meses de barrica de terceiro uso e um Cab/Merlot (50/50) 2010 com 06 meses de madeira de primeiro uso. Resultando em um corte final de 80% C.S. e 20% Merlot das safras 09 e 10. É um vinho estruturado, com pegada e taninos marcados. Já mostra uma evolução na cor e foi o preferido de muitos.


Reserva Perpétua Lote II: corte de 40% do Lote I com 60% de Merlot 2011 sem passagem por madeira. Um vinho muito mais fácil de beber com taninos amaciados e muito gastronômico. Dividiu a preferência da maioria com o vinho anterior. O corte final é de 68% merlot e 32% C.S das safras 09,10 e 11.


Istepô 2012: Um 100% merlot que ainda não foi lançado, com zero SO2. O vinho deve ser aerado para que dissipe o gás e com ele os aromas indesejáveis. Após esse período o vinho se torna intrigante, mas não agrada facilmente quem não está acostumado com o estilo.


Ponte Velha 2010: Um corte clássico de Cab/Merlot em partes iguais. É um vinho encorpado e estruturado que pede acompanhamento de comidas fortes.


Miramar 2011: Sangiovese, C.S e Merlot. Um vinho que pareceu muito contido ainda nos aromas, mas de boca macia e marcante acidez. Bastante gastronômico que provavelmente melhorará com a guarda.


Os participantes acharam os nomes dos vinhos bastante criativos assim como os rótulos muito bonitos. Muitos se sentiram culpados por não terem encontrado o enólogo Rogério Gomes na Vinum Brasilis no mês passado. www.quintadafigueira.com.br

 

 

Aquavit recebe Convidados na Vinum Brasilis

O Aquavit é o restaurante mais exclusivo de Brasília. Fica a 30 km do centro da cidade, em uma mansão que só funciona para o jantar de quarta a sábado. O chef é o dinamarquês Simon Lau que já foi eleito o melhor da cidade algumas vezes. O cliente consome o menu que estiver em cartaz, podendo optar por três, quatro ou cinco etapas, harmonizado com vinho ou não.


A mansão é bela, com uma vista inigualável da cidade. Durante o dia o visual é mais bonito ainda, mas pelo fato de só funcionar à noite os comensais ficam privados da paisagem que inclui um por do sol que chega a ser dramático ao entrar pela sala de vidro. A única forma de desfrutar esse por do sol é participando do menu “Festa de Babette” em que o restaurante passa o filme ao entardecer, antes do jantar. Por falar nisso, esse menu está de volta (apenas uma vez ao ano) dos dias 12 a 15 de Setembro em sua VIII edição. É necessário reservar com antecedência.

Foi nesse clima de exclusividade que o restaurante recebeu a imprensa que esteve em Brasília cobrindo a Feira de vinhos Vinum Brasilis. Aproveitamos a ocasião para fazer uma degustação dos primeiros 08 vinhos da vinícola Tormentas, em que estavam presentes vinhos de baixíssima tiragem, como o Tormentas 2004, que só houve 141 garrafas. Esses vinhos foram cortesia de Luiz Cola/ES que generosamente os dividiu conosco. Veja a cobertura da degustação em: http://www.vinhosemaisvinhos.com/2012/08/impressoes-da-inedita-e-historica.html

Fomos recepcionados com toda atenção e cordialidade pela equipe do Aquavit que nessa noite nos brindou com o menu de 4 etapas. Foram elas:


Mexilhões em sua gelatina com Salsinha, Folhas Verdes, Croutons e Vinagrete.


Pirarucu Defumado com Maionese de Tucupi, salada de batata e croquete de pirarucu.


Costela de Cordeiro e Tian de Verduras, nhoque de mandioca à salvia e redução de cordeiro.


Pudim de leite Clássico, ameixas assadas com baunilha e espuma de amêndoas.

Aquavit (www.restauranteaquavit.com) tel. 61- 3369 2301 – Funciona de quarta a sábado à partir das 21:00. Fotos: Luiz Cola, Oscar Daudt, Eugênio Oliveira.

Peverella: o início, o meio e… O Futuro!

Tudo começa com Álvaro Escher e Luis Zanini fazendo o curso de enologia. Identificam-se nas idéias, atitudes e ideais. Conversando com o sogro do Zanini, seu Laurindo, ficam sabendo que o vinho que mais o agrada é o Peverella. Mas como assim? Que uva é essa? Dessa curiosidade resolvem resgatar a cepa e fazem o seu primeiro Peverella, ainda na estrebaria transformada em adega no ano de 2002.

 

A partir daí, Álvaro desenvolve um projeto com seu irmão Vítor Escher, chamado Cave Ouvidor, em que compram uvas Peverella em Bento Gonçalves e as vinificam em um sítio em Garopaba/SC. Lá são feitas as safras 2004 e 2005 do mítico e inesquecível Cave Ouvidor.


O projeto é desfeito e em 2008 Álvaro e Zanini retomam o plano Peverella lançando em 2010 a primeira safra da Era dos Ventos 2008. No ano de 2012 é lançada a segunda safra da Era dos Ventos Peverella 2010. É importante ressaltar que em 2006 o Zanini entrega alguns exemplares de pequenos viticultores de Bento Gonçalves a Jonathan Nossiter. Vinhos esses que expressavam a identidade do produtor e não cópias do vinho globalizado que dominam o mercado até hoje. Nossiter se encantou com o Cave Ouvidor Peverella do Álvaro e o adotou. Como na época seu filme Mondovino estava em alta, Nossiter tinha grande penetração na mídia e o Cave Ouvidor ganhou outro padrinho, o músico Ed Motta, que divulgou o vinho aos quatro ventos. O resto é história, como a que Pedro Hermeto serviu o Cave Ouvidor a Albert de Villaine, proprietário do Domaine de la Romanee-Conti, quando o mesmo esteve em seu restaurante, Aprazível, no Rio de Janeiro.


Contei tudo isso para chegar à degustação que idealizei há um ano e que se concretizou na semana passada. Com o lançamento da safra 2010 da Era dos Ventos, entrei em contato com o Zanini para ver se conseguia uma garrafa do 2011, que ainda está em barrica, para fazer uma vertical de 03 safras de Era dos Ventos Peverella. Depois de vários e-mails, telefonemas e contatos, chegamos à conclusão de que faríamos essa vertical aqui em Brasília durante a Vinum Brasilis desse ano. Conseguimos reunir as garrafas do Cave Ouvidor Peverella 2004 (só foram feitas 350 garrafas desse vinho), 2005 (1000 garrfas), Era dos Ventos 08, 10, 11 e 12 (500 a 800 garrafas de cada safra). Essas duas últimas safras o Zanini retirou da barrica só para a vertical. Como surpresa da degustação, Zanini conseguiu de volta a garrafa do Peverella 2002 que ele havia presenteado seu sogro, seu Laurindo, que generosamente a cedeu.


Foi durante um almoço inesquecível, escoltado pela cozinha do chef Marcelo Piucco (restaurante L´affaire), que degustamos essas 07 safras desse líquido dourado, feito com paixão e emoção. O Peverella 2002, assim como o 2004 e o 2012 foi feito sem nenhum SO2, estava surpreendentemente perfeito, mostrando que vinhos sem sulfito podem ser longevos. O 2012 é o mais turvo e demonstra um longo caminho pela frente. O 2005 o mais oxidado e os 2008, 2010 e 2011 são os mais exuberantes e complexos no nariz. O 2004 é uma jóia, com acidez, corpo oleoso e bela cor de ouro polido. O grande prazer desses vinhos é quando sua temperatura vai subindo, exalando uma paleta de aromas que foram identificadas como cravo, pipoca, pólvora, floral, jerez, resina, cevada… Vinhos únicos, complexos e emocionantes.


O que mais me impressionou foi a coerência do projeto. Facilmente se percebia que eram vinhos do mesmo enólogo, fossem eles feitos apenas pelo Álvaro ou por ambos. Os sete vinhos tinham exatamente o mesmo perfil, independente da qualidade da safra e assim disse Álvaro Escher: “Traga-me uma uva do inferno que te farei um grande vinho”.


Quero deixar meu eterno agradecimento ao Zanini, Álvaro, Pedro Hermeto e seu Laurindo, que reuniram as garrafas e compraram a minha ideia de fazer essa vertical, que começou humilde e se transformou em um evento inédito e histórico. Agradeço também a presença dos amigos que além dos citados Zanini e Álvaro, foram: Ana Paula Valduga(RS), Alessandra Rodrigues (RJ), Didú Russo (SP), Oscar Daudt (RJ), Sonia Denicol (SP), Luiz Cola(ES), Guilherme Rodrigues(PR), Luiz Miguel(DF), Petrus Elesbão(DF), Duda Zagari(RJ). Ausências sentidas: Pedro Hermeto (RJ), Ricardo Salmeron (DF) e Bruno Agostini (RJ) pessoas que têm o espírito ligado a esses vinhos.


No futuro a Peverella se tornará cada vez mais conhecida, cultuada e desejada. Resta-nos aguardar os próximos lançamentos dessa uva, que pelas mãos de alquimistas da enologia, continuarão nos surpreendendo. Fotos: Luiz Cola, Alessandra Rodrigues e Eugênio Oliveira.

Outras de coberturas em: http://www.vinhosemaisvinhos.com/2012/08/cave-ouvidor-e-era-dos-ventos-uma.html

http://www.didu.com.br/2012/08/vertical-de-peverella-pode-imaginar-isso/ (video)

 

 

Vinum Brasilis 2012-Veja como foi.

Recorde de vinícolas participantes na Vinum Brasilis 2012. Foram 33, mais o estande do DCV que apresentou 09 vinícolas. A relação oficial é a seguinte:

Irmãos Basso, Domno Brasil, Don Laurindo, Cave Geisse, Gran Legado, Hermann, Casa Valduga, Dal Pizzol, Don Guerrino, Don Giovanni, Vallontano, Cordilheira de Santana, Maximo Boschi, Santa Augusta, Pizzato, Irmãos Molon, Luiz Argenta, Miolo, Salton, Quinta Don Bonifácio, Lídio Carraro, Quinta da Neve, Pericó, Dezem, Antônio Dias, Rio Sol, Sanjo, Camponogara, Kranz, Aurora, Valmarino, Fabian, Perini.

No estande do DCV foram apresentados os seguintes produtores: Era dos Ventos (RS), Coopernatural Hex Von Wein (RS), Quinta da Figueira (Florianópolis), Estrelas do Brasil (RS), Quinta Ribeira de Mattos (RS), Tormentas (RS), Éléphant Rouge (RS), Arte da Vinha (RS), Pirineus Vinhos e Vinhedos (Cocalzinho-Goiás).

Com um número de 2.200 participantes o público pôde apreciar o que há de melhor na produção nacional. Vinhos tintos, brancos, espumantes e rosés. Teve até espumante com flocos de ouro. O Nero Gold da Domno com flocos 23k.

Como novidade de outros estandes enumero o Carmenére da Fabian, o brut rosé da Kranz e o Malvasia da Dezem. Não tive tempo de visitar muitos estandes, pois estava divulgando os vinhos dos garagistas no DCV que mais uma vez foram bastante procurados pelo público.

 Era dos Ventos: foram servidos o Peverella 2010 com todo seu teor de gasolina e o primeiro vinho tinto do projeto: o Merlot 2007. Esses vinhos podem ser adquiridos por meio da Confraria Carioca no Rio de Janeiro tel. 21- 2244-2286.

Coopernatural Hex Von Wein: conhecido como vinho das bruxas pode ser adquirido pelo site www.vinhoorganico.com.br. Foi servido o Cab. Sauvignon.

Quinta da Figueira (Florianópolis): Foram servidos 05 vinhos. Reserva Perpétua Lote I, Reserva Perpétua Lote II, Istepô (zero SO2-100% merlot), Ponte Velha (Cab.Sauv./Merlot), Miramar (Sangiovese, C.S, Merlot). Vinhos podem ser comprados pelo site www.quintadafigueira.com.br

Estrelas do Brasil: Brut Champenoise 2006, Brut Rosé Champenoise 2009, Dall Agnol DMD 2005 (C.sauvig.) e Dall Agnol Superiore 2005 (Esgotado). Podem ser comprados pelo site: www.estrelasdobrasil.com.br

Quinta Ribeira de Mattos 2005. Foi servido o n.2, vinho de minha adega particular que não existe mais à venda.

Tormentas Garagem Branco 2011: Vinho que ainda pode ser adquirido comprando-se um lote de outros vinhos em www.tormentas.com.br

Élephant Rouge 2008: Vinho também esgotado, mas que ainda pode ser encontrado em alguns restaurantes de SP ou pelo e-mail [email protected]

Arte da Vinha: foi apresentado o Espumante Inusitado branco, feito de 05 uvas tintas e o Carmenére Benedito 2011 que só gerou 254 garrafas. Contato: [email protected]

Pirineus Vinhos: Os vinhos do Goiás. Intrépido 2010 Syrah e Bandeiras 2010 Barbera. Contato: [email protected]


Parabéns ao Petrus Elesbão que mais uma vez não mediu esforços para que tudo ocorresse da melhor forma possível nessa feira que já faz parte do calendário do vinho brasileiro.

Acompanhe outras coberturas do evento em:

http://www.enoeventos.com.br/201203/vinum/vinum.htm 

http://www.didu.com.br/2012/08/a-melhor-mesa-da-vinum-brsilis-2012/

http://www.didu.com.br/2012/08/mais-videos-da-vinum-brasilis-2012/

 

 

Ch.Reignac. Prova de duas safras.

O Chateau Reignac ficou bastante famoso depois que em algumas degustações às cegas, promovidas pelo Grand Jury Europeen em Paris, se saiu melhor que vários vinhos renomados como Petrus, Cheval Blanc, Mouton-Rothschild, Lafite e outros infinitamente mais caros que ele. Caso queira saber do que falo, acesse os vídeos abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=ptXx_1lPwG8 video de 29/06/2009- safra 2001

http://www.youtube.com/watch?v=3FBqTlPuiik vídeo de 06/11/2010- safra 2004

O Ch. Reignac vem de uma apelação de Bordeaux conhecida como AOC Entre-Deux-Mers Controlée que se localiza entre os dois rios, Dordogne e Garonne, e é utilizada para os vinhos brancos. Como o Reignac é tinto, ele é engarrafado como Bordeaux Supérieur. Composto de 75% Merlot e 25% C. Sauvignon. As vinhas têm em média 42 anos, 20 % das uvas são vinificadas em barricas novas de carvalho e os 80% restantes em inox, depois passam 18 meses em carvalho até chegar ao mercado.

reignacduo

Tive a oportunidade de degustar duas safras desse vinho, convite do amigo Marcio Neves, na presença do também amigo Gustavo Machado. As garrafas eram das safras 2000 e 2005, duas grandes colheitas em Bordeaux. O enólogo é Michel Rolland, o que me deixou um pouco apreensivo quanto a ter muita extração e potência. O Reignac 2000 está prontíssimo, sem nenhuma aresta. Aromas de grafite, cedro e couro predominavam nesta garrafa que mostrava evolução na cor; na boca era pura sutileza, com um ataque muito macio. O 2005 está novo, vai durar muito ainda. Com cor bem mais púrpura, taninos mais chamativos, aromas de pimentão e textura larga no paladar é um vinho que requer mais tempo de adega para atingir o nível de prazer do 2000.

Uma excelente opção para quem quer tomar um ótimo Bordeaux (outras dicas são Moulin D´ Issan e Haut-Condissas) sem pagar o preço que pedem pelas etiquetas famosas.

 

 

Aquavit, o restaurante mais exclusivo de Brasília


O Aquavit é o restaurante mais exclusivo e agradável da cidade (confira o site do restaurante aqui). Localizado no Setor de Mansões do Lago Norte a 30 km da rodoviária, funciona em uma casa à beira do lago Paranoá projetada pelo chef/proprietário Simon Lau. Com pé direito alto e parede de vidro de frente para o lago, o cliente tem uma das mais belas visões da cidade enquanto aprecia o menu.


O cardápio é mensal, desenvolvido pelo chef e sua equipe. Funciona assim: a cada mês é sevido um menu que o cliente pode escolher entre 03, 04 ou 05 pratos, harmonizados ou não com vinho. Antes de entrar na carta é feito um teste com alguns convidados para ver o que vai funcionar. Nesse soft-open são testados de 03 a 04 vinhos por prato, para ser escolhido o que mais harmoniza com o mesmo. Não tenho notícia de outro restaurante na cidade que faça esse tipo de trabalho, logo, aquele vinho que está sugerido ao prato não está lá à toa, ele venceu, às cegas, outros três concorrentes. O DCV esteve lá e conferiu a prova.


O chef Simon Lau é um dinamarquês que está há 25 anos no Brasil e alterna menus contemporâneos com brasileiros. Seu restaurante já foi chamado de Noma brasileiro pelo jornalista de O Globo, Bruno Agostini, que esteve aqui ano passado participando da Vinum Brasilis e ficou encantado com sua cozinha, confira a reportagem aqui.