Vinho com Excelente preço em loja de Brasília

Dificilmente acontece, por isso quando ocorre venho aqui para alertar os internautas sobre a barganha. O vinho Wild Rock Sauvignon Blanc safra 2009 da Nova Zelândia, que custa R$ 103,50 está sendo vendido por R$ 55,00 na Decanter de Brasília (Scln-308-D-lj 55- tel 3349 1943). Depois do Loire, é na Nova Zelândia que se faz os melhores vinhos dessa cepa. Esse exemplar é cítrico de acidez vibrante que enche a boca de água e tem aquele aroma de grama recém-cortada. Corra, eu já comprei minhas garrafas.

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Degustação dos vinhos da Kranz

O DCV promoveu uma degustação, para 15 pessoas, dos vinhos da vinícola Kranz no restaurante Dom Francisco 402 sul. A vinícola tem sede em Treze Tílias/SC e utiliza uvas de vinhedos de 1200 metros de altitude. Supervisionada pelo enólogo francês Jean Pierre Rosnier, doutor em enologia pela Universidade de Bordeaux, faz vinhos diferenciados de excelente qualidade. Os vinhos degustados foram os seguintes:

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Brut Rosé 2010: cor de cobre, parecendo champagne envelhecido. Levedura, seco e muito fino, sem aquele fim de boca adocicado característico da maioria dos espumantes brasileiros. Foi o preferido da maioria dos participantes. Um brut rosé desconcertante feito de cabernet sauvignon.

Rosé 2010: blend de cabernet sauvignon/merlot tem a cor entre um provençal e um espanhol. Um vinho agradável, mas sem surpresas, talvez falte um pouco mais de acidez.

Chardonnay 2010: Uvas da serra do Marari, sem passagem por madeira, porém com todas as características, como tostado, côco, manteiga. Cor bem amarelada, untuoso e marcante. Um belo chardonnay.

Viognier 2010
: Nariz de querosene, petróleo, lembrando bastante um riesling. Não temos muitos vinhos viognier no país e arrisco dizer que esse foi o melhor brasileiro que provei desta casta, apesar do final ser curto.

Merlot 2008: primeiro vinho lançado pela vinícola tem aromas exuberantes e é muito sedoso no paladar, taninos suaves e redondos. É um vinho muito agradável e fácil de beber.

Cabernet Sauvignon 2008: um cabernet clássico sem surpresas. Ainda um pouco fechado no nariz. Escolha certa para quem aprecia o estilo.

Brut 2011: feito com chardonnay é um vinho para disputar mercado. Muito parecido com vários espumantes brasileiros, inclusive na sensação adocicada no final de boca. Vale dizer que esse foi o único vinho, dentre os degustados, em que havia a sensação de final doce. Todos os outros tem o final seco e levemente amargo, características que muito me agradam e fazem com que se consiga tomar a garrafa até o fim.

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A Kranz ainda não tem representante na cidade e a maioria dos participantes queria saber onde adquirir os vinhos. Tomara que em breve tenhamos esses ótimos vinhos da Kranz disponíveis no mercado brasiliense.

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Marc Kreydenweiss do Rhone!

jo13Marc Kreydenweiss é um defensor do terroir e da viticultura biodinâmica. Ele tem feito vinhos sensacionais na Alsácia durante muitos anos e sua família tem trabalhado a terra perto de Andlau por mais de 300 anos.

Em 1999 ele buscou um novo desafio e comprou 14 hectares no sul do Rhone. Desde então expandiu as vinhas para 19 hectares e converteu a propriedade aos princípios biodinâmicos de viticultura e vinificação. Ele possui vinhas de 100 anos que contribuem para incrível profundidade e complexidade desse vinho Perriéres, que é feito de 25% Mourvedre, 25% Syrah, 25% Grenache, 25% Carignan.

Kreydenweiss faz pouco uso de barricas novas, ele quer que o frescor, o brilho e a jo14fruta elegante se expressem. Para isso lança mão de barricas usadas, adquiridas de produtores de primeira linha como Domaine Leroy e Chateau Tertre Roteboeuf.

O Perriéres 2008 que tomei, foi trazido pelo meu amigo Jo, que mais uma vez surpreendeu com seus achados. Vinho bem escuro, quase negro, com aromas de fumo e hortelã, estilo Rhone, meio pesadão, frutas negras e especiarias. Como todos que ele traz, esse tem um mínimo de So2 no engarrafamento. Os vinhos que Kreydenweiss faz na Alsácia são trazidos pela WorldWine, os do Rhone não têm importador no Brasil.

Jantar com grandes vinhos e convidados especiais

Terça-feira (13/03/12) tivemos uma fantástica degustação na cidade. Aproveitando a vinda do meu amigo Jo a Brasília, convidei o também amigo Oscar Daudt (leia a postagem dele sobre essa noite no site Enoeventos) que se deslocou do Rio de Janeiro para juntar-se a nós. Falei com Francisco Ansiliero, proprietário do restaurante Dom Francisco que preparou um magnífico jantar para os convivas. Estavam presentes também os amigos Guilherme Mair (Um papo sobre Vinhos), Abilio Cardoso (enófilo), Petrus Elesbão (Vinum Brasilis) e Marcos Rachele (Art du Vin).

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O Jo normalmente vem duas vezes ao ano a Brasília e raramente não traz uma pérola na mala. Dessa vez ele não trouxe nada, mas já se comprometeu em na próxima vinda a trazer seus grandes vinhos. Vamos cobrar. Na falta de suas garrafas, eu e os amigos da cidade assumimos a responsabilidade de levar vinhos que agradassem nossos convidados e tornassem a noite especial. Abaixo o que foi degustado, na ordem do serviço, da esquerda para direita.

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Estrelas do Brasil Brut Champenoise 2006-Brasil: Cor dourada, muito brioche, mel e leveduras no nariz. Para mim o melhor espumante já feito no país, melhor até que alguns champagne vendidos por aqui.

Pinot Gris Domaine Barmés e Buecher- Herrenweg 2004- Alsacia: Cor bem evoluída, nariz adocicado e acidez média. Muito mais encorpado que os italianos, que se caracterizam pelo corpo leve e frescor. Aqui temos uma versão menos conhecida dessa uva. Biodinâmico de excelente produtor.

Romorantin 2005 Claude Courtois-Loire: Pura cevada, também biodinâmico, de cor bem dourada e feito de uma uva não muito comum por aqui. Considero o melhor vinho desse produtor.

Clos du Calvaire- Benjamin Dagueneau- Loire-2008: Vinho de exceção, raríssimo, nunca foi comercializado no Brasil. Suas vinhas foram arrancadas, replantadas e se tudo der certo em 2016 haverá uma nova safra. A vinícola hoje é comandada pelo filho de Didier Dagueneau (falecido em 2008) e os vinhos mantiveram a qualidade. Esse sauvignon Blanc encantou a todos na mesa, com acidez cortante e crocante, aromas herbáceos de grama recém-cortada, com incrível potencial de envelhecimento. Um bebê oferecido pela generosidade do Guilherme Mair.

SimCiC Teodor 2006-Eslovênia: Primeiro vinho tinto da noite, um corte de 85% merlot e 15% Cabernet Sauvignon. Estilo Bordeaux margem direita, com 45 meses em barrica. Como era um vinho da Eslovênia, esperava ser surpreendido, mas é o que quase todo mundo tenta fazer: Um Bordeaux fora de Bordeaux.

Bourgueil Clos Sénéchal Catherine e Breton 2005- Loire: Outro vinho biodinâmico, 100% cabernet franc já com uma boa evolução. Aromas de estábulo e couro que me encantaram, mas não agradou a todos. Taninos ainda duros pedindo comida gordurosa.

Vila Matilde Aglianico- Campania Itália: Talvez o vinho mais simples da noite. Ameixa, taninos secantes e a característica acidez dos vinhos italianos.

Côtes du Jura Cuvée Tradition Domaine Baud 1996- Jura: Para finalizar a noite um grande vinho branco do Jura. 50% savagnin e 50% chardonnay. Cor de ouro velho, toques de oxidação, lembra Jerez. Vinho intrigante de nariz doce e boca totalmente seca. Belo exemplar para finalizar a grande noite.

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Vinhos Brancos Eslovenos

A Wine Network trouxe para Brasília vinhos brancos eslovenos de altíssima qualidade ainda desconhecidos pelo público brasileiro. Os vinhos servidos durante a degustação foram os seguintes:

Silveri White – Rebula
Silveri Rosé – Pinot Noir
Silveri Brut – 60% Chardonnay, 20% Rebula, 20% Sauvignon

Ferdinand Sivi Pinot 2010
Furlan Pinela 2010
Furlan Zelen 2010
Servidos com tartar de atum e geléia de gengibre

Ferdinand Belo 2005
Edi Simčič Tokata 2009
Servidos com polvo com batatas ao murro em massa filo

Edi Simčič Triton Lex 2007
Ferdinand Rumena Rebula 2006
Servidos com cupim no sous vide e molho de gorgonzola

PRA VinO Ledeno Vino Šipon 2007 (ice wine)
Servidos com sorvete de chocolate branco, acompanhado de framboesa e chocolate com pimenta

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O ice wine é um vinho feito a partir de uvas colhidas na temperatura de -7 graus, sob luz de velas, motivo pelo qual leva este nome. Por ser um vinho doce, o ice wine é pefeito para acompanhar sobremesas. No Brasil, o ice wine canadense é bastante conhecido. A Wine Network apresentou o ice wine da PRA VinO que é três vezes campeão mundial, tem produção anual de apenas 600 garrafas e foi muito elogiado durante a degustação.

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A seleção dos vinhos foi feita em parceria com o Sr. Boris Gašparin, presidente dos Sommeliers da Eslovênia. A harmonização entre os pratos e os vinhos foi sugerida pelo renomado Chef Janez Bratovž (proprietário do Restaurante JB, localizado na capital eslovena, Liubliana). Com base na sugestão de Janez Bratovž, o Chef André Amorim criou pratos contemporâneos usando ingredientes brasileiros e técnicas francesas.

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Vinte e quatro pessoas compareceram ao evento, dentre jornalistas especializados em gastronomia, sommeliers, donos de restaurantes e de empresas importadoras de vinhos. Dentre os convidados, a Embaixadora da Eslovênia para o Brasil, Milena Šmit, Francisco (proprietário do restaurante Dom Francisco), Marco Aurélio (proprietário do restaurante Piantella), Thiago (proprietário do restaurante 348), Antonio Duarte (presidente ABS-DF), Carla Lopes (proprietária do Café Export e parceira comercial da Wine Network) e Liana Sabo (Correio Braziliense).

Almoço com Mersaullt e Lagosta!

Almoço dessa sexta-feira (09/03/12) com Mersault Clos de Mazeray 2005 do Domaine Jacques Prieur e lagosta ao molho bisque, acompanhada de purê de batata baroa com shimeji, preparada com maestria pelo chef Marcelo Piucco que atua no restaurante L´affaire em Brasília. O vinho estava untuoso e potente, companhia perfeita para o prato.

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