Casa Marin Cipreses 2008

Pura brisa do mar, com mineralidade e frescor. Essa seria a definição deste sauvignon blanc do Vale de San Antonio no Chile. Talvez o melhor exemplar da América do Sul desta casta. Cor amarelo-esverdeado e uma acidez crocante; que só nos vinhos de Maria Luz Marin pode ser encontrada com tanta perfeição. Influência direta do Pacífico. Não é um vinho barato, R$ 133,00 na Vinea (www.vinea.com.br), mas vale cada centavo.
marin2marin1

Trinch! 2009, a surpresa do Loire

trinch1Trinch! é o vinho de entrada dos produtores Catherine e Pierre Breton do Loire. Ao abrir a garrafa e despejar na taça você chega a levar um susto com a concentração da cor do vinho. Um negro intransponível que depois, visto na taça, nem é tão escuro assim. Tem uma cor de Fanta Uva, o refrigerante mesmo, que remete a um vinho pesado, de muita concentração. No nariz aqueles aromas de estábulo e brett muito bem dosados, e na boca a grande surpresa: Aquilo que visualmente parecia ser pesado e concentrado, na verdade é jovial e alegre. Um puro Cabernet Franc, sem passagem por madeira, biodinâmico, sem conservantes; uma clara demonstração de confiança na qualidade das uvas. Fácil de tomar, com muita fruta e taninos redondos. São essas surpresas que nos fazem procurar por garrafas assim. Na Arte e Vinho (61-3248 3258)

Oportunidade única: Vertical de Vega-Sicilia em Brasília!!!

O evento será apresentado por Marcelo Copello (Jornalista carioca, editor do blog Vinoteca na Veja-Rio, colaborador de diversos veículos de imprensa, autor de 4 livros de sucesso e palestrante requisitado). Serão apenas 14 vagas. Estarei lá. Confira:

Vertical Vega Sicilia UNICO pela primeira vez em Brasília!
Presente em todas as listas dos maiores vinhos do mundo, o Vega Sicilia UNICO transcendeu a categoria de vinho para receber o status de lenda. Para os afilhados de Baco é imprescindível prová-lo ao menos uma vez na vida (ou duas, ou duzentas…). Eis aqui uma oportunidade!
Realizamos uma prova semalhante ano passado, veja como foi em: www.mardevinho.com.br/colunas/unico

Data – 18/08/11 – 5a feira
Hora – de 19:45 às 23:00 (às 19:45 recebemos os pontuais com cavas e às 20:00 começamos)
Endereço – Restaurante Dom Francisco (SCLS 402 bloco B loja 5, tel 3224-1634, Brasília-DF)

vega 

Programa

Boas vindas com espumante espanhol Cava Castellroig Brut, Penedes,
Aula didática de Marcelo Copello sobre as safras, a Bodega Vega Sicilia e o UNICO
Degustação orientada dos seguintes vinhos (50ml de cada vinho por pessoa):

Vega Sicilia Unico 1999
Vega Sicilia Unico 1998
Vega Sicilia Unico 1996
Vega Sicilia Unico 1995
Vega Sicilia Unico Reserva Especial (safras 90, 91, 95) 

Após a vertical, jantar completo.
Entrada: Salada de folhas verdes e lagostin.
Prato Principal: Ossobuco assado com polenta branca trufada.
Sobremesa: Torta de castanha do Pará com sorvete de tapioca. Água e Café.

Vinhos do Jantar:
Emina Verdejo 2010, Rueda, Espanha (Branco)
Emina 12 meses 2007, Ribeira del Duero, Espanha (tinto)
Santa Rita Late Harvest Moscatel 2009, Chile

Preço: R$ 890,00 até o dia 10/08, após R$ 1.100,00
Vagas limitadas a 14 pagantes

Reservas 

Dom Francisco 402 tel: 61- 3224 1634 em Brasília ou com Renata (e-mail: [email protected]), tel (021) 3507 0337 no Rio de Janeiro.

*Reservas só serão confirmadas mediante comprovação de pagamento.

Dom Pesquera em Brasília

Estiveram em Brasília para apresentar alguns de seus vinhos, o senhor Alejandro Fernández, sua filha Olga Fernández e Miguel Ángel Bocos (diretor comercial). Alejandro está com 79 anos e fala com paixão de seus vinhos. Disse que o El Vínculo 2005 (que não foi o mesmo apresentado dias atrás no Rio de Janeiro – El Vínculo Paraje la Golosa Gran Reserva 2002) feito em La Mancha era um vinho para agradar as mulheres e consequentemente aos homens.

alejandro1

Contou várias histórias, sempre com entusiasmo, como a que nunca usou sulfato em suas terras e que também jamais utilizou leveduras artificiais em seus vinhos. Sua adição de sulfito é mínima, disse que na Espanha o limite máximo é de 75mg/litro, mas que usam 10% disso; e fez questão de enfatizar que os produtores que se autodenominam biodinâmicos também o fazem.

alejandro2

Disse também que a melhor comida que comeu na vida, foi a do almoço desse dia, no restaurante Dom Francisco 402 sul. Perguntei a ele sobre o vinho Janus Pesquera Gran Reserva 1982, que o Parker havia chamado de Petrus da Espanha, e ele disse que após esse apelido, a procura por seus vinhos se tornou intensa e que nem por isso aumentou seus preços. Justificou dizendo que não o fez para que todo trabalhador espanhol tivesse a oportunidade de tomar um grande vinho (o seu) sem ter que desembolsar volumosas quantias, que isso ele deixava para Pingus, de propriedade de Peter Sisseck, enólogo dinamarquês, que faz o mais caro vinho da Espanha, e que aprendeu com ele.

alejandro3

Melhor que tomar seus vinhos, só mesmo estar na companhia dessa lenda, para ouvir essas e outras histórias que ele contou durante esse encontro na Mistral/DF; que mais uma vez sob os cuidados de João Baptista (gerente) e sua equipe, mostrou ser uma das melhores importadoras do país. Na foto 2: Alejandro, sua filha Olga e eu; na foto 3, esq p/ dir: João Baptista, Alejandro Fernández e Petrus. Os vinhos degustados foram: El Vínculo Crianza 08-La Mancha (R$ 98,75), Dehesa La Granja 04-Toro (R$ 89,27), El Vínculo Reserva 03-La Mancha (R$154,05), Condado de Haza Crianza 06-R.del Duero (R$ 94,64) e Alenza Gran Reserva 01-R.del Duero (R$ 308,89)

Bodega Austral, a única que abre aos Domingos e Feriados!!!

austral4A Bodega Austral (scln-112 bl. C lj.32 tel: 61-3964 5699) é uma loja/importadora de vinhos que vem aumentando e diversificando seu portfólio. Iniciou apenas como importadora exclusiva de vinhos chilenos e argentinos. Posteriormente abriu uma loja na 112 norte, ao lado da sorveteria Saborela. Hoje traz vinhos de outros países como a França e distribui Itália, EUA, Espanha, Austrália e Portugal. A loja também tem um portfólio muito interessante de vinhos brasileiros, com produtores menos conhecidos do grande público, mas de ótima qualidade. O proprietário, Alexandre Reis, vem caminhando a passos curtos, com pés no chão e austral5sua loja pratica preços justíssimos no mercado; quem for lá irá se surpreender com os preços praticados, principalmente nos vinhos de importação própria.

Um diferencial, que só ele tem em Brasília (como loja fora de shopping), é o de abrir também aos domingos e feriados das 12:00 às 20:00. De segunda a sábado funciona das 10:00 às 22:00. Se precisarmos comprar vinho em dia de comércio fechado já sabemos aonde há plantão.

Lições de Vida e o Vinho!

vinho
Esses pensamentos são comuns em quem vê a morte de perto. Aproveitar o tempo, a vida e tudo que está a sua volta de forma mais intensa. Normalmente isso não é possível por estarmos focados em construir o futuro. Pessoas que vivem essa experiência sempre mudam a maneira de ver a vida e tiram lições do fato.

Nesse vídeo, o interessante é que uma dessas lições diz respeito a vinhos. Confira e dê sua opinião.
http://www.ted.com/talks/lang/por_br/ric_elias.html

Almoço refrescante!

Apesar de já ter começado o inverno e o apelo por comidas mais pesadas e vinhos tintos ser propícia, ainda há lugar para um almoço leve e refrescante em dias ensolarados. Escoltados por vinho branco, esses pratos se destacaram e fizeram a alegria em um belo dia de sol.
domingos1domingos2piucopapillon1papillon2
Camarão ao molho branco no abacaxi, Lagosta grelhada com arroz branco e batatas e Bouillabaisse. Vinho Clos du Papillon 2005 (Loire-chenin blanc).

 

Chateau Reignac vence novamente “grandes” Bordeaux!!!

As degustações às cegas sempre surpreendem. O Chateau Reignac vem mostrando, ao longo dessas provas, que tem qualidade e consistência para ser tão bom quanto os caríssimos Bordeaux de “primeira linha”. Quando tomamos  um  vinho conhecendo sua história, a maneira como foi feito, idade das vinhas… Somos influenciados, e isso torna o vinho, muitas vezes, melhor do que ele é. Às cegas, apenas o conhecimento e o gosto influenciam no resultado. Essa nova degustação de Bordeuax confirma que, muitas vezes ao que gastar fortunas em um rótulo famoso, 80% está sendo pago em status e exibicionismo. Confira:

http://www.youtube.com/watch?v=3FBqTlPuiik

reignac2

Babel inova no tratamento aos apreciadores de vinho de Brasília.

babelO restaurante Babel (CLS 215 Bloco A loja 37 – Asa Sul – Brasília – DF +55 61 3345.6042) reabriu sob comando do novo chef/proprietário Diego Koppe, e uma das principais mudanças ocorre em relação ao vinho. Com uma carta que privilegia vinhos franceses e italianos, talvez seja a carta com preços mais honestos de Brasília e quem sabe do Brasil. A remarcação passa longe dos costumeiros 100% (sobre o preço de loja) aplicados por quase todos os restaurantes existentes no país. Para dar um exemplo, o Chateau Roubine Cru Classé rosé da Provença, que custa R$ 85,00 na importadora, sai por R$ 100,00. Outro exemplo: O Villa Francioni Rosé que é vendido por R$ 79,00 em uma loja/importadora aqui da cidade, sai por R$ 75,00 no Babel (isso mesmo, mais barato no restaurante).

Outra mudança muito simpática é a não cobrança da taxa de rolha. O restaurante passa assim a integrar a nossa coluna “Traga seu Vinho” que divulga os restaurantes da cidade que não cobram a taxa.

Quando já me dava por satisfeito com essas mudanças, fico sabendo que a água, tão essencial para quem bebe o vinho, simplesmente não é cobrada. Assim como ocorre em alguns restaurantes ao redor do mundo, a água é servida em uma jarra como cortesia da casa.

Se você acha que acabou, o chef informa que o couvert também é corteisa da casa. Esse é um restaurante que merece uma visita para conferir essas mudanças bastante simpáticas. www.restaurantebabel.com.br

 

Vinho fantástico do novo mundo !

catarina1Surpresa do ano até agora, esse vinho tem que ser repetido várias vezes. Servido às cegas, em decanter, pelo meu amigo Edinho, já fiquei entusiasmado pelos intrigantes aromas que jamais havia sentido em um vinho. Tomilho, salame e curry, muito curry. Corpo médio e muito saboroso. Chutei ser um vinho chinês, búlgaro ou da Hungria, pois nunca tomei um tinto desses países e o vinho era tão exótico que não me remetia a nada que já tivesse provado. Revelado, era um vinho sul-catarina2africano da Steenberg chamado Catharina safra 2005. Disseram-me que era cabernet sauvignon, o que me intrigou ainda mais, pois nunca havia tomado um cabernet com essas características. Pesquisando depois, descobri que o vinho é na verdade 53% C.S, 23% Shiraz, 17% merlot, 5% c.franc, 2% nebbiolo, o que justifica toda complexidade apresentada por ele. Em Brasília na Art du Vin (61-3365 4078). Imperdível.