Clos Rougeard Brézé, maravilha que não há no Brasil !

clos2Fantástico vinho branco do Loire, feito pelos irmãos Charly eclos1 Nady Foucault, o Clos Rougerad “Brézé” infelizmente não tem importador no Brasil. Vinho da apelação Saumur, os irmãos Foucault sempre usam madeira nova no feitio sem deixar que a mesma predomine no sabor. Esse é um vinho que todo amante de brancos deve conhecer um dia. Chenin Blanc de cor levemente dourada e aromas diversos e intrigantes como, resina, esmalte, menta, côco, lácteo. O exemplar tomado foi da safra 2006 e é bastante difícil de encontrar devido à pequena produção. Eles também fazem uns tintos em Saumur-Champigny, que não é uma  apelação com grande reputação mas, quem já provou, diz que são incríveis.

Mudanças nos nomes dos brancos de Haut-Brion

clarteAs mudanças em Haut-Brion continuam. Na safra 2007 o Bahans Haut-Brion, segundo vinho do tinto Château Haut-Brion, mudou de nome e de garrafa. Passou a se chamar Le Clarence de Haut-Brion e a ser engarrafado na mesma garrafa do primeiro vinho.

Robert de Luxemburgo, atual diretor, agora resolveu também mudar o nome do segundo vinho do Chateau Haut-Brion Blanc (clique aqui), que se chamava Les Plantiers de Haut-Brion, para La Clarté de Haut-Brion, na safra 2009. O La Clarté de Haut-Brion é o segundo vinho, tanto do Chateau Haut-Brion Blanc quanto do Laville Haut-Brion (clique aqui) que também mudou de nome para La Mission Haut-Brion Blanc. Ambos pertencem ao mesmo proprietário, Domaine Clarence Dillon. Por ser feito da mistura dos vinhos que não entraram na composição do Haut-Brion Blanc nem do La Mission Haut-Brion Blanc, o La Clarté de Haut-Brion é o segundo vinho de ambos. Não conheço outro caso em que isso ocorra.

Particularmente acho que essas mudanças vão causar certa confusão no consumidor, pois o Laville Haut-Brion e o Bahans Haut-Brion eram nomes bastante conhecidos e solidificados, mas nada que o tempo não ajuste. Na foto o Les Plantiers 08, atrás do La Clarté 09.

Espumante Rosé recheado com Ouro 24k

sp24Já havia conhecido esses espumantes da Borgonha (Crémant de Bourgogne) no início de 2010, quando estiveram no Brasil procurando importador. Houve interesse de alguns importadores pequenos e como estavam procurando um grande importador, o negócio não se concretizou. Retornaram esse ano para nova tentativa. Os vinhos (eles só produzem espumantes) são exportados para diversos países e, quem sabe, este ano chegam ao Brasil.

Os espumantes são muito bons, corretos na acidez e perlage,sp23 mas não espere a cremosidade, aromas e potência de grandes champagnes. O diferencial deles é um espumante rosé, recheado de ouro em folha, 24 kilates, comestível segundo os proprietários. O rótulo é feito à mão, em uma placa dourada de muito bom gosto, e quando as partículas de ouro ficam em suspensão, a vontade de provar é inevitável. A vinícola se chama Maison Parigot et Richard, fica em Savigny-Lés-Beaune na Borgonha, e quem apresentou os vinhos no Brasil foram Grégory Georger (quinta geração da família) e sua esposa, a brasileira Carolina Licati. Espero que encontrem representante por aqui, tenho certeza que será um sucesso.

Nova degustação às cegas de Premiers Crus de Bordeaux

redwine1Outra degustação às cegas, organizada pelo Grand Jury Européen, no restaurante Laurent de Paris. Realizada em 11/01/11, com vinhos da safra 2005 e com a presença de diversos experts, como os sommeliers Olivier Poussier, Serge Dubs e o crítico Michel Bettane, o tema dessa vez foram os Premiers Grand Crus (todos os 5) e os Deuxièmes Grand Crus (13 dos 14, ficou faltando apenas o Léoville las Cases) da classificação do Medoc de 1855. Clique nos links para ver como foi essa prova. São dois links, cada um com mais ou menos onze minutos. Confira os preferidos:
www.youtube.com/watch?v=XeChklcKNY8 (parte 1)
www.youtube.com/watch?v=Arki90RJNM8&feature=related (parte 2)

Pesquera 94 e 95

pesquera1Dois vinhos espanhóis Pesquera foram tomados nessa semana. Um era o Reserva Especial 1994 e o outro um Gran Reserva 1995. Esses vinhos são da denominação Ribera del Duero, feitos pela bodega Alejandro Fernandez. Estavam bem evoluídos, com as rolhas pesquera2encharcadas e cor bastante atijolada. O 94 Reserva Especial foi servido primeiro e curiosamente não tinha aqueles aromas iniciais de redução, estava bem aromático com alguma fruta ainda, mas logo predominou o fumo. No decorrer da prova ele se mostrou cansado e rapidamente entrou em declínio, causando decepção. O 95 Gran Reserva estava mais vivo, inclusive na cor, que se mostrou mais brilhante que a turva do anterior.

Grandes Vinhos Franceses

arboisMais umas “amostras”, trazidas direto da França pelo amigo Jo, surpreenderam nossos paladares. Servidos às cegas, cada vinho em um decanter, se destacaram pela mineralidade, sutileza e originalidade.

O primeiro foi um branco de cor bem clara, translúcido, com muita mineralidade e acidez, que se prolongava na boca. Era um sauvignon Blanc safra 2008, do agora Domaine Dagueneau, vinificado por Louis-Benjamin Dagueneau, filho de Didier Dagueneau (falecido em acidente de ultraleve em 2008), e que segundo o Jo, é melhor que o pai. Era o vinho de entrada Blanc Fumé de Pouilly que lembrava bastante o top Silex, pela cor, acidez e mineralidade.   

O seguinte tinha uma delicadeza na boca e explodia morangos no nariz. Cor bem clara e leve amargor final. Não me enganei, aquele era um vinho repetido, o excelente Pinot Noir Reserve do Barmes-Buecher (Alsácia) já descrito aqui. Esse já está à venda na Adega do Vinho (61-3343 2626).

O último era mais claro ainda, corpo bem leve, cor alaranjada, nariz medicinal de iodo. Apostei ser um Borgonha envelhecido, mas para minha surpresa era um tinto do Jura. Feito da uva Poulsard, era um Arbois 2007 do Jacques Puffeney, não vendido no Brasil.                                             

Bordeaux 98 excelente!

lesparre1Outro Bordeaux não muito conhecido, mas de alta qualidade, o Grand Vin du Château Lesparre pertence à apelação Graves de Vayres que fica nos vinhedos de Entre-Deux-Mers.

O produtor é Michel Gonet, que curiosamente também faz um champagne engarrafado à moda antiga, quando ainda não existia a gaiola que segura a rolha e a mesma era presa com barbante.lesparre2

O vinho passa por um primeiro estágio em barricas novas de carvalho francês durante 10 meses, depois passa mais 6 meses em um novo jogo de barricas novas. Após esse período os vinhos das melhores barricas são selecionados para compor o produto final. Feito de 75% merlot e 25% C.Sauvignon esse vinho da safra 1998 está prontíssimo, bem Borgonha, com a cor clara atijolada, aromas de chá preto e taninos nada agressivos. Um vinho para ser tomado já, pois não irá melhorar. No ponto.

Degustação de Rosés na ABS-DF

absrose1Em homenagem ao dia internacional da mulher a ABS-DF, promoveu uma degustação de vinhos rosé no dia 14/03/11. O evento foi conduzido pelo diretor da entidade, Antônio Matoso. A sala da ABS estava lotada como há muito não via. No final foram servidos frios e embutidos defumados da empresa holandesa Graumans. Os vinhos servidos foram os seguintes (não nessa ordem):

1 – Cabernet d’ Anjou Rosé

2 – Chateau Musar Cuvée Rosé

3 – Conde de Valdemar Rosé

4 – Pulenta Rosé

5 – Domaine Cote Rosé

6 – Boutári Rosé sec TO Macedônia Rosé
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