Denis Dubourdieu em Brasília!

A Porto a Porto e Adega do Vinho estão trazendo para Brasília uma autoridade de Bordeaux. Denis Dubourdieu, professor de enologia na Universidade de Bordeuaux e um dos maiores especialistas em vinificação de vinhos brancos. Infelizmente o evento será apenas para convidados, confira(clique nas imagens):
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Pinot Noir de Claude Courtois

courtoispinot1Já postei sobre alguns vinhos do Claude Courtois aqui no site. Falei primeiro sobre o Quartz (branco feito de Sauvignon Blanc) que infelizmente não estava à altura de outros Quartz tomados. Mais recentemente escrevi sobre o Romorantin, outro branco desse produtor, que estava maravilhoso, sem ressalvas. Agora venho postar o primeiro tinto desse viticultor.

Do mesmo vinhedo dos citados acima, Les Cailloux du Paradis, esse tinto é feito exclusivamente de pinot noir, no Loire. Eu nunca tinha tomado um pinot do Loire, ecourtoispinot2 feito por esse produtor nada intervencionista, que quando utiliza SO2 o faz em doses mínimas, apenas no engarrafamento para que o vinho possa viajar, tinha tudo para ser diferente. Safra 2006, um pinot com cor de pinot, nariz com muita fruta vermelha como amora e cereja, mas também com uma estrebaria e um embutido presente. A próxima postagem sobre um vinho desse produtor será sobre outro tinto do mesmo vinhedo.

Às cegas tudo fica às claras!!!!

cegasTudo bem, esse vídeo já foi linkado em vários outros blogs de vinho, mas achei interessante postar aqui, para que os internautas que passam pelo DCV também tenham a oportunidade de vê-lo. Uma degustação às cegas com Petrus, Margaux, Haut-Brion, Mouton e outros desse nível, e dois azarões. Adivinha no que deu? Entre os gabaritados degustadores estavam Michel Bettane, famoso crítico francês e Olivier Poussier, eleito melhor sommelier do mundo em 2000. Grande vídeo, legendado em português, confira:

http://www.youtube.com/watch?v=ptXx_1lPwG8

 

Cervaro della Sala 2006

cervaro1Um dos melhores vinhos brancos da Itália que já tomei (junto com o Fiorduva da Marisa Cuomo), é feito de 85% chardonnay e 15% grechetto. Produzido pela aclamada família Antinori, esse branco é feitocervaro2 na Úmbria com afinamento em madeira, por 14 dias em barricas de carvalho novas, e mais 06 meses em barricas menos proeminentes. Um vinho mineral, denso, untuoso, com aromas de baunilha e bem cítrico, com retrogosto longo. Mais uma vez o problema é o preço. Quando temos um branco de qualidade, dificilmente o preço é amigável. Em Brasília na Art Du Vin (3365 4078).

A experiência do gosto – O melhor livro de vinho já escrito no país.

jorgeluckiEsse livro saiu no final do ano passado, e apesar de fã incondicional do Jorge Lucki, ao ler os releases sobre o livro, nas revistas especializadas, desanimei. Todas as publicações diziam ser uma compilação das colunas que ele publica semanalmente no jornal Valor Econômico. Pensei comigo: “Livro caça-níquel, reedição de coisas já lançadas”. Não comprei e me dei mal, acreditando em releases de quem, com certeza, não leu o livro.

O livro não é uma simples reunião das colunas já editadas. Lucki escreve há 10 anos para o jornal, e nesse período foram escritas aproximadamente 400 colunas. Destas foram selecionadas 64, revisadas e modificadas, com vistas a publicação em livro. O crème de la crème de um dos maiores conhecedores de vinho do mundo.

Capítulos curtos, diretos e altamente esclarecedores. A parte sobre tanino, anidrido (S02), histamina e a sensibilidade de cada um, já vale o livro. Tem muito mais: A maquiagem dos taninos para se obter vinhos mais imediatos, mesmo que em detrimento da acidez, e a areação para liberar odores de redução em vinhos fechados há muito tempo, são outros assuntos abordados de maneira simples, direta e fácil de entender.

Por mais que digam que é uma coletânea de colunas já escritas, não faça como eu, corra e compre o livro. Na minha modesta opinião, a melhor obra de vinho já escrita no Brasil.

Luigi Bosca Gala 3, safra 2005

luigiFeito pela centenária bodega argentina Luigi Bosca, o Gala 3 se chama assim, por ser precedido por outros dois tintos da casa, intitulados Gala 1 e Gala 2 , também cortes.

Vinho explosivo, pesado, com aromas bastante lácteos e de cerveja. Chega a ser um desafio tomar toda a garrafa. A cor é linda, amarelo-ouro, mas é um vinho unidirecional que antes da metade da garrafa se torna enjoativo. Feito com as uvas Viognier, Chardonnay e Riesling, achei a madeira exagerada, bem diferente do Tiara (branco, também argentino, feito de 3 uvas, Riesling/Alvarinho/Savagnin, sem passagem por madeira). Pode ter sido o dia, mas não agradou.

Icewine de Cabernet Franc!

piliteriMais uma dose de Icewine canadense, proporcionada pelo Dr. Leandro Vaz. O médico que mais compra, e toma, esse tipo de vinho, que eu conheço. Tenho a sorte de ser amigo dele e estar em degustações em que ele leva esses vinhos. Dessa vez não deu tempo nem de tirar foto enquanto havia vinho na garrafa. A mesma foi sorvida em rápidos minutos. O diferente dessa vez é que era um icewine feito de cabernet franc. Já tinha tomado os feitos de riesling e vidal, mas de uva tinta só um brasileiro já postado aqui. Esse foi um Pillitteri 2004 da península de Niagara, de cor rosada, com encantadores aromas de doce de caju cristalizado, jaca, pitanga e mel. Doçura com acidez, disparado meu vinho de sobremesa predileto.

Fabulosos vinhos Barmès-Buecher chegam ao Brasil!!

Meu amigo Jo Mendes está na França nesse momento, garimpando preciosidades como a que me mostrou aqui em Brasília no final do ano passado. Tratava-se de um pinot noir da Alsácia do produtor Barmès-Buecher (postado aqui) que acaba de chegar ao Brasil pelas mãos da importadora Casa Flora/Porto a Porto. Esse vinho é simplesmente imperdível, e olha que é só o reserve, há também um vinhas velhas que ainda não tomei.

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Provei novamente esse pinot reserve 2007, juntamente com o pinot gris 2004 (vinho de complexidade, bem amarelo-ouro, nem parece a casta, com nariz muito aromático e mais denso que o comum, show). Nessa prova ainda havia o Riesling Herrenweg 2007, menos carregado na cor, apesar de amarelado, com ótima acidez e mineralidade.

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Todos os vinhos desse produtor são biodinâmicos, com baixíssimo acréscimo de sulfito no engarrafamento. Tenho falado com o Jo e ele me disse que trará novidades no retorno ao Brasil, estou ansioso por sua chegada. Enquanto isso vou me deliciando com os vinhos desse fantástico produtor. Vieram poucas caixas para o Brasil. Se você quer conhecer um vinho bio, de alta qualidade (nem todos são), corra para comprar os seus, pois tenho certeza que esgotarão logo. Na Casa Flora em São Paulo e agora na Adega do Vinho em Brasília (61-3233 0006). A relação dos vinhos importados é a seguinte:

Gewurztraminer Grand Cru Hengst 2006

Pinot Noir Vieille Vigne 2005

Riesling Grand Cru Hengst 2007

Gewurztraminer Cuvee Maxime Suave 2006

Gewurztraminer Grand Cru Steingrubler 2006

Riesling Leimenthal 2004

Gewurztraminer Rosemberg 2007

Pinot Noir Reserve 2007

Pinot Gris Herrenweg 2004

Riesling Herrenweg 2007

Riesling Herrenweg 2008 (ESGOTADO)

Pinot Blanc Rosenberg 2004

Crémant D´Alsace Brut 2008