Masi Mazzano Amarone della Valpolicella Clássico 2001

masi2Um Amarone de um produtor de grande prestígio, seus Amarones estão entre os melhores italianos, e esse era o top da casa, o Mazzano 2001 (75% corvina, 20% rondinella e 5% molinara). Um vinho austero, protótipo de Amarone, que envelhece em barris de pequeno porte, e as uvas vêm de um vinhedo histórico cujas qualidades são conhecidas desde o século XII.

Quem me conhece sabe que Amarone não é meu vinho de eleição. A palavra amaronemasi1 significa “grande amargor”, o vinho não é amargo como sugere o nome, mas tem um doce amargor. Suas uvas são atacadas pelo botrytis, resultando na podridão nobre e geram vinhos com grande nível de teor alcoólico, 16% vol., que no caso deste Mazzano está muito bem integrado. Talvez o que mais me incomode seja a austeridade, é um vinho que em minha opinião necessita ser acompanhado de comida, e sua combinação de doce e amargo não me cativa muito. Não dá para negar que é um vinho muito bem feito, que acompanhado de um queijo pecorino pode ser muito bom. Quem for fã de Amarone vai amar.

Vega-Sicilia 1970!

Como alguém disse outro dia, um dos prazeres do vinho está em compartilhar a garrafa. Foi o que aconteceu nessa noite histórica para mim, quando fui convidado pelo meu amigo Edinho, a tomar com ele e seus familiares, uma garrafa do ícone espanhol Vega-Sicilia Único, da grandiosa safra 1970.

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O Vega 1970 é um vinho emblemático. Por mais que essa safra tenha sido maravilhosa, os vinhos caros não vinham vendendo bem. Eles só eram engarrafados sob encomenda, e durante sua vida ele foi transferido inúmeras vezes para concreto, grandes recipientes de carvalho ou barricas, sempre sob os cuidados do atento enólogo Mariano Garcia (hoje não mais em Vega e sim dono de algumas vinícolas como Aalto, Mauro e Maurodos), que cuidava para manter os barris cheios, e evitar ao máximo os efeitos da oxidação.

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Esse vinho chegou ao mercado 25 anos depois da safra, ou seja, em 1995, e suas garrafas magnum somente em 2001. Vega-Sicília não tem um cronograma de lançamento das safras, elas só chegam ao mercado quando eles consideram o vinho pronto para tal. A safra subseqüente a 98, não necessariamente será a 99, poderá até ser, como também poderá ser a 95. Esse Vega 1970 é considerado por muitos, o melhor vinho já feito na Espanha.

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Mas como estava o vinho? Tensão ao abri-lo, a rolha totalmente encharcada não seria removida sem um abridor tipo pinça. Vinhos maduros deve-se ter sempre em mãos um abridor desse tipo. A cor estava até pouco atijolada para a idade do vinho, pensei que iria estar mais. Os aromas se desprendiam da taça em ferrugem, carne e toques medicinais de iodo. Na boca pura elegância, como era de se esperar, sem nenhuma agressividade, sedoso, corpo médio e se tomado às cegas, jamais diria se tratar de um vinho de 40 anos, tanto pela cor, aroma e paladar. Outra surpresa foi a total inexistência de borra. Em minha opinião, esse vinho ainda resiste mais uma década.

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A generosidade de algumas pessoas não poderia deixar de ser citada, pois devido a ela é que foi possível esse meu contato com um vinho que sempre sonhei em tomar, o Vega 70. Edinho, com sua inesgotável simpatia, e que me convidou para essa missão, sua esposa Giuliana Ansiliero que convenceu o dono da garrafa a servi-la nessa noite de comemoração, e ao dono da garrafa, seu Francisco Ansilieiro que nos brindou com histórias pitorescas, o grande vinho, e ainda abriu outra grande garrafa, que contarei em outro momento. Muito obrigado. Clique nas imagens para aumentá-las.

 

Mondaccione 1996

mondaccione1Mondaccione do Luigi Coppo. Uvas plantadas em terreno calcário, na região de Valdivilla, no Piemonte. Maturado por 14 meses em barricas de carvalho, 60% novas. Feito 100% com a uva Freisa, uma parente distante da Nebbiolo, é considerado um dos melhores exemplares da região, feito dessa cepa.                                                                              mondaccione2

O Mondaccione provado era da safra 1996, e estava bem redondo. Cor já evoluída, mantendo uma acidez refrescante e na boca uma cremosidade sem agressão. Já provei alguns rótulos do Coppo, e quase todos envelhecidos, posso dizer que seus vinhos envelhecem muito bem. Quem tiver paciência será recompensado.

Vinho Japonês

kosha2Esses dias provei um vinho japonês, feito com a uva Kosha, que vem sendo bastante comentado nos blogs de vinho. Muita gente diz se parecer com os vinhos feitos de Grüner Veltliner, a uva emblemática da Áustria. Como ainda não tomei um vinho austríaco não posso fazer a comparação.

O vinho tomado tinha o rótulo escrito em português e se chamava Vento, da Adega kosha3d´Aruga. O contra rótulo todo em japonês já não era tão conclusivo. Deduzi pelos números escritos que foram feitas 21.000 garrafas, e que o teor alcoólico era de 12,5%. O vinho em si é um vinho refrescante, com uma cor muito clara, quase parecendo água (se é que água tem cor), corpo levíssimo, sem complexidade aromática. Pode ser que outros vinhos japoneses, feitos com essa uva, tenham características diferentes, mas o que tomei, em minha opinião, não passa de uma curiosidade. O preço que tenho ouvido falar, que esses vinhos estão chegando ao Brasil, é de R$300,00. Apostaria em outras garrafas.

Vinho Cupim

vinhocupimGeléia, madeira, extrato, potência, loooongo final. Vinhos tecnológicos, feitos por tecnocratas, para vender e massificar um determinado gosto, garantindo retorno financeiro e mais e mais vendas.

Não há nada errado nisso, comércio é venda, e nada supera o lucro. Se estivesse do lado comerciante, repetiria as notas dos vinhos, conceitos e premiações de cada vinho do meu portfólio. Como estou do lado consumidor, e tenho noção da estratégia de vendas das lojas e importadoras, esses adjetivos não me convencem.

Esse estilo de vinho, gordo, massudo, doce, pesado e muitas vezes com adstringência elevada, é o que conquista mais facilmente o paladar da maioria dos apreciadores. Já me convenceu também, já comprei e tomei muito vinho assim. Ainda tomo, só não compro. Só se for por engano. Da mesma maneira que não acho errado se produzir cada vez mais esse estilo de vinho, conhecido como “novo mundo”, não vejo nada de errado em preferir outros estilos, como tintos com toques de Brett, aldeído cinâmico, brancos oxidados, brancos naturais com pouco ou nenhum sulfito tornando-os selvagens e estranhos. Nesse assunto não há certo nem errado, tudo depende de que lado você está. Do lado do comércio e seus súditos consumidores de vinho cupim, ou apreciadores de outros estilos, diferentes do citado.

Chardonnay Zero SO2

chardonnayzero4Os vinhos do Marco Danielle são intrigantes, instrutivos e polêmicos. Onde quer que se fale deles, as opiniões são de louvor ou desaprovação. Com esse Chardonnay Zero não seria diferente. Ele fez um vinho limitado a 400 garrafas, e segundo o próprio, inspirado nos brancos naturais do Vale do Loire, sem adição alguma de So2. Um vinho sem potencial comercial, feito para o seu prazer e de seus amigos, e que ele disse: “Não se repetirá”. A polêmica toda começa quando você abre a garrafa. Um forte aroma de resina toma conta da taça, a cor amarela bem dourada, turva e com precipitações, sugere um vinho defeituoso, e o nome chardonnay escrito na garrafa, te leva confirmar esse pensamento.

Talvez o maior “defeito” desse vinho seja ser desconcertante, que deixa o degustador sem saber se está gostando ou não, se chardonnay pode ser daquele jeito, se aqueles aromas são possíveis em um vinho sem defeito. O maior problema é ser um vinho incompreensível e inconveniente à maioria das pessoas. Digo isso pois já tomei esse vinho em quatro ocasiões distintas, e com pessoas diferentes. Pude perceber a reação de cada uma, o vinho agradou 20% delas, o restante achou ruim e/ou defeituoso, e nesse restante estavam pessoas iniciadas e iniciantes. O que mais incomodava eram os aromas descritos pelos provadores: resina, acetona, cera de abelha, cola tenaz, azeitona. chardonnayzero5Na boca o vinho não era tão problemático, tinha acidez e corpo, a maior reclamação eram mesmo os aromas. O sabor, apesar de intrigante, não incomodava tanto.

Depois dessas quatro oportunidades, me incluo nos 20% que aprovaram  o vinho, com as seguintes ressalvas: acho que é uma boa companhia para uma bouillabaisse, e que são necessárias quatro pessoas para uma garrafa. Não é para ser tomado só, e entendo muito bem os que desaprovaram essa curiosidade.

 

Entrevista com o sommelier Sidney Lucas

O Decantando a Vida, traz dessa vez, uma entrevista com o excelente sommelier Sidney Lucas, que trabalha no grupo Piquiras de Goiânia, e foi citado na coluna do Jorge Lucki, na revista Prazeres da Mesa, como um dos profissionais de destaque no Brasil. Confira:

Conte-nos um pouco da sua trajetória dentro do mundo do vinho (cursos, experiência, por onde trabalhou…)
Meu interesse pelo vinho começou naturalmente, eu já trabalhava no ramo desde os 13 anos de sidney lucasidade nas mais diversas funções. Comecei como faxineiro, balconista, comin, garçon, etc… porém, foi em 1998 que saí de Belo Horizonte para morar em São Paulo com a intenção de estudar na ABS, onde permaneci até o final de 1999. Tendo feito vários cursos oferecidos pela Associação Brasileira de Sommelier, retornei a BH para trabalhar com o Guilherme Corrêa no Vecchio Sogno, dando continuidade ao meu aprendizado com esse que é o melhor sommelier do Brasil. Após alguns meses assumi o Amici Miei, um wine bar cujo proprietário era o mesmo do Vecchio, o Chef Memmo Biadi. Após três anos e meio trabalhando com o Guilherme fui para a Expand Minas contribuindo ali por quatro anos. Fui para a Enoteca Decanter e depois de quase um ano voltei para a Expand Minas, onde recebi a proposta de vir para Goiânia trabalhar no grupo Piquiras onde estou bastante feliz.

O vinho da vez tem sido o do Novo Mundo (Chilenos e Argentinos principalmente). Você acha que isso ocorre, devido a uma falsa ideia, de que oferecem o melhor preço/qualidade?
Certamente está diretamente ligado a isso sim, e durante bastante tempo essa era a realidade, os vinhos europeus que chegavam ao Brasil custavam caro e tinham menos qualidade que os do novo mundo, salvo os de valores mais elevados, que realmente valiam o que custavam, na maioria das vezes. Hoje o panorama está bastante mudado, algumas importadoras tem trazido grandes vinhos europeus com preços compatíveis aos bons vinhos do novo mundo, é possível beber bons italianos, espanhóis, portugueses e de outros países do velho continente, pagando o mesmo que se paga por argentinos e chilenos de preços médios (R$50,00/R$60,00).

No seu trabalho, quais são os vinhos mais pedidos pelos clientes?
Tem uma tendência natural para os vinhos sul americanos, mas na medida que vou apresentando boas opções do velho mundo, a preços parecidos, a maioria aceita e grande parte gosta.

Em restaurantes, pelo menos no Brasil, o vinho tinto predomina em relação ao vinho branco, independente do que se vai comer. Você acha que há chance dessa prática mudar?
Já está mudando, aquela visão equivocada de que brancos, espumantes e vinhos doces são para aqueles que entendem pouco ou são para mulheres, já está indo por terra. Claro que ainda falta entender que além da harmonização entre vinho e alimento o mesmo pode harmonizar com momentos. Imagine-se à beira da piscina tomando um Brunello di Montalcino ou um Barolo, é claro que um Chablis ou um Sauvignon Blanc combina muito mais. Na medida em que a cultura do vinho vai sendo divulgada de forma correta, fica mais fácil para todos compreenderem e aceitarem que os vinhos brancos podem dar tanto prazer, ao serem bebidos, quanto os tintos; depende da hora. O reflexo dessa mudança de pensamento levará o apreciador a pedir o vinho certo para o prato certo nos restaurantes.

A cidade de Goiânia é bem conhecida pelo consumo de cerveja. Como o vinho tem adquirido seu espaço?
Acredito que por dois motivos: hoje as pessoas tem acesso a tudo e a todo tipo de informação, viajam muito, comem em grandes restaurantes no Brasil e exterior, e aos poucos vão adquirindo o hábito de beber vinho ao invés de cerveja, whisky, etc., e também graças à capacidade que o vinho tem de seduzir.

Os restaurantes da cidade têm investido na contratação de um sommelier? Ou ocorre como aqui, onde somente alguns se importam em ter um em seu quadro de funcionários?
Aqui a figura do sommelier é pouco comum, não são todas as casas que investem nesse tipo de profissional. Pode ser que julguem desnecessário, mas a escolha de um profissional de nível costuma trazer benefícios sim.

Qual a sua avaliação do vinho Brasileiro?
Por muito tempo não valia o que custava, de uns cinco ou seis anos para cá isso tem mudado. Já existem vários produtos no mercado com qualidade igual ou superior aos importados de mesmo preço. O que mais dificulta para o vinho brasileiro é a comparação equivocada com os argentinos e chilenos. Comparar a qualidade é uma coisa necessária, mas é preciso entender que o vinho brasileiro não é igual em estilo a nenhum outro, assim como os da Toscana tem sua identidade, os da Bourgogne tem outra, de acordo com suas condições climáticas e de solo. Os vinhos brasileiros não são e não devem ser iguais aos outros, deve ter tipicidade, e na minha opinião, tipicidade o Brasil tem de sobra, não existe nada no novo mundo que pareça (em estilo) com os brasileiros.

Em sua opinião, o sommelier deve provar ou não, o vinho do cliente. Independente de o vinho ter sido pedido no restaurante, ou levado pelo próprio cliente?
Penso que se uma das funções do sommelier é evitar que o vinho chegue à mesa com defeito, ele deve sim provar, independente se é da casa ou se foi levado. O sommelier está alí para prestar um serviço ao restaurante que o emprega, e também para o cliente que prestigia a casa. É dever do profissional averiguar se o vinho está ou não próprio para o consumo e, se não estiver, informar ao clinte, caso o vinho tenha sido levado por ele, ou apenas abrir outra que esteja em totais condições, se tiver sido escolhido da carta do restaurante.

O que você acha dessa evasão dos sommeliers de restaurante, para as importadoras?
Acho mais que excelente, todos ganham. A importadora, além de prestar um melhor atendimento aos seus clientes também terão o auxilio técnico na hora de “garimpar” novos rótulos. Para o sommelier é uma oportunidade a mais de crescimento.

Quais as suas preferências em relação ao vinho?
Procuro anular meu gosto pessoal ao auxiliar alguém na escolha, ou na definição de vinhos para degustações técnicas, portanto, considerando apenas os que me fazem salivar são: os Bourgogne maduros (brancos e tintos), os vinhos do Piemonte, os ribatejanos, os da Ribera del Duero, alguns do Rhône e os brancos alemães. Mas não sou de dispensar os outros não!

Foto:Didier Pinheiro.

Viña Tondonia Gran Reserva Blanco 1981!

vinatondonia2A Bodega López Heredia é uma das mais tradicionais da Espanha. Ela fica na cidade de Haro, capital de La Rioja Alta, e é conhecida por fazer vinhos tradicionais, muito longevos, que só chegam ao mercado depois de um longo envelhecimento. O longo processo de envelhecimento em carvalho norte-americano, seis anos (submetido a duas trasfegas por ano) no caso deste Gran Reserva 1981, produz notas oxidantes que podem desconcertar os iniciantes. Esse envelhecimento ainda é precedido por dois anos em tonéis de carvalho e seguido por uns bons anos em garrafa, antes de chegar ao mercado.

O Viña Tondonia Gran Reserva Blanco 1981 é feito de 85% viura e 15% malvasia. Com uma cor amarelo ouro, aromas complexos desenvolvidos no tempo de engarrafamento, acidez presente com um toque de oxidação. O final não é muito longo e nem é muito untuoso, mas é um vinho muito equilibrado e harmonioso, com 12% de álcool. Engarrafado sem filtrar, a garrafa vem envolvida por aquela malha metálica, inventada pelo Marquês de Riscal, que impossibilita retirar a rolha sem rompê-la, dificultando a falsificação. A rolha vem recoberta por cera, que dificulta sua remoção.vinatondonia1

A safra corrente deste vinho é a 1987, logo, a 1981 provada aqui, só deve ser encontrada em restaurantes ou lojas que por sorte ainda tenham uma garrafa dessas. Já a mítica safra 1964 desse vinho, considerada a melhor já feita, pode ser adquirida nos EUA sem muita dificuldade.

 

Coppola Pinot Noir 05

coppola2Pinot Noir da vinícola do famoso diretor de cinema Francis Ford Coppola, que tem descendência italiana, o vinho surpreende por ser bem aromático, não ter aquele peso de vários pinot do novo mundo e ser bem gastronômico, com acidez e taninos bem colocados e um correto amargor final.

Coppola cresceu sob forte influência do vinho e da gastronomia e em 1975 adquiriu sua primeira vinícola em Napa Valley. Esse Pinot Noir 2005 pertence à linha Diamond Series e apresenta uma cor evoluída em um corpo leve. Um vinho bem prazeroso, que coppola3envelheceu durante apenas quatro meses em barricas novas, e se aproxima mais de um Borgonha que de um exemplar sul americano.

Como todo bom vinho norte americano, é vendido no Brasil por um preço elevado, o que faz com que não tenhamos o costume de comprar vinhos dos EUA. O top da casa, Rubicon, ultrapassa os três dígitos.

Neck ou Low Shoulder?

 

mouton57Você já reparou, quando está procurando um vinho de safra antiga para comprar, em lojas que tem site, nas descrições das garrafas muitas colocam dizeres como: “Top Shoulder”, “Base Neck”, “High Shoulder”. Você sabe o que isso significa? Eu também não. Quer dizer, sei que está se referindo ao nível do vinho dentro da garrafa, mas nunca soube exatamente qual o nível do líquido para cada uma dessas expressões.

Há lojas que descrevem até a situação dos rótulos e das cápsulas. Isso é bem interessante para quem gosta de colecionar os rótulos e também dá dicas da conservação da garrafa. Caso o rótulo esteja manchado, isso indica que pode ter havido vazamento devido à altaneck temperatura, o que é extremamente maléfico ao vinho.

Veja o mapa de expressões e suas relações com o nível do vinho contido na garrafa. Dizeres como “high to mid shoulder fills, signs of seepage, some slightly corroded capsules” na descrição da garrafa mostram seriedade e honestidade da loja.