Encontro de Vinhos em Belo Horizonte

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O Encontro de Vinhos desembarca pela primeira vez na capital mineira para levar centenas de vinhos para os nossos amigos de Belo Horizonte.

No dia 14 de setembro estaremos na cidade com a caravana mais itinerante do vinho no Brasil e você não pode perder esse evento.

Venha provar os vinhos, conversar com quem importa ou mesmo quem faz aquele vinho que você queria provar mas ainda não teve coragem de comprar. O ingresso dá direito a provar todos os vinhos da feira e permanecer pelo tempo que quiser.

Comprando seu ingresso antecipadamente você garante um desconto, pagando somente R$ 50,00 (associados ABS pagam R$ 30,00 mediante apresentação da carteirinha). No dia do evento será vendido também, a R$ 60,00.

Não perca. Venha degustar conosco.

Encontro de Vinhos Belo Horizonte 2013
Data: 14/09 (Sábado)
Local: Mercure BH Lourdes
Avenida do Contorno, 7315 – Bairro Lourdes
Horário: Das 14h as 22h.
Ingressos: R$ 50,00 (antecipado) e R$ 60,00 na hora. Associados ABS têm 50% de desconto apresentando carteirinha

Degustação de Espumantes Brasileiros de Garagem

Aproveitando a vinda de diversos jornalistas e conhecedores para participar da Vinum Brasilis 2013 resolvi fazer uma degustação às cegas de espumantes brasileiros de garagem e/ou pequena produção que eu tinha em minha adega.

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A intenção não era pontuar e se chegar ao “melhor” espumante e sim fazer uma brincadeira, já que havia vinhos que eram velhos conhecidos de alguns presentes à mesa.

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Foram 09 espumantes e a ordem de serviço foi a seguinte:

Aracuri Chardonnay Brut 2011-o único charmat da série e surpreendeu muita gente.

Almaúnica Nature – foi o predileto do conhecedor José Pagliari.

Valmarino Churchill 2009 Extra Brut -muito marcado pela madeira do vinho base.

Inusitado Nature 2011– aromas de Caju, feito em branco por Eduardo Zenker de 05 uvas tintas.

Era dos Ventos Peverella 2010 – Essa preciosidade ainda não está no mercado, nem rótulo tem.

Estrelas do Brasil Brut 2006 – notas oxidativas dão charme a esse que considero o melhor já feito no país.

Antonio Dias Chardonnay Brut – Eleito o melhor vinho da Vinum Brasilis 2013. Preciosidade.

Estrelas do Brasil Nature 2007– versão nature que prima pela elegância.

Estrelas do Brasil Brut 2007– nova safra com menos notas oxidativas que o 2006.

Alguns participantes estavam afiados e acertaram vinhos antes de serem revelados. Foi o caso do Pedro Hermeto que ao provar o segundo vinho foi logo afirmando se tratar do Valmarino Churchill que realmente tem um sotaque bem carregado na madeira. Ele também acertou umas 02 garrafas de Estrelas do Brasil, o cara foi o perdigueiro da tarde. O amigo Silvestre Tavares também matou rapidamente o Valmarino Churchill.

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Vários vinhos encantaram os participantes que ficaram surpresos e felizes em conhecer vinhos tão distintos que não têm penetração no mercado dominado pelas grandes indústrias.

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O mais surpreendente, para mim, foi a versão espumante do Peverella da Era dos Ventos. No início se mostrou acanhado, fechado e sem aromas (talvez por ter sido servido após o Inusitado que estava exuberante), porém após algum tempo terminou a prova com a maior paleta de aromas que já percebi em um espumante. Um vinho mutante.

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A degustação se deu no restaurante A Bela Sintra/Brasília que nos recebeu com todo carinho e cortesia.

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Os participantes dessa degustação foram : Silvestre Tavares (Vivendo a Vida/ES), Dimas Moreira (Mistral/GO), Paul Medder (Aprazível/RJ), Didú Russo (Prazeres da Mesa/SP), Alain Ingles (Sbav/RJ),  Antonio Coelho (DCV/DF), Matheus Machado (Emporio Colheita/MG), Pedro Hermeto (Aprazível/RJ), Rogério Dardeau (RJ), Sonia Denicol (Vinhateiros do Brasil/SP), José Pagliari (Revista Gosto), Petrus Elesbão (Vinum Brasilis), Guilherme Mair (Um Papo Sobre Vinhos/DF), Eugênio Oliveira (DCV/DF).

Restaurante Durski realiza o lançamento nacional da Dom Pérignon Vintage 2004

Junior Durski, Chef e proprietário do restaurante Durski, e dos Restaurantes Madero, realizou anteontem, dia 21 de agosto, o lançamento nacional da Dom Pérignon Vintage 2004. O evento aconteceu no restaurante Durski em Curitiba e reuniu jornalistas, empresários do ramo de bebidas e apreciadores.

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Kethlen Durski, Andrea Omeire, Junior Durski, Reinaldo Bessa, Márcia Almeida

A apresentação exclusiva da chegada da safra de 2004 no Brasil, no Restaurante Durski, aconteceu três meses depois de Junior Durski ter sido o único brasileiro convidado para o lançamento mundial da Dom Pérignon Vintage 2004 na abadia de Hautvillers, na França, no mesmo local onde o monge Dom Pierre Pérignon iniciou sua busca do “melhor vinho do mundo” em 1668.

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Andersen Prado, Guilherme Rodrigues, Francisco Urban

A programação foi inspirada no lançamento mundial, o que tornou a noite no Durski ainda mais especial com degustação do menu “Dark Revelation”, uma experiência multi sensorial baseada em 6 harmonizações de 6 cores, revelando a Dom Pérignon Vintage 2004 através de 6 facetas.

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Marco Senko, Sabrina Senko, Alessandra Fávero, Waldomiro Fávero

Fotos: Diego Pisante

O maior bebedor de Petrus do mundo!

Manoel Beato é o cara que mais bebe vinhos bons, caros e raros que eu conheço. Não tenho notícia de alguém que já tenha tomado tantos Petrus, Romanée-Conti, Lafite, Montrachet, Leroy, Guigal, Trimbach, Dagueneau… e o que mais você puder imaginar. Quando vejo alguém dizer que “Petrus tem essas características” imagino que essa pessoa já tomou esse vinho algumas boas vezes. Penso que isso é fundamental para se determinar o estilo de um vinho. Veja um exemplo do que falo nessa vertical de 80 safras de Petrus em que ele participou.
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Coulée de Serrant depois de 3 dias de aberto!!

joly1Sempre tive vontade de fazer essa experiência com o vinho top do Nicolas Joly, o Coulée de Serrant. Joly diz que esse seu vinho (branco) atinge o apogeu gustativo depois de 03 (três) dias de aberto. Meu amigo Ricardo Salmeron tinha uma garrafa desse vinho e resolveu fazer o teste.

O vinho era da safra 2006, 100% chenin Blanc e foi aberto e colocado em decanter em uma  terça-feira às 11:00. O decanter foi mantido na adega à temperatura de 14 graus até quinta-feira 21:00. Quando cheguei para tomar o vinho e ele abriu a adega, aquele aroma de querosene invadiu a sala. Partimos para bebê-lo e o vinho apresentava bastante acidez na boca,joly2 mas no nariz o álcool aparecia em grande evidência. Resolvemos colocar o decanter na geladeira e fomos tomando o que estava na taça. Após 30 minutos o vinho já não estava tão alcoólico, tinha uma cor amarelada bem marcante, muito aromático e uma acidez de vinho recém aberto. Eu já havia tomado esse vinho antes e postado aqui, com 04 horas de decanter. Confesso não ter notado tanta diferença entre uma prova e outra, se bem que há um intervalo de 15 meses entre elas, o que dificulta a comparação. O que posso afirmar é que esse vinho branco, recém aberto ou tomado após 03 dias de aberto propicia o mesmo prazer. Já ouvi gente dizer que o deixou 07 dias aberto e estava perfeito.

 

Astéroide, o vinho mais raro de Dagueneau!

gosto12Poucas coisas me emocionam tanto no mundo do vinho quanto os brancos do Loire. Provar vinhos únicos e raros de produtores diferenciados como Dagueneau é sempre um momento marcante. O que dizer então de poder degustar seu vinho mais raro, Astéroide 2008?

Já tive a oportunidade de beber quase tudo de seu portfólio, desde os raros Clos du Calvaire, Le Mont Damné  e  Les Jardins de Babylone, mas provar o Astéroide era algo tão distante quanto degustar o Romanée-Conti. Tanto pela raridade quanto pelo preço. Astéroide é o vinho mais caro do Loire (quando se encontra para comprar), só são feitas 200 a 400 garrafas por ano (a safra 07 gerou 250 garrafas). Dessa pequena produção apenas uma parte é vendida a clientes escolhidos e o restante fica na propriedade.

Astéroide vem de uma parcela de 0,2 hectares, com 18 fileiras de vinhas pé-franco, localizadas no vinhedo “La Folie”, perto da aldeia de Moussard, que também é fonte de outro de seus vinhos, Pur Sang.

O vinho, como todos os outros dele, passa 12 meses em madeira e depois vai para o inox ficar mais 8/12 meses. Sempre imaginei (não sei por qual razão) que esse fosse o vinho mais amarelo, untuoso e encorpado do produtor. Quando o vi no decanter com aquela cor clara como água confesso que me decepcionei, mas quando chegou a taça o encanto voltou. É sem dúvida o vinho de maior acidez de Dagueneau, se é que isso é possível. O vinho engana com um corpo leve, na boca é um mamute salivante, muito mineral e de um prolongamento incrível. A madeira muito integrada não encobre a fruta e é no nariz que ele mostra ineditismo em vinhos brancos, mostrando aromas de estábulo, couro, cítrico, limão, romã e tomilho.

Tradução do contra-rótulo:

“Pé-franco,
direto ao coração…
Abriu seu terroir,
a Sauvignon enraizou-se, floresceu. Livre.
Esse vinho, fruto sutil do risco de viver,
forte, luminoso
carrega uma estranha emoção.
Transtorno e evidência
de uma beleza natural que parece pura loucura…”

Todos os vinhos de Claude Courtois

Os vinhos de Claude Courtois chegam ao Brasil via World Wine e tive a oportunidade de prová-los novamente entre o fim do ano passado e início desse ano.

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Romorantin 2006: Como quase todos os seus vinhos, apresenta uma cor bem amarelada, com aromas de cevada e massa de pão. Na boca é de médio a encorpado e com ótima acidez. Feito com uma uva rara, talvez seja o vinho de que mais gosto desse produtor.

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Quartz 2006: Feito com a Sauvignon Blanc no Loire, ou seja, com tudo para ser bom, mas sempre que provo esse vinho me decepciono com alguma coisa. Para mim é o vinho mais sem graça de Courtois. É também o vinho de cor mais clara e com menos aromas. Definitivamente não me encanta.

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Pinot Noir 2006: Pinot do Loire, com estrebaria e frutas vermelhas, é um bom vinho, mas não se compara aos da Borgonha.

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Evidence 2003: Coisa séria. Grande vinho em uma garrafa de 500 ml. Amarelo-Ouro, cor de vinho doce, batizado com a qualidade Courtois. Feito 100% de Menu Pineau, de vinhas velhas e majoritariamente pé-franco. Assim como todos de Courtois é biodinâmico com adição mínima de SO2 só no engarrafamento. Untuoso, encorpado, maravilhoso com pratos que levam curry. Imperdível.

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Racines 2004: defumado, embutido, salgado, surpreendente. Aromas de estábulo, galinheiro, brett. Definitivamente não agrada a todos. Um amigo que provou disse que tinha que tomar sem respirar. Exagero. Quem aprecia esse estilo, como eu, pode passar horas admirando os aromas que emanam da taça. Feito com 40% Gamay, 30% Pinot Noir, 15% Cab. Sauvignon e 15% Côt (Malbec). O melhor tinto dele.

Claude Courtois tem dois filhos que também fazem vinho e o amigo Savio Soares, que mora na Alemanha e trabalha com vinhos naturais, traz para os EUA os vinhos de Julien Courtois (100% – isso mesmo, é o nome de um vinho dele- Esquiss, Originel, Ancestral, Element-Terre). Estamos aguardando ansiosamente esses vinhos por aqui.

 

Você conhece vinho laranja?

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Até pouco tempo, os vinhos eram classificados quanto à cor em tintos, brancos e rosés. Atualmente, com a retomada de técnicas ancestrais de vinificação, voltamos a ter o vinho laranja.

Esse vinho não chega a ser uma novidade. Nos primórdios da vinicultura o vinho branco (laranja) era macerado com as cascas por longos períodos originando um vinho de cor alaranjada e com taninos.

Hoje há um movimento de resgate dessas técnicas na produção de vinhos. A Itália é o berço desse estilo, destacando-se o Friulli acompanhado da Umbria, Lazio e Emilia-Romagna. Países como a Eslovênia, Áustria e EUA também já contam com vinhos produzidos nesse estilo.

A maceração com as cascas da uva branca (há produtores que fazem por dias, semanas ou meses) aporta ao vinho, além da cor alaranjada, sabores e aromas exóticos que os tornam particularmente intrigantes. Não são vinhos que primam pela acidez e frescor e sim pela autenticidade, cor, untuosidade, oxidação e taninos.

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Infelizmente poucos exemplares de vinhos laranja podem ser encontrados no Brasil, e aos que perguntam se há vinho laranja brasileiro, a resposta é sim. Desde 2002 o visionário enólogo Álvaro Escher, vem produzindo um vinho laranja, primeiramente sob o rótulo Cave Ouvidor e recentemente sob o nome Era dos Ventos em parceria com Luís Zanini e Pedro Hermeto. Um verdadeiro resgate histórico. Em 2013 o produtor Rogério Gomes fez o lançamento de seu orange Quinta da Figueira Garapuvu 2012.

Eyrie Vineyards South Block, o melhor pinot fora da Borgonha!

Muita gente diz que a uva pinot noir fora da Borgonha não produz vinhos com as características daquela região. Que um bom pinot só é possível na França e naquela região específica. Na verdade há inúmeros vinhos feitos com essa uva ao redor do mundo que realmente mais parecem um cabernet sauvignon devido à alta extração, taninos e madeira em excesso. Acho que 95% dos pinots produzidos fora da Borgonha têm essa falta de tipicidade, contudo há uns 5% que conseguem alcançar um excelente resultado ao ser comparado a um Borgonha tinto.

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Uma dessas exceções é a vinícola norte-americana Eyrie Vineyards. Ela se estabeleceu em 1966 sendo a mais antiga vinícola a produzir vinhos de viníferas no Willamette Valley no Oregon. Também é pioneira no cultivo de pinot noir na região,  sempre de colheita manual, estabelecida pelo proprietário David Lett.

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No ano de 1979 a editora francesa de vinhos e restaurantes Gault-Millau, promoveu uma super-degustação entre os melhores vinhos franceses e uma seleção internacional em Paris. 330 vinhos de 33 países, avaliados por 62 juízes de 10 nacionalidades. Na categoria Pinot Noir o Eyrie Vineyards South Block 1975 ficou entre os 10 melhores.

Robert Drouhin (viticultor borgonhês) relutou em acreditar no resultado e repetiu a competição entre os mesmos pinots e outro grupo de jurados, em Beaune, no ano seguinte (1980). O Eyrie South Block 1975 ficou em segundo lugar superado em dois décimos pelo Chambolle-Musigny 1959 do próprio Drouhin e deixando o Chambertin-Clos de Bèze 1961 em terceiro. Desde então Robert Drouhin se interessou em criar um domínio no Oregon, o que aconteceu no ano de 1988.

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Tudo bem, isso tudo é história, o que vale mesmo é o vinho na taça e foi o Eyrie Vineyards South Block 2002 que foi testado. Não é um vinho fácil de achar e não é barato (South Block é o top da vinícola), mas vale a caça.

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O vinho é fino, delicado, com aromas de cogumelos e terroso, translúcido e brilhante. Uma aula de refinamento, impossível não ser confundido com os melhores borgonhas. Ele tem aquele fantástico amargor no fim de boca que te chama para o próximo gole, infiltrado de acidez. Quem acha que o famoso pinot californiano de Sonoma, Williams Selyem, é um bom pinot americano, tente colocá-lo ao lado de qualquer vinho da Eyrie (pode ser o básico, eu já fiz isso) e verá que ele é uma piada, em termos de tipicidade, ao compará-lo aos da Eyrie.

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 David Lett, estudo no livro que você escreve!

 

Adega Baco no Sudoeste

A mais nova loja de vinhos de Brasília encontra-se no Setor Sudoeste. Os moradores daquele bairro que já eram agraciados com a Adega do Vinho e Ponto Vinho agora também podem adquirir suas garrafas na Adega BACO. Essa nova opção fica na comercial da quadra 101-bloco A- setor Sudoeste, tel.61- 3344-3309.

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O proprietário Gilberto Zortea é um dono comprometido e está sempre presente após as 18:00 para ajudá-lo a escolher a melhor opção. A Adega Baco representa várias vinícolas brasileiras como Villa Francionni e Kranz assim como distribui estrangeiras da categoria de Clarendon Hills (Austrália) e Proyecto Garnachas de España (Espanha).

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Para os mais abastados há na adega garrafas míticas de Petrus, Cheval Blanc, Mouton-Rothschild, Lafite-Rothschild…

A loja também oferece serviço de vinhos em mesas dispostas do lado de fora a preços de prateleira.