Boicote aos vinhos brasileiros se expande nos restaurantes.

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Depois dos restaurantes Aprazível e Roberta Sudbrack retirarem de suas cartas os vinhos da Casa Valduga e Dal Pizzol, o boicote vai se expandindo. O restaurante Oro do chef Felipe Bronze e agora os restaurantes do chef Claude Troisgros (Olympe, CT Boucherie e CT Brasserie) também aderiram ao boicote e retiraram de suas cartas vinhos brasileiros de vinícolas que apoiam as salvaguradas.

Em São Paulo o restaurante Tasca da Esquina aderiu ao mesmo procedimento, enquanto o chef Alex Atala (talvez o chef brasileiro de maior reconhecimento internacional) em conjunto com a sommelière Gabriela Monteleone, resolveram retirar todos os rótulos brasileiros das cartas dos restaurantes D.O.M e Dalva e Dito. Leia o comentário retirado da página de Suzana Barelli no Facebook:

Nesta quarta-feira pela manhã, a sommelière Gabriela Monteleone, responsável pelos vinhos dos restaurantes D.O.M. e Dalva e Dito, em São Paulo, comunicou a comissão da Ibravin que está retirando todos os vinhos brasileiros das cartas das duas casas. Ao todo, são 20 rótulos diferentes. A ação foi definida em conjunto com Alex Atala, o chef brasileiro de maior prestígio internacional. Na avaliação de Atala e Gabriela, não basta apenas deixar de trabalhar com os vinhos das vinícolas que apóiam a salvaguarda – até porque são poucas as empresas que informam, oficialmente, serem a favor da medida.
“As pessoas não imaginam como é difícil vender vinhos brasileiros. Muitas vezes, fazemos um grande trabalho de convencimento do cliente para ele aceitar um vinho brasileiro”, afirma Gabriela. 

Wild Rock Sauvignon Blanc 2009

Wild Rock Sauvignon Blanc 2009- Vinho da Nova Zelândia que está uma barbada na Decanter/Brasília. De R$ 103,50 por R$ 55,00. Vinho de acidez marcante e aromas característicos de grama cortada. Sem passagem por madeira, feito de 93% Sauvignon Blanc, 4% Riesling e 3% Viognier. Decanter-Bsb: 3349 1943.

Começou o Contra-Ataque: Restaurantes começam a retirar vinhos brasileiros de suas cartas!

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Seguindo a onda de desconforto causado pelas vinícolas que apóiam as salvaguardas ao vinho nacional, o restaurante Aprazível no Rio de Janeiro, retira de sua carta os vinhos da Casa Valduga e Dal Pizzol, duas das empresas apoiadoras da medida.

Roberta Sudbrack também anunciou a retirada em sua carta dos vinhos da Casa Valduga e Dal Pizzol, mantendo Vallontano, Angheben e Cave Geisse que sempre foram contra as salvaguardas. Divulgou também que Miolo, Salton, Dal Pizzol, Casa Valduga, Aurora, Aliança, Don Giovanni até agora são as vinícolas que sabidamente apóiam as salvaguardas. Leva-nos a crer que os vinhos desses outros apoiadores só não foram retirados por já não constarem na carta.

O Aprazível é o templo do vinho brasileiro. Um terço da carta é dedicado ao vinho nacional. Talvez não haja no país um restaurante que tenha um volume de vendas de vinhos brasileiros tão alto quanto o do referido. Estar ausente da carta desses dois restaurantes que apóiam o vinho brasileiro é ficar de fora de uma concorrida vitrine. Essas são medidas de reação que alguns chamarão de boicote, revanche, injustiça… Mas parecem já estarem surtindo efeito com vinícolas como a Salton, que tentando tirar o corpo fora, anuncia agora, depois de instaurado o processo, ser contra as salvaguardas.

Salvaguarda contra o Vinho importado: alguém deve estar de brincadeira?

grfa2 EDITORIAL ESPECIAL do SITE-Blog DCV

Deu na semana passada no jornal ESTADÃO: “O governo brasileiro quer tornar o vinho importado mais caro ou retirá-lo da prateleira como forma de proteger a indústria nacional. Após analisar as compras nos últimos anos, o governo concluiu que as importações causaram um ‘prejuízo grave à indústria doméstica’ e decidiu abrir uma investigação para imposição de salvaguarda, a medida comercial mais dura no âmbito da Organização Mundial de Comércio (OMC), cujo resultado prático será a imposição de uma quantidade máxima de vinho importado ou aumento dos tributos cobrados na aduana”.

Alguém deve estar de brincadeira
ou nós estamos tendo um pesadelo (snif)??

Juramos que se isto se concretizar, vamos encampar um mega protesto! E olha que somos grandes provadores dos vinhos brasileiros. Para vocês terem uma ideia, um dos editores do DCV, Antonio Coêlho, tem registrado na página “Avaliações” do Blog-DCV mais de 140 vinhos nacionais provados nos últimos 5 anos!

Nem vamos aqui tecer uma ladainha a respeito desta sandice e insanidade, e que enche de revolta os milhões de novos consumidores brasileiros que recém descobriram os prazeres de Baco, pois parece que todos entendem o quão isto é nocivo para a cultura geral do vinho. Só vale lembrar que a justificativa do governo é pretensamente infundada, visto o enorme incremento do consumo de vinho nacional nos últimos cinco anos, que o digam as grandes vinícolas nacionais que alcançam espressivas taxas de 15% de oferta a cada ano e um crescimento real na casa dos 7%. Medo de quê, podem nos responder? Citamos outro importante artigo bem escrito pelo colunista do O Globo, Rodrigo Constantino.

Vejam outras opiniões que compactuam com nosso ponto de vista: Um Papo Sobre Vinho; e Ciro Lila em Enoeventos.

Você que se sente indignado com uma proposta dessas, que se sente traído mais uma vez por estas políticas mercantilistas, faça um favor a você mesmo, mande seu protesto como um Comentário aqui neste fórum. Vamos usar este meio de divulgação para valer nossa vontade. Proteste, escreva e Comente aqui. O espaço está aberto para todos.

Participe do Abaixo-assinado CONTRA AUMENTO DO IMPOSTO IMPORTAÇÃO PARA VINHOS.
Faça sua parte, assine a Petição Pública:  www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N22143

Os Editores:  Antonio Coêlho e  Eugênio Oliveira.

Vinhos de Toro desembarcam em Brasília

A crise na Europa e a estabilidade econômica de nosso país têm feito com que vários setores procurem o Brasil como novo mercado para seus produtos. Com o vinho não tem sido diferente. Há poucos dias produtores de Bordeaux promoveram uma mega degustação da safra 2009 no Rio e São Paulo. Dessa vez foi a região de Toro na Espanha que desembarcou por aqui, com 13 produtores, à procura de importadores. Brasília foi premiada dessa vez. Marcelo Copello comandou a feira e uma degustação dirigida de 13 exemplares (tintos) da região que no geral se mostraram vinhos de muita personalidade, austeros, encorpados, tânicos, que se fazem presente. Outras características notáveis em quase todos os vinhos foram a mineralidade, frescor, teor alcoólico em torno de 14% e muitos aromas adocicados e balsâmicos. A produção de Toro é de 85% de vinhos tintos, feitos da uva Tinta de Toro, um clone da Tempranillo. Um pouco de rosado e brancos que são feitos de Verdejo e Malvasia.

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A feira ocorreu no belo restaurante A Bela Sintra, com uma organização impecável da Baco Multimídia, que sabidamente alugou taças de bojo grande em detrimento das pequenas taças ISO que não favorecem o esplendor do vinho.

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Logicamente não pude testar tudo, mas do que provei recomendo aos amigos do Rio de Janeiro que não deixem de provar os vinhos Cyan Pago de La Calera 2001 (Bodega Cyan) e o branco Verdejo Fermentado Y Envejecido en Barrica 2007 (Bodegas Monte La Reina).

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Estiveram presentes Amancio Moyano Muñoz, presidente da Spanish Conference of Wine Regulatory Boards (CECRV) e as seguinte bodegas: Rejadorada, Ramon Ramos, Pagos del Rey, Monte la Reina, Covitoro, Elias Mora, Carmen Rodriguez Mendez, Liberalia, Farina, Frontadura, Valbusenda, Estancia Piedra, Cyan.

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Gayda Syrah 2009

gaydaPense num vinho bom de beber; bom à mesa. Este é a mais recente aquisição da Vinci importadora. Um vinho com qualidade e preço imbatível. O Gayda Syrah da Domaine Gayda, da região de Languedoc-Roussillon (França). Encorpado, com camadas de frutas negras e grande frescor, é uma bela descoberta para os amantes da casta Syrah. Vejam que fino: 10% passam 9 meses em barricas de carvalho. Os outros 90% permanecem em tanque com as borras. Importadora VINCI. R$ 52,00.

Almoço de 100.000 acessos DCV

O almoço comemorativo de 100.000 acessos do DCV ocorreu nesse domingo de carnaval, no Espaço Gourmet do casal Rejane Castilho e Paulo Araújo. A cozinha foi comandada por Renata Berford e sua equipe (Gláucia e T.S.- moquecas- capixaba e baiana), mas também houve inspiradas intervenções de outros  gourmets que fizeram um fantástico atum e um belo churrasco.

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O evento que começou às 14:00 se estendeu até 21:00, com direito a piscina, sauna, cama elástica e muito vinho. Gostaria de agradecer a loja Ponto Vinho (61-3542 5808 Sudoeste) que forneceu os espumantes Fabian método tradicional, e o distinto Pinot Noir argentino de Walter Bressia. Miolo que ofereceu os Pinot Grigio 2010.  Todos os outros vinhos foram levados por nós, e os destaques foram os espumantes Estrelas do Brasil brut e rosé, assim como o chardonnay zero SO2 2008 do Marco Danielle, que caiu muito bem com a moqueca baiana. Esse último manteve o mesmo perfil de quando provado em agosto de 2011, com aromas de cola tenaz, amendoim, gengibre e abacaxi. Obrigado aos participantes e em breve teremos novos eventos.

Marichal Res. Collection 2010

marichalMarichal Res. Collection 2010 A Chardonnay e a Pinot Noir foram colhidas manualmente, desengaçadas e prensadas delicadamente. O mosto passou por maceração a frio por 10 horas e 65% do vinho passou por fermentação malolática em barricas de carvalho sendo Pinot Noir por 14 dias e Chardonnay por 12 dias, ambos com leveduras selecionadas. Os outros 35% das duas variedades ficou em tanques de aço inox com temperatura controlada.  65% do vinho repousou então em barricas de carvalho francês e americano por 4 meses. Vinho Uruguaio. R$ 60,00 na Art du Vin (61-3365 4078)