Dois vinhos espanhóis Pesquera foram tomados nessa semana. Um era o Reserva Especial 1994 e o outro um Gran Reserva 1995. Esses vinhos são da denominação Ribera del Duero, feitos pela bodega Alejandro Fernandez. Estavam bem evoluídos, com as rolhas
encharcadas e cor bastante atijolada. O 94 Reserva Especial foi servido primeiro e curiosamente não tinha aqueles aromas iniciais de redução, estava bem aromático com alguma fruta ainda, mas logo predominou o fumo. No decorrer da prova ele se mostrou cansado e rapidamente entrou em declínio, causando decepção. O 95 Gran Reserva estava mais vivo, inclusive na cor, que se mostrou mais brilhante que a turva do anterior.
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Abadal no Dom Francisco
Jantar no Dom Francisco com vinícola espanhola Abadal, confira(clique na imagem):
Vinhos e pratos do editor-Cozinheiro (1)
Nos próximos dois posts vou deixar os internautas com água na boca [sorry, fellows!], pois preparei nos últimos finais-de-semana, um carnaval de comidas pra lá de gostosas, e é claro com seus inseparáveis vinhos de acompanhamento. Vamos a elas.
O primeiro prato foi um Risoto de lula, com açafrão e limão italiano (siciliano aos desavisados), que ficou simplesmente, digamos, perfeito! O segredo da lula é grelhá-la apenas salteando numa frigideira por quatro minutos e reservá-la, retornando-a ao arroz só nos minutos finais do cozimento do risoto, para não perder a crocância. Assim você não correrá o risco dela emborrachar. Ciência na Cozinha: caso, eu disse, caso o primeiro salteado ultrapasse os 4 min., então deixe-a cozinhando por no mínimo 25 minutos, senão antes deste intervalo ela irá endurecer com certeza. Este é o processo por que passam as carnes dos moluscos quando submetidas a cocção. Por isso muita gente por aí come lula parecendo borracha e não sabe o motivo. Agora está explicado.
O vinho de acompanhamento foi bem apropriado. Explorei um branco da Alemanha, o Selbach-Oster Riesling Spätlese 2007. Um branco austero, com notas untuosas na boca. Característica não comum para este tipo de vinho alemão. Untuosidade esta a qual não pretendia ao harmonizar com a lula. Mas aprovei devido às outras características. Ele tinha boa citricidade, sem amargor. Laranjas surgem no aroma e um discreto sabor de uva adocica o paladar. Nada parecido com a suavidade dos Auslesse ou Kabinet que estou acostumado a provar.
Grandes Vinhos Franceses
Mais umas “amostras”, trazidas direto da França pelo amigo Jo, surpreenderam nossos paladares. Servidos às cegas, cada vinho em um decanter, se destacaram pela mineralidade, sutileza e originalidade.
O primeiro foi um branco de cor bem clara, translúcido, com muita mineralidade e acidez, que se prolongava na boca. Era um sauvignon Blanc safra 2008, do agora Domaine Dagueneau, vinificado por Louis-Benjamin Dagueneau, filho de Didier Dagueneau (falecido em acidente de ultraleve em 2008), e que segundo o Jo, é melhor que o pai. Era o vinho de entrada Blanc Fumé de Pouilly que lembrava bastante o top Silex, pela cor, acidez e mineralidade.
O seguinte tinha uma delicadeza na boca e explodia morangos no nariz. Cor bem clara e leve amargor final. Não me enganei, aquele era um vinho repetido, o excelente Pinot Noir Reserve do Barmes-Buecher (Alsácia) já descrito aqui. Esse já está à venda na Adega do Vinho (61-3343 2626).
O último era mais claro ainda, corpo bem leve, cor alaranjada, nariz medicinal de iodo. Apostei ser um Borgonha envelhecido, mas para minha surpresa era um tinto do Jura. Feito da uva Poulsard, era um Arbois 2007 do Jacques Puffeney, não vendido no Brasil.
Bordeaux 98 excelente!
Outro Bordeaux não muito conhecido, mas de alta qualidade, o Grand Vin du Château Lesparre pertence à apelação Graves de Vayres que fica nos vinhedos de Entre-Deux-Mers.
O produtor é Michel Gonet, que curiosamente também faz um champagne engarrafado à moda antiga, quando ainda não existia a gaiola que segura a rolha e a mesma era presa com barbante.
O vinho passa por um primeiro estágio em barricas novas de carvalho francês durante 10 meses, depois passa mais 6 meses em um novo jogo de barricas novas. Após esse período os vinhos das melhores barricas são selecionados para compor o produto final. Feito de 75% merlot e 25% C.Sauvignon esse vinho da safra 1998 está prontíssimo, bem Borgonha, com a cor clara atijolada, aromas de chá preto e taninos nada agressivos. Um vinho para ser tomado já, pois não irá melhorar. No ponto.
Degustação de Rosés na ABS-DF
Em homenagem ao dia internacional da mulher a ABS-DF, promoveu uma degustação de vinhos rosé no dia 14/03/11. O evento foi conduzido pelo diretor da entidade, Antônio Matoso. A sala da ABS estava lotada como há muito não via. No final foram servidos frios e embutidos defumados da empresa holandesa Graumans. Os vinhos servidos foram os seguintes (não nessa ordem):
1 – Cabernet d’ Anjou Rosé
2 – Chateau Musar Cuvée Rosé
3 – Conde de Valdemar Rosé
4 – Pulenta Rosé
5 – Domaine Cote Rosé
6 – Boutári Rosé sec TO Macedônia Rosé
Melhor sommelier do mundo degustando Ch. Haut-Condissas
Assista ao vídeo de Andreas Larsson, melhor sommelier do mundo em 2007 pela Ass. de La Sommelierie Internationale, degustando o Château Haut-Condissas 2006, que coloquei na postagem anterior. Ele aconselha guardar por mais dois anos, como o vídeo é de novembro de 2010, ideal seria, segundo ele, abri-lo em 2012. Confira:
Excelente Bordeaux a ótimo preço!
O Château Haut-Condissas é outra “descoberta” do Grand Jury Européen, órgão criado em 1996, e que recentemente desmistificou vinhos caríssimos em uma degustação às cegas, em que um concorrente de preço ínfimo foi considerado superior a vinhos do porte de Petrus, Lafite, Cheval Blanc e outros dessa estirpe (veja o vídeo).
Em outra prova às cegas promovida pelo Grand Jury Européen, o Château Haut-Condissas ficou entre os preferidos da apelação, que nesse caso é Médoc. A propriedade tem Alain Raynaud como consultor. O vinho envelhece em barricas de carvalho novo (18 meses), com bâtonnage, sendo comparado a alguns vinhos de garagem da margem direita.
Haut-Condissas pertence a Jean Guyon, que também é dono do Rollan de By (cru bourgeois) dentre outros. Ele comprou a propriedade em 1999, até então obscura, e com a determinação de torná-la uma vinícola de qualidade, replantou tudo, com a merlot em sua maioria. Localizada em terreno de argila e cascalho e com uma ótima exposição ao sol, as vinhas jovens (entre 10-15 anos) já proporcionam vinho de ótima qualidade, sem preço extorsivo (por volta de 50 dólares). Com certeza um vinho a ser acompanhado de perto.
O vinho que tomei era da quentíssima safra 2003, que gerou vinhos com um teor alcoólico mais elevado, nesse caso 13,5%, mas em momento algum se mostrou desequilibrado, ao contrário, equilíbrio foi o forte desse vinho. Aromas de café, ameixa e chocolate se mostram integrados com a madeira, em um corpo médio, acidez e taninos muito bem resolvidos. 60% merlot, 20% C.S e C.Franc e 20% Petit Verdot, um vinho muito cativante no nariz, que se confirma na boca. Outra curiosidade sobre esse vinho é que ele, e o próprio Rollan de By(ambos negociados na Bolsa de Bordeaux), são vendidos em Bag in Box de 03 litros na França, demonstrando que por lá, vinhos de qualidade também podem ser encontrados nesse tipo de embalagem.
Rodrigo Mocotó em Brasília!
William Chen Yen traz para Brasília, na sua despedida do restaurante Babel, Rodrigo Oliveira, chef-proprietário do badalado restaurante paulistano Mocotó. Ele estará cozinhando nesta quinta e sexta (24 e 25) mas não sei se ainda há vagas. 3345 6042 para mais detalhes.