Festa de Lançamento do Gourmet Butler

Nessa semana houve o lançamento do Gourmet Butler que apresentou seu Clube de Vinhos como primeiro produto de um portfolio a ser lançado ao longo do tempo.

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A festa aconteceu no Unique Palace próximo a ponte JK e contou com 900 convidados que puderam degustar, conhecer e se associar ao Clube de Vinhos já no evento. Havia duas opções de associação: A Premium Selection em que o associado recebe em casa rótulos distintos de excelente preço/qualidade e a Royal Selection, composta de vinhos diferenciados de safras memoráveis.

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Agregando valor para o associado também foi lançado o Butler Free Pass que permite ao participante levar o vinho do mês aos restaurantes parceiros do Gourmet Butler, sem que seja cobrada taxa de rolha- Trattoria da Rosário, L´Entrecote de Paris, Bottarga, Lakes, El Negro, Cantucci Bistrot, Dom Francisco.

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Esq.p/Dir: Gentil Jr, Gilberto Zortea, Marco Rachelle, Celso Jabour, Petrus Elesbão, Eugênio Oliveira.

O Gourmet Butler é um produto do Grupo Sweet Cake que esse ano completa 20 anos de existência sob o comando de Simone e Celso Jabour. O Butler está sob a gerência do filho Guto Jabour e os curadores de vinhos são Celso Jabour e Eugênio Oliveira (DCV). Na parte gastronômica a curadoria ficou a cargo de Gabriela Jabour e Stefânia Barreto (blog Com Uma Pitada de Açúcar) e Destinos e Restaurantes com Gilberto Bolognani. Para saber mais sobre o Butler acesse:

www.gourmetbutler.com.br

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Celso Jabour, Luiza Jabour, Claudia Baiseredo, Walmir Carvalho. Fotos: Pablo Valadares.

Elena Walch, um Gewürztraminer de origem

Gostaria eu de iniciar este artigo falando da origem italiana da uva gewürztraminer… Por ela ser autóctone da comuna de Tramin, no alto Adige, na Itália, etc… Que a Alemanha apenas expandiu sua plantação e fez o sucesso desta deliciosa casta, e blá, blá, blá. Bem, isto também é um bom começo para conhecimento geral dos leitores.

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Mas o que me leva ao tema deste artigo é a minha dúvida atroz, que por raríssimas vezes me vi num dilema. Ao provar este vinho, de uma produtora reconhecida na produção deste branco típico, encontrei-me numa sinuca-de-bico, numa verdadeira encruzilhada de pensamentos. O vinho era o Gewürztraminer Elena Walch DOC 2007, provado numa degustação técnica com amigos da Confraria Amicus Vinum, há duas semanas. Confesso que estava ansioso por provar este branco autóctone da Itália.

Indo direto ao assunto, ao terminar a degustação não sabia se conceituava o vinho com 90 ou 84 pts? Isto raramente acontece comigo. O vinho tinha cor palha-amarelo brilhante. Bonita. No aroma começaram as dúvidas. Era aromático mas não tanto quanto seus pares alemães. Talvez a idade o tenha esmaecido. A prova da boca foi ainda mais difícil. Vieram lichias e também rosas. Uma tipicidade incrível, talvez característica desta casta na terra natal. Mas veio também um dulçor nada agradável para um vinho seco – esperava mais seco, parecido aos alemães. Ele apresentou certo gosto verde; um amargor que não chega a prejudicar o vinho, pelo contrário, o torna bem autóctone. Enfim, para ser razoável na análise e usando o bom senso, resolvi chegar aos 87 pts. Na média, hein!  😉  

Se você já provou este vinho, pedimos encarecidamente sua opinião para ajudar na avaliação desta ampola. O DCV e demais internautas agradecem.

Diego Arrebola e o Campeonato Mundial de Sommeliers

De passagem meteórica por Brasília, Diego Arrebola prestou consultoria a uma rede de restaurantes que tem loja na cidade e retornou a São Paulo no mesmo dia.

Recém chegado do Campeonato Mundial de Sommeliers realizado no
Japão/Tóquio entre os dias 27 a 29 de março, Diego foi o representante do
Brasil – Credencial conseguida com o título no 8 Concurso Nacional de
Sommeliers- tornando-se apenas o quinto Sommelier a obter o título de
Campeão Brasileiro. Os dois primeiros Brasileiros foram vencidos por
Gianni Tartari, o terceiro por Manoel Beato/SP, o quarto e quinto por
Dionísio Chaves/RJ, o sexto e sétimo por Guilherme Corrêa e o último por
Diego Arrebola.

Estive com ele e conversamos sobre o Campeonato Mundial, das chances
brasileiras, das surpresas, do tempo e investimentos necessários para se
representar bem o país.

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Diego me contou que o campeonato se resume a 70% de vinhos (incluindo
enologia e geografia) e 30% outras bebidas, dentre elas água. Isso mesmo,
água, e há perguntas na prova escrita em que eles relacionam marcas
comerciais de água do mundo todo e o candidato tem que responder de que
país ela pertence.  Já houve uma marca chamada Bahia e sabe de que país
era? Isso mesmo, Argentina.

O nível dos candidatos é muito alto, há sommeliers com oportunidade de
viajar, fazer cursos e estágios com profissionais que já foram campeões
mundiais, como foi o caso da argentina Maria Paz que estagiou por 03
semanas com o último campeão Gerard Basset. A candidata canadense
Véronique Rivest que se tornou campeã Pan-Americana em Bento Gonçalves
investiu 40 mil dólares na preparação para o mundial após esse título.

54 candidatos e no primeiro dia as provas são escritas, orais, degustação
de vinhos e destilados, conhecimentos gerais, decantação, etc. Para todos
os candidatos. No dia seguinte apenas os 12 melhores continuam (nunca
houve participação de um brasileiro nessa fase semifinal e foi a primeira
vez que um latino-americano alcançou essa etapa com a argentina Maria
Paz). No terceiro dia ocorre a final com os 03 melhores classificados.
Esse ano tornou-se campeão o Italo-Suíço Paolo Basso que já vem
participando desse campeonato desde 2000 e já tendo sido vice-campeão em 03
oportunidades (2000,2007,2010).  Basso era o favorito e segundo Diego o
último dos veteranos a se sagrar campeão. Para o próximo mundial ele
acredita que o vencedor será um dedicado acumulador de conhecimentos, com
tempo e dinheiro para investir na preparação; a não ser que surja um novo
fenômeno como foi Enrico Bernardo em 2004 e Andreas Larsson em 2007. A
vice-campeã foi a canadense Véronique Rivest e o terceiro lugar ficou com
o belga de 30 anos Aristides Spies em uma final com 5.000 espectadores.

As surpresas foram a não classificação para semifinal do
sommelier japonês Satoru Mori, a argentina em 11 em 12 e o francês David
Biraud em 12 e não indo a final no dia seguinte, ele que havia sido
finalista em 2010, ficando em 3 lugar atrás do campeão Paolo Basso que foi vice naquela ocasião.

Ah! O Diego Arrebola ficou em 22 lugar dentre os 54 candidatos, o que
considero uma ótima colocação para um país sem tradição no mundo do vinho
e que o sommelier tem que custear todo seu preparo sem um apoio maior.
Parabéns Diego, e como você disse, o próximo campenato brasileiro – que
credencia ao mundial daqui a três anos- começou ontem!

Lançamento do Gourmet Butler- Vinhos Diferenciados

Terça-feira próxima, dia 09 de abril à partir das 17:00 estará sendo lançado oficialmente o clube de vinhos Gourmet Butler no espaço Unique ao lado da Ponte JK. Com a presença de parceiros como Mistral, Vinci, WineBrands, Champagne Perrier Jouet, Art du Vin e a marca de conhaque mais sofisticada do mudo Louis XIII, o evento tem a chancela da Sweet Cake, empresa consolidada no país há mais de 20 anos no mercado.

O DCV tem algumas entradas para serem distribuídas aos nossos leitores de Brasília, basta que enviem nome completo e telefone para o e-mail [email protected]

Convite

Soldera, Lafon e Clerico!

Noite perfeita é aquela em que se reúne ao redor de uma mesa, amigos, boa comida e vinhos emocionantes. Começamos com um Barolo Pajana 1994 Domenico Clerico já bem evoluído como todo Barolo deveria ser bebido. Esse é um vinho que não aceita infanticídio, sob risco de não se aproveitar 20% do que ele pode oferecer. Não foi o caso deste que com 19 anos, já havia atingido a maior idade, nos brindou com toda sua elegância.

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Em seguida foi aberto o Volnay Santenots-Du-Milieu 1cru do Domaine des Comtes Lafon safra 2004. Esse vinho é feito com a pinot noir de Mersault e é engarrafado como Volnay Santenots, pois os tintos engarrafados como Mersault não têm boa reputação. Que explosão de aromas. Na taça, antes de levar ao nariz, já dava para sentir o perfume daquele vinho. Muita framboesa, amora, cereja, frescas e aquele toque terroso característico dos grandes pinots. Baixa extração, cor translúcida sedutora. Acidez e amargor na medida certa. Vinho no apogeu, daqueles que você se arrepende de não ter outra garrafa.

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Finalizamos com um Brunello de Montalcino Riserva Soldera 2001. Confesso que não sou tão fã de Brunello como a maioria diz ser. Acho que se paga muito pelo nome que não acompanha a qualidade. Há muito Brunello ruim no mercado e muita gente pagando o que não vale por eles. Os bons Brunellos como Soldera, Biondi-Santi, Pieri, Salvioni-La Cerbaiola são bem caros e especificamente o Soldera se tornou uma raridade. Um ex-funcionário entrou em sua vinícola e abriu as torneiras dos tanques onde 06 safras de Brunello Soldera descansavam, só voltaremos a ter uma nova safra em 2019. Imaginem o preço que estão pedindo por uma garrafa dele nos dias de hoje!

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O Soldera 2001 estava fantástico, um verdadeiro Borgonha feito na Itália. Desde sua cor, passando pelos aromas e boca macia. Confesso que achei que ainda estivesse duro, mas não. Talvez o vinho italiano mais delicado que já tomei (juntamente com o Carema de Luigi Ferrando). 

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Eduardo Zenker e o Carménère Brasileiro

Eu havia servido esse vinho no estande do DCV durante a última Vinum Brasilis em agosto do ano passado. Como em feiras se provam inúmeras amostras, nem todo vinho recebe atenção merecida. Lembro bem que esse exemplar causou amor e ódio nos provadores. Alguns afirmavam que o vinho continha defeito enquanto outros juravam que o tal “defeito” era na verdade uma diferenciada qualidade.

Há muitos viticultores e enólogos que buscam em seus vinhos fugir da padronização, do lugar comum, da mesmice. Álvaro Escher, Marco Danielle, Luís Zanini, Jean Cara, Lizeti Vicari, Bettu, Rogério Gomes são alguns desses nomes. Junte a eles outro viticultor outsider chamado Eduardo Zenker de Garibaldi/RS. Ele não é apenas mais um produtor de vinhos, já postei sobre seu espumante Inusitado, totalmente na contramão do mercado, e agora volto a falar de seu vinho tinto que agora pude provar com calma e atenção.

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Benedito é um Carménère brasileiro safra 2011 com 12,8% de álcool e tiragem de 254 garrafas. Antes que perguntem, não tem traço algum de um Carménère chileno carregado de goiaba e menta. Esse Benedito tem a cor bem turva lembrando muito os vinhos naturais do Loire e até mesmo os Borgonhas do Pacalet. No nariz uma dose de pitanga e muita massa de tomate. Em boca apresenta uma acidez marcante e uma picância que parece que o mesmo ainda está fermentando. Para mim esses predicados inusitados tornam-se qualidade, pois aprecio exemplares fora do padrão comercial do mundo do vinho. Parabéns Zenker, continue nos surpreendendo.

Lunta, uma incrível barbada!

Para acompanhar uma Bruschetta a Caponatta, feita rapidinho hoje, abri um daqueles vinhos do segundo lote de argentinos de autor; produzidos em pequenas vinícolas artesanalmente – que já havia comentado aqui no DCV, com enorme prazer (clique no artigo).

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O vinho era um LUNTA Malbec 2009. Há pelo menos dois anos venho fugindo da produção “standarlizada” dos malbecs argentinos, com seus enjoativos banhos de madeira, açúcar e álcool. Tarefa difícil, eu sei, mas tem sido compensadora e de agradáveis surpresas. Este exemplar é de produção da Casa Mandel, feito pelo enólogo Santiago Mayorga, usando vinhedos de pé franco de 60 anos em Lujàn de Cuyo, a 1.000 m de altitude. Apenas 6.500 botelhas, que são extraídas de 65% de barricas francesas, depois de 14 meses de maturação.

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A prova foi surpreendente; valeu o garimpo e a pesquisa! Aromas de amora e baunilha, com muito frescor. Algo bem rústico, denotando grande tipicidade. Madeira…? Tão discreta que só acentua a qualidade vitivinícola do produtor. A cor violácea ainda lhe dá alguns bons anos de vida, mas pode ser tomado agora. Inacreditável o preço: apenas 60,00. Minha Nota é fácil, assim como ele, fácil de beber: 89 pts. Coisa de quem sabe o que faz – repetindo o que havia dito no meu artigo acima indicado. Um vinho que vale cada centavo!

Châteauneuf-du-Pape 2005 Le Cailloux – O Papa

Em homenagem ao Papa Francisco, bebi um verdadeiro vinho do Papa, e diga-se de passagem, ajoelhado!  😉

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O Châteauneuf-du-Pape 2005 Le Cailloux, do casal Lucien e André Brunel está estupendo. Uma verdadeira “santidade” entre os chateauneufs que já provei. A familia já produz vinhos há pelo menos três séculos! Este Chateauneuf-du-Pape foi produzido com 65% Grenache, 20% Mourvèdre, 12% Syrah e 3% outras 10 cepas autorizadas. Aroma frutado, com notas de ameixas pretas, tabaco e alguma especiaria, inclusive olivas. Na boca harmonioso e vibrante. DELICIOSAMENTE vibrante. Esta safra 2005 foi considerada a melhor desta ampola, batendo outras grandes safras. Tanto que alcançou ótimas avaliações de especialistas, e este que vos fala é mais um a somar no coro! Nota: 92 pts. O vinho tá pronto. Mas segue evoluindo por mais 7/8 anos, fácil. Não tem um longo final de boca devido suas caractarísticas, mas é impossível esquecê-lo. Impressiona a cada gole, pela forte estrutura e elegância. RECOMENDADÍSSIMO.

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Este belo chateauneuf da Provence foi combinado com um Filé à Danielle magnífico do restaurante La Chaumière (408 Sul), cujas caçarolas continuam a surpreender como as melhores de Brasília nesta modalidade de refeição. Muitos podem até tentar, mas poucos conseguem competir com a impecável execução do Chef Severin, que há 40 anos prepara esta verdadeira iguaria francesa.
Por fim, Mil Vivas ao Papa e ao fantástico Chateauneuf-du-Pape Le Cailloux 2005.

ZOUN inaugura na 404 Sul

Nesta 2ª feira (18) foi inaugurado oficialmente o restaurante ZOUN (diz-se zóuin, e significa “viver” em grego), do restaurateur Flávio Alves. O restaurante abriu as portas em dezembro de 2012, mas só agora funciona a pleno vapor. Especializado em cozinha contemporânea, a equipe de Flávio montou um cardápio recheado, indo desde petiscos com molhos cajuns e creoles até o confit de pato. Seu prato predileto, diz o dono, é o frango Marsalla (42,00), que era preparado por sua mãe na infância, e que está inserido no Menu. A carta de vinhos (em parte montada pela Decanter, assistida por José Filho – na Foto com Flávio) é abrangente e conta com 170 rótulos bem distribuídos entre países produtores e nos preços, partindo de 50,00 a garrafa. Uma decoração leve, meia-luz e detalhes em madeira aparente garantem conforto, harmonia e sofisticação ao ambiente.
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No evento de inauguração provamos cinco vinhos (Decanter), entre os quais destaco o delicioso branco Loureiro Muros Antigos 2010, vinho verde DOC, do Minho, com notas de maracujá e perfeita acidez, que casou muito bem com o Bacalhau Fábio Jr – um bolinho gratinado em formato inovador de galet. Vale a pena!
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Serviço:
ZOUN Cozinha contemporânea – End: CLS 404, Bl. B, Lj. 27  – Fones: 3223-0403.
Abre de 3ª. a Domingo, para almoço (até 15h) e jantar (até 24:00).