Inusitado-Espumante Brasileiro de Garagem

O Brasil já produz certa quantidade de vinhos tranquilos de garagem como Era dos Ventos, Elephant Rouge, Quinta da Figueira e outros tantos, mas vinhos espumantes de garagem ainda não há notícia de muitos. O DCV está programando uma degustação exclusiva desses vinhos e para mostrar um deles, a postagem de hoje é sobre o ótimo Inusitado Nature 2011que foi apresentado pela primeira vez ao público na feira Vinum Brasilis 2012.

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Quem produz o Inusitado é o viticultor Eduardo Zenker em Garibaldi/RS. O espumante é feito de cinco castas tintas pelo método tradicional: malbec, pinot noir, cab.sauvignon, carmenere e cab.franc, mas é vinificado em branco, o que justifica o nome do vinho. O nome da vinícola é Arte da Vinha e se propõe a fazer vinificações artesanais de vinhos espumantes e tranqüilos. Zenker faz tudo, planta, colhe, vinifica, engarrafa, batiza e produz a comunicação visual dos vinhos.

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O Inusitado não é um espumante corriqueiro, agrada principalmente quem aprecia vinhos com evolução. Aromas de panificação, levedura, mel, caju e cajuína podem espantar os acostumados ao limão e maçã dos espumantes de maior frescor. A boca também difere com seu bem-vindo amargor final no lugar do doce enjoativo presente na maioria dos exemplares. Cor e corpo densos, atinge em cheio quem adora de vinhos fora do padrão. Sorte termos o Zenker e outros viticultores que inconformados não se acomodam com o que o mercado pede.

Vinho Brasileiro Casa Olivo S.Blanc

Sauvignon Blanc com 12,4% de álcool de videiras plantadas a 1.033 metros de altitude. Esse número dá nome ao vinho e é o terroir mais alto do Rio Grande do Sul em Monte Alegre dos Campos, Vacaria (Campos de Cima da Serra). A Casa Olivo trabalha com 06 cepas, c.sauvignon, merlot, chardonnay, viognier, s.blanc e pinto grigio e o enólogo é Jamur Mascarello. O primeiro vinho tinto, a ser lançado ainda esse ano, terá o intrigante nome Passo da Caveira. A vinícola fica em Antônio Prado/RS.

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O sauvignon blanc 2011 é bastante interessante, com uma cor mais amarelada que os tradicionais apresenta muita fruta madura como abacaxi e mais tarde um herbáceo característico da cepa. Boa acidez para um vinho de corpo médio. Essa é primeira safra desse vinho que promete.

2º Quê Vinhos – Festival de Vinhos do Shopping Quê

2º Quê Vinhos – Festival de Vinhos do Shopping Quê

– Dias: 22 e 23 de março, sexta e sábado

– 22, sexta-feira, das 18h às 23h; e 23, sábado, das 14h às 22h.

– Local: Shopping Quê, em Águas Claras (Av. Castanheiras, Rua 36 norte, Lote 5).

– Ingressos: no local, a R$ 20 por pessoa.

– Mais informações: 3328.5434; 9618.4085; 9985.5470

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Vertical de Sassicaia

O Sassicaia é um vinho italiano inovador. Durante vinte anos, o Marquês Mario Incisa della Rocheta, proprietário da Tenuta San Guido, produziu o vinho sem comercializá-lo.

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Originalmente era consumido por amigos e pela família, e às vezes vendido a particulares. Foi quando no fim dos anos 70 o filho do Marquês, Nicolò, conseguiu persuadir o pai a comercializá-lo com assessoria profissional dos primos Antinori. A Tenuta San Guido, hoje é propriedade do neto do Marquês, Piero Incisa Della Rocchetta que acumula a função de gerente de exportação. O vinho foi o primeiro italiano envelhecido em barricas e foi também o primeiro vinho italiano a receber máximo louvor no periódico do Robert Parker (safra 1985). Normalmente é composto de 85% cab.Sauvignon e 15% cab.franc.

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Pude participar de uma vertical desse vinho a convite do amigo Celso Jabour e seu filho Guto. Estavam presentes as safras 79,81,02 e duas garrafas do 08. As safras 79 e 81 ainda continham o dizer “Vino da Tavola” estampado no rótulo. Nessas duas primeiras safras os vinhos já estavam bem evoluídos, com cor atijolada e aromas terciários (de guarda) de frutos secos, fumo, couro, balsâmico. Na boca quase não havia mais taninos, facílimos de beber e até meio amedrontadores quanto a uma possível guarda. Estavam na hora de serem consumidos.

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Em seguida partimos para o 2002. Esse já apresentava um perfil bem distinto, com taninos presentes e macios, cor rubi brilhante, sem nenhuma turbidez e aquele nariz de terra molhada que todo Sassicaia no auge tem. Foi o meu preferido. Seguimos para as duas garrafas finais do 2008. Ainda longe do seu apogeu, tem a cor mais púrpura, aromas de pimenta verde, violeta e muito tanino (principalmente quando tomado ao lado dos mais antigos). Vinho para guardar. Os supertoscanos (o Sassicaia é um) não são vinhos que envelhecem tão bem, devem ser tomados até 10 anos da colheita e essa vertical corroborou esse pensamento.

Jean-Georges, O melhor de Nova York

Esse foi sem dúvida o melhor restaurante que já tive a oportunidade de ir. Estava com três amigos e tínhamos essa casa na lista de recomendações. Fizemos a reserva para o almoço e não nos foram dadas maiores recomendações, porém, após ter ido, lendo no site do restaurante, vejo que eles requerem uso de paletó para os homens, (gravata não é obrigatória) e não admitem jeans, tênis e camiseta. Hoje percebo que estávamos completamente em desacordo com as recomendações do site, mas isso não nos impediu de termos uma das melhores refeições de nossas vidas.

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Chegando ao restaurante dez minutos antes de nossa reserva, fomos acomodados no Nougatine que é o bar/restaurante do hotel que estava lotado; enquanto preparavam nossa mesa. Na hora da reserva é importante lembrar-se de não fazê-la para o Nougatine Jean-Georges e sim para o Jean-Georges que é o restaurante ao lado.
No almoço eles oferecem um menu preço – fixo em que você escolhe uma entrada e dois pratos principais. Apesar de eu ter escolhido o Sesame Crab Toast, Miso-mustard, Asian pear and Shiso (caranguejo tostado com gergelim, mostarda e pêra) a melhor delas é o Atum com abacate e gengibre (Yellowfin Tuna Ribbons, Avocado and Spicy Radish, Ginger Marinade), espetacular.

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Meu primeiro prato foi o pargo com crosta de nozes e sementes, molho doce/ azedo (Red Snapper Crusted with Nuts and Seeds, Sweet and Sour Jus) e o segundo um robalo negro com couve de Bruxelas assada e molho de maçã com especiarias (black sea bass, roasted brussels sprouts, spiced apples jus). Cozimento perfeito, textura, aromas e sabores inéditos que tornaram essa refeição inesquecível. Ah, não posso deixar de falar na temperatura dos pratos, quentes como devem ser, isso é básico, mas tem sido negligenciado na maioria dos restaurantes brasileiros. Comida morna é comida fria.

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O atendimento é excelente. O maitre falando e voz baixa descreve cada prato servido, o sommelier Charles Puglia tem ótimas indicações (peça a carta de vinhos avulsa). O almoço foi escoltado pelos vinhos Pinot Gris Ostertag da Alsácia e Auxey-Duresses 1cru 2009 do Domainte Roulot (este escolhido pelo Duda Zagari/Confraria Carioca, estava fantástico, se achar compre) e a sobremesa foi uma taça do Sauternes Ch. D´Yquem 1991. O restaurante tem três estrelas no Guia Michelin e quatro no New York Times.

Jean-Georges– 1 Central Park W New York, NY 10023 (212) 299-3900

Vinhos Chilenos Aristos

Muita gente compra, ou já comprou vinhos (eu me incluo nessa) baseado no fato de que o produtor do vinho que está sendo comprado é um renomado viticultor de jóias raras; principalmente no velho mundo. Quem nunca se coçou para comprar vinhos chilenos, argentinos, norte-americanos, australianos… Confiando no produtor europeu de renome? Antinori, Lafite, Mouton, Pavie, Sassicaia…

Na maioria das vezes tentamos nos enganar achando que vamos encontrar traços desses grandes vinhos nos exemplares feitos fora da região de origem. Não vamos, é a realidade. Não adianta o DRC adquirir terras no Chile, Argentina, Espanha, Nova Zelândia que ele não vai conseguir fazer um vinho semelhante ao que fazem na Borgonha.

Digo isso, pois a tentação do momento são os vinhos da vinícola chilena Aristos.  A família borgonhesa Domaine du Liger-Belair que faz vinhos estupendos como o La Romanée, adquiriu terras no Chile e em parceria com o especialista em terroir Pedro Parra e o enólogo François Massoc, estão fazendo dois tintos e um branco naquele país. As primeiras safras (o branco Duquesa D´A 2007 chardonnay, Baron D´A 2007 e o Duque D´A 2008) vieram dos vinhedos da vinícola Calyptra; apenas o Duquesa D´A 2008 Chardonnay é que veio de vinhedos próprios no vale de Bio-Bio.

Esperançoso pelo pedigree dos envolvidos adquiri os vinhos Duquesa D´A chardonnay 2008 e o tinto Baron D´A 2007. Total decepção. Antes que me perguntem se foi pelo preço, digo que não, pois se tivessem me agradado não me importaria, mas desagradaram.  O chardonnay Duquesa D´A 2008 é um vinho falso, cheio de maquiagem, com um excesso de 26 meses de carvalho francês NOVO. Toneladas de baunilha e côco são os aromas enjoativos que proliferam na taça. O vinho é untuoso demais, sem delicadeza, quase doce, já tomei inúmeros exemplares assim, como fui cair nessa?!!! Só salvou a cor.

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O tinto Baron D´A 2007 eu achei que seria melhor. Um corte de  C.sauvignon, Shiraz, Petit Syrah e Merlot prometia algo mais inusitado. Não sei qual a porcentagem das outras uvas, mas parecia puro C. Sauvignon chileno com todo seu mentolado, sua rusticidade e novamente a madeira em desequilíbrio (24 meses de madeira nova), tornando esse vinho sem nenhum diferencial.

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Fiquei sabendo que pretendem lançar um pinot noir. Pedro Parra disse não ter ocorrido ainda por não terem encontrado uma pinot a altura. Nesse eles não me pegam.

Os melhores vinhos do ano na revista Gosto

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A revista Gosto n.39 que acaba de chegar às bancas, traz o ranking Top 200 dos vinhos degustados durante o ano de 2012. Liderado por Guilherme Rodrigues e José Maria Santana o melhor branco importado foi o Silex 2008 de Didier Dagueneau (já postado no DCV- Clique aqui). Eleito melhor branco nacional o Era dos Ventos Peverella 2010 de Álvaro Escher, Luís Zanini e Pedro Hermeto (que aparece na foto segurando a garrafa). Para saber mais sobre os outros vinhos adquira a revista nas melhores bancas do país.

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Merano Wine Festival- Itália

A Sommeliére brasileira, radicada no Rio de Janeiro, Alessandra Rodrigues esteve no Merano Wine Festival na Itália e nos conta como foi. Confira.

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Dos dias 9 a 12 de novembro/2012, tive a oportunidade de participar da 12ª edição do Merano Wine Festival (MWF), na região do Alto Adige, na Itália. Nessa linda cidadezinha, onde a maioria das pessoas fala alemão e italiano, e todas as placas e endereços, estão nas duas línguas, o evento teve sua abertura com o tradicional “Gala Dinner”. O menu foi preparado pelos chefs Danilo Bei, do restaurante Emilio, que fica em Casabianca  e William Zonfa (considerado o melhor chef do ano, pelo guia de restaurantes do Gambero Rosso), do restaurante Magione Papale, em Aquila. Foram servidos pratos excepcionais, harmonizados com vinhos de altíssima qualidade! Várias apresentações artísticas foram realizadas durante o jantar, que foi servido pela Escola Hoteleira Leonardo da Vinci, de Aquila, proporcionando uma noite muito agradável.

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O evento em si, idealizado e organizado por Helmuth Köcher, começou com a “Bio&Dinamica” e a participação de 60 casas vinícolas. Como essses vinhos me fascinam, aproveitei pra reencontrar produtores que aprecio muito, como o pugliês Filippo Cassano, da vinícola Polvanera (que faz dois primitivos bem diferentes, devido ao terroir diferente que possuem) e para descobrir coisas novas, como o Cabernet sauvignon produzido pela casa Oro di Diamanti, da Emilia Romagna, os Amaroni da Trabucchi d’Illassi, o Sauvignon da Villa Job, entre outras peculiaridades.

Esse ano, pela primeira vez no MWF, foram organizadas mini verticais de vinhos selecionadíssimos. Estive na degustação “Dosage Zéro Ca’ Del Bosco” e provei o primeiro Franciacorta produzido por eles, de 1976, com abertura da garrafa “à la volée”, além das safras 1983, 1989, 1993, 1998, 2001 e a mais recente, 2008. Cada taça proporcionava uma emoção diferente…maravilhosa!

No total, participaram do evento 300 casas vinícolas italianas (Endrizzi, Bindella, Castello di Ama, Fuligni, Marchesi Antinori, Caparzo, Arnaldo Caprai, Maculan, Montevertine, Sesti, Rocca delle Macìe, Planeta, Duca di Salaparuta,…), 60 bio&dinamica, 20 casas vinícolas de viticultura extrema (Marisa Cuomo, Gianfranco Fino, Masari, Masseria Fratasi,…), 29 produtores emergentes , além de 100 produtores internacionais, entre os quais, 26 Chateaux da Union de Grands Crus de Bordeaux (Domaine de Chevalier, Château Gazin, Château Brane- Cantenac, Château Dauzac,…) e 13 produtores de cervejas artesanais. Isso, na parte de bebidas!!! Teve também a parte gastronômica: mais de 100 casas apresentaram produtos típicos italianos como azeites de oliva – adorei os da Le Tre Colonne e os do Frantoio Hermes -, vinagres (Vom Fass), queijos raros (ótimos os da Fattoria della Capra Regina), molhos sicilianos, salames variados, panetones, geléias (especiais, as da Azienda Agricola Sigi), doces regionais e chocolates. Uma perdição!

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Teve também uma área dedicada somente à culinária (GourmetArena), onde 19 artesãos contavam a história dos seus produtos e os colocavam pra serem degustados. Ali se apresentaram também 13 chefs renomados, que criavam e apresentavam seus pratos, de acordo com o tema “sustentabilidade na cozinha”.

Enfim, espero ter aguçado a curiosidade e poder voltar a Merano ano que vem, junto com alguns de vocês!

Um abraço,

Alessandra

Fotos de Donato Grieco

Degustação Didier Dagueneau na Revista Gosto!

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Provar um vinho de  Didier Dagueneau é um privilégio para qualquer apreciador de coisas únicas, mas provar toda sua linha com bônus de um  Astéroide  é um evento. Foi isso que ocorreu em São Paulo, na degustação da  revista Gosto, capitaneada pelo grande conhecedor  Guilherme Rodrigues. Um convite dele não se recusa. Estiveram presentes também,  J.A. Dias Lopes,  José Luiz Pagliari,  Alexandre Rodriguese  Jo Mendes. Essa degustação histórica ocorreu no restaurante North Grill onde Saul Galvão fazia todas suas degustações para o  Estadão. A degustação está relatada na Gosto (edição de Natal, acima) que acaba de chegar às bancas por Guilherme Rodrigues. Abaixo as minhas impressões.

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Começamos com um  Blanc Fumé de Pouilly 2008. Esse vinho é um apanhado geral dos vinhedos dos Dagueneau. Uvas de várias parcelas, inclusive as não aproveitadas no Silex, entram na composição deste que é o vinho de entrada da vinícola. De cara ele impressiona pelos aromas e acidez, aliás, características marcantes dos vinhos Dagueneau são acidez e mineralidade; é uma coerência encontrada em todos seus vinhos. Cor bem clara e final longo, um vinho convidativo que se bebe sem esforço e logo se recarrega a taça.  Essa garrafa só irá ser desbancada se houver outro vinho do mesmo produtor na degustação (o que ocorreu). Caso contrário pode comprar e ser feliz, até porque é o mais acessível.

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Na sequência um  Pur Sang 2008. Aromas terrosos, inéditos em vinhos brancos para mim, surgiram na taça tornando-o um dos prediletos da noite. Esse que sempre foi um dos meus preferidos, continua em forma.

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A seguir, apreciamos o  Sancerrele Mont Damné 2008(quarta safra desse vinho). Trazido pela primeira vez ao Brasil, quantidades ínfimas (0,5 hectare), é o vinho mais “gordo” de seu portfólio, mas sem deixar o binômio acidez/ mineralidade. Veja o post específico desse vinhoaqui.

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Silex 2008. Dos vinhos “encontráveis” esse é o mais famoso. Novamente cor bem clara, muita pedra de isqueiro, pedra molhada, flores brancas e cítrico. Sauvignon Blanc ácido e mineral, parceiro perfeito para um queijo de cabra.

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Buisson Renard 2007. Foi o único que não era da safra 08. Também puxado para untuosidade, dentro do portfólio Dagueneau é o que mais se aproxima do le Mont Damné nesse quesito. Aromas de manteiga com limão e cor um pouquinho mais esverdeada que os outros.

Finalizando os vinhos tranqüilos, a cereja do bolo,  Astéroide 2008, que receberá postagem exclusiva. Clique aqui para ler.

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Arrematando, outra preciosidade que chega pela primeira vez ao país.  Jurançon les Jardins de Babylone 2008. Vinho de sobremesa com 10,5% de álcool, o que deve ter dado trabalho em obter a AOC Jurançon (subversão que Didier aprovaria plenamente), acidez perfeita que não o deixa enjoativo e permite ser tomado com pratos principais e não apenas acompanhando sobremesa. Untuosidade e acidez permeiam esse exemplar que é o único a não usar Sauvignon Blanc, ele é feito da  PetitManseng em parceria com Guy Pautrat.

Como muitos sabem, após o falecimento de Didier Dagueneau quem assumiu a enologia foi seu filho Louis-Benjamin Dagueneau. O mundo do vinho certamente ficou desconfiado com o rumo que tomariam os vinhos. Benjamin não estava em uma posição fácil, acabara de perder o pai e havia a expectativa natural em torno dos novos produtos. No entanto, ele superou a pressão de substituir uma personalidade lendária no mundo do vinho que foi Didier. Com reflexão, inteligência e extremo cuidado ele tem mostrado que os saudosos não têm com o que se preocupar. Vinhos perfumados, complexos, de baixo álcool, silenciosos, atraentes e harmônicos continuam a ser feitos por esse novo talento chamado Benjamin.