Williams Selyem 08, Pinot Americano sem importador no Brasil

Pinot Noir americano, mais precisamente de Sonoma na Califórnia. Vinho concentrado para quem tem preferência por pinot da Borgonha, Loire ou Alsace. Um vinho com 14,2 de graduação alcoólica e de cor mais escura que o normal. Aromas explosivos de geléia de mirtilo e amora com toques de morango e framboesa. Resumindo: nariz adocicado.

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Na boca não se nota desequilíbrio do teor alcoólico, mas é um vinho muito encorpado para os moldes da pinot noir. Ele se expande e satura o paladar com sua força. Tanino doce, um pouco picante e de final longo.

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Eu nunca havia bebido esse vinho e morria de curiosidade em conhecê-lo. Já li algumas críticas que o consideram o “melhor” pinot americano, mas para mim faltou aquele amargor que te faz buscar o próximo e o próximo… gole. Esse vinho não tem importador no Brasil e custa uns 150 dólares nos EUA. Talvez se na garrafa estivesse escrito Shiraz no lugar de Pinot eu tivesse gostado mais. Para quem aprecia o estilo encorpado, baixa acidez e nariz adocicado é um belo vinho. Talvez eu tenha implicado um pouco por esperar muito desse vinho e pelo fato de ter sido tomado na sequência do Montrachet 98 que postei aqui.

Feira da World Wine pela primeira vez em Brasília

Acontece nessa quarta-feira dia 18/04 a World Wine Experience. Feira da importadora paulista que ocorre pela primeira vez na cidade. Grande oportunidade de conhecer os vinhos trazidos por essa diferenciada empresa.

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World Wine Experience:

Dia 18 de abril/ Brasília

Local: Hotel Naoum (SHS Qd. 05, Bloco H)

Horário: das 17h00 às 21h

Valor do ingresso: R$ 180,00

Ingressos no Restaurante Piantella (3224-9408) ou na Expand (3226 6800).

Vinhos Chilenos Antigos

Noite de vinhos chilenos de safras antigas. Confesso que já não sou mais tão fã de vinhos potentes e de muita extração como costumam ser os exemplares do novo mundo. Taninos nervosos, cor negra, aromas doces e mentolados não são características que me entusiasmam e são essas as mais encontradas nos exemplares chilenos e argentinos. Pois bem, tenho que admitir que os vinhos degustados fugiram bastante das características expostas acima.

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O Domus Aurea 1998 apresentou incríveis aromas de cominho e curry que jamais havia percebido em um vinho chileno. Couro e estrebaria também presentes, com taninos suaves e fáceis. Um super-vinho.

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Em seguida foi aberto o Morandé Edición Limitada Carignan 2001. Vinho de Pablo Morandé, feito de vinhas muito velhas. Outra pluma para um vinho chileno. Muito caramelo e biscoito no nariz, novamente taninos amigáveis. O mais “chileno” dos três.

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Por último abri o Cabo de Hornos 1999. O mais elegante da noite. Maciez, suavidade, taninos encantadores, acidez e mineralidade na medida. Vinho dificilmente encontrado hoje em dia. O preferido da rodada.

Os três vinhos apresentaram turbidez, devido ao remanescente de sedimentos, mas isso em nada interferiu na qualidade dos mesmos. Embora tenham se tornado mais domados e elegantes pelo envelhecimento, não espere tomar um vinho chileno ou argentino envelhecido com características de um francês por exemplo. Sempre apresentarão o esqueleto da região. Exceções existem, como o argentino Monchenot, mas como disse, são exceções.

Finalmente Vinhos do Jura em Brasília!

Finalmente chegaram a Brasília os fantásticos vinhos do Jura. A única loja da cidade que comercializava vinhos dessa região era a finada Club du Taste Vin, dos franceses Christian e Patrick. No Brasil conheço apenas a referida (que ainda existe no Rio de Janeiro) e a paulista Le Tire Bouchon a trabalhar com vinhos dessa região, se souberem de outra me avisem, por favor. Ambas importam vinhos do mesmo produtor o Domaine Baud e Fills.

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Apostando no mercado de vinhos autênticos a importadora Decanter também resolveu investir nos vinho do Jura e está importando do Domaine Rolet.

Os tintos vão na contramão dos parâmetros atuais de potência e extração. Possuem cor delicada lembrando pinot e aromas cativantes, com muito frescor e mineralidade.

Já os brancos são desconcertantes e podem envelhecer décadas. Alguns deles como o Côtes du Jura e o Arbois Vin Jaune, envelhecem de 4 a 6 anos em barricas deliberadamente expostas ao oxigênio, mas sob a proteção de um véu de leveduras semelhante ao Jerez. Normalmente apresentam um nariz doce de amêndoas e mel, mas na boca é sequíssimo.

Para acompanhar esses vinhos a Decanter Brasília– 308 norte-D-lj.59 tel:3349 1943- trouxe cunhas do queijo Comté (único local na cidade em que encontrei), que faz uma das mais gloriosas harmonizaçõs queijo-vinho já inventadas.

Novo espaço p/ degustação na adega Decanter

decanter31bO encontro da semana passada da Confraria Amicus Vinum foi realizado na loja da Decanter, recebidos pelo José Filho e sua equipe. O espaço para degustações está muito bom. Os enófilos ficam dentro da loja, rodeados por enormidade de vinhos. Algo, assim, como se estivéssemos numa festa de Dionísio [risos]. Lá eles servem frios e outras comidinhas (sob encomenda) para acompanhar as degustações. Cabem até 14 pessoas bem acomodadas! Experimentem, afinal é mais um espaço de vinho da Capital; pagando preço de tabela pelas ampolas.  🙂
Estavam presentes ao encontro de 30/03 os confrades: Renzo, Mário, Petrus, Antonio (este editor), Marcelo, Maia e Emmily, Wesley, amiga do Maia e Marcelle.

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A noite era da Itália e os vinhos provados foram, na ordem de serviço: L’Altro Chardonnay 2009 (branco) – Nota 85 pts; Soave Pieropan 2009 (branco) – 86 pts; Primitivo Dunico 200786 pts; Rosso di Montefalco Lunelli 200889 pts; Oltre 200887 pts; e Cerviolo 2000 Calcinaia – 92 pts!

Um especial comentário para o Cerviolo Calcinaia 2000 [já postado no Facebook-DCV]: um vinho soberbo; inteiro, com seus doze anos de idade parece ainda um garoto. Encantador. Taninos super macios. Coloração tijolo-violáceo, que denota muitos anos pela frente. decanter31aE, realmente, esta ampola ganha mais uns cinco anos de melhoria. Um supertoscano de 50% sangiovese, 25% merlot e 25% cab.sauvignon. Passa 18 meses em barricas francesas (Nota 92 pts).  >:o)

Serviço: Adega degustativa Decanter (sob reservas).
CLN 308, bl. D, Lj 55 – 3349-1943 / 3274-4472.

Meli Riesling: barganha da semana!

Vinho branco chileno do vale do Maule feito da uva riesling. Safra 2006, porém com muita evolução. Bem amarelado com aromas de abacaxi em calda, mel, levemente untuoso e adocicado, lembrando um Gerwuztraminer. Encaixou muito bem com uma anchova ao molho thai. Lembra muito um vinho bem antigo da década de 90. A acidez já não é o seu forte e nem de longe lembra um riesling com seus aromas característicos minerais, petróleo e pedra de isqueiro. Para quem gosta de vinhos brancos envelhecidos e de aromas intrigantes, é um excelente exemplar, principalmente pelo preço de R$ 38,00 na Ponto Vinho – CCSW 5, Ed. Ômega Center (próximo ao Pão de Açúcar) Sudoeste. Tel. 3543 5808

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Esse exemplar é feito com uvas de vinhas velhas de San Javier de Loncomilla, colhidas à mão nos primeiros dias de março. A Meli faz parte do MOVI- Movimento dos Vinhateiros Independentes do Chile. Produzido pela enóloga Adriana Cerda, percebe-se a delicadeza em seus 11,5% de álcool. Como eu já havia anunciado, sempre que encontrar uma barganha postarei aqui. O vinho se chama Meli Riesling. Não perca essa oportunidade.

 

Comidinhas de Páscoa – de volta às caçarolas

baca-042012Para deixar os internautas com água na boca, neste feriadão de Páscoa.   😉
Anteontem foi a vez do Risoto cítrico de Camarões, com vinho Wild Rock Sauv.Blanc, já postado no Facebook-DCV.

Agora trago o menu de ontem, sexta-feira da Paixão de Cristo: Bacalhau salteado de 12 especiarias ao forno. Ficou delicioso e de sabor marcante. As doze ervas são dosadas com parcimônia senão a receita desanda e deve ser feita por quem já domina os sabores.

Quais especiarias usei? Vocês estão querendo demais. Vê se vou contar o preparo?! Segredo de família [risos]. Só posso dizer que leva orégano e pimenta dedo-de-moça, além de mais dez espécimes maravilhosas da culinária. Brincadeira, galera, quem desejar a receita pode me pedir em privado, pelo Email, Ok.   >:o)

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Verdades sobre a salvaguarda do vinho nacional

Ibravin solta mais uma nota sobre as Verdades e Mentiras da salvaguarda.
Clique na imagem para saber tudo!
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Eis a “minha” VERDADE sobre tudo isso:
Sou CONTRA boicotes, retaliação ou vetos ao vinho nacional. Isto não leva a nada.
Sou CONTRA os restaurantes radicalizarem o assunto,
vez que são os que mais praticam preços excessivos nos vinhos!
Sou a FAVOR da isenção de impostos JÁ.
Sou a FAVOR que os vinicultores nacionais ouçam a sociedade.
Afinal, estamos numa democracia e uma conversa é sempre bem-vinda, não acham?!!
Sou a FAVOR da melhoria rápida na qualidade do nosso vinho.
Sou a FAVOR da redução IMEDIATA de preços dos vinhos nacionais.

E agora, desejo a todos FELIZ PÁSCOA,
que o editor aqui vai entrar pra toca, pois estamos em época de “abate” aos coelhinhos.  >:o)

Abraços,
Editor Antonio Coêlho.