O Sucesso do Deguste de Formatura

Foi um projeto final para ficar na lembrança.
Aproveito este espaço para agradecer a todos os amigos do vinho e da gastronomia, que prestigiaram meu projeto de Jantar de conclusão do curso de Gastronomia. Para quem não está familiarizado com a vida universitária, esclareço que a entrega do plano de trabalho, neste caso específico da gastronomia, era a venda direta ao consumidor de 50 pratos em um restaurante comum da cidade. Sem o qual não é possível finalizar o projeto, além da entrega do relatório TCC-Trabalho de Conclusão de Curso. Um agradecimento especial ao meu grupo e parceiros de panelas: Renata Berford, Pedro Eneas e Jorge Lourenço. Vocês estarão sempre no meu coração! VALEU.

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A galera atendeu prontamente nossa convocação e compareceu em peso. Foram 61 comensais a lotar o pequeno restaurante Albamonte aqui de Brasília, que se esmerou pelo atendimento aos convidados. Vocês foram verdadeiras “cobaias” que me ajudaram na conclusão desta aventura magnífica e que me enche de orgulho, após quase 14 anos longe dos bancos universitários. E lá se vão quatro cursos superiores!

Um sabor especial é o que absorvi nestes dois anos que passei literalmente dentro das cozinhas e dos laboratórios do IESB. Agradeço imensamente aos professores e especialmente àqueles que se tornaram meus mestres, pois lembro que professores há muitos mas somente os poucos mestres permanecem em nossa mente até a morte. Agradeço, ainda, ao parceiro apoiador ART du VIN, que abrilhantou o Jantar com seus vinhos, representando o Brasil e a Itália.

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Um agradecimento especial a minha família, que além da tarefa de “cobaia”, acreditaram no meu novo projeto de vida e nesta louca empreita. Foi uma celebração à aventura! Meses e meses de treino duro de fórmulas, receitas, preparos saborosos e outros nem tanto. Muito estudo técnico e teórico dos alimentos e sua produção, na cozinha e fora dela. O estudo de empreendedorismo foi muito salientado na teoria e na prática. Planilhas e planilhas de cálculos que íam da produção industrial ao projeto de negócio, dos percentuais calóricos dos alimentos ao controle de estoque e caixa em retaurantes. Enfim, um curso abrangente e com ótima “pegada” na cozinha e fora dela, no salão, principalmente.

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Valeu galera! Obrigado por tudo. Principalmente pela paciência nestes dois anos.
De alma lavada e agora coroada pela nova profissão conquistada, me preparo para fazer valer o diploma de Gastrólogo.
Um forte abraço a todos.
Antonio Coêlho [Cozinheiro in Chef]

Degustação imperdível de Fim de Ano

Degustação imperdível de Fim de Ano. Serão dois vinhos da Borgonha e uma raridade do Loire. Confira:

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Chateau de Latour Clos Vougeot Grand Cru- VIEILLES VIGNES 2004

Considerado um dos melhores Clos Vougeot e o único a vinificar dentro da propriedade (uma construção histórica estabelecida em 1336). A família Labet tem 6 hectares dos 50 totais (maior proprietária) deste que é um dos mais famosos vinhedos do planeta. 100% Pinot Noir.

Esse exemplar é o top da vinícola (vinhas velhas), feito de videiras plantadas em 1910 (101 anos). R$ 1.509,00 (Safra 06; a 04 não está mais disponível) na importadora Decanter.

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Clos Rougeard “le Bourg” 2004

Fantástico vinho do Loire, 100% Cabernet Franc, top da vinícola que só é feito em safras especiais. Produção de apenas 3.200 garrafas, 1/5 da produção fica na vinícola e o restante é rapidamente adquirido pelos restaurantes 3 estrelas da França. Raridade, não tem importador no Brasil. Sem oferta.

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Nuits St.Georges Domaine Bouchard Père Et Fils 2008

Vinícola com mais de 100 anos de tradição, esse exemplar apresenta um rubi com reflexos azulados. Aromas apimentados com notas de compota de frutas vermelhas misturadas com um toque de tabaco. Boca de sabor intenso, rica e carnuda, com taninos muito agradáveis. 100% Pinot Noir, R$ 290,00 na importadora Grand Cru.

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SERVIÇO:

Entrada: Capuccino de Cogumelos Trufados

Prato: Coq au Vin

Sobremesa: Crepe Suflê Caramelado com Calda de Maracujá

Água com e sem Gás.

Preço: R$ 290,00 por participante.

Vagas Limitadas a 09 (nove) Pagantes.

Inscrições só serão confirmadas mediante comprovação de pagamento.

Data: 17/12/2011- Sábado

Local: Restaurante L´Affaire (Shn Qd 5 Bloco I
Asa Norte- no Hotel Mercure Brasilia Lider- ao lado do McDonald´s do Eixo Monumental).

Hora: 13:45 (às 13:45 recebemos os pontuais com espumantes e às 14:00 iniciamos)

Outras despesas correrão por conta do solicitante.

Inscrições pela seção Comentários (deixando e-mail e telefone para receber orientações de depósito bancário) e pelo telefone 61-8412 9781.

Almoço Harmonizado com Clos Rougeard “Le Bourg”

Conheça um pouco sobre esse vinho raro, que em breve estará presente em um almoço harmonizado de fim de ano (apenas 09 vagas) que estaremos anunciando aqui no DCV:

Clos Rougeard é uma das mais antigas propriedades do Vale do Loire, e ainda assim são quase anônimos nos EUA. De propriedade da família Foucault desde 1894, Clos Rougeard emprega a receita habitual para a excelência absoluta: terroir excepcional, vinhas velhas, rendimentos extremamente minúsculos, e incrível atenção aos detalhes.

Nadi e Charlie, os dois irmãos que tocam a propriedade, também aderem as tradições antigas da família, de agricultura biológica, engarrafamento sem filtragem e mínima trasfega, para manter os vinhos em sua forma mais pura e menos manipulados.

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Saumur Champigny “Le Bourg”
3.600 garrafas produzidas
Veja a degustação aqui

Vinho top dos Foucault (não é produzido em toda safra) feito à partir de vinhas de 80 anos de Cabernet Franc, cuidadosamente podadas para produzir rendimentos extremamente  baixos, mesmo para o Vale do Loire. “Le Bourg” é super concentrado, com níveis intensos de frutas, com sabores de especiarias, trufas, violetas e tabaco.

Por que você não ouviu falar de Clos Rougeard?

Há uma série de razões para que uma das melhores propriedades de Cabernet Franc em todo Loire seja desconhecida nos EUA, e consequentemente em vários outros países.

O vinho é feito em quantidades absolutamente microscópicas: a propriedade produz quatro vinhos diferentes (3 Cab Franc e um Chenin Blanc), que respondem por uma produção total de 2.700 caixas.

Os irmãos proprietários, Nadi e Charlie, mantêm 1/5 da produção na propriedade.

Restaurantes franceses 3 estrelas e o público francês, adorador dos Foucault, adquirem a maior parte da produção, e não mais que 30 caixas de qualquer cuvee chega a Nova York por ano.

Nem os vinhos dos Foucault , nem a região (Loire) são avaliados por críticos de renome internacional.

Oportunidade única. Aguardem!

Dica de Presente de Natal para Enófilos!!!

O livro 100 garrafas Extraordinárias da mais bela Adega do Mundo (editora Boccato – R$ 168,00) de autoria de Michel-Jack Chasseuil traz histórias muito interessantes sobre cada garrafa editada no livro. Em alguns casos ele conta a verdadeira peregrinação para conseguir a tal garrafa, e as trocas que fez para obter  outras como a magnum 1947 de Cheval Blanc, em que teve que oferecer várias garrafas 750 ml de um certo vinho para consegui-la. Eu já havia feito uma postagem sobre o autor intitulada “O maior colecionador de vinhos do Mundo”, mas posteriormente descobri que a sua coleção de 35.000 garrafas era ínfima, se comparada a certos colecionadores que chegam a ter 30.000 garrafas de uma única safra de Bordeaux. Mesmo não sendo a maior, é sem dúvida muito interessante, confira no link: https://decantandoavida.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=175:o-maior-colecionador-de-vinhos-do-mundo&catid=1:artigos-posts

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Tormaresca IGT 2008

tormaresca1No nariz, frutas vermelhas, cereja preta e suaves notas de violeta. Na boca é leve, estruturado, com taninos suaves e acidez equilibrada. Discreta persistência. Usa as uvas Negroamaro, Primitivo, típicas da Puglia (Itália), e mesclam com Cab.Sauvignon, resultando num vinho italiano de personalidade e extremamente gastronômico. Vai à mesa com total competência. R$ 50,00 – Art du Vin.

Enoteca Decanter Brasília está com excelentes vinhos em Enomatic

A Enoteca Decanter aqui de Brasília está disponibilizando ótimos rótulos para apreciação em taça, na máquina Enomatic. Provei os vinhos e constatei a qualidade. O chileno Villard Tanagra Syrah 06 tem aromas intensos de café e chocolate amargo. Encorpado. O supertoscano Cerviolo 2000 ainda está muito vivo, com aromas de grafite e vibrante. Altas Quintas Obsessão 04, côco queimado e textura de porto, fantástico. Chateau de Bouscassé Vieilles Vignes 1998- Alain Brumont, um tannat completamente domado, com aromas de iodo e mertiolate. Um vinho para quem aprecia exemplares envelhecidos, onde não há mais fruta fresca, e sim complexidade. Clique na imagem para aumentar.

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Consulado da Áustria promove o maior Road Show de Vinhos austríacos já realizado no Brasil

amanajeGrandes rótulos de nove renomadas vinícolas, quase todas biodinâmicas, serão apresentados no mercado brasileiro, em cinco diferentes eventos que acontecem entre 5 e 8 de Dezembro em São Paulo, Rio e Campinas.

Famosos mundialmente por brancos sublimes e tintos repletos de estrutura, os rótulos austríacos são raros no Brasil. A razão é simples: uma produção pequena e consumo interno elevadíssimo limitam as exportações. Mas este quadro começa a mudar, impulsionado pelo aumento do interesse do brasileiro por vinhos de qualidade. Tanto que o Consulado Geral da Áustria decidiu promover pela primeira vez na história o Austrian Wine Show Case, uma semana especial de degustação de alguns grandes ícones austríacos. 

Serão cinco eventos que acontecerão em São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas, promovidos em conjunto com duas das principais associações ligadas ao mundo do vinho no país: a ABS – Associação Brasileira de Sommeliers, e a SBAV – Sociedade Brasileira Amigos do Vinho. Além disso, na segunda-feira, dia 5 de dezembro, ocorrerá uma degustação virtual especial, transmitida ao vivo, às 20hs pelo site Winebar, ou pela página oficial do portal no Facebook, onde também será possível interagir com os degustadores renomados que receberam amostras dos vinhos.

Entre as vinícolas participantes, representadas pelas duas únicas importadoras que trazem rótulos do país, a The Special Wineries e a Mistral, destaque para a Hirsch, uma centenária produtora, considerada como uma das melhores na elaboração de brancos da Áustria. Outra bem tradicional que estará presente nos eventos é a Juris, que faz vinhos desde 1571 e é ícone da famosa região de Burgenland. Já a biodinâmica Loimer é reconhecida não só por belos rótulos, mas também pela arquitetura única de sua vinícola chamada pela imprensa de “Grande Caixa Preta”.

Terão ainda exemplares das produtoras Sattlerhof, Sonnemulde, Bründlmayer, Prieler, Graf Hardegg e Feiler-Artinger, estas duas últimas, lançarão seus vinhos pela primeira vez no Brasil e passarão a fazer parte do portfólio da The Special Wineries. “É uma seleção especial que representa algumas das melhores vinícolas do país. E com o bom momento da economia brasileira, queremos mostrar com estes eventos, que agora é possível ter acesso a excelentes rótulos austríacos, repletos de tradição, tipicidade, qualidade e sustentabilidade”, explica o Cônsul Geral da Áustria, Ingomar Lochschmidt.

A seleção de vinhos e vinícolas representa uma viagem cultural pela Áustria e uma excelente oportunidade para conhecer os diferentes terroir do país. Serão exemplares de todas as macro-regiões produtoras, do nordeste ao sudeste, passando por Kamptal, Sudsteiermark, e pelas famosas Burgenland e Styria.

Presença de Viticultora

Os eventos do Austrian Wine Show Case contarão com a presença especialíssima, da austríaca Kathrin Schreiner, proprietária da Sonnemulde, uma pequena vinícola familiar biodinâmica da região de Burgenland. São apenas 16 hectares de vinhas que geram principalmente belos tintos de Blauburgunder (Pinot Noir) e das autóctones Blaufränkisch, Zweigelt, St. Laurent. Esta é a primeira vez que a produtora vem ao Brasil para promover seus vinhos, recém chegados neste semestre por aqui.

Biodinamismo

A filosofia “verde” é uma febre no país. Pouca gente sabe, mas o país é o maior produtor orgânico da União Européia, com 20% do total plantado neste tipo de cultivo. As vinícolas também são adeptas a esta prática, inclusive adotando o sistema biodinâmico, que além de banir fertilizantes de vinhedos também se utiliza de práticas exotéricas como, por exemplo, colher as uvas de acordo com as fases da lua. Em 2008 já havia no pequeno país cerca de 550 vinícolas certificadas, além de outras dezenas que seguem este formato sem adquirir o selo. 

Produção Austríaca

Localizada no centro da Europa, vizinha a ícones produtoras como Itália e Alemanha, o país possui cerca de 46 mil hectares de vinhas que geram 230 milhões de litros por ano, dos quais 77% são consumidos internamente, segundo dados de 2009. Todo este vinho é elaborado por seis mil vinícolas, das quais apenas 450 reservam parte de seus rótulos à exportação. Por lá, bebe-se muito, cerca de 30 litros per capita por ano, o que coloca o país em 13º lugar no ranking mundial de consumo de vinho. Ao todo são 16 regiões produtoras, com sete denominações de origem controladas (DAC), além da famosa Wachau que possui apelação própria. O país conta ainda com seis cepas indígenas segundo pesquisas feitas pelo governo local: as tintas Sankt Laurent (da família da Pinot Noir), Blaufrankisch, Rotgipfler e Zweigelt, e as Brancas Gruner Veltliner e Zierfandler.   Destaque também para a Gelber Muskateller, que apesar de ter origem grega, quase desapareceu na terra natal e adotou a Áustria como terroir de belíssimos exemplares. Há ainda a rara Furmint, conhecida pelos vinhos Tokaj, da vizinha Hungria, mas que também é plantada na terra da valsa, produzindo vinhos secos excepcionais.

Serviço

Confira a grade de programação do Austrian Wine Show Case

Semana do Vinho Austríaco

Segunda, (5/12) – 20hsInternet
Winebar 
Degustação Virtual transmitida ao vivo pela internet no site: www.winebar.com.br Inscrição Gratuita

Terça, (6/12) – 20hsSão Paulo
Wine Dinner SBAV (Sociedade Brasileira Amigos do Vinho)  Serão degustados oito rótulos seguidos de jantar no restaurante austríaco Wolf´s Garten. Wolf´s Garten – www.wolfsgarten.com Inscrições: R$ 95 para associados e R$ 125 para não-sócios –  Vagas limitadas

Terça, (6/12) – 20hs – Campinas
Wine Lunch ABS Campinas (Associação Brasileira de Sommeliers)Serão degustados seis rótulos seguidos de almoço no restaurante Bellini. Bellini Campinas – www.belliniristorante.com.br Vagas Limitadas – Inscrições sob consulta 11- 4306-6151

Quarta, (7/12) – 20hs – São Paulo
Degustação ABS SP (Associação Brasileira de Sommeliers)Degustação de oito rótulos e debate com a produtora da vinícola Sonnenmulde. ABS SP – www.abs-sp.com.br Inscrições: R$ 30 para associados e R$ 60 para não-sócios – Vagas limitadas

Quinta, (08/12) – 20hs Rio de Janeiro
Degustação ABS RJ (Associação Brasileira de Sommeliers)Degustação de oito rótulos e debate com a produtora da vinícola Sonnenmulde. ABS-RJ – www.abs-rio.com.br  Inscrições: R$ 30 –Somente para associados.  

Outras Informações sobre os Eventos

Amanajé Comunicação – Assessoria de Imprensa
Telefax: (11) 3467-4459 – www.amanaje.com.br 
Carlos Marcondes –– (11) 8160-7110 – [email protected]

 

Casanova di Neri no Piantella

giacomo2Estive a convite de Marco Aurélio Costa, proprietário do restaurante Piantella, e da jornalista Luciana Barbo, com Giacomo Neri, proprietário e enólogo da conceituada vinícola Casanova di Neri. O encontro foi no próprio restaurante, em que foram apresentados três dos seis rótulos produzidos por ele.

A Casanova di Neri produz três Brunellos di Montalcino, um Rosso di Montalcino, um Rosso di Casanova di Neri (sangiovese/colorino) e o PietradOnice (C.Sauvignon). Os vinhos apresentados por Giacomo foram os seguintes:

Brunello di Montalcino 2005: O Brunello “de entrada” da casa. Apesar de passar 45 meses em carvalho da Eslavonia e mais 6 meses em garrafa, o vinho já está muito agradável. Com média extração, acidez e aromas cativantes, e com taninos já bastante agradáveis, sem rugosidade. O mais prazeroso hoje. (R$ 298,00)

PietradOnice 2005: Esse vinho é um cabernet sauvignon, com perfil muito mais internacional que italiano. Apesar de Giacomo dizer se tratar de um cabernet giacomoitaliano, com características diferentes de outros cabernet, eu o achei um vinho mais novo mundista que velho. Longa vida pela frente, muito estruturado e potente. (R$ 578,00)

Brunello di Montalcino Cerretalto 2003: O vinho top da casa, um clássico, mas ainda um bebê. Muito estruturado, com aromas de grafite e final longo. Hoje ainda se mostra um pouco rugoso, característica que deverá ser amansada ao longo dos anos. Vinho para formatura do filho. (R$ 890,00).

Os vinhos Casanova di Neri são vendidos com exclusividade pela Expand. Fotos(Giacomo Neri e vinhos): Guilherme Lopes.