Você conhece o espumante Estrelas do Brasil? Um dos melhores do país!

Foi um dia incrível. Conhecer a Estrelas do Brasil é um programa imperdível para quem gosta da vida e de vinhos diferenciados. Irineo Dall´Agnol, enólogo e proprietário, antes de me apanhar, perguntou se não queria levar mais três pessoas comigo. Como uma das coisas boas do vinho é compartilhar, convidei Orestes de Andrade (Ibravin/Ponto Doc Comunicações), Affonso Nunes (Vinho sem Frescura) e Deise Novacoski (oGlobo/Eça) que aceitaram de prontidão.

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Ao chegar ao local o que impera é a paz e o silêncio. Percorremos a propriedade conhecendo parte dos vinhedos e dos projetos de transformar o lugar em centro turístico. Depois retornamos a casa para degustar os vinhos, o que foi feito ao ar livre em um dia ensolarado, de frente para aquele vale inesquecível. Sentados em cadeiras artesanais, debaixo de sombra, e de frente para aquela imensidão, Irineo começou a degustação servindo o brut prosecco charmat de única fermentação e o brut riesling itálico ISV1 que são bastante corretos e de perfil mais comercial. Toda vinícola tem que ter produtos de giro e os dele não deixam nada a desejar aos encontrados no mercado.

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Mas eu estava ali para tomar os diferenciados e então começou a sequência dos faixas-pretas.

Estrelas do Brasil brut Rosé Pinot-Noir 2009– Feito pelo método champenoise com leveduras encapsuladas, 100% pinot noir, tem uma cor rosa delicada como pouco se vê em espumantes brasileiros, tendendo para o salmão e de uma complexidade no nariz que remete a leveduras, pão, frutas secas…

Estrelas do Brasil Brut Champenoise 2006– Também feito com leveduras imobilizadas e eliminando a reumuagem. Composto das castas chardonnay, viognier e riesling itálico ISV1 provenientes dos vinhedos de Bento Gonçalves e Nova Prata. Eu fui lá para tomar esse vinho, que havia conhecido no mês anterior. Espumante maturado, de cor de ouro velho, com untuosidade magnífica, aromas de mel, amêndoa, cravo, um pouco de Jerez, bastante leveduras, pão torrado, é disparado o melhor espumante brasileiro para o meu gosto. Como disse o próprio Irineo, e concordo plenamente, ele fica melhor ainda quando o gás se esvai (chega a ser um contra-senso, fazer duas fermentações para adicionar gás e depois esperar ele sair par tomar, mas ele tem toda razão) e diria que se tomado em copo de vinho tranqüilo em vez de flute, se torna imbatível, e foi assim que foi degustado. Tomamos duas garrafas desse vinho, todos ficaram maravilhados e ligações telefônicas para os amigos começaram a ser feitas na tentativa de dividir aquela emoção com pessoas que tínhamos certeza que apreciariam estar ali.

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Apesar de já estarmos satisfeitos com o que havíamos provado, Irineo ainda tinha algumas surpresas, e apresentou seus dois vinhos tintos. Primeiro ele abriu o Dall´Agnol DMD 2005 (que na verdade já estava em decanter quando chegamos) e segundo seu criador, necessita de 10 horas para se mostrar e esse tempo ainda não havia ocorrido. Discordando do autor, a Deise achou que o vinho estava perfeito e que não havia razão para melhorar. Aromas de azeitona e chá preto dominavam esse vinho bastante peculiar. Em seguida foi aberto o Dall´Agnol Superiore 05, feito de c.sauvignon, merlot, c.franc e tannat, também bastante distinto com cor bem escura não aparentando evolução;  no nariz muita fruta seca.

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O post já está enorme, mas não poderia deixar de agradecer ao Álvaro Cézar Galvão, que no mês passado quando estivemos juntos em Bento Gonçalves, visitou a Estrelas do Brasil e ao chegar ao hotel com duas garrafas de espumante, generosamente as abriu com os jornalistas e assim pude conhecer esse emocionante vinho Brasileiro e querer visitá-los.

Agradeço também ao Irineo, que gentilmente nos buscou para nos mostrar seu santuário e em mais um gesto de generosidade quis nos presentear com seus vinhos, que prontamente recusamos, e fizemos questão de comprá-los, prestigiando o produtor. E por último aos amigos Deise, Orestes e Affonso que dividiram comigo essa tarde inesquecível.

 

 

Circuito Brasileiro de Degustação. Participe!

Circuito Brasileiro de Degustação acontece em São Paulo nesta terça (25)

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Lista de cinco espumantes que serão degustados exclusivamente em São Paulo
inclui rótulos das vinícolas Domno, Don Laurindo, Lidio Carraro, Miolo e
Valmarino. Degustação de vinhos terá produtos da Antônio Dias, Campos de
Cima, Duccos, Dom Cândido; Góes & Venturini; Campos de Cima, Pericó, Perini,
Salton, Sociedade Vinícola Estrada Real e Viapiana.

Estão definidos os cinco espumantes que serão degustados no Circuito
Brasileiro de Degustação que acontece nesta terça-feira (25), em São Paulo.
Suzana Barelli, diretora de redação da revista Menu, escolheu o Miolo
Millésime Brut D.O. safra 2009. José Luiz G Pagliari, professor do Senac-SP,
o Ponto Nero Extra Brut Gran Reserva. Sergio Inglez de Sousa, da Sbav-SP,
selecionou o Don Laurindo Brut Malvasia de Cândia safra 2010. O escritor,
músico e titular da coluna de Bebidas do Terra Magazine, Maurício Tagliari,
vai falar sobre o Lidio Carraro Dádivas Brut.

O último participante da mesa redonda sobre os espumantes brasileiros, que
terá como mediador o jornalista da rádio CBN, Adalberto Piotto, foi
escolhido pelo site Enoblogs. Os blogueiros de vinho do Brasil elegeram o
publicitário Daniel Perches para representá-los. Pelo voto, também foi
definido o espumante que será comentado pelo blogueiro – o Valmarino
Churchill Brut. “Acredito que este sistema simples e democrático, feito
através de uma pesquisa, é uma boa forma de expressar a opinião de um grupo,
no caso os blogueiros de vinhos brasileiros”, diz o idealizador do Enoblogs,
Alexandre Frias.

A estreia do Circuito Brasileiro de Degustação ocorre nesta segunda-feira
(dia 24 de outubro), em Porto Alegre. Nesta terça-feira (25), o Circuito
chega a São Paulo, no Festivo Eventos (Rua Cônego Eugênio Leite, 1098, em
Pinheiros). Na quinta-feira (27), será a vez do Rio de Janeiro receber as 25
vinícolas brasileiras de quatro estados produtores – Pernambuco, Minas
Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – para degustação de vinhos,
espumantes e suco de uva 100% natural e integral. O evento está marcado para
o Salão Marlin Azul do Iate Clube (Avenida Pasteur, 333, na Urca).

A união dos melhores vinhos e espumantes brasileiros em um só lugar é a
proposta do Circuito Brasileiro de Degustação, que o Instituto Brasileiro do
Vinho (Ibravin) retoma este ano, com patrocínio do Sebrae e do Governo do
Estado do Rio Grande do Sul. “No próximo ano, queremos levar o Circuito para
outros polos de consumo de vinho e espumante no País, como o Nordeste, o
Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil”, afirma o diretor-executivo do Ibravin,
Carlos Raimundo Paviani, lembrando que o Circuito não era realizado desde
2005. “A volta, agora, é para ficar”, destaca.

O Circuito Brasileiro de Degustação será realizado das 15h às 22h nas três
cidades. Das 15h às 19h, o evento é fechado para profissionais (sommeliers,
chefs, proprietários de restaurantes, bares, hotéis, entre outros) e
jornalistas. A partir das 19h, o Circuito abre para o público em geral. Para
participar, é preciso se inscrever pelo e-mail [email protected]
(São Paulo) e [email protected] (Rio de Janeiro).

Programação
A novidade desta edição do Circuito será a realização de palestras com
degustações temáticas, tendo como condutores os principais jornalistas e
críticos de vinhos do Brasil. A sommelier carioca Deise Novakoski conduzirá
o tema “A Diversidade dos Vinhos Brasileiros”, às 20h. “A ideia é mostrar a
diferença entre os vários terroirs do País”, explica Deise. Os rótulos
escolhidos pela sommelier são os seguintes: Syrah safra 211, da Sociedade
Vinícola Estrada Real, de Minas Gerais; Syrah safra 2010, da Duccos, de
Pernambuco; Sauvignon Blanc safra 2010, da Pericó, de Santa Catarina; Gamay
safra 2011, da Salton, Rio Grande do Sul; e Ruby Cabernet safra 2008, da
Campos de Cima, Campanha Gaúcha.

O jornalista Marcelo Copello falará, às 16h, sobre “As raridades dos Vinhos
do Brasil”. “Quero apresentar vinhos de vinícolas que merecem mais atenção
dos consumidores pela qualidade dos produtos elaborados”, afirma Copello.
Escolhido em 2009 como o mais influente jornalista de vinhos do Brasil pela
revista Meininger´s Wine Business International da Alemanha, Copello
escolheu os seguintes rótulos para o seu painel: Perini Quatro safra 2008,
da Vinícola Perini; Documento Merlot safra 2009, da Dom Cândido; Casa
Venturini Chadonnay safra 2010, da Vinícola Góes & Venturini; Tannat safra
2008, da Antônio Dias; e Via 1986 Marselan safra 2009, da Viapiana.

A mesa redonda sobre os espumantes brasileiros, que será realizada às 18h,
contará com cinco convidados locais de cada uma das capitais. Por isso, os
espumantes que serão degustados em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro
serão diferentes. “Assim teremos um sabor local em cada uma das cidades”,
comenta o gerente de Marketing do Ibravin, Diego Bertolini.

Histórico
A promoção dos Vinhos do Brasil pelo País por meio da realização de um
Circuito de Degustação começou em outubro de 2004. O 1º Circuito de
Degustação de Vinhos do Brasil passou por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo
Horizonte. Em sua 2ª edição, nos meses de abril e maio de 2005, o Circuito
esteve nas cidades de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Brasília e Rio de
Janeiro. O sucesso do evento, com mais de 500 participantes por cidade,
garantiu a sua realização duas vezes por ano. A 3ª edição foi realizada
também em 2005, no mês de outubro, em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília,
Recife e Salvador. Na ocasião, participaram 17 vinícolas.

Vinícolas participantes do Circuito Brasileiro de Degustação:
Antônio Dias – Basso – Campos de Cima – Casa Valduga – Cave Marson –
Cooperativa Vinícola Aurora – Cooperativa Vinícola Garibaldi – Dal Pizzol –
Dom Cândido – Domno do Brasil – Don Giovanni – Don Laurindo – Duccos –
Dunamis – Góes & Venturini – Larentis – Lidio Carraro – Miolo – Pericó –
Perini – Pizzato – Sociedade Vinícola Estrada Real – Salton – Valmarino –
Viapiana

SERVIÇO | CIRCUITO BRASILEIRO DE DEGUSTAÇÃO

Horários: 15h às 19h – somente para profissionais e convidados
Das 19h às 22h – para o público em geral (ingresso: R$ 50,00)

Realização: IBRAVIN – Instituto Brasileiro do Vinho
Patrocínio: Sebrae e Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Apoio: Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), ABS
(Associação Brasileira de Sommeliers), Sbav ( <http://www.sbav.com.br/>
Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho/RS) e Senac (Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial)

Dia 24 de outubro de 2011 | Porto Alegre (RS) | Salão Nobre da Catedral
Metropolitana (Rua Duque de Caxias, 1047). Entrada pela rua entre o Palácio
Piratini e a Catedral.

Dia 25 de outubro de 2011 | São Paulo (SP) | Festivo Eventos (Rua Cônego
Eugênio Leite, 1098, em Pinheiros).

Dia 27 de outubro de 2011 | Rio de Janeiro (RJ) | no Salão Marlin Azul do
Iate Clube (Avenida Pasteur, 333, na Urca).

Palestras com degustação:
16h – “As raridades dos Vinhos do Brasil”, com Marcelo Copello.
18h – Mesa redonda sobre os Espumantes Brasileiros, com convidados locais.
20h – “A Diversidade dos Vinhos Brasileiros”, com Deise Novakoski.

Albamonte, um bistrô empório diferente

albalogoDiferente, realmente! O Empório e bistrô Albamonte, localizado na 203 Norte, abriu este ano e mostra um conceito surpreendente.
A proposta do restaurante vigora desde a abertura e consiste no seguinte: 100 dias de preparos SEM repetir um único cardápio. Isto mesmo, serão cem receitas novas a cada dia. Uma verdadeira maratona gustativa! Um diferencial em relação aos demais empórios da Cidade.

A ideia concebida pelos donos, Mário e Adriana, veio de um projeto de faculdade. O Menu é escrito todo dia no quadro negro exposto na entrada da loja – uma graça que remete aos pequenos restaurantes franceses e italianos. Provei esta delícia mostrada na foto, cujos preços variam entre 28 e 39 reais, o menu de 3 etapas (entrada + principal + sobremesa). O vinho foi um honesto e delicioso François Lurton 2009 (França), que caiu bem com a refeição e está mais barato que na distribuidora. Podem acreditar! Aliás, a carta é enxuta mas diversificada e muito boa. Possuem para venda cerca de 30 rótulos, entre outras coisas. 

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A parte do empório é bastante sortida e vai de massas a especiarias. Eles vendem de quase tudo: bebidas, azeites diversos, geleias caseiras, embutidos variados, carnes notáveis (magret, pato, frutos-do-mar, codorna), pimentas especiais, queijos e doces. E notei um coisa bem bacana: preços muito vantajosos em relação aos delicatéssens da cidade.  😉

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Saia da mesmice, aproveite a proposta e faça um almoço diferente a cada dia.
Serviço: Empório Albamonte – 203 Norte – 3033-2033.
Das 09h às 18h (Empório), 12h às 15h (Almoço).

Mesa Tendências: o maior Congresso das Américas!

dcvexpressMesa Tendências 2011 – OnTime

De 25 a 28 de outubro as principais lideranças
internacionais e nacionais debatem o
hoje e o amanhã no mundo gastronômico.


Amigos, estamos a uma semana do maior congresso de Gastronomia das Américas.
E este editor do DCV estará lá para cobrir tudo, principalmente a super Feira de Vinhos e Produtores, que rola no evento.
Acessem o site do congresso (clique aqui).

A partir de 2a.feira (24), estaremos trazendo todas as novidades, Online, de tudo que estará acontecendo neste Mega evento da gastronomia mundial. Fiquem ligados.
Antonio Coêlho [direto de São Paulo].

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Altas Quintas 600

aq600“O nome 600 foi inspirado pela altitude das vinhas e pretende demonstrar a capacidade de cumprir a promessa de “nada menos que grandes vinhos”, mesmo quando desenvolvemos um vinho mais económico.” Com estas palavras este produtor do Alentejo, em Portugal, descreve sua forma de agir. Um vinho ótimo com refeição e o preço é pra lá de camarada. R$ 45,00 – Art du Vin (3365-4078).

 

Vinum Brasilis 2011- Fotos

Ontem fez dois meses do encerramento da Vinum Brasilis 2011:
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Entrada da feira e Petrus Elesbão, mentor do Encontro.
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Marina Libardi da Quinta Don Bonifácio e o Buffet.
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Público degustando e vista aérea da Feira.
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 Ana Paula Valduga, Luis Zanini e Eugênio Oliveira/Luis Zanini e Didú Russo.
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Vista aérea da feira e Buffet
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Liana Sabo(Correio Braziliense) e senadora Ana Amélia/ Editores do DCV com a turma do Gero(Brasília)-Ana Clara, Manoel Beato, Célio, João Paulo e André.
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Zanini, Eugênio e Bruno Agostini (OGlobo) provando um Era dos Ventos/ Zanini, Eugênio e João Batista(Mistral)

Você sabe quem inventou a gaiola do Champange?

Muita gente acha que foi a Veuve Clicquot que inventou esse artifício, por ser atribuído à casa, o processo de industrialização do champagne. Foi ela que desenvolveu a inclinação gradual das garrafas até a posição vertical, que veio permitir o dégorgement (eliminação dos restos de leveduras e sedimentos do vinho). Após esses procedimentos a garrafa era lacrada com  rolha e a mesma era presa à garrafa por cordas.

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O processo era eficiente, mas muito demorado. Em 1844 Adolphe Jacquesson desenvolveu a gaiola (muselet) que é usada até hoje por quase todas as casas de champagne. Ainda há as que usam cordas.  Os champagnes Jacquesson são comercializados no Brasil pela World Wine.

Vertical de Vega-Sicilia em Brasília! (Veja como foi)

Essa degustação histórica ocorreu no dia 18/08/2011, e com um certo atraso deixo aqui meu relato. Confira:

Brasília entrou no rol das grandes degustações. Anteriormente restritas a Rio de Janeiro e São Paulo, as provas de grandes ícones aportaram pela primeira vez na cidade. Quatorze felizardos puderam provar em uma única noite, 05 garrafas distintas do mito espanhol Vega-Sicilia Unico. O Vega-Sicilia só é comercializado após mais ou menos 100 (cem) meses afinando em madeira, e mais outros tantos em garrafa. Não há sequência cronológica, a safra 97 pode ser lançada após a 2000 (a mais recente). O que determina sua comercialização é o vinho estar pronto ou não. Outra curiosidade é que toda garrafa de número um é levada ao rei da Espanha para ser assinada.

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A prova foi conduzida pelo tarimbado palestrante Marcelo Copello, que discorreu com maestria sobre as características do Vega e das safras da prova.

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Descrevo abaixo (na ordem de serviço) as minhas impressões da vertical. O que mais me impressionou, além da qualidade do vinho, é que o Vega é um vinho calculista. Ele pode se mostrar reto em um primeiro momento e quando você já se convenceu disto, ele muda, muda outra vez, e muda novamente. Logo, não é um vinho para ser bebido de uma só vez, e sim lentamente, por horas, para não se perder suas nuanças.

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Vega-Sicilia Unico 1999: Vinho exuberante, com aromas explosivos, gordo, achocolatado, inicialmente o de nariz mais cativante. Fresco e tânico, com longo caminho pela frente.

Vega-Sicilia Unico 1998: Vinho de maior potencial de guarda da noite. Menos exuberante que o anterior e já com uma cor mais evoluída. Presença aromática de madeira usada e final longuíssimo. Não foi o meu preferido, mas foi o da maioria dos participantes.

Vega-Sicilia Unico 1996: Já havia provado esse anteriormente e estava fantástico. Nessa prova, incrivelmente foi o que menos se destacou. Isso pode ocorrer quando há vários grandes vinhos alinhados, como foi o caso. Algum vinho será injustiçado, pois em uma prova sem tantos ótimos vinhos seria destaque. Após umas duas horas o nariz sumiu, parecia não haver aroma algum perto dos outros.

Vega-Sicilia Unico 1995: Aromas metálicos foram minha primeira percepção, madeira usada e terroso. Inicialmente não me impressionou, parecia um vinho da família dos outros já provados e foi abafado pelo vinho seguinte. Porém, após as horas de que já falei, o calculista 95 recompensou os mais pacientes. Abriram-se aromas de especiarias indianas e principalmente curry, muito curry. Tinha frescor e mineralidade, para mim foi o vinho da noite.

Vega-Sicilia Unico Reserva Especial: Esse vinho só é feito em alguns anos e sempre é uma mistura de algumas safras. Nesse caso era um blend das safras 1990, 1991 e 1994. Esse vinho ao ser servido era totalmente diferente dos outros quatro e arrebatou minha preferência, que até o momento era pelo 99. Um vinho guloso, que pedia o próximo gole, muito vivo, não compatível com a idade. Mas com o passar do tempo foi preterido pelo 95.

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Espero que degustações como esta se repitam na cidade e essa inédita vertical de Vega-Sicilia Unico se torne apenas a primeira de muitas. Gostaria também de parabenizar o restaurante Dom Francisco 402 , que com um serviço impecável, inclusive utilizando taças Riedel, abrilhantou a noite. Para um breve video da Vega Sicilia clique aqui.

 

Tormentas Premium 2007

ibravin14Em minha última viagem ao vale dos vinhedos tive a oportunidade de provar, um dos poucos vinhos do Marco Danielle que ainda não conhecia. Em uma gentileza de Aldemir Dadalt, diretor/proprietário do Spa do Vinho, a garrafa foi aberta e colocada em decanter às 18:00, para ser apreciada às 24:00, após 06 horas de areação.

O vinho era o Tormentas Premium 2007, que nessa safra foi feito exclusivamente com a uva merlot, em uma edição limitada a 700 garrafas, sem nenhuma adição de SO2. Como mesmo disse o Aldemir, e o Marco sempre recomenda, o vinho necessitava de areação para dissipar os aromas gasosos provenientes da vinificação sem SO2. A própria sommeliére do Spa, relatou que ao abrir a garrafa, aromas repugnantes emanaram, e com certeza seria razão de rejeição do exemplar pelos neófitos.

Como cheguei com o vinho já devidamente aerado, pude aproveitar apenas as coisas boas que ele tinha a oferecer, e havia muitas. A cor viva e brilhante, sem nenhuma turbidez, anunciava o frescor que seria confirmado. Os aromas de fruta madura (o vinho não passou por madeira) e os de couro e estrebaria, dando um toque animal, tornavam o vinho muito interessante. Na boca tinha um corpo médio, com final persistente, e o mais bacana era o leve amargor que deixava, fugindo daqueles exemplares adocicados que na primeira taça você já está com vontade de abandonar.

Quem não aprecia esse estilo de vinho, ou mesmo não seguir a recomendação de aerar, poderá se frustrar; mas para quem aprecia é uma bela recomendação.

Homenagem do DCV a Steve Jobs

Minha singela homenagem a um dos maiores visionários que vi vagar sobre a Terra.

Me alegra ser contemporâneo desse ser genial !!
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O século XX ganha um gênio de proporções Universais. Com sua inventividade Steve Jobs revolucionou a tecnologia, tornando-a fácil, objetiva e prática ao uso humano. Este é seu maior legado: a tecnologia a serviço do homem; e não o contrário!! Saibamos seguir seus passos visionários, neste emaranhado mundial de ideias obsoletas e ultrapassadas. Descanse em paz, Steve. Vejam o vídeo (clique aqui).