Quase todo mundo sabe que o francês, radicado na Inglaterra, Gerard Basset, foi eleito o melhor sommelier do mundo, no último Concurso Mundial de Sommeliers realizado em Santiago no Chile em 2010. O que talvez poucos saibam é que para chegar a esse título, Basset participou dos últimos seis campenantos, que ocorrem a cada 03 anos, sendo finalista em 05 deles. É bom que se diga que para participar o concorrente deve vencer uma pré-seleção em seu país, que normalmente é um campeonato nacional. Para ir a esse último campeonato Basset primeiro tornou-se campeão inglês, e depois venceu outros 50 candidatos, de 48 países, fazendo a final contra o sueco Paolo Basso e o francês David Biraud. Ele que já detinha as honrarias de Master of Wine (WSET) e Master Sommelier (The Court of Masters Sommeliers), ambos títulos quase que humanamente impossíveis de se obter, agora soma esse de melhor do mundo. Fonte: Revista Decanter.
Água gasosa e Vinho: mitos e verdades – parte 1
H2O gasosa e Vinho: uma combinação controversa!
A amiga Eleonora Bonorino, professora de enologia na faculdade UniEuro, me propôs uma pesquisa que topei na hora – adoro um desafio científico [risos]. E como esta é minha atual área de estudo acadêmico, fui a fundo nos livros e papers.
Qual a verdadeira vantagem do hábito de beber água gasosa para o corpo humano? Será que engorda, mesmo? Quais seriam os benefícios, caso existam? Como o organismo reage ao bebermos água com gás?
Vamos dividir este bate-papo em dois temas e em duas postagens: Gás para Saúde X Gás com Vinho. Comecemos pelo valor da água para saúde. A massa corpórea dos humanos é composta de 70% de água. Estudos comprovam que um humano médio não consegue viver por mais de cinco dias sem consumo de água, causando o falecimento dos órgãos. O ideal é beber um a dois litros de água/dia. Então fica claro a importância da água p/ nossa sobrevivência.
A questão é qual tipo de água: com ou sem gás? Grande parte das pesquisas indicam que a ingestão contínua da água com gás pode causar aumento de peso, mas coisa bem insignificante – o que era de se esperar, pois a água em essência não possui calorias. O melhor certamente – indicado pela medicina – é beber uma boa água mineral, inerte, sem peso, e com mínimo de adição de soluções tais como, cloro, sódio, etc. A água gasosa contém gás carbônico na maioria dos modelos à venda. Elas são gaseificadas artificialmente, trocando-se o oxigênio pelo gás. Por isso, ela pode afetar as paredes do estômago causando irritação àquelas pessoas com predisposição a problemas gastrointestinais, assim como acontece com todas bebidas gaseificadas (sodas, refrigerantes, etc.). Mas existem as águas gasosas naturais, estas, sim, são muito saudáveis e, na maioria, super valorizadas e cara$, pois o gás é produzido no subterrâneo da terra, geralmente pela ação de vapores de vulcões que são incorporados à água naturalmente. Como exemplo no Brasil, temos as estações hidrominerais do “Circuito das Águas” no sul de Minas Gerais. Mas atenção: marcas como S.Lourenço, Perrier e Pellegrino, ditas “terapêuticas de longevidade”, são famosas pela sua composição mineral e não por serem gasosas.
Água gasosa e Vinho: mitos e verdades – parte 2
Vinho e água gasosa – Quanto a questão de proporcionar limpeza das papilas gustativas, aqui temos outro mito a contradizer, vez que qualquer água cumpre bem esta função. Aliás, a ingestão de H2O quando se toma vinho, tem dois objetivos: hidratação do corpo e limpeza das papilas gustativas. A hidratação é fundamental para quem ingere álcool. Sem isso é ressaca na certa e a dor de cabeça pode advir deste motivo. Ambas águas, mineral ou gasosa, servem para limpeza do paladar quando queremos apreciar todas as características de um bom vinho, sendo que a desvantagem da gasosa – ao contrário do que muitos pensam – é poder alterar o sabor do vinho, devido a presença do gás carbônico e algum sódio (sal) a mais. Portanto, beba bastante água mineral ao tomar vinho e não exagere nas gasosas. Isto assegura sua hidratação e mantém o prazer de apreciar todas as nuances do vinho.
E você, prefere com ou sem gás? E por quê?
Tim-Tim + H2O!!
Grandes Chefs no restaurante Babel
Este mês Brasília será palco de um dos mais bem sucedidos programas de intercâmbio gastronômico do País. Uma ideia pioneira que faz do Babel Restaurante, de William Chen Yen, um exemplo a ser seguido na Capital. Em sua 10a. edição, o Babel-Convida traz para cidade Chefs de renome, em mega Jantares preparados especialmente aos clientes. São poucos lugares. Vejam a programação imperdível deste mês (clique nas imagens p/ aumentar).


Ch. Montrose aumenta sua produção !
O Château Phélan-Ségur vendeu um lote de 22 hectares, vizinhos ao Château Montrose, para esse último. As uvas dessa parcela, que pertenciam ao Montrose até o final do século XIX, agora retornam a ele, que consequentemente aumentará o número de garrafas anuais. Lembrando que o Phélan-Ségur é um Cru Bourgeois Exceptionnel (da falecida classificação de 2003) e o Montrose, um deuxième cru na classificação dos Grands Crus Classés de 1855. Assim ocorre a dança das cadeiras em Bordeaux, propriedades renomadas compram outras parcelas e aumentam a produção de seu vinho ícone. O mesmo já ocorreu com o Petrus, que comprou uma parte do Château Gazin em Pomerol. Fonte: Revista Decanter.
Chianti Principe Cesari DOCG 2006
Um vinho fácil de beber e excelente à mesa. Delicioso italiano de corte 80% sangiovese, 10/10 Trebbiano/Cannaiolo, amadurecido 12 meses em barricas. Prove com risoto de linguiça toscana e shitake. Perfeito! Excelente custo/benefício. Ultra recomendado. R$ 39,00 – Adega Carrefour.
Novas regras em Pomerol
Nove produtores estão brigando contra as novas regulamentações que estão sendo instituídas na AC Pomerol. Segundo as novas regras, para ter o direito de usar a apelação Pomerol no rótulo o chateau terá que vinificar obrigatoriamente na apelação. Hoje, os produtores que vinificam em Lalande de Pomerol, Montagne-St-Emilion ou Artigues de Lussac podem engarrafar seus vinhos como Pomerol.
Os 23 produtores que não vinificam na região, têm até 2018 para construírem suas adegas e se adequarem às novas regras. Os nove produtores que estão lutando contra os novos rumos são: Grand Moulinet, Haut-Tropchaud, Lafleur Grangeneuve, La Truffe, Les Graves de Canterau, Vray Croix de Gay, Clos de La Vieille Eglise, Domaine de la Pointe e Domaine Vieux Taillefer. Fonte: Revista Decanter.
Noite com vinhos de Denis Dubourdieu
Brasília foi brindada com a presença da família Dubourdieu, representada por Jean-Jacques Dubourdieu, filho do patriarca Denis, que é enólogo, professor na Universidade de Enologia de Bordeaux (trilhando o caminho de seu antecessor Emile Peynaud) e consultor de várias vinícolas ao redor da Europa, como na própria França, Itália, Espanha e Portugal. Citando um de seus trabalhos, ele é enólogo consultor do Chateau d´Yquem.
Jean-Jacques apresentou os seguintes vinhos:
Chateau Reynon Blanc 09 (Sauvignon Blanc)
Chateau Clos Floridene Blanc 09 (Sauvignon Blanc/Sémillon)
Chateau Haura 05 (Cabernet Sauvignon/Merlot)
Chateau Reynon 07 (90% Merlot e 10% C.S)
Chateau Cantegril Sauternes 08 (Sémillon/S.blanc/Muscadelle)
Os vinhos podem ser encontrados em Brasília na loja Adega do Vinho (408 sul, tel. 3443 0244). Na foto Edson Monteschio e Jean-Jaques Dubourdieu.
I Feira da loja Arte e Vinho
A loja Arte e Vinho (SMDB-CL-Cj.12 bl. H lj.101 –Lago Sul, tel.3248 3258) que vem ocupando seu espaço no mercado de vinhos de Brasília, realizou sua primeira feira no Dom Francisco da 402 sul. Marcelo Camargos e sua esposa Zuka Camargos estão à frente dos negócios e com faro de coisa boa. Pegaram a representação da Importadora World Wine, que tem incontáveis vinhos de qualidade, principalmente biodinâmicos e franceses, e duas vinícolas de Santa Catarina: Villa Francioni e Villagio Grando. De posse desse portfólio organizaram a I feira da Arte e Vinho (que pretende ser anual). Representando a World Wine esteve presente a Gerente de Vendas Crislene Gomes, a Villa Francioni enviou a Supervisora Nacional de Vendas Elaine de Oliveira e pela Villagio Grando veio Guilherme Grando, sommelier, representando a família (nas duas fotos abaixo, Elaine de Oliveira e Guilherme Grando)
A World Wine trouxe: Alto Sur Malbec, La Vieille Ferme Rouge, La Joya Gewuztraminer, 1865 Carmenère; Centine tinto, Carm tinto, Rosso di Montalcino DOC Banfi, Château Capbern Gasqueton, Cabo de Hornos e Cava Pere Ventura.
A Villa Francioni trouxe o portfólio que tinha já sido descrito aqui, e a Villagio Grando idem.
Parabenizo a Arte e Vinho pela iniciativa, e principalmente pela postura diante do mercado, vendendo a preços justos e sem a ganância que se vê constantemente. Só para dar um exemplo o portfólio da World Wine é vendido na Arte e Vinho pelo preço de catálogo de São Paulo, sem aquelas artimanhas que outros usam, justificando um imposto maior na cidade ou mesmo o frete. Como é que a loja em questão consegue? Parabéns e longa vida a Arte e Vinho.
Malma Reserva Cabernet 2006
