Marcel Lapierre Morgon 2007
A família Lapierre produz vinhos há 03 gerações (acaba de entrar na quarta, com o falecimento de Marcel Lapierre em 11/10/10). Hoje, com 11 hectares de solo com granito e vinificação natural, ou seja, sem SO2. Apenas nas garrafas que serão exportadas, é adicionado um mínimo de Dióxido de Enxofre na hora do engarrafamento. Vinho intenso, frutado e muito elegante. A garrafa que aparece na foto é 05 e não é mais comercializada.100% Gamay. R$ 129,00 na World Wine.
Viña al Lado de la Casa
Outro vinho da importadora Península foi provado. Dessa vez o Viña al Lado de la Casa 2004. Esse exemplar pertence a Bodegas Castaño, da região de D.O. Yecla ao norte da província de Murcia na Espanha.
É um vinho que passa por 14 meses em barrica de carvalho francês novo com 66% Monastrell, 26% C.sauvignon, 6% Syrah e 2% Tintorera. A uva Monastrell é como se chama a Móuvedre na Espanha. Essa safra gerou um vinho de teor alcoólico de 14% e aromas adocicados bem convidativos, mas na boca ele mostra uma rusticidade, acompanhada de uma acidez, bem diferente do nariz. Um grande vinho para quem admira esse estilo. Pode ser encontrado na Adega Brasília-3340 2936.
Jantar harmonizado Bottarga Ristorante e importadora Zahil com vinhos italianos Sangervasio e Valdipiatta
Jantar harmonizado Bottarga Ristorante e importadora Zahil com vinhos italianos Sangervasio e Valdipiatta. Confira:
Local: Bottarga Ristorante
Endereço: SHIS QI 05- conjunto 09- Bloco D (Sobreloja do Espaço Maria Tereza)
Data: 11 de novembro de 2010
Hora: 20h
Preço por pessoa: R$ 158,00 (cento e cinquenta e oito reais), com serviço incluso.
Informações ou reservas pelo telefone: (61) 3248- 0124
Cardápio da noite:
Entrada:
Mini brandade de bacalhau no leite de coco, queijo coalho no mel de tomilho, tartare de atum com saladinha de maçã verde e Patê de Campagne.
Harmonização: Tosca Chianti Colli Senesi (Tenuta Valdipiatta)
1° prato
Risotti do Contadino (linguiça artesanal, vinho tinto e alho poró)
Harmonização: Sangervasio Rosso IGT (Sangervasio)
2° prato
Paleta de Cordeiro Assada com perfume de trufas
Harmonização com supertoscanos: Trefonti IGT (Valdipiatta) e A Sirio Rosso (Sangervasio)
sobremesa
Trilogia Bottarga (formada por três camadas: ganache de chocolate com nozes: peras laminadas cozidas ao vinho e anis estrelado; e zabaglione com vinho do porto; além de uma bola de sorvete de creme Saborela)
Harmonização: Vinho do Porto Offley Tawny
Programas de Vinho para Celular
Resolvi procurar na Web programas e aplicativos de Vinhos que rodam em telefones celulares, mais especificamente no iPhone.
Pasmem porque existe quase um milhar, eu disse MIL, softwares de vinhos para celulares. Desde catálogos, agendas, bancos de dados, bibliotecas, revistas, lojas de vendas, guias e Logs (cadernetas), até jogos. Tem, ainda, jornais com notícias de vinho diretamente no celular. O número de programas para gastronomia é quase três vezes maior.
Tem aplicativo que indica onde, hora, local, restaurante Michelin, e tudo o mais por sinais de satélite. Basta você registrar que vinho está bebendo, e ele completa os dados com informações da sua atual localização, por GPS…Que loucura! Existe um que traz notícias promovendo a proteção à cortiça, em Portugal. Um outro funciona como uma Lan-house. Isso mesmo! Se você estiver num restaurante junto com vários outros frequentadores que utilizem este aplicativo, todos ao mesmo tempo podem checar o que cada um está tomando naquele exato momento. Uma verdadeira rede Wi-Fi enófila [risos].
Adquiri vários destes aplicativos – não me custou tão caro, pois a maioria não passa de 3 dólares [risos] – e fiz algumas resenhas para os leitores do DCV.
* Wine Cellar é muito bacana, interativo, completo e dos melhores.
* Hello Vino é excelente. Um verdadeiro compêndio de harmonizações, tanto para vinhos como para as comidas. Ótimo!
* WineSnob – Um bom log para suas provas. Tem ainda harmonizações e glossário de termos técnicos.
* WineGuide Enthusiast – Catálogo completo da revista Enthusiast, com resenhas de milhares de vinhos e boa agenda pessoal. Muito bom.
* Corkbin – Um log p/ você montar, com fotos dos seus vinhos. Além de rede social de provadores online. Super Legal!
Em português existem SÓ quatro deles, e são:
* WineTag – Avaliações de vinhos e centenas de dicas. Vinícolas, etc. É versão APPL do Site da maior rede social de vinhos ao Brasil. EXCELENTE!
* Expand – Catálogo vinhos da Expand, além de outras facilidades;
* Adega24 – Muito bom. Avaliações de vinhos, catálogo, regiões, e Mapas das vinícolas;
* Guia Bares e restaurantes – versão celular do guia dos Bares e restaurantes, por cidades.
Se você é viciado como eu em tecnologia e conhece outros aplicativos, mande seu comentário. Se quer saber mais sobre programas para celular, deixe suas dúvidas.
Alter Ego de Palmer, Grand Puy Lacoste, Clos de Thorey…
Compareci ao jantar (23/10/10) oferecido pelo casal Marli e Gastão Guaraciaba em sua residência, e tive uma das melhores noites do ano. Recebido pelo Gastão com um de seus velhos conhecidos single-malte, mesmo não sendo um bebedor de whisky, deu para perceber que a bebida era diferenciada. Logo depois partimos para as garrafas que nos aguardavam. Os destaques foram os seguintes:
Alter Ego de Palmer 2006 – Segundo vinho do Chateau Palmer (Margaux), se mostrou muito agradável apesar da safra recente. Os taninos sem agressividade, aromas de cassis e um tostado leve, tudo bem delicado, foi o vinho que mais agradou a maioria dos participantes.
Château Grand Puy Lacoste 2004 (Pauillac) – Esse é o primeiro vinho do château e de uma safra não tão glorificada, o que significa que estará pronto muito antes que os de grandes safras. Aqui aromas bem mais complexos, medicinais, de iodo, mertiolate e cravo. Um vinho mais denso e robusto que o Alter Ego, mas sem ser um vinho pancadão. Foi o meu preferido.
Clos de Thorey, Nuits-Saint-Georges Premier Cru 2006 (Domaine Rodet) – Um pinot noir da Borgonha com todos os atributos. Corpo bem mais leve que o Bordeaux, cor mais translúcida, acidez marcante e amargor característico. Agradou a todos.
Os vinhos, já sabíamos que eram de qualidade, então a maior surpresa da noite foi descobrir que o jantar foi todo preparado pela Marli que se revelou uma verdadeira chef, fazendo pratos e sobremesas maravilhosos, que dificilmente seriam batidos em restaurantes da cidade. Parabéns e obrigado pela noite. Na foto o casal anfitrião.
Edição especial da Revista diVino
Edição de aniversário de 02 anos da revista diVino. Essa revista é bimestral e bastante difícil de ser encontrada em bancas, principalmente fora de São Paulo. Devido a essa dificuldade, aconselho assinar, pois é uma revista muito bem impressa e seu grupo de colaboradores conta com Manoel Beato e Alexandra Corvo, entre outros.
Essa edição está imperdível:
Harmonização de vinhos com feijoada no restaurante Dinho´s (SP).
Super entrevista com o MW neozelandês Bob Campbell.
Marco Danielle encontra Claude Courtois no Loire e Philippe Pacalet na Borgonha.
Degustação de 08 Super-Bordeaux safra 1982.
Painel de 14 Côtes du Rhône.
Entrevista com Randall Grahm, dono da Boony Doon (Parte II)
Os produtores do Rhône sempre reagiram bem aos seus rótulos?
Acho que, desde o início, perceberam que os rótulos eram uma homenagem a eles. Tive sorte de que eles perceberam isso. Na verdade, os meus vinhos e os feitos na California com variedades do Rhône acabaram divulgando os vinhos deles. Eles viram que eu era um amigo, a favor da causa deles, e não um inimigo.
Em 2006, quando você produzia cerca de 450 mil caixas de vinhos por ano, você vendeu quase 90% dos ativos da Bonny Doon, inclusive algumas linhas grandes e populares como a Big House e a Cardinal Zin. Por que fez isso? Você acordou um dia e se perguntou o que estava fazendo à frente de uma empresa tão grande?
Esse é o vinhedo em que você vai plantar uma série de variedades misturadas?
Você acha que a biodinâmica é o caminho para produzir vinhos melhores?
Defender as tampas de rosca inclusive para os vinhos tintos de guarda foi uma aposta acertada?
Sei que você é um fanático da Pinot Noir, mas você também gosta das cepas do Rhône?
O que faz você gostar de um vinho?
A opção por vinhos “mais naturais” implica produzir vinhos menos perfeitos tecnicamente. Isso não é mais arriscado do ponto de vista comercial?
Você mencionou Parker. Você lê o que os críticos escrevem?
Você incluiria todos os críticos nessa definição?
As mudanças climáticas estão alterando a forma como você produz vinho?
Você continua fazendo experimentos malucos, como colocar rochas no vinho?

Fonte: Marcos Pivetta – www.jornaldovinho.com.br e blog do Luiz Cola Foto:Dr.Vino.com
Wente C.Wetmore Cab.Sauvignon 2005
Este exemplar dos EUA é uma boa amostra para aqueles que ainda não conhecem bem os vinhos americanos. Um verdadeiro achado. Mescla de cabernet com petit-verdot, tem aromas de cereja e chocolate, carnudo e bem equilibrado. Ao contrário do que se imagina, ele mostra sutileza depois dos 18 meses de estágio em barricas. E está com preço “apetitoso”. R$ 73,00 – Adega Brasília (405 Norte/DF).
Puro Sangue de Didier Dagueneau
Pouilly-Fumé feito por Didier Dagueneau é coisa muito séria, e rara nos dias de hoje, já que o mesmo faleceu em 2008. Encontrar uma garrafa de seus vinhos está virando um
desafio. Dessa vez tive a oportunidade de conhecer o Pur Sang 2004, que comparado ao seu vinho top, Silex, mostrou menor acidez e mineralidade, mas ainda bem presentes. Boca gorda, láctea e amanteigada sem chegar a ser um daqueles chardonnay barricados do novo mundo. Percebe-se a presença do tostado da barrica, muito elegante, com toques de limão, herbáceo e o café aparece quando a temperatura sobe um pouco. Um nariz muito cativante. O Silex mostrou-se mais fluido e delicado e o Pur Sang mais espesso e intrigante. Relíquias dos dias de hoje.