Despechado Pinot Noir 2013 – O Chile que me interessa.

Quando me pedem indicações de vinhos chilenos, argentinos ou uruguaios logo respondo que minhas dicas provavelmente não serão muito úteis, pois os vinhos que aprecio desses países fogem completamente do corriqueiro e, em geral, não são fáceis de encontrar. Almaviva, Don Melchor, Clos Apalta, Seña, Chadwick, Cabalo Loco, Nicolas, Amat, Pisano… e todos os Blockbusters desses países não me apetecem. São vinhos densos, superextraídos, alcoólicos, adocicados, de baixa acidez e mineralidade que dificilmente te convidam para uma segunda taça. 

Nessa semana o Chile me surpreendeu com um vinho de DNA francês.O pinot noir da House Casa del Vino feito pela enóloga Daniela Salinas no vale de Casablanca. Fermentado em ovo de concreto com leveduras selvagens e maturado em vasos de barro. A maceração carbônica dá uma leve gaseificação e refrescância a esse vinho que não é estruturado, mas rústico e tem uma cor levemente turva. Amora amarga e fermento de padaria dão o toque no nariz. A boca é elétrica sem vestígios de doçura. Apesar de 100% pinot noir me remeteu a um Cheverny do Loire. Seus 12,5% de álcool (coisa rara nos vinhos do novo mundo) deixam o vinho macio e fácil de beber. Apenas 1.200 botellas produzidas. Uma garrafa é pouco para saciar o prazer. Ah! Já ia esqucendo, esse é fácil de encontrar. Grand Cru.

Despechado

Degustação de Vinhos Laranja

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PRIMEIRA DEGUSTAÇÃO DCV DO ANO!!!

Vinhos laranja Italianos e Norte-Americanos (indisponíveis no Brasil)
1- Meditazione 2009 (USA)  1032 garrafas produzidas- Muscat Ottonel, Sauv. Blanc, Pinot Bianco, Chatdonnay, Pinot Grigio e Malvasia Bianca.

2- Coenobium Rusticum 2009 (Lazio/Itália). 4.000 garrafas. Trebbiano, Malvasia, Verdicchio e Grechetto.

3- Envelope 2009 (USA). Apenas 984 garrafas. Chardonnay , Gewurztraminer e Malvasia Bianca.

4- Ramato 2011 (USA). 100% Pinot Grigio fermentado com as cascas por 06 meses, resultando em um Orange de muita personalidade.


5- Radikon Oslajve 2005 (Itália) 30% Pinot Grigio, 40% Chardonnay e 30% Sauv. Blanc

Data: 26/03/15- Quinta Feira

Local: Restaurante Fatti a Mano (Térreo do Hotel Cullinan- ao lado do Brasília Shopping)

Hora: 20:30

Valor: R$ 198,00

Vagas: 10 (dez)

Reservas confirmadas mediante pagamento antecipado.

Informações para dados de pagamento somente pelo e-mail: [email protected] ou telefone 8412 9781


Os vinhos serão harmonizados com Caldeirada de Frutos do Mar, água com e sem gás ao custo adicional de R$ 62,00 por pessoa (já inclui o serviço), que será pago diretamente ao restaurante no dia do evento.

Eyrie Vineyards-Original Vines Reserve dundee hills Chardonnay 2009

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Eyrie Vineyards-Original Vines Reserve dundee hills Chardonnay 2009

Grad. Alcoólica 13,5%-USA

Chardonnay do Oregon oriundo de uma seleção de apenas oito barricas (2.500 garrafas). Amadurece por nove meses em barricas novas francesas neutras. Amarelo, entre o verde e o dourado, límpido, reluzente. Abacaxi fresco, levíssima cremosidade de limão, toque de fermento, com uma ótima picância na língua. Para quem já enjoou de chardonnay pontuado pelo tripé madeira/untuosidade/baunilha é uma bela opção aos clássicos americanos dessa uva.

Corton Prince Florent de Merode (atual DRC)

A primeira vez que tive contato com esse vinho foi em maio de 2011. Nessa época o Domaine de la Romanée Conti já havia arrendado três parcelas de Corton desse produtor, 0,57 Ha de Clos du Roi, que foi o vinho que provei (safra 2004), 0,58 Ha de Les Renardes e 1,19 Ha de Les Bressandes, todos Grand Cru. O DRC começou a produzir seu primeiro vinho tinto na Côte de Beaune em 2009 e só o lançou em 2012. Diferentemente do Prince Florent de Merode que engarrafava esses 03 climats separadamente, o DRC passou a produzir apenas um rótulo de Corton, sem distinção dos terrenos. O nome Prince Florent de Merode aparece no rótulo do Corton feito pelo DRC logo abaixo da palavra Corton.

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Dessa vez provei o Les Renardes 2006 que mostrou uma cor já de evolução, acobreada, levemente atijolada, meio conhaque. No nariz uma ventania de rosas, caju, cereja, pitanga, todas frescas. Uma enxurrada de frescor, acidez e amargor deixam o gole sedutor e sedento. Taninos já muito bem comportados e final imortal. Foi um dos melhores vinhos do ano de 2014, sem dúvida. Daqueles que quando a garrafa termina você a vira de cabeça para baixo e tenta espremer o gargalo para ver se cai mais algum vinho.

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Grande Prova Vinhos do Brasil 2014

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ENCERRADA A MAIOR PROVA DE VINHOS BRASILEIROS 

 

Chega ao final a maior prova de vinhos do  Brasil reunindo grandes experts e surpreendendo pela qualidade aferida

 

A Grande Prova Vinhos do Brasil, maior degustação às cegas de vinhos brasileiros aconteceu durante os dias 08 e 12 de dezembro no Rio de Janeiro, com curadoria do expert Marcelo Copello, e um corpo de jurado altamente qualificado. A prova, que chega à sua quarta edição, reuniu cerca de 700 vinhos que foram avaliados em 22 categorias, das quais sairá a classificação dos melhores vinhos do Brasil disponíveis no mercado. Este ano o evento contou com a presença de renomados jurados de fora do país, como João Pires, escanção português, o único Master Sommelier de língua portuguesa, que destacou a qualidade dos espumantes Bruts avaliados e sua surpresa com os Merlot; ” Os espumantes confirmaram ser o que há de melhor no Brasil e os Merlots foram uma bela surpresa”. 

 

O júri, era ainda composto por profissionais de vários estados, contando com representantes do comitê técnico o Instituto Brasileiro do Vinho (IBRAVIN), parceiro do evento, da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS), de jornalistas especializados e de sommeliers premiados.

 

Já Gilberto Pedrucci, presidente do Sindivinho e também membro do Juri, destacou a importância do evento para o setor “é um evento importantíssimo para divulgação do vinho brasileiro, colocando a prova a qualidade que certamente existe em todo segmento”

 

 “O melhor desta iniciativa é seguir acompanhando o crescimento qualitativo dos vinhos brasileiros, surpreendendo até mesmo os colegas jurados e poder apresentar ao mercado um resultado expressivo, confiável,  que encanta a todos”, relata Sergio Queiroz, um dos organizadores do evento. 

 

Um ponto de destaque a encantar a todos foi o cenário deslumbrante da praia de Copacabana, vista das janelas dos salões do Rio Othon Palace Hotel onde aconteceu o evento. 

 

Um filme sobre o evento pode ser visto no link: http://www.facebook.com/riowineandfoodfestival

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Conheça as categorias que serão avaliadas:

 

1. ESPUMANTE BRUT BRANCO

2. ESPUMANTE BRUT ROSÉ

3. ESPUMANTE EXTRA-BRUT, NATURE BRANCO

4. ESPUMANTE PROSECCO/GLERA

5. ESPUMANTE MOSCATEL BRANCO

6. ESPUMANTE DEMI-SEC, BRANCO

7. ESPUMANTE MOSCATEL E DEMI-SEC ROSÉ

8. BRANCO CHARDONNAY

9. BRANCO SAUVIGNON BLANC

10. BRANCO GEWURZTRAMINER

11. BRANCO MOSCATO

12. BRANCO DE OUTRAS CASTAS E CORTES BRANCOS

13. TINTO CABERNET SAUVIGNON

14. TINTO MERLOT

15. TINTO TANNAT

16. TINTO PINOT NOIR

17. TINTO CABERNET FRANC

18. TINTO MARSELAN

19. TINTO DE OUTRAS CASTAS

20. CORTES TINTOS

21. ROSÉS

22. DOCES E FORTIFICADOS

 

O Anuário Vinhos do Brasil 2015 é uma publicação bilíngue, editada em parceria entre o grupo Baco Multimídia e o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), trazendo um panorama completo da indústria do vinho brasileira, das regiões produtoras, dos vinhos, do enoturismo,  sendo hoje a principal referência editorial do setor, seja no Brasil ou no exterior, onde é distribuído em mais de 100 postos e embaixadas pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE)

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Os jurados:

  1. Marcelo Copello, predidente do juri (Grupo BACO Multimídia)
  2. João Pires, Master Sommelier português
  3. José Santanita, escanção português da empresa Wine Senses 
  4. Ricardo Farias, presidente da ABS Rio
  5. Deise Novakoski, sommelier e colunista de O Globo
  6. Celio Alzer, consultor do supermercado Zona Sul
  7. Gilberto Pedrucci, presidente do Sindivinho.
  8. André Peres Jr., enólogo e representante do comite técnico do Ibravin
  9. Valdiney Ferreira, coordenador do curso Negócios do Vinho da FGV
  10. Éder Heck, sommelier e gerente do restaurante Mr Lam.
  11. Homero Sodré, consultor de vinhos
  12. Jô Sodré, professora de vinhos do SENAC
  13. Paulo Prado, sommelier
  14. Roberto Rodrigues, ABS Rio
  15. Paulo Decat, diretor de degustação da ABS Rio
  16. Sergio Cardoso, ABS Rio e autor do software Adegas & Vinhos
  17. Sergio Queiroz, (Grupo BACO Multimídia)

Auditor: Darci Dani, do comitê técnico do Ibravin.

 

Baco Multimídia: www.bacomultimidia.com.br

 

O grupo Baco Multimídia, idealizador e organizador da Grande Prova Vinhos do Brasil, é uma empresa de comunicação que tem na geração de conteúdo e nos eventos sua plataforma de atuação. Também é responsável pela edição da revista BACO, do Anuário Vinhos do Brasil, entre outros produtos editoriais. É dona do Portal SimplesmenteVinho.com.br. Seu portfólio inclui ainda o programa de rádio Simplesmente Vinhos, um curso de vinhos via celular, mídia digital e uma série de eventos no Brasil e exterior. Destaque para o Rio Wine and Food Festival, recentemente realizado na cidade do Rio de Janeiro

 

Informações gerais e fotos para imprensa: 

Email: [email protected]

Tel: (21) 3795-2980

 

Informações sobre o Anuário Vinhos do Brasil 2015

Email: [email protected] ou [email protected]

Tel: (21) 3795-2980

Guia de Feijoadas de Brasília 2014

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Acabamos de lançar o mais completo Guia de Feijoadas de Brasília, pela Revista Vinum Brasilis. Produzido por quem verdadeiramente é fissurado e apaixonado por esta iguaria, reconhecida como a mais genuína representante da gastronomia nacional. O catálogo é o resultado pessoal de mais de 15 anos de provas e análises, in loco, de cem (100!) endereços em Brasília, no Brasil e até no exterior. Regada a um bom samba de raiz e deliciosa caipirinha, levamos você a um passeio pelas boas mesas do DF. Tem para todos os gostos e bolsos, à sua escolha. Delicie-se!

Antonio Coêlho
Editor Blog DCV

Clique na imagem para abrir o Guia

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Serena, o pinot noir Brasileiro

O novo nome da viticultura brasileira a ser acompanhado de perto atende por Serena. De maneira única, agricultura e vinificação são conduzidas de forma biodinâmica pelo engenheiro agrônomo Mauricio Ribeiro. A agricultura biodinâmica (criada por Rudolf Steiner em 1924) o acompanha há 40 anos e seu vinhedo é fruto do sonho de um apaixonado pela Borgonha. Ele só planta pinot noir e esse é o primeiro vinhedo biodinâmico do país.

Os rendimentos são baixíssimos, 300 gramas por planta, 06 cachos por pé, em que apenas os 04 melhores são colhidos. O enólogo importou um clone de pinot noir voltado ao baixo rendimento e iniciou seu vinhedo em 2001, após anos de pesquisa e degustação dos melhores pinots já feitos na Borgonha, como, por exemplo, caixas dos vinhos do Domaine de La Romanee-Conti. As plantas geraram os primeiros frutos no ano de 2005. O vinhedo fica em Nova Pádua (RS), tem 1,5 hectares e fica a 750m de altitude.

Uvas e vinho entram em contato apenas com carvalho francês. Os cachos são encubados inteiros e a pisa feita com os pés. Seguida de maceração semi-carbônica em tanque aberto e amadurecimento em barricas “sur lies”, sem transvases.

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A primeira safra engarrafada é de 2011 e gerou, assim como a de 2012, 1.800 garrafas. Já na safra 2013 (ainda em barrica) houve uma redução para 04 barricas e a 2014 terá apenas uma barrica (o clima foi impiedoso). Vale lembrar que o enólogo só utiliza barricas usadas, nunca as de primeiro uso.

Perfeccionista que é ainda não havia colocado seu vinho à venda e segue aprimorando sua forma de vinificação a cada ano, seguindo rigorosamente o método ancestral da Borgonha. Não tenho notícia de outro vinho feito com tanto zelo e afeto aqui no país. Está tudo lá: acidez e amargor na medida, cogumelo, terroso, cereja e rosas. 

Já estão disponíveis as safras 2011 e 2012.

Como adquirir o vinho Serena (clique aqui): www.vinhedoserena.com

Os 10 melhores tintos de 2014

Mais um ano se aproxima do fim e percebe-se que, mais uma vez, muitas garrafas foram abatidas. Algumas conhecidas, outras novidades, muitas surpresas e vinhos emocionantes. Os que comovem são minoria, e até por isso, são os que ficam gravados no disco rígido. Dos ruins, “de marca”, pontuados e medalhados eu fujo, passo longe. De Almaviva a Vega Sicília, passando por tudo que é tinto de Bordeaux, faço questão de não beber. Já provei tudo isso e hoje não me dizem muita coisa, quanto mais causar emoção, impossível. Sei que soa meio radical, mas realmente são vinhos que não vão ao encontro do meu gosto pessoal nesse momento. Para mim, é inconciliável gostar de Caballo Loco e Liger-Belair. Tintos que causaram comoção nesse ano de 2014:

Overnoy Arbois Pupillin 2010 Poulsard (Jura)

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Clos Rougeard “Les Poyeaux” 2009 (Loire)

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Clos Rougeard “Le Bourg”2006 Magnum (Loire)

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Domaine  du Collier “La Ripaille” 2001 (Loire)

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Chanin Los Alamos Pinot Noir 2011 (Santa Barbara-USA)

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Eyrie Vineyards 2010 Dundee Hills (Oregon-USA)

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Crozes-Hermitage 1999 Dard & Ribo (Rhone)

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Volnay 1Cru- Domaine Coche-Dury 2009 (Borgonha)

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Corton Prince Florent de Merode, Les Bressandes 2006 (Borgonha)

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Des Lyres NV- Roblet Monnot (Borgonha)

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4 Tops na Confraria Amicus Vinum

Neste sábado, 29 de novembro/2014, a Confraria AMICUS VINUM se reuniu em Brasília para sua confraternização de fim de ano. Os anfitriões da noite mais uma vez foram impecáveis na recepção e no carinho aos convivas. O casal José Maia e Emmily proveram um Menu para nenhum chef botar defeito, tudo magistralmente executado pela confrade Emmily. Os demais que participaram foram: Wesley e Noêmia, Bodani e Marina, Marcelle, Adroaldo e o irmão Gil, Mário, Antonio e Márcia, Renzo e Ingrid, além da Sra. Gertrude.

Na degustação tivemos 4 ampolas Tops levadas pelos confrades Bodani, Renzo, Antonio e Adroaldo, que abrilhantaram uma das melhores provas dos últimos anos. Para se ter uma ideia, somadas as idades das safras, resultou em 49 anos de vida, somente nas quatro garrafas. E os velhinhos prodígios fizeram bonito, sem pestanejarem [risos].
 
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Na minha avaliação TODOS estiveram acima dos 92 pontos [e isto é raro!].

Ei-los na sequência de serviço (da esquerda p/ direita):

FÈLSINA Rancia Chianti Clássico DOCG 2007  (ITA);

MOUCHÃO Alentejano 2002  (PRT);

BOUSCASSÉ Coeur de Vieilles A.Brumont 1998  (FRA);
 
Apartado RUTINI 2001  (ARG).