Torus Madiran Tannat 2004

torusAlain Brumont chama o Torus de um conceito de vinho, uma forma deliberada de fazer Madiran mais moderno e versátil, suculento e cheio de coragem. De produção orgânica, leva 12 meses em grandes tonéis de carvalho! É carnudo e saboroso, brilhando com groselha, fruta preta, poderoso, mas revestido de veludo. Torus não precisa de carne, mas funciona bem com pratos de inspiração mediterrânea vegetal. R$ 70,00 – Decanter.

Art du Vin promove mega-degustação da Vinissimo

politec2aNuma noite memorável a distribuidora Art Du Vin promoveu uma mega-degustação dos vinhos da Vinissimo – mais uma importadora a aportar no DF. O local do evento foi a Politec, de Brasília, na belíssima cobertura do edifício-sede da empresa. O convidado para proferir a Palestra-apresentação ao seleto grupo de participantes foi o mestre Arthur Azevedo, ex-presidente da ABS-SP. Os vinhos trazidos pelas duas lojas foram esplendidamente mostrados pelo Dr.Arthur, que conduziu maestralmente a degustação. Vejam o show de ampolas servidas na noite de 5a.feira (15). Este evento veio em boa hora, pois de acordo com os últimos dados (Ibravin), Brasília já figura como a segunda maior consumidora de vinhos do País, superando o Rio no total de vendas.

Dog Point 2008 (branco)  Um belo exemplar de Sauvignon Blanc da Nova Zelândia. Aroma de frutas maduras e leve insinuação de café e carvalho. Cor amarelo palha e tons esverdeados. Na boca uma surpresa, pois apesar do estágio 18 meses em madeira, não transpassa ao vinho, que prima pela ótima harmonia e estrutura. Final longo e um frisante quase imperceptível. 90 pts-DCV.
Gewurztraminer Cuvée Réserve
08, Martin Schaetzel (branco) Da Alsácia (França), este branco tem uma produção esmerada, com ótima acidez. Cor amarelo palha. Uma leve doçura remonta aos exemplares deste tipo. Por fim, um amargor soava na lembrança. Bom com aperitivo ou queijos, não mais que isso. Não é dos melhores representantes desta casta, mas uma ampola digna de registro pela tipicidade. 86 pts-DCV.
Beaune Toussaints 1erCru 2006,
D.A.Morot Um borgonha 100% pinot noir de cor rubi e reflexos púrpura. Aroma de compotas! Ainda muito tânico denotando mais tempo de amadurecimento. Forte adstringência. Sofisticado e muito elegante, com promessa de ótimo futuro. Já hoje combina bem com costeleta de cordeiro. 87 pts-DCV.
Lafken Garage 2007, Maipo-Chile
Um blend de fabricação diferente no Alto Maipo, do Chile, com 50% carménère, 35% cab.sauv., 11% syrah e 4% p.verdot. O aroma floral e mentolado característico do terroir chileno surge sempre com força. Gosto adocicado e achocolatado. Um corpo médio e equilibrado, com coloração rubi e fios de violeta. Dezoito meses em barricas carvalho francês. Considerado um dos poucos vinhos de garagem do Chile. Ótimo com carnes grelhadas. 85 pts-DCV.
Sanleone
IGT 2005 Produzido pela nova geração do Castello Sonnino, este excepcional vinho veio resgatar um vinhedo abandonado há décadas, por esta família centenária da Toscana (Itália). Levemente frutado, este supertoscano contém 70% merlot, 20% sangiovese e 10% p.verdot. É um vinho para no mínimo 10 anos, mas pode ser bebido já, apesar da presente adstringência, que pode ser amaciada com horas de decantação antes de servir. Na boca um veludo incrível, com harmoniosa acidez, maciez e tostados. Equilíbrio puro e longa persistência. Hoje melhor provar com um delicioso ossobuco. Ultra recomendado! 93 pts-DCV.
Château Belleuve Tayac 2005, Margaux-Bordeaux Uma acidez característica de um bom bordeaux, com álcool equilibrado. Aromas tostados e café. Na boca ameixas e carvalho na medida. Boa concentração e complexidade. Interessante salientar a fermentação em inox da Cabernet e Merlot, e em barricas de carvalho para a petit verdot. Melhorou enormemente após uma hora. Surpreendente evolução na taça! 89 pts-DCV.
Dúvida 2005, Alentejo  Obra-prima de António Saramago! Uma ampola sem “dúvidas” das melhores que provei. Eleito ano passado melhor vinho de Portugal; e não estavam errados. Uma explosão de elegantes sabores. Aromas de geléia e redução de melado. O estágio 12 meses em barricas francesas mais 12 meses em carvalho americano não deixaram dúvidas a Saramago! A história da criação deste vinho daria várias páginas, que faremos em outra ocasião. 95 pts-DCV.
Clos Del Rey 2004, Languedoc Uaww… que exuberância. Jacques Montagné é um pequeno produtor entre os grandes do Languedoc. Tudo é feito manualmente, desde a colheita. Um vinho para ficar na memória pela concentração e profundidade. Equilibrado, austero e elegante. Aromas complexos de frutas negras, minerais e especiarias. Uma persistência de tirar o fôlego. Taninos finos e maduros. Um show de vinho! 96 pts-DCV.
Clarendon Hills, Moritz 2007 (Austrália) A expressão dos clássicos do sul da Austrália, que se torna um dos melhores produtores do mundo. Colheita manual e leveduras naturais, um vinho diferenciado. De extrema personalidade e mostra um terroir próprio. Sente-se esta incrível tipicidade da terra. Rubi com tons violáceos, cheira forte menta e leve pomada Vick [risos]. Excelentes taninos denotam longa guarda. Junto com o Dúvida e Clos del Rey, dominaram a noite! 94 pts-DCV.

politeca

Os editores do DCV agradecem a hospitalidade do Sr. Helio Santos da Politec, ao Marcos Rachelle e Gentil, da Art du Vin pela oportunidade, e à equipe da Vinissimo, Wlamir Rizzo e sua esposa Solange e Arthur Azevedo. Desejamos bons negócios na Capital. Os vinhos da Vinissimo são encontrados na Art du Vin: QI 3, Bl.D, Lj.8 térreo, Lago Sul – 3365-4078 | 8161-0781 | 9557-3120.

Vinissimo apresenta seus vinhos na ABS-DF

abs12Foi com grande alegria que vi a sala de degustação da ABS, no Shopping Pátio Brasil, cheia como há muito não via. Deve fazer 01 ano e meio que não vou a uma degustação da entidade, que andou bem devagar nesses últimos tempos. Não havia lugar vago para a apresentação dos vinhos de uma das mais novas importadoras do Brasil. Vinissimo é seu nome, e para essa apresentação trouxeram Arthur Azevedo, ex-eterno presidente da ABS-SP. Estavam também presentes Wlamir Rizzo, presidente da importadora, e sua esposa Solange, Antonio Duarte- presidente da ABS-DF e Marcos Antonio Gomes, representante da importadora em Brasília, que anunciou que os vinhos degustados já se encontram à venda na Art du Vin (QI 03, bl. D loja 8, tel.3365-4078).

A degustação conduzida por Arthur Azevedo foi muito rica em detalhes sobre os vinhos e seus produtores. Os vinhos de grande qualidade foram:

abs1abs2abs3abs4

abs5abs6abs7abs8

Dog Point 2009– Sauvignon Blanc sem madeira, da Nova Zelândia (Marlborough). Bem refrescante, com seu herbáceo característico. Ele também tem a versão com madeira desse vinho.

Pinot Gris Cuvée Reserve 2008 (Domaine Martin Schetzel-Alsácia/França)- Vinho totalmente Biodinâmico, sem madeira e com mínimo de SO2 somente no engarrafamento.

Gewurztraminer Cuvée Reserve 2008 (mesmo produtor)- Aromas maravilhosos de lichia e rosas, com leve amargor, baixa acidez, mas que termina com um leve adocicado na boca.

Daisy Rock Pinot Noir 2008 (Nova Zelândia)- Aromas de frutas passadas, rosas murchas, boa acidez e cor característica de pinot.

abs11abs10

António Saramago Reserva 2005 (Portugal)- 100% castelão, um belo exemplar dessa uva. Para quem gosta dessa casta, um vinho imperdível.

Château Belleuve de Tayac 2005 (França-Margaux)- Um vinho assinado por Jean Luc Thunevin já merece polêmica. Apesar de ser do lado esquerdo de Bordeaux, onde predomina a C.S. esse vinho tem predomínio de Merlot (70%). Denso, encorpado e tânico de uma safra excelente em Bordeaux.

Lo Schiavone 2005 (Castello Sonnino-Itália)- Um supertoscano feito com 55% sangiovese e 45% malbec.

Mas Del Rey (Jacques Montagné- Languedoc-Roussilon/França)- Outro belo vinho feito de 60% carignan e 40% grenache.

A Vinissimo e ABS estão de parabéns por essa ação conjunta, apresentando vinhos de grande qualidade e diversidade geográfica.

Merlot Terroir eleito 1o. do mundo…eu já sabia, Yéah!

merlotterroirEU JÁ SABIA… YÉAH!!
A Revista Época desta semana destaca na matéria intitulada A Glória do Merlot é Nossa, a degustação realizada em Londres, com quase uma centena de rótulos de vinhos da uva Merlot, de produtores de 11 regiões do mundo. O Brasil saiu laureado colocando nada menos que oito de seus Merlot na lista dos 10 melhores avaliados. O idealizador desse estudo foi um Master of Wine, o paranaense Dirceu Vianna, radicado há 20 anos na Inglaterra. O desafio – aceito por 40 dos maiores degustadores de vinhos do mundo, entre eles quinze outros M.Wines – era escolher entre rótulos da uva Merlot os dez melhores, na faixa de preço de até R$ 45,00 (custo na Inglaterra = $15 Libras). É lógico que isto não significa dizer que o Brasil esteja na frente dos demais países produtores, o que seria um absurdo, pois neste compêndio não entraram para comparação as grandes marcas como os Bordeaux de St.Emillion ou de Pomerol, por terem preços mais elevados.

Clareando a mente dos internautas, vamos às ponderações. Como vocês puderam perceber acima, “devagar com o andor que o santo é de barro” [risos]. Sempre gosto de lembrar do problema que temos com este tal de preços de vinhos no Brasil, e consequentemente, nas comparações com estrangeiros. Os vinhos nacionais que concorreram no estudo são caros [no Brasil], comparando com rótulos importados/exportados, por exemplo: um merlot Terroir custou na Inglaterra 45 reais e no Brasil é 80 – alguém entende? Em suma, neste concurso entraram somente aqueles estrangeiros ditos de 3a. categoria e abaixo do valor cultural aceito pela população daqueles países; vinhos abaixo da média aceitável dos produtores como França, Itália, Chile, etc.

O fato benéfico de tudo isto, que venho destacando não é de hoje (vejam meu post de 12/10/09), é que aqueles vitivinicultores nacionais que apostaram na casta Merlot, estão colhendo o resultado favorável deste recente estudo acadêmico promovido em Londres. Se isto é um indicativo válido para todos e em quaisquer regiões produtoras não sabemos, mas já é um preceito a ser fortemente considerado. E que deve servir de alerta para bem da produção nacional. A seguir temos a lista dos dez classificados na polêmica degustação de Londres. Confiram a matéria Época: http://www.ibravin.org.br/int_noticias.php?id=500&tipo=N

Os 10 Melhores Vinhos Merlot do Mundo – IMW(Londres):

1º Miolo Merlot Terroir 2005 – Brasil
2º Thelema Merlot 2005 – África do Sul
3º Pizzato Single Vineyard Merlot 2005- Brasil 
4º Vallontano Merlot Reserva 2005 – Brasil
5º Concha Y Toro Casillero del Diablo Merlot 2006 – Chile
6º Larentis Reserva Especial Merlot 2004 – Brasil
7º Don Laurindo Merlot Reserva 2005 – Brasil
8º Cavalleri Pecato Merlot Reserva 2005 – Brasil
9º Michelle Carraro Merlot 2005 – Brasil
10º Milantino Merlot Reserva 2004 – Brasil
———————————————-fonte: Ibravin.

Adobe Reserva Emiliana 2006

adobePossui um vermelho rubi intenso brilhante e de grande profundidade. No aroma se destaca a fruta madura perfeitamente balanceada com notas adocicadas e tostadas que levam a madeira. Este vinho é de produção orgânica, o que lhe confere um diferencial entre os demais do Chile. R$ 55,00. (winestore).

Mais 80 vinhos e um novo Recorde!

Um novo recorde acaba de ser atingido: 850 vinhos avaliados. Que desafio tannat06lcgostoso, hein!! Ufááhh… No mês passado abri quatro garrafas que ficaram na memória e gostaria de dividir com vocês a experiência. Estes rótulos fazem parte da nova atualização que fizemos no ranking de Avaliações-DCV, com mais 80 vinhos. Com isto, atingi o total de 850 rótulos provados e analisados pessoalmente. Uma marca individual considerável.

1. Tannat Grande Vindima Lidio Carraro 2006 – Um tannat de surpreender. Bem diferente dos exemplares do vizinho Uruguai. Sabor de fruta bem característico, elegante e harmonioso, com boa acidez. Ele foi provado diretamente nesta vinícola boutique, que fez só 3000 grfs. Não fosse o preço irreal para o mercado, diria tratar-se de um dos melhores exemplares já produzidos no Brasil.
2. Nederburg Pinotge – Vinho Sul-africano bem aromático, com frutas secas pretas e sola de sapato. Na boca forte torrefação presente e carnudo, com leve baunilha. Bem estruturado e ótimo com comida. Apesar do teor 14 graus de álcool tem pouca acidez e fracos taninos. Bem típico da uva pinotage.

3. Arroba Malbec – Arroba é um vinho diferente. Carlos Balmaceda produz apenas 5000 garrafas, resultado de vinhedos que seleciona nas altas regiões de La Consulta e de Luján de Cuyo, no distrito de Mendoza-Argentina. 25% do vinho fica 12 meses em barricas francesas novas.
4. Sta. Margherita Pinot Grigio (Branco) – Ótimo cítrico. Um grande achado da costa oeste da Itália, no Mediterrâneo. A Pinot Grigio em sua melhor apresentação. Excelente relação qualidade/preço. Cor palha quase branca. Um vinho especial para acompanhar frutos do mar.
.
V i n h o Tipo safra País R$ Nt Conceito
Tannat 06 Lidio Carraro tinto 2006 Brasil 150 85 Muito Bom
Nederburg Pinotage tinto 2007 Sul África 40 86 Muito Bom
Arroba Malbec tinto 2006 Argentina 90 86 Muito Bom
Sta Margherita Pinot Grigio – Valdadige Branco 2008 Itália 50 87 Muito Bom

Somadas as ampolas analisadas pelos dois Editores do Blog, temos então, mais de 1.250 vinhos no banco de dados disponibilizado à comunidade enófila e aos internautas. Um volume de informações “de responsa” [risos] e acreditamos seja de grande utilidade aos interessados por vinho. Por isto, não esqueça:

VISITE A PÁGINA “Avaliações-DCV” E FAÇA BOAS PESQUISAS.

Exposição de Arte na Villa Francioni

galeria2A artista plástica gaúcha radicada em Florianópolis, Eliane Prezzi de Zorzi, está expondo suas telas na Galeria de Arte da Vinícola Villa Francioni em São Joaquim. A abertura oficial da exposição aconteceu no sábado dia 10/07/10. A artista que ganhou projeção internacional dedicando sua arte sobre o olhar dos animais e suas personalidades, vai mostrar também telas tendo como tema a energia. Serão 15 quadros de tamanhos que variam entre 50x150cm, 100 x 100 cm, 140 x 140cm. A exposição permanece até 11 de setembro e vai se chamar “Do Finito ao Infinito”.

A Galeria de Arte da Villa Francioni já recebeu trabalhos de dezenas de artistas desde a sua fundação, entre eles: Luciano Martins, Tereza Martorano e Adriana Freitas. Um dos destaques foi a exposição de 19 peças dos escultores franceses Auguste Rodin e Camille Claudel no ano de 2007. As peças vieram do acervo de Reine-Marie Paris de La Chapelle, sobrinha-neta de Camille. A galeria foi mais um sonho do idealizador da vinícola, o empresário Dillor Freitas, que era um apaixonado por vinhos e também pela arte. Quem visitar a vinícola além de conhecer o projeto inovador na produção de vinhos vai poder também ter um encontro com a arte projetada nas telas pela artista Eliane Prezzi de Zorzi. A exposição tem o apoio da Prefeitura de São Joaquim, Fundação Catarinense de Cultura e Secretaria de Desenvolvimento Regional de São Joaquim.

Philippe Leclerc, Gevrey-Chambertin 1Cru, Les Cazetieres 1996

leclerc4Em menos de um mês, me deparo com outra garrafa de um vinho do Philippe Leclerc, novamente apresentada pelo amigo Guilherme (Um papo sobre vinhos). Como já havia dito na postagem de junho, os vinhos desse produtor não têm importador no Brasil. Ele faz 03 Gevrey-Chambertin 1Cru, e o tomado dessa vez foi o Les Cazetieres 1996. Assim como La Combe aux Moines da mesma safra, esse apresentou uma cor turva, com uma boa presença de taninos, mas uma menor acidez, o que o deixou um degrau abaixo em relação ao tomado anteriormente. Nos tempos de rapidez e praticidade, é sempre interessante tomar um Borgonha envelhecido para ver como eles evoluem.

Edição Imperdível da Revista Gosto!

gostoA revista GOSTO completa um ano de vida e põe nas bancas uma edição (n.12) imperdível, para colecionar. A revista surgiu de uma dissidência da revista Gula, que passou por reformulações e não conseguiu manter o mesmo nível. Como meu interesse maior são os vinhos, todo mês dou uma folheada na seção, se me interessa compro, se não, espero a próxima edição. Dos doze números até agora, confesso que comprei cinco exemplares, e o último foi o de março/2010. Ao folhear essa edição de aniversário não tive dúvidas, é para comprar e guardar.

Primeiro uma entrevista com o renomado chef francês, radicado nos EUA, Daniel Boulud. Nunca esqueço a edição da Gula (2005), que trazia uma matéria sobre o aniversário de 50 anos do chef, em seu restaurante Daniel (eleito o oitavo melhor do mundo em 2010/Guia St.Pellegrino) em Nova York, com a presença de Robert Parker, Jeff Zacharia (Zachy’s) e vinhos fantásticos, a maioria em magnums.

Seguindo na seção Tira-Gostos, uma breve reportagem sobre o restaurante carioca La Fiducia, do sommelier Valmir Pereira, que trabalhou vários anos no D´Aminci e ficou conhecido como o maior vendedor de Romanée-Conti do Brasil.

Adiantando um pouco as páginas (Perfil do Chef), GOSTO faz uma leitura do chef René Redzepi, do restaurante NOMA, eleito o melhor de 2010 pelo mesmo guia St. Pellegrino. Um pouco adiante       guilherme-rodrigues-11(Gosto se Discute) uma discussão saudável sobre o velho e controverso assunto, taxa de rolha. Ainda um pouco antes de entrar na seção propriamente de vinhos, uma comparação (Gosto de Provar) dos menus degustações do D.O.M. e Maní.

Dito tudo isso, e olha que eu disse que meu maior interesse era a seção de vinhos, entramos nela. A revista conta com editores como Marcelo Copello, José Maria Santana, Luis Pato e Guilherme Rodrigues, que considero um dos três melhores escritores de vinho do país. Ele nos brinda com a narração dos vinhos abertos em seu aniversário, dentre eles vários do Domaine de la Romanée-Conti, inclusive o próprio, todos 1990. Depois uma vertical de 10 safras de Vega-Sicília Unico, e para finalizar uma degustação às cegas de 17 tintos da safra 1999, misturando Bourdeax (Mouton-Rothschild, Cheval Blanc, Margaux…) e Novo Mundo (Nicolás, Clos Apalta, Caymus…). Ainda tem sob sua assinatura, uma degustação de várias safras de Moscatel da José Maria da Fonseca. Parabéns a J.A. Dias Lopes e toda sua equipe. Edição essencial. Foto Guilherme Rodrigues: Site Club Gourmand.

Paul Hobbs branco e tinto

paulhobbs1Paul Hobbs deverá vir ao Brasil no próximo dia 12 de julho, juntamente com o enólogo e seu sócio Luis Barraud, para apresentar sua linha de vinhos argentinos da Viña Cobos. Hobbs faz vinhos na Argentina, Chile e em seu país os EUA. Ele foi um dos enólogos que participaram da criação do ícone americano Opus One. Hoje tem sua própria vinícola na Califórnia, onde faz vinhos Chardonnay, Pinot Noir e Cabernet Sauvignon.

Tive a oportunidade de tomar o Chardonnay Russian River 2007, que apresentou uma cor amarelo ouro, com aromas bem exuberantes e um amanteigado na boca. Umpaulhobbs2 chardonnay novo mundo, com madeira na medida, sem os exageros comuns encontrados facilmente nos vinhos do novo mundo.

Provei também o Pinot Noir Russian River 2006. Ambos tinham um teor alcoólico de 14,7%, o que os tornou um pouco quente na boca. O pinot tinha a cor clara, característica da casta, e um corpo médio. Apesar de novo mundo, tem um estilo diferente dos pinot sul-americanos e franceses, mas de muita classe.