Cordilheira de Sant´Ana em Brasília

rosana4Simplesmente IMPERDÍVEL, o jantar harmonizado, promovido pela importadora/distribuidora Adega do Vinho, no restaurante Le Plateau D´Argent (Hotel Mercure Brasília Eixo-SHN, quadra 05 bloco G), nessa quinta-feira 27/05/10 às 21:00. Eles estão trazendo a vinícola Cordilheira de Sant´Ana, que fará uma apresentação de seus ótimos vinhos.

Sou grande fã do Chardonnay dessa vinícola, que tive o prazer de conhecer ano passado, na feira anual de vinhos brasileiros-Vinum Brasilis, realizada pela confraria Amicus Vinum. Esse vinho é encorpado, amanteigado e muito aromático. Só a presença dele já vale a ida ao evento. Além dele haverá o Gewurztraminer, que é o vinho-sensação da vinícola. O jantar seguirá as seguintes etapas:

Entrada – Bruschetta de Carpaccio ao molho de mostarda dijon e alcaparras. Vinho – Cordilheira de Sant´Ana Chardonnay.

1 Prato – Medalhão de Salmão sobre legumes grelhados, ao molho de laranja e gengibre. Vinho – Reserva dos Pampas.

2 Prato – Costeleta Suína ao Molho Picante, com purê de mandioquinha. Vinho – Cordilheira de Sant´Ana Tannat.

Sobremesa – Torta mil folhas com Calda de morango. Vinho – Cordilheira de Sant´Ana Gewurztraminer.

A degustação será conduzida pela proprietária e enóloga Rosana Wagner e tem o custo de R$110,00 por pessoa. Reserva e informação: 3424-2017.

 

Portofino lança vinhos da Decanter em Brasília

portofino1A loja Portofino (308 norte), que representa a importadora Decanter, fez o lançamento dos vinhos da Quinta Dona Maria em Brasília, apresentando os seguintes vinhos:

Dona Maria Branco 2008 (Arinto, Antão Vaz e Viosinho)

Amantis Branco 2008 (100% Viognier)

Dona Maria Rosé 2008 (60% Aragonez, 40% Touriga Nacional)

Dona Maria Tinto 2006 -50% Aragonez, 20% C.S, 15% A.Buschet, 15%Syrah

Amantis tinto 2005 -30% Syrah, 30% Petit Verdot, 30% C.S, 10% T.Nacional            portofino2

Dona Maria Reserva 2005 – 50% A.Bouchet, 50% Syrah e P.Verdot                             

Julio Bastos 2004 – 100% Alicante Bouchet

Vinhos muito bem feitos, alguns com cortes inusitados para portugueses, aumentando a diversidade já existente de exemplares desse país. Os que mais me agradaram foram o Rosé (muito refrescante e com aquela bela cor provençal) e o Amantis Branco Viognier. Sem falar no top, Julio Bastos que encantou todos os presentes.

Bahans-Haut Brion 1999

bahans3Já comentei aqui, algumas vezes, sobre a mudança de nome do segundo vinho do Château Haut-Brion. Chamava-se Bahans-Haut Brion e agora se chama Le Clarence de Haut-Brion (a partir da safra 2007), em homenagem ao banqueiro Clarence Dillon, que adquiriu o Château em 1935. Deparo-me novamente, com uma garrafa, ainda do antigo nome, desse maravilhoso vinho, safra 1999. Cereja, ameixa e um mineral perfumado tomam conta desse vinho. Pelos aromas pode-se até confundir com um vinho do novo mundo, mas ao bebê-lo, encontra-se aquela acidez que dificilmente encontramos nos exemplares chilenos e argentinos. Ainda não tomei o vinho em sua nova garrafa, mas espero que tenha mudado apenas a embalagem. Postagem também publicada em:  www.cafecaviar.com.br/blog/bahans-haut-brion-1999/

Amayna Sauvignon Blanc Barricado 2006

amaynaExcelente branco barricado de Sauvignon Blanc (100%), de frutos da zona do Valle de Leyda, na novíssima região de San Antonio, a apenas 14 km do Oceano Pacífico, que molda seu terroir. O nariz é complexo e exuberante, com frutas tropicais maduras lembrando manga e um toque de baunilha. Enche a boca e tem boa acidez, sendo complexo e persistente. R$102,00.

J. Alberto 2003!!!

jalbertoVinho da Bodega Noemía, que pertence a Condessa Noemi Marone Cinzano, situada na Patagônia e de baixa produção. A bodega faz 03 vinhos: O top da casa que é o Noemía, feito de vinhas velhas de Malbec plantadas em 1930, em pé franco, sem enxerto. O J.Alberto, feito de vinhas plantadas em 1955, 95% malbec e 5% merlot e o A Lisa 91% malbec e 9 % merlot. Os três vinhos são conduzidos pelo enólogo Hans Viding-Diers.

O vinho tomado foi o J. Alberto 2003.  Nessa safra, em especial, apresenta uma frutosidade marcante, sem perder a elegância. Um vinho completamente equilibrado, com tudo em seu devido lugar: álcool, taninos, fruta, acidez e corpo. Muito redondo, envelheceu com categoria. Não tem como melhorar, quem tiver tome agora ou deixará passar o seu auge. O melhor vinho Argentino que tomei.

Numanthia 2004

numanthiaO vinho Numanthia 2004, da Bodega Numanthia Termes, tem uma cor negra intransponível. É um vinho espanhol da região de Toro, feito 100% de Tinta de Toro e 14,5% de álcool. Esse vinho, assim como a maioria dos de Toro, é um vinho muito intenso, com muito extrato, álcool e taninos precisando ser amansados. Percebe-se que é um vinho muito bem acabado, mas que necessita de mais uns 04 anos de garrafa. O vinho foi colocado em decanter, mas demorou muito para mostrar alguns aromas, principalmente de especiarias.

Produzido de vinhedos velhos de 70 a 100 anos, é envelhecido por 19 meses em barris de carvalho francês e engarrafado sem filtragem. O top da casa é o Termanthia, de vinhedos de 140 anos e produção limitada a 3.800 garrafas por ano. O nome Numanthia vem de uma cidade espanhola destruída pelas legiões romanas, após 20 anos de resistência, em 133 a.C.

Cobos Malbec 2000

cobosA viña Cobos em Mendoza é o resultado de um sonho compartilhado entre três amigos: O enólogo californiano, Paul Hobbs (um dos criadores do Opus One), a enóloga Andrea Marchiori, que trabalhou na Bodegas Norton e o enólogo Luis Barraud, que é o presidente da vinícola. O nome Cobos é uma homenagem a Juan Francisco Cobos, imigrante espanhol, que pediu que lhe enviassem da Espanha, sementes de Alamos, desde então, a árvore é um símbolo em Mendoza. Há uma rua em Luján de Cuyo, Mendoza, em homenagem a Juan Francisco Cobos, sobre a qual estão plantados os vinhedos da vinícola, daí o nome Viña Cobos.

Eu já tinha tido a oportunidade de tomar o Cobos Malbec, safra 2004, e confesso que tinha me decepcionado. O vinho era mastigável, grosso, denso, com muita extração, quase preto e com 14,8 de graduação alcoólica. Além disso, o vinho tinha um ataque muito adocicado, novo mundo ao extremo. Fiquei ressabiado quando me deparei novamente com esse Cobos Malbec, agora da safra 2000, e 14,4% de álcool. Para minha surpresa era um vinho totalmente diferente, ainda novo mundo, mas muito menos extraído e adocicado que o 2004. Bem mais expressivo aromaticamente e menos adstringente. Uma boa surpresa.

Harmonizando Vinho com Pirarucu – II

Momento telúrico no DCV. Dando continuidade à postagem do dia 10, transcrevo abaixo o ensaio poético sobre o clamor da selva Amazônica. Inspirem-se.

O ENCONTRO

Encontro de cores

Encontro de sabores

Encontro de amores

Encontro de lazeres

Encontro de prazeres

Encontro de saberes

Encontro da natureza

Encontro da pureza

Encontro da beleza

Encontro da certeza

Encontro do sem fim

Encontro das águas do Amazonas

Encontro de vidas

Encontro de mim.

Estêvão Santoro

Val Viadero Jovem 2006

valviad1Um vinho espanhol da renomada Bodega Valduero, que faz excelente trabalho na região do Toro. Em pouco tempo se tornaram vinhos muito apreciados. De aroma frutas pretas e toque alcaçuz. Na boca, encorpado, adocicado, carnudo e leve amargor da vinha. Boa persistência, sendo feito com 100% de uva tempranillo. R$ 55,00.

Didier Dagueneau. O que vai acontecer?

silex2003O que vai acontecer com os vinhos de Didier Dagueneau? O “selvagem do Loire” nos deixou em 2008 e a corrida atrás de seus vinhos aumentou assustadoramente. A última safra feita por ele, que tenho notícia, é a de 2007, que inclusive já chegou ao Brasil; mas e depois? Alguém continuará seu legado com todo seu critério?

Dagueneau era o nome mais aclamado do Loire, considerado o rei de Pouilly-Fumé, e um dos mestres no trabalho com a sauvignon blanc. Seu nível de perfeccionismo era folclórico, a produção das parreiras era mantida em um nível bem reduzido para originar frutos concentrados. A colheita era manual e de diversas passagens pela plantação para que cada cacho só fosse colhido quando estivesse em perfeita condição de madurez. Seus vinhos unem o frescor da sauvignon Blanc, com uma maior complexidade e cremosidade, resultante do uso moderado de madeira. Novamente tive o prazer de tomar o seu vinho top, o Silex, safra 2003, feito de vinhas de mais de 70 anos, que representa o ápice do que se produz no Loire. Alguém sabe do destino de sua vinícola? Se souber me avise, por favor. Postagem também publicada em www.cafecaviar.com.br/blog/didier-dagueneau-o-que-vai-acontecer/