Dignus Crianza 2004

dignuswSaboroso tinto produzido na região de Navarra, Espanha. Competente corte de Tempranillo, Merlot e Cab.Sauvignon. De R.Parker recebeu nada menos que nota 89/100. Mereceu 90 pts do DCV. Maturado 10 meses em carvalho francês e algum tempo de garrafa antes da comercialização. Custo/benefício excelente. Delicioso vinho das Bodegas Viña Magaña! R$ 70,00.

Vinhos de Liquidação

Comprei esse vinho em uma das várias promoções de fim e início de ano. Nessas promoções, vinhos de safras antigas, que não devem ser guardadas e sim consumidas imediatamente, são oferecidos com grandes descontos, fazendo com que compremos rótulos que dificilmente seriam nossa primeira escolha. Nesses casos, o preço, faz com que assumamos o risco da garrafa estar boa ou não. É bem verdade que também há vinhos de safras recentes, em que o risco diminui consideravelmente.
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O vinho tomado foi o Sancerre, do Domaine de la Perrière, chamado Mégalithe, o top da casa, safra 2002, produzido com sauvignon blanc de vinhas muito velhas. Ao remover a cápsula, a rolha apresentava uma crosta de mofo que me levou a duvidar da qualidade do vinho. Ao despejar na taça, uma cor bem amarelada me fez mais temeroso. No nariz, o vinho mostrava uma madureza que lembrava abacaxi em calda, e na boca uma discretíssima acidez. Muitos chamariam o vinho de defeituoso, se comprado em um restaurante, pelo preço da carta, justificaria plenamente a troca. Classificaria o vinho como tomável, devido às circunstâncias da compra e características mesmo, mas sem nenhum encantamento. Pode ter sido algum problema da garrafa, mas o que quero dizer é que vinhos de grande liquidação, sempre correm esse risco. Postagem publicada no www.cafecaviar.com.br/blog/vinhos-de-liquidacao/

Curso WSET em Brasília

wine nivel 1 brasiliaOcorrerá em Brasília, no mês de maio desse ano, o curso WSET nível 1, Certificação em Vinhos. A Wine and Spirit Education Trust é uma escola de vinhos de Londres, que aqui no Brasil é representada pela The Wine School. As condições de pagamento são as seguintes: R$800,00 em 4 parcelas de R$200,00 (até dia 31/03/10) ou 3 parcelas (entrada de R$266,00 + 2 de R$267,00, até 30/04/10) ou 2 parcelas de R$400,00, até 05/05/10. À vista R$ R$760,00.

Agora é pra valer. Vou ser Chef!

Agora é pra valer. Iniciei o curso superior de Gastronomia mês passado. Vou me tornar Cozinheiro profissional. Yéeaahhhh!!

A experiência tem sido incrível – o retorno aos bancos acadêmicos, os intervalos de aula, a turma de calouros animadíssima, o recreio…ôpa, aí também não, né! 😉  Mas realmente, amigos, a alegria é contagiante. Nada é melhor que voltar à Faculdade depois de 14 anos e fazer aquilo que gosta; sem a obrigação de escolher a “melhor” carreira pro futuro [a que dá dinheiro, certo?], como ocorrre em nossa juventude, antes da preparação para o Vestibular [ecáh!]. Vejam as primeiras imagens do curso, tiradas no maravilhoso auditório-demonstrativo de cozinha básica da Faculdade IESB. Este aí é o meu grupo de treino: eu, Pedro Enéas, Renata Berford e Jorge Lourenço. Uma equipe da pesada. Esta foi uma das primeiras aulas – veja a receita da torta tatin (clique), feita com maçãs caramelizadas ao forno; simplesmente deliciosa! Em seguida aparecem nossos dois mestres-Chefs Max Sommo (da Argentina) e Filipe Rocha, ensinando sobre embutidos. Vê-los ensinar é algo que dá orgulho assistir; e olha que já são três cursos de background [risos].

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Doravante vocês terão mais notícias [quentinhas] direto das cozinhas da Faculdade IESB. E, lógico, este nosso Blog irá tornar-se um pouco mais, digamos, eno-gastronômico. Ou seja, o que era bom agora vai ficar melhor, completo e mais saboroso de se ler!

Tall Horse Shiraz 2005

tall horse1Eis aqui um belo exemplar da África do Sul, para lembrarmos do ano da Copa, que se dará em julho próximo. Vinho muito bem feito, com notas de especiarias e frutas maduras. Frutado e vibrante. Equilibrado apesar dos 14% de álcool. Mereceu 85 pts do DCV. R$ 42,00.

Como preservar o rótulo do seu vinho

Todo mundo já passou pela experiência, de ter o rótulo do vinho rasgado ou mesmo enrrugado, ao se retirar o mesmo da adega climatizada ou da geladeira. Na adega, com espaço reduzido entre as gavetas, somado aos formatos mais bojudos de certas garrafas, toda vez que se puxa uma gaveta, os rótulos friccionam na gaveta de cima e muitas vezes a gaveta puxada danifica os rótulos que estão na de baixo. Tanto na geladeira como na adega climatizada, muitas vezes pelo excesso de umidade, os rótulos enrrugam e ficam feios para quem gosta de colecioná-los.
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A maneira que encontrei de preservá-los, foi cobrir os rótulos com filme de PVC transparente. Compre um rolo de 15 metros desse filme, ele geralmente tem 28cm de altura, e com um estilete bem afiado, divida-o ao meio, obtendo 2 rolos de 15 metros por 14 cm de altura cada um. Com um dos rolos abrace a garrafa e dê uma volta de 360 graus sobre o rótulo. A garrafa está pronta para ir para adega ou mesmo para geladeira. O rótulo não enrrugará nem será rasgado pelo atrito das gavetas.

Vallontano Tannat 2007

vallontano1Falar da Vallontano sem falar de seu enólogo é no mínimo enxergar seus vinhos de forma distorcida. Luís Henrique Zanini é um talentoso enólogo e conhecedor dos vinhos mais obscuros que possamos imaginar. Lendo o livro Gosto e Poder, do cineasta sommelier, Jonathan Nossiter temos uma noção de quem é o Zanini. No livro descobri que vários vinhos nacionais de que gostava e achava que tinha conhecido através do Ed Motta, na verdade foram apresentados ao Nossiter pelo Zanini. São vinhos que, quando quero consumir um vinho brasileiro, é atrás deles que eu vou. Para citar alguns exemplos: Angheben, Quinta Ribeira de Mattos, Cave Ouvidor,

vallontano2Vallontano e Era dos Ventos. São vinhos pouco conhecidos do grande público, mas que se assemelham pela pequena produção e ausência de manipulação para se parecerem com os exemplares Chilenos e Argentinos.

O vinho tomado foi o Vallontano Tannat 2007, que só vai chegar ao mercado, através da Mistral, em maio. A Vallontano é a única vinícola brasileira a constar no portfólio consagrado da Mistral. O vinho tem um corpo médio e não está tão tânico e rústico como outros exemplares da cepa. Bastante aromático e deve fazer frente ao exemplar 2004, que foi o que tornou o vinho conhecido dos enófilos garimpeiros como eu. Postado no www.cafecaviar.com.br/blog/vallontano-tannat-2007/

Château Chalon 1992

Antes de tudo, Château Chalon não é um château propriamente dito, é uma apelação de 50 hectares na região do Jura, aonde se produz o vinho amarelo (vin jaune), seco, de grande longevidade. Uma curiosidade é que a crise da filoxera do século 19 só chegou à região, décadas depois de ter atingido Bordeaux. O vinho é feito da uva Savagnin que é colhida tardiamente e envelhecida em barris de carvalho por um período mínimo de 6 anos e 3 meses, mas há produtores que mantêm o vinho em barril por até 10 anos.
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O carvalho ligeiramente poroso permite a evaporação de cerca de 40% do total do vinho contido no barril. Uma camada grossa de flor de levedura, parecida com uma espuma branca, se forma na superfície e ajuda a evitar a oxidação excessiva. Não há complemento do barril e após o tempo de envelhecimento o vinho é engarrafado em “clavelins” com capacidade de 620 ml. Isso é baseado no fato de que para cada litro de vinho, após o envelhecimento, restam 620 ml.

Esse método de envelhecimento, semelhante ao usado para o Jerez, permite ao vinho adquirir sabores exóticos, e é melhor apreciado após 10 anos em garrafa, ou seja, 16 anos após a safra impressa no rótulo. O vinho é chamado de imortal, durando mais de 100 anos em boas safras.
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O vinho tomado foi o Château Chalon do produtor Baud Père et Fils safra 1992, que já tinha tomado alguns anos atrás, e por não estar habituado com esse estilo, desaprovei o mesmo, chegando a dispensar boa parte da garrafa. Agora alguns anos à frente, e bem mais acostumado a esse estilo oxidado, tomei novamente essa mesma safra e me surpreendi com a mudança do meu gosto. O vinho tem uma cor alaranjada, levemente turva, com aromas de mel, amêndoa, nozes e até biotônico. Na boca ele é untuoso, licoroso parecendo que vai ser adocicado, mas não, é bem seco. Um vinho diferente de tudo que se faz por aí, um vinho para curiosos sem preconceito.

As duas primeiras fotos, Chalon 1895 (a última safra antes da filoxera) e foto do barril: Site oficial. Foto do Chalon 1992: Ricardo Salmeron.

A-Mano 2008

a-manoA vinícola italiana A-Mano faz tintos e brancos. O vinho tomado foi o A-Mano branco feito de 50% Fiano di Avelino e 50% Greco di Tufo, castas locais da Puglia, no sul da Itália aonde é feito o vinho. A-Mano significa “feito à mão” o que leva a crer no cuidado e esmero dedicado na produção do mesmo. Na verdade as uvas são compradas de pequenos produtores, que mantém vinhas de até 100 anos dessas variedades, e são inspecionadas pelo enólogo canadense Mark Shannon, que trabalhou na Califórnia, junto a sua esposa, a italiana Elvezia Sbalchiero.
 
O clima mediterrâneo, aliado a tradição vinícola da Puglia, produziram um vinho leve, com ótimo frescor e corpo médio. Não passa por madeira nem por fermentação malolática. Perfeito para os dias de calor que costumam ocorrer em nosso país. A Puglia é uma região que vale a pena acompanhar, pela crescente qualidade de seus vinhos, aliada a preços muito competitivos.
Matéria postada originalmente no blog do site www.cafecaviar.com.br.