Novidades da Expand

expand2A importadora Expand vai dando sinais de recuperação, após perder vários rótulos de seu selecionado catálogo. O Decantando a Vida esteve presente na degustação promovida pela importadora, para apresentar alguns dos novos rótulos de seu portfólio.
Os vinhos apresentados eram todos chilenos, da Viñedos y Bodegas Corpora, que traz os rótulos Rio Bio, Augustinos, Don Arturo e Mai. São vinhos mais simples, chamados de vinhos do dia-a-dia, que chegam para brigar no setor, com vinhos da mesma faixa de preço.
O encontro foi organizado pelo braço da Expand-Brasília, representada por José Carlos e Walmir Reis e contou com a presença de Alfredo Teixeira da área comercial da importadora, que veio exclusivamente para o evento.                                                                                     expand1
Esperamos que a Expand se reestruture por completo e continue nos oferecendo os vinhos de qualidade que ela sempre nos ofertou. Na foto da esq. para direita: José Carlos e Walmir Reis (Expand Brasília), Alfredo Teixeira (Comercial-Expand São Paulo) e Petrus Elesbão (Amicus Vinum).

Angélica Zapata Cabernet Franc 2004

cabernet francAngelica Zapata Cabernet Franc, antes destinado exclusivamente ao mercado argentino. Elaborado com uvas dos vinhedos Altamira e La Pirámide, de baixíssimos rendimentos, mostra um estilo que lembra alguns dos famosos vinhos de St Emilion em Bordeaux, com uma pronunciada elegância. Um vinho de longa guarda, que deve ficar ainda mais fino após alguns anos em garrafa. R$77,00

Campo Eliseo 2003

campoeliseo1Essa semana resolvi falar de um vinho espanhol pouco falado por aqui, mas de grande categoria, como vários outros espanhóis. O vinho em questão é o Campo Eliseo, feito a quatro mãos pelos irmãos Jaques e Françõis Lurton e o casal Dany e Michel Rolland. Hoje, Jaques Lurton deixou a sociedade, restando seu irmão.

Em 2000 eles decidiram unir suas experiências de enólogos internacionais, para produzir um vinho de alta gama na região espanhola de Toro, vizinha a Ribera del Duero, no noroeste da Espanha. Nas palavras dos enólogos: “Decidimos elaborar juntos esse vinho em Toro, por essa região reunir todos os elementos que propiciam uma grande uva; solos pobres, mas bem drenados, com camadas profundas de cascalho, que muitas vezes podem chegar a cinco metros de profundidade, depositados pelo rio vizinho, e um subsolo de argila que retém perfeitamente a umidade.”

O vinho é feito 100% de Tinta de Toro (como é chamada a Tempranillo nessa região), de vinhas de 40 anos. Passam de 16 a 18 meses na barrica, antes de serem engarrafados sem filtração, e só são feitas 15.000 garrafas por ano. Eles também fazem um segundo vinho chamado Campo Alegre, mas esse campoeliseo2nunca provei. Campo Eliseo significa “campos benditos” ou “campos abençoados” em português.

Abençoado será quem tiver a oportunidade de tomar esse vinho de cor púrpura, cremoso, e potente. Já tive a oportunidade de tomar também a safra 2002, que está bem mais domada. Nessa safra 2003, sugiro passar por 02 horas de decanter para amenizar o impacto. Vale a pena também pesquisar o preço, pois já encontrei esse vinho por R$431,00 em uma importadora e por R$196,00 em outra.
Postagem publicada no www.cafecaviar.com.br/blog/campo-eliseo-2003/

Bento, reportagem final!

img_0670aChega ao fim nossa visita às vinícolas brasileiras no Vale dos Vinhedos e nos sentimos muito orgulhosos de ver a evolução das cantinas nacionais. Usando as palavras do amigo de viagem, Adro, “fiquei impactado positivamente com a qualidade técnica da produção de vinhos no Brasil (Serra Gaúcha).” Uma enorme surpresa. É bem certo que esbanja evolução e tecnologia, nas cantinas e nas vinhas. Mas é também notório – ao menos foi para mim – que investimento maciço em pesquisa faz-se urgente, principalmente no campo, de onde advém o resultado final de um bom produto agrícola [o vinho]. No último dia em Bento uma visita chamou atenção. A vinícola de boutique Lidio Carraro produz dois grandes vinhos, os Singulares (tempranillo e nebiolo) e o Tannat-2006. Este último provado exclusivamente na Sede, com as anfitriãs Natália e Sra.Carraro – ver fotos abaixo. Não fosse o elevado preço (180 reais), diria tratar-se de uma forte promessa do futuro do vinho nacional.

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Outro segredo agora desvendado. Parece até a história da cabeça de bacalhau, onde ninguém nunca viu, certo! Vocês já viram uma barrica de carvalho sem estar usada? Pois bem, consegui uma foto inédita – furo de reportagem [risos]. Barricas de carvalho novinhas, ainda embaladas, chegadas recentemente à vinícola Valduga, quando lá estivemos (foto abaixo). Visitamos ainda a Vallontano e a Dom Laurindo.

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Para o fim da viagem ficou reservado uma visita às instalações do SPA do Vinho, no alto da montanha da Miolo. Um Hotel e Spa de tirar o chapéu. Elegantíssimo. Esperamos que esta seja uma de muitas estadas no Vale dos Vinhedos, e que possamos nos surpreender ainda mais com a produção do vinho brasileiro. Termina aqui nosso diário on-time. Se você gostou da experiência de nos acompanhar diretamente de Bento Gonçalves, escreva e comente!
Por A.Coêlho e Eugênio.

Wine-Day reportagem – II

img_0584aO dia na Miolo foi incrível. Começou com uma preleção diretamente no parreiral – de uvas merlot, diga-se de passagem, que estavam madurinhas, só aguardando nós temporários bóias-frias para fazer a colheita [risos]. Neste Wine-Day haviam mais de 40 participantes de várias partes do Brasil, e a interação foi muito bacana. Aprendemos muito sobre o trabalho no campo, ou melhor nas vinhas.

Além do simpático mestre-vinicultor, fomos acompanhados de perto pelo Adriano, um dos proprietário da Miolo. Sempre atencioso e atento às perguntas dos “alunos” de um dia! Vejam algumas fotos desta etapa de produção.
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Em seguida passamos à cantina, onde começa a vinificação. Não vou aqui passar a limpo todo processo de produção, mas resumo que existem três fases principais na transformação do mosto em vinho. São elas: criomaceração, maceração fermentativa e maceração pós-fermentativa. A primeira chega a durar 5 dias, baixando a temperatura do mosto a 8 graus. Em seguida temos mais 10 dias à temperatura de 28 graus. E por fim, mais 15 dias para completar a fermentação do vinho, tornando-o, vinho de verdade.
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Antes de ir para o almoço na original cantina da Mamma Miolo, com direito a um autêntico menu italiano, tivemos um show à parte: uma mega degustação de toda a linha de vinhos da vinícola. Detalhe: esta etapa ocorreu num auditório-aulaimg_0648a jamais visto na América-latina – palavras do amigo Adroaldo. Uma maravilha de sala de degustação!

Até aqui tem valido a pena, pois tive que “gazetear” aulas no Curso de Gastronomia. Me digam, foi por uma boa causa, não? Daqui a pouco relataremos sobre outras visitas: Casa Valduga, Vallontano, Angheben e demais vinícolas do Vale dos Vinhedos.  AGUARDEM !!

Wine-Day Reportagem On-time

Oi, Galera. Voltamos a falar diretamente de Bento Gonçalves, Vale dos Vinhedos-RS.
Hoje participamos (eu e Eugênio) do Wine-Day 2010, com um dia inteiro dedicado a entender todo processo de feitura de um vinho. Show-de-bola da Miolo. Recomendamos a todos, pelo tratamento e pelo aprendizado. Esse arranjo foi todo preparado e arquitetado pelo amigo e irmão de confraria, o Petrus, da Confraria Amicus Vinum. E estão conosco outros guerreiros de Baco, o Bodani e o Adroaldo. Antes, porém, vejam as fotos da visita à Salton:

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Ontem estivemos visitando a vinícola Salton e fomos brindados com um delicioso Jantar dentro da Sede principal, que está completando 100 anos! Com direito a cantoria italiana e muito mais. Acima, damos detalhes desta visita guiada, com imagens atuais. Impressionou o tamanho da vinícola, que é sem dúvida a maior produtora de espumantes do Brasil. Parabéns antecipado pelo centenário.

Acompanhem daqui a pouco o que rolou no WINE-Day. Em primeira mão!
Por A.Coêlho e Eugênio.

Participação no Wine-Day Miolo

wineday1WINE DAY 2010

Amigos, estarei participando neste sábado próximo (13) do famoso Wine-Day, da vinícola Miolo, em Bento Gonçalves-RS. Nestes três dias estarei contando em detalhes – quase como um diário (enquanto nosso Twitter se prepara p/ entrar no ar) – as aventuras nas terras gaúchas. Deliciem-se nesta viagem pelo Rio Grande. O Wine-Day é um dia inteiro dedicado ao conhecimento do processo completo de vinificação de um vinho, desde a colheita das uvinhas até o engarrafamento final. Trata-se de um Curso intensivo de 7 horas, com palestras de enólogos e agrônomos, além da prova de mostos envelhecidos e por fim a entrega de Certificado. Vai ser muito legal esta experiência!

ACOMPANHE DIARIAMENTE AQUI NO BLOG.

Nova Carta de Vinhos no La Chaumière

chumiere2wEle não é muito de badalação mas lá se vão 15 anos de estrelas ao restaurante La Chaumière, do querido Severran. Três meses atrás fui ao restaurante – que está todo reformado e de cara mais brilhante – para provar sua deliciosa e tradicional comida. Seus filés, tornedores e escalopes são verdadeiramente imbatíveis, assim como é o Chef-maratonista Severino, proprietário da casa há 37 anos. Desta vez provei o famoso Coq-Au-Vin (foto) que sempre desejei comer e que é feito à maneira tradicional francesa, com 48 horas de cozimento da penosa em vinho tinto. Para acompanhar tomei o vinho Serras de Azeitão 2007, da região do Sado, Portugal, que compõe a nova carta. Um vinho delicioso, do produtor respeitado Quinta da Bacalhôa – 88 pts.


Mas o que mais me chamou atenção foi realmente a nova Carta de Vinhos do restaurante. A antiga, tenha dó, era…nem era, pois integrava junto ao cardápio do Menu, mesmo. E não havia mais que uma dúzia de rótulos. A nova carta está a altura da Casa, muito bem desenhada, vistosa e completa. Pelo que percebi são quase cem rótulos disponíveis, entre tintos, rosés e brancos. Para vocês terem uma ideia, vinho branco nem existia antes. Agora julgo-a perfeita; à exigência dos bons sommeliers e gourmets da Cidade. Há rótulos de várias partes do globo, vinhos nacionais, e os preços são honestíssimos, com variações para todos os bolsos, indo e 25 a 300 reais. Excelente, não! Quem anteschumiere3wreclamava que lá não havia o que beber (com alguma razão [risos]), aproveitem para visitar a Casa que está de cara, e agora…de Carta de Vinhos nova!


Serviço – La Chaumière
408 Sul, bl.A, Lj.13 – Asa Sul – 3242-7599

Terça a sexta, 12 às 15h. e das 19 à 00h.

Sábado, 19 à 00h. Domingo, 12 às 15h.

Entrevista com a sommelière Eliane Burin

O Decantando a Vida traz essa semana uma entrevista com a competente sommeliére Eliane Burin, oriunda do Rio Grande do Sul e recém chegada da Itália. Confira:

De onde você veio, e o que te fez vir para Brasília?

eliane burinSou gaúcha, vim de Porto Alegre. Fui convidada para trabalhar numa Importadora de Vinhos e mudei para Brasília.

Há quanto tempo você trabalha com vinho, e o que ele representa para você?

Há três anos descobri o fascinante universo dos vinhos. Através dele conheço pessoas, adquiro novos conhecimentos, viajo e faço um trabalho maravilhoso, que é mostrar como o mundo do vinho pode ser simples e prazeroso ao mesmo tempo.

Você já trabalhou em lojas, importadoras e restaurantes? Qual dessas propostas você acha mais interessante?

Já trabalhei em duas lojas com Wine Bar e uma Importadora. A loja me proporcionou maior interatividade com o consumidor, o que foi muito gratificante.

Soube que iria fazer o curso da A.I.S (Associazione Italiana di Sommeliers) na Itália, conceituada escola em que se formaram Guilherme Corrêa e Alessandra Rodrigues (já entrevistada aqui no Decantando a Vida), por ainda não aconteceu?

O curso na A.I.S é um projeto antigo e que ainda vou realizar. Em 2010 viajarei para a Itália para conhecer regiões produtoras e degustar vinhos.

Você veio do sul, está em Brasília há quanto tempo? Quais as principais diferenças desses lugares em relação ao vinho?

Eu estou em Brasília há apenas um ano. A diferença é cultural mesmo, crescemos observando nossos pais colhendo uva e fazendo vinho. Consumimos vinho diariamente, está no nosso DNA. Aqui, sinto que o consumo é mais social.

O consumidor do sul, por ser uma região produtora, é mais bairrista/nacionalista ou o vinho estrangeiro vem em primeiro lugar?

O consumo de vinho estrangeiro é maior. Porém, a qualidade dos vinhos brasileiros tem melhorado. Em compensação, os nossos espumantes são um excelente referencial.

Hoje, aqui na cidade, toda semana há um ou mais eventos de vinho. Lá no sul também havia esse movimento intenso das importadoras?

Sim. Os eventos são constantes, o que estimula o consumo e o conhecimento de novos rótulos. O consumidor está mais informado e aberto a novas experiências enogastrônomicas.

Você tem uma região predileta em relação ao vinho? Se sim, qual e por quê?

Sou apaixonada pela Toscana. Além de produzir grandes Brunellos é uma região muito bela e charmosa.